Craquesport bom betpavio curto, Diego Costa diz que 'aprendeu apanhando':sport bom bet
sport bom bet Forasport bom betcampo, o sergipano Diego Costa é simpático e brincalhão e uma figura popular entre funcionáriossport bom betseu clube, o Atléticosport bom betMadrid, e companheirossport bom betequipe.
Mas se por um lado o atacantesport bom bet24 anos vem fazendo a alegria dos torcedores e jogadoressport bom betsua equipe, como artilheiro da Copa do Rei e destaque do Campeonato Espanhol, por outro, seu estilo temperamental fez também com que se envolvessesport bom betpolêmicas e acumulasse inimizades entre adversários.
Em um recente clássico contra o Real Madrid, trocou cusparadas com o zagueiro Sergio Ramos e insultos com o outro defensor, Pepe. Nas quartassport bom betfinal da Copa do Rei, depoissport bom betuma falha do zagueiro Amaya, do Bétis, Diego Costa foi agradecê-lo, com ironia, por ter errado no recuo para o goleiro e dado o ''passe'' para que o atacante marcasse o gol. O brasileiro ganhou outra cusparadasport bom betpresente.
Ele também foi acusadosport bom betracismo pelo armador francês Geoffrey Kondogbia, do Sevilha, e expulso por dar uma cabeçada num adversário, num jogo decisivo da Liga Europeia contra o Viktoria Plzen, na República Tcheca.
A imprensa da Espanha vem pressionando para que ele vista a camisa da atual campeã mundial e europeia. Na mesma semanasport bom betque disse que defenderia a Espanha se fosse chamado, o treinador Luiz Felipe Scolari se adiantou e convocou-o para a Seleção Brasileira.
Mas se na Espanha ele já é ídolo e tem deixado a estrela do time, o colombiano Falcão García,sport bom betsegundo plano, no Brasil Diego Costa é quase um desconhecido. Em entrevista à BBC Brasil, o próprio Diego Costa assume estar aprendendo não só a controlar a agressividade e o temperamento, como também a usá-los ao seu favor.
<bold>BBC Brasil - Como o futebol fez parte dasport bom betinfânciasport bom betSergipe? Quando decidiu que queria ser jogador?</bold>
<bold>Diego Costa -</bold> Na horasport bom betque meu pai me batizou. Ele é apaixonado por futebol. Meu irmão se chama Jair, por causa do Jairzinho, e eu me chamo Diego, pelo Maradona. Meu pai sempre sonhousport bom better um filho jogador. Eu tenho um primo que joga muito bem e sempre teve aquela históriasport bom betque tinha que sair um jogador da família. E comecei no salão, ganhava bolsa dos colégios pra jogar futsal... e sempresport bom betatacante. Outros Estados do Nordeste dão mais oportunidade pra jogar futebol, massport bom betSergipe é muito difícil. Então, como eu tenho um tio que morasport bom betSão Paulo, minha família achou melhor eu ir pra lá morar com ele. Eu queria era trabalhar na loja que ele tinha na Galeria Pagé, na 25sport bom betMarço. Era adolescente e queria começar a ganhar dinheiro, não queria depender dos meus pais.
<bold>BBC Brasil - Então quando você foi pra São Paulo, você não queria jogar futebol?</bold>
<bold>DC-</bold> Não, eu queria era trabalhar. Você sabe a quantidadesport bom betmeninos que tentam ser jogadores no Brasil todos os anos? É muito difícil ser jogadorsport bom betfutebol no Brasil. Tem que ser bom, mas tem que ter muita sorte. Mas meu tio é outro apaixonado por futebol e conseguiu um teste no Barcelonasport bom betIbiúna, que investesport bom betjogadores jovens pra serem vendidos ao exterior. Eles queriam que eu já fosse jogar um campeonatosport bom betjuvenissport bom betMinas Gerais. E eu não queria, já estava trabalhando, ganhando meu dinheirinho, mas ele me obrigou a ir (risos). Foi aí que um empresário me viu e me levou pra Portugal, para o Sportingsport bom betBraga. Tudosport bom betum ano, tudo muito rápido.
