Maduro: ‘Não haverá pacto com a burguesia’ na Venezuela:boss casino
boss casino O presidente interino e candidato do chavismo à Presidência da Venezuela, Nicolás Maduro, disse neste domingo que, se for eleito, não fará "pacto com a burguesia" nem manterá diálogo com a "elite" nacional.
Respondendo a perguntasboss casinojornalistas após votarboss casinouma escolaboss casinoCátia, um subúrbio humilde no oeste da capital, Caracas, Maduro foi ainda evasivoboss casinorelação a uma retomadaboss casinorelações com os Estados Unidos, "porque eles estão sempre conspirando".
As declarações são o primeiro indício do que esperarboss casinoum governo Maduro, o candidato mais bem colocado nas pesquisasboss casinoopinião. Ele respondia à perguntaboss casinouma jornalista sobre suas primeiras medidas no campo econômico, da união nacional e da relação com os EUA.
O presidente interino disse que o governoboss casinoseu antecessor, Hugo Chávez, sempre quis dialogar com a oposição, mas os opositores sempre preferiram tentar tirar Chávez do poder pela força.
Citou, como exemplos, um fracassado golpeboss casinoEstadoboss casino2002, uma greve patronal no fimboss casino2002 e 2003, e um referendo revocatórioboss casino2004 – anoboss casinoque o líder bolivariano finalmente consolidou seu poder no país.
"Atenção: a palavra diálogo vinculada ao velho conceito da democracia representativa, esse é o pacto das elites", disse Maduro.
"O pacto com a burguesia se acabou. Aqui não haverá pacto com a burguesia, haverá diálogo com a classe operária, com os empresários patriotas, com os estudantes secundaristas, universidades, professores, diálogos bolivarianos com todos. Bem-vindos", continou.
"Sempre estamos abertos a conversar sobre todos os temas. Mas na Venezuela há uma revolução e esta criou novos valores da democracia. Um deles foi acabar com o pacto das elites e o coleguismo."
Encruzilhada
Se for confirmada, a eleiçãoboss casinoMaduro não chegará a ser uma surpresa; menos clara, nesse momento, será a linha que seu governo seguiria.
A sociedade venezuelana permanece fortemente polarizada politicamente, e esta eleição coloca o paísboss casinouma encruzilhada a partir da qual chavistas e opositores podem tentar construir um diálogo ou se apartar ainda mais.
Em um intervalo curto para passar aboss casinomensagem eleitoral, o candidato chavista adotou uma estratégia dupla: tentou passar uma lealdade cega e irrestrita – quase metafísica – a Hugo Chávez; e remeteu a ressentimentos históricos da população que se via excluída da política venezuela antesboss casinoChávez.
Para tanto, tratouboss casinoqualificar o opositor, Henrique Capriles,boss casino"burguesinho", "oligarca" e aliado do "imperialismo ianque", entre outros adjetivos.
A própria realização das eleições nesta semana, aniversário do fracassado golpe que derrubou Chávez no dia 11boss casinoabrilboss casino2002 e fracassou no dia 13, fortalece essa associação.
O antigo bordão chavista "Não voltarão" segue tão utilizado quanto o madurista "Chávez vive, a luta segue".
Abertura?
Entretanto, há uma linhaboss casinoobservadores da política venezuelana que acreditam existir uma chanceboss casinoque, no poder, Maduro seja mais aberto e flexível que Chávez.
Eles lembram que o herdeiroboss casinoChávez é um civil e não um militar como seu antecessor, e que foi chanceler venezuelano durante maisboss casinoseis anos.
Se for eleito, no campo externo um dos problemas que herdará é um relacionamento difícil com os EUA, apesarboss casinoa Venezuela ser o terceiro maior vendedorboss casinopetróleo para os americanos e os EUA, um dos principais fornecedoresboss casinogasolina processada para a Venezuela.
Em meio a tensões na ocasião da morteboss casinoChávez,boss casinomarço, Caracas expulsou dois adidos militares da Embaixada americana acusando-osboss casinoquerer incitar rebeliões entre os militares venezuelanos. Em reciprocidade, Washington também expulsou dois diplomatas venezuelanos.
Desde 2010, as representações dos dois países não são encabeçadas por embaixadores, e sim por encarregadosboss casinonegócios.
"Sempre há dificuldades (com os Estados Unidos), porque eles sempre estão conspirando", disse neste domingo Nicolás Maduro. "Na Venezuela não se aceitará que se humilhe a dignidade deste país por parte do império."
As eleições se encerrarão por volta das 18h (19h30 no horárioboss casinoBrasília). O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) espera que o novo presidente eleito possa ser definido nas três primeiras horas da apuração.