Após encontromls 2024Bolsonaro e Biden, Casa Branca diz esperar que 'candidatos respeitem resultadomls 2024eleição no Brasil':mls 2024

Os comentários eram respostas às repetidas alegações - sem provas -mls 2024Bolsonaromls 2024que as urnas eletrônicas não seriam confiáveis, que os militares deveriam se envolver na contagemmls 2024votos e que ele poderia não aceitar o resultado do pleito que acontecemls 2024menosmls 20244 meses. Em sondagens eleitorais, o presidente, que tenta a reeleição, tem aparecidomls 2024segundo lugar na preferência popular.

Diantemls 2024Biden e da imprensa, Bolsonaro afirmou que "tenho certeza que serão realizadas (as eleições) neste estilo democrático. Cheguei pela democracia e tenho certeza que quando deixar o governo, também serámls 2024forma democrática".

Ele porém voltou a citar que "nós queremos eleições limpas, confiáveis e auditáveis, para que não haja nenhuma dúvida após o pleito", típico argumento que vem repetindo ao acusar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)mls 2024não garantir a segurança e a confiabilidade do processo, cujos resultados, repete Bolsonaro, não seriam verificáveis, algo que o TSE refuta.

Depois desses minutos iniciais, no entanto, a conversa se estendeu por maismls 2024meia hora. Na parte final, Bolsonaro quebrou o protocolo e pediu para ficar a sós com Biden, sem os oito auxiliares que acompanhavam cada um dos líderes na sala.

No fim, apenas os presidentes, um tradutor e os dois chefesmls 2024política exterior dos países ficaram na sala. Bolsonaro afirmou que o que foi tratado ali, quando ambos os mandatários ficaram "a menosmls 2024um metromls 2024distância" e "sem máscaras", era "segredomls 2024Estado".

Mas, segundo reportagem da Bloomberg publicada há 4 dias, Bolsonaro aproveitou do clima mais intimista para pedir a Biden que o ajudasse a se reeleger no Brasil.

O veículo americano atribui a informação a "pessoas familiarizadas com o assunto", afirma que Bolsonaro se referiu a Lula como "esquerdista radical" e "contrário aos interesses americanos" e diz que Biden simplesmente mudoumls 2024assunto diante do pedido.

Questionados pela BBC News Brasil sobre se confirmariam tal relato, tanto a Casa Branca quanto o Departamentomls 2024Estado e o Conselhomls 2024Segurança Nacional dos EUA evitaram desmentir ou chancelar o teor da reportagem.

"Os Estados Unidos expressarammls 2024várias ocasiões confiança nas instituições democráticas do Brasil e respeito pelo forte histórico do Brasilmls 2024eleições livres e justas", afirmou à BBC News Brasil um porta-voz do Departamentomls 2024Estado.

Já Bolsonaro, nesta terça, 14/6, negou que tenha feito tal pedido.

"Não existe isso aí. Teve uma reunião bilateral ampliada, com 20 pessoas presentes, 30 minutosmls 2024conversa e depois pedi uma reservada com Joe Biden. O que nós tratamos ali é reservado, cada um pode falar o que bem entender. Agora, (a Bloomberg) não cita fontes, 'segundo tal pessoal'. O que eu conversei com o Biden não saimls 2024mim, nem do (ministro das Relações Exteriores) Carlos França. É especulação", disse Bolsonaro,mls 2024entrevista à rádio CBN Recife.

'Estados Unidos não toleram intervenção'

Tanto durante a conversa bilateral quantomls 2024seu discurso na Cúpula, Bolsonaro tentou mostrar aos americanos que não só o Brasil, mas também seu governo, estão alinhados com os interesses da Casa Branca.

Enquanto Biden era abertamente criticado por outros líderes latinos por ter optado por excluir da Cúpula Cuba, Nicarágua e Venezuela, Bolsonaro se colocou diante do mandatário americano como um anteparo ao avançomls 2024regimes autoritáriosmls 2024esquerda no continente, algo valorizadomls 2024Washington.

Por outro lado, o governo Biden se mostra insatisfeito com os crescentes ataquesmls 2024Bolsonaro às eleições no Brasil e vê no comportamento do brasileiro ecos da postura adotada pelo republicano Donald Trump, que desaguaram na invasão do Congresso dos EUA,mls 2024janeiromls 20242021.

Segundo disse a porta-voz do Departamentomls 2024Estado, Kristina Rosales, um dia após o encontro, Biden deixou claro a Bolsonaro que "os Estados Unidos não toleram, não aceitam intervenção no sistema eleitoralmls 2024nenhum lugar".

"A gente entende muito bem que há eleições no Brasilmls 2024outubro, nos próximos meses. Entendemos muito a preocupação do povo brasileiro com esse tema. Tanto que na reunião, o próprio presidente Bolsonaro falou que ele respeita a democracia, que vai respeitar o resultado. A gente vai levar a sério essa declaração que foi feita pelo presidente Bolsonaro ontem (dia 9/6)", afirmou Rosales.

Depois do encontro e antesmls 2024partir dos EUA, Bolsonaro se encontrou com apoiadoresmls 2024Orlando, na Flórida, e voltou a renovar suas alegaçõesmls 2024desconfiança sobre as eleições no Brasil. Bolsonaro disse que o único jeitomls 2024evitar "problemas" - como atos violentos ao estilo da invasão do Capitólio - seria o TSE dialogar com as Forças Armadas para fazer a eleição e citou frase recente do presidenciável do PDT, Ciro Gomes, para quem "se Lula ganhar, o Brasil amanhecemls 2024guerra".

Este texto foi publicado originalmente na BBC News Brasil.

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