Após encontrowww esportedasorte comBolsonaro e Biden, Casa Branca diz esperar que 'candidatos respeitem resultadowww esportedasorte comeleição no Brasil':www esportedasorte com

Os comentários eram respostas às repetidas alegações - sem provas -www esportedasorte comBolsonarowww esportedasorte comque as urnas eletrônicas não seriam confiáveis, que os militares deveriam se envolver na contagemwww esportedasorte comvotos e que ele poderia não aceitar o resultado do pleito que acontecewww esportedasorte commenoswww esportedasorte com4 meses. Em sondagens eleitorais, o presidente, que tenta a reeleição, tem aparecidowