Mortegalo betanoThatcher é recebida com apatia na Argentina:galo betano

Margaret Thatcher (BBC)
Legenda da foto, Para ex-combatentes, Guerra das Malvinas ainda causa dor na Argentina

galo betano A morte da ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher, nesta segunda-feira, foi recebida com apatia pelos argentinos e, até esta tarde, não foi comentada pelo governo da presidente Cristina Kirchner.

Apesar da frieza dos argentinos,galo betanoum momentogalo betanoque as preocupações ainda estão voltadas para a ajuda às vitimas do temporal da semana passada nas cidadesgalo betanoBuenos Aires e La Plata, a notícia foi destaque nos sites dos principais jornais do país e programas das rádios mais ouvidos, alémgalo betanoser lembradagalo betanoredes sociais.

Foi durante o governogalo betanoThatcher que Grã-Bretanha e Argentina travaram a Guerra das Malvinas (ou Falklands),galo betano1982, vencida pelos britânicos. Até hoje, a soberania das ilhas é reivindicada pelos argentinos.

É com o conflito que a ex-primeira-ministra ficou associada até hoje no país,galo betanoacordo com ex-combatentes argentinos da guerra.

"Thatcher foi a cara visívelgalo betanouma situação colonial,galo betanoum país que não quis dar o braço a torcer diante dos nossos direitosgalo betanorecuperar as ilhas Malvinas. Jamais esqueceremos o que ela fez, mandando tropas que superavam e muito as da Argentina. Mas, 31 anos depois, só temos que respeitar a mortegalo betanoum ser humano", disse Ianuzzo.

'Etapagalo betanodor'

O militar contou que tinha 35 anos quando integrou as primeiras tropas argentinas que desembarcaram nas ilhas,galo betano2galo betanoabrilgalo betano1982.

"Quando ela decidiu que o nosso navio General Belgrano fosse afundado, acabou com todas as possibilidadesgalo betanodiálogo. Com razão, ela era chamadagalo betanoDamagalo betanoFerro", afirmou Ianuzzo.

Segundo dados oficiais, 649 argentinos morreram durante os quase três mesesgalo betanoguerra. Deste total, 323 estavam no navio Belgrano. De acordo com as associaçõesgalo betanoex-combatentes, outras dezenasgalo betanoargentinos cometeram suicídio ou passaram a ser dependentesgalo betanobebidas alcoólicas e a necessitargalo betanoajuda psicológica após a guerra.

Para o ex-combatente Edgardo Esteban, autor do livro que inspirou o filme Iluminados por el fuego ("Iluminados pelo fogo"), que passou 53 dos 74 dias da guerra nas Malvinas, Thatcher "marcou uma etapagalo betanodor na Argentina".

Segundo ele, os soldados estavam nas ilhas esperando que ela iniciasse o diálogo com a Argentina.

"Thatcher poderia ter optado pelo diálogo, mas não hesitou (em entrar no) conflito bélico. Com razão, gruposgalo betanoex-combatentes a acusamgalo betanocrime lesa-humanidade. Ela gerou dor na Argentina", disse.

A donagalo betanocasa Mercedes Aranda, da provínciagalo betanoCorrientes (nordeste do país), disse que Thatcher "foi terrível para a Argentina".

"Perdi parentes, jovens, na guerra e a morte dela agora me faz lembrar os dias tristes que tivemos. Doei sangue e até objetos pessoais para tentar ajudar os que chegavam da guerra. Thatcher não é querida aqui", disse Aranda.

Fim da ditadura

Ao mesmo tempo, analistas argentinos entendem que a derrota da Argentina na guerra contra os ingleses contribuiu para antecipar o fim da ditadura, abrindo caminho para o retorno da democracia ao país.

"Se Margaret Thatcher não tivesse enviado a força-tarefa (às Ilhas Malvinas) quantos anos maisgalo betanoditadura teríamos padecido?", escreveu o jornalista Pablo Avelluto, emgalo betanoconta no Twitter.

A jornalista Silvia Mercado, coeditora do livro Guerragalo betanoMalvinas, imágenesgalo betanouna tragedia, disse que Thatcher foi considerada "uma bruxa pelos argentinos" durante a guerra.

Mas, segundo Mercado, a ex-primeira-ministra "foi uma sólida defensora dos interesses dos britânicos no Atlântico Sul, e quem dera que na Argentina tivéssemos governantes com o mesmo sentido histórico, com essa capacidadegalo betanodefender as causas nacionais na democracia", disse.

Nesta segunda, a Assembleia Legislativa das Ilhas Malvinas manifestou "grande tristeza" pela mortegalo betanoThatcher.

No mês passado, os moradores das Malvinas realizaram referendo e decidiram continuar ligados aos britânicos, como território além mar do Reino Unido.