<bold>BBC Brasil - Você chegou à Europa direto para o futebol profissional, sem passar por uma formaçãosport bom betcategoriassport bom betbase. Como isso se refletiu emsport bom betatuação como jogador?</bold>
<bold>DC</bold> - O que eu vejo hojesport bom betdia é que a base te ensina muitas coisas, te educa, é muito mais do que jogar bola. A parte tática, posicionamento, como lidar com muitas coisas da vidasport bom betjogador profissional. E eu tive que aprender tudo isso apanhando. Minha escola foi a vida, foi o campo, a bola. Minha única base foi a família, foi a educação dos meus pais.
<bold>BBC Brasil - Qual aspecto que a formaçãosport bom betbase oferece que você mais sentiu falta?</bold>
<bold>DC</bold> - O controle emocional. Saber o valorsport bom betpreservar a própria imagem. Eu reconheço que muitas vezes eu errei e não soube me controlar. Minha formasport bom betjogar é muito agressiva e deixei que isso extrapolasse pro lado emocional. A base hojesport bom betdia é educação, te ensina a respeitar o companheiro, o treinador, a cuidar dasport bom betimagem, a crescer como pessoa. E eu acho que foi isso que faltou pra mim. Se eu tivesse essa formação não teria cometido muitos dos erros que cometi.
<bold>BBC Brasil - Que tipossport bom beterros?</bold>
<bold>DC -</bold> Não teria feito as besteiras que fiz, teria reagidosport bom betoutras formas. Faz parte da formaçãosport bom betbase enfrentar esses momentossport bom bettensão esport bom betprovocaçãosport bom betcampo, a ter uma certa conduta. Eu teria aprendido na base muitas coisas que eu tive que aprender na marra, apanhando.
<bold>BBC Brasil -</bold> <bold> Pouca gente lembra porque foi num time pequeno, mas você foi considerado um dos melhores atacantes da Espanha na temporada passada, jogando pelo Rayo Vallecano.</bold>
<bold>DC</bold> - Eu tive uma lesão séria, rompi os ligamentos do joelho e me recuperei na metade da temporada. E o clube viu, na janelasport bom betinverno, uma possibilidade pra me mandar a outro clube pra pegar ritmo. E o Rayo foi tudo que eu estava precisando. Fiz 10 golssport bom bet17 partidas.
<bold>BBC Brasil - Seus companheiros e ex-companheiros te adoram, são só elogios. Agora seus adversários, te odeiam. Como você explica?</bold>
<bold>DC</bold> - Acho que é meu estilosport bom betjogo. Os zagueiros gostamsport bom betvida fácil. Não gostamsport bom betse movimentar. E eles me odeiam porque eu não facilito a vidasport bom betninguém, nunca fujo do contato. Fico azucrinando, não paro um minuto. Eles reclamam mas esquecemsport bom betdizer que me dão porrada o tempo todo. Mas eu não reclamo, não tenho medosport bom betporrada, é coisa do jogo. O importante é nunca ir na maldade, na violência. Não ser desleal nunca!
<bold>BBC Brasil </bold>- <bold>E a parte psicológica, da provocação?</bold>
<bold>DC</bold> - Logo no começo dos jogos os zagueiros já vem pra cimasport bom betmim, batendo sem o juiz ver, provocando. Eles acham que como eu tenho esse temperamento vão conseguir provocar uma expulsão ou uma confusão. E com o tempo eu aprendi a virar o jogo e usar essa provocação contra eles. Foi quando os cartões pararamsport bom betser pra mim e começaram a ir pro adversários.
<bold>BBC Brasil - Como foi essa transição, esse amadurecimento? Como você percebeu que poderia usar a arma dos rivais contra eles?</bold>
<bold>DC</bold> - Apanhando (risos)! Você vai apanhando e aprendendo. Já fiz muita besteira, recebi muitos cartões, suspensões. Chegou um momento que eu percebi que não era culpa dos árbitros e dos adversários. Que era culpa minha. Chega uma hora que você tem que cair na real. Ou eu mudava ou eu ficava marcado pra sempre como um bom jogador, mas que tem a cabeça quente, temperamental. E eu ainda continuo evoluindo e melhorando, tenho muito ainda que aprender.
<bold>BBC Brasil - Então, você assume que tem mesmo o pavio curto?</bold>
<bold>DC</bold> - Já fui mais temperamental. Não vou mentir. Agora estou muito mais tranquilo. Mas não acho que seja pavio curto, é a adrenalina do jogo, busco sempre o choque, o contato. Era saber controlar essa adrenalina. Pode ser que aconteçasport bom betnovosport bom betalgum momento, é difícilsport bom betprever, mas estou muito mais tranquilo do que era antes.
<bold>BBC Brasil - O treinador do Atléticosport bom betMadrid, Simeone, e os seus companheiros chegaram a falar contigo sobre isso depois do jogo?</bold>
<bold>DC</bold> - Não, pelo contrario, foi uma coisa minha mesmo! Não adianta lutar para estar num time grande e fazer esse tiposport bom betbesteira, a fila anda. São as coisas que você aprende apanhando. Foi quando caiu a fichasport bom betverdade, porque foi logo depois daquela confusão com o Pepe e o Sergio Ramos. Virei o centro das atenções, mas pelo lado negativo. Foi quando eu percebi que tinha mesmo que mudar e fazer com que me esquecessem um pouco.
<bold>BBC Brasil - E o que realmente aconteceu contra o Real Madrid entre o Pepe, o Sergio Ramos e você?</bold>
<bold>DC</bold> - Juntou três jogadores temperamentais... (risos). Foi o típico jogosport bom betcontato,sport bom betfaísca,sport bom betprovocação. Mas ficou tudo dentrosport bom betcampo, o importante é não ter maldade.
<bold>BBC Brasil</bold> - <bold>Mas você não acha que o Sergio Ramos e você extrapolaram um pouco, passaram do limite?</bold>
<bold>DC</bold> - Passamos sim, tanto eu quanto ele. Ninguém é criança e temos que assumir. Tem dias que são negros e todo mundo tem esses dias. O importante é sempre tentar evitá-los.
<bold>BBC Brasil</bold> - <bold>Agorasport bom bethistória com o Pepe não ésport bom bethoje. Quando você estava no Rayo Vallecano foi um jogo tenso também entre vocês dois...</bold>
<bold>DC</bold> - É porque o Pepe é um jogador muito agressivo. E quando você coloca dois jogadores agressivos frente a frente vai ter mesmo faísca. Não acho que exista uma rivalidade entre a gente, mas também não existe amizade. Não sou amigo dele.
<bold>BBC Brasil - Você acha que os árbitros já te olhamsport bom betuma forma diferente porsport bom betformasport bom betjogar?</bold>
<bold>DC</bold> - Lógico. Eles ficamsport bom betolho. Você cria uma fama e logo tem que conviver com ela. Não acho que exista uma intençãosport bom betme buscar pra me expulsar, isso não. Mas sei que na maioria das vezes eles estãosport bom betolhosport bom betmim mais do que nos outros jogadores.
<bold>BBC Brasil - Você se considera um jogador desleal? Violento?</bold>
<bold>DC</bold> - Desleal nunca! Violento, tampouco! Nunca machuquei um jogador. Nunca entrei na maldade. Recebo muitas mais faltas violentas que faço. Não sousport bom betnenhuma forma um jogador violento.
<bold>BBC Brasil - E provocador?</bold>
<bold>DC</bold> - Pode ser... Acho que sim, provocador sim!
<bold>BBC Brasil - E catimbeiro?</bold>
<bold>DC</bold> - Acho que é mais ou menos a mesma coisa. É provocar... aguentar provocação.
<bold>BBC Brasil - Faz parte do futebol?</bold>
<bold>DC</bold> - Claro! Senão futebol tinha que ser jogado num teatro. Sempre existiu, mas antes não tinha essa quantidadesport bom betcâmeras que existe hoje. O mais importante é não extrapolar, não passar do limite.
<bold>BBC Brasil </bold> <bold>- E essas acusaçõessport bom betracismo por parte do Kondogbia?</bold>
<bold>DC</bold> - Não tem nenhum fundamento. No calor do jogo ele deve ter visto coisas que não eram, interpretado errado. Eu tenho familiares negros, nunca faria uma coisa dessas. E sei que existem dezenassport bom betcâmeras, tudo que você faz e fala sair na TV.
<bold>BBC Brasil</bold> <bold>- E dizer ''obrigado'' ao zagueiro do Betis por ter falhado e dado a bolasport bom betgraça pra você marcar o gol?</bold>
<bold>DC</bold> - Eu assumo que eu dei ''gracias''. Eu não minto. Mas o que ele não fala é tudo que me disse antes do gol, as pancadas que me deu. Quem fala o que quer, ouve o que não quer. Não vou dizer que foi uma atitude bonita da minha parte, mas comparado com o que escutei dele, foi normal.
<bold>BBC Brasil</bold> - <bold>Você acha que esse seu lado agressivo ganhou a simpatia do Felipão?</bold>
<bold>DC</bold> - Pode ser que sim, mas não valeria nada meu estilo se eu não estivesse jogando bem, metendo gol. Foi um sonho essa convocação, mas ainda tem muito pra acontecer. Sei que pode ser a primeira e última convocação, tem que ter os pés no chão e continuar trabalhando.
<bold>BBC Brasil - Você foi convocado na mesma semanasport bom betque a imprensa espanhola especulavasport bom betida para a Seleção Espanhola. Você teria aceitado jogar pela Espanha?</bold>
<bold>DC</bold> - Lógico! Eu levo anos vivendo aqui, fiz minha carreira aqui, minha filha é espanhola, nasceu aqui. Devo muito à Espanha, tenho um carinho muito especial pelo país. Então se não existisse a chancesport bom betjogar pelo Brasil, se eu visse que era impossível, claro que eu jogaria pela Espanha. É uma honra ser cogitado para jogar na que hoje é a melhor seleção do mundo, campeã mundial, a seleção da moda. Mas o sonho mesmo sempre foi jogar na seleção brasileira.
<bold>BBC Brasil - Você esperava ser convocado pelo Felipão?</bold>
<bold>DC</bold> - Não! Eu sabia que estava num momento bom e, com a mudançasport bom bettreinador, sabia que existiriam mais experiências, que iam chamar outros jogadores. Então tinha uma pequena esperança, pensava sim na seleção, mas não falei isso pra ninguém. Era algo meu, um sonho distante, mas não imaginava que seria agora.
<bold>BBC Brasil</bold> - <bold>O Felipão disse que te ligou antes pra esclarecer se você queria jogar pelo Brasil ou pela Espanha. Como foi essa ligação? Onde você estava quando ele te ligou?</bold>
<bold>DC</bold>- Foi do nada! Eu estava chegando no centrosport bom bettreinamento do Atlético. Achei que era trote! (risos) Vi que o número era do Brasil e que poderia ser verdade, mas demorei a acreditar. Ele perguntou se eu queria jogar pelo Brasil, se tinha essa vontade, esse sonho. E eu disse que era tudo que eu queria, que eu sempre sonhei. Acho que nem falei direitosport bom bettão nervoso. Ele falou que vinha acompanhando meus jogos. Não esperava ser chamado agora. Deslumbrar eu não vou, sempre tive os pés no chão. Sei que é muito difícil se manter, principalmente na Seleção Brasileira e principalmentesport bom betum paíssport bom betque 90% dos torcedores ainda não me conhecem, onde eu não joguei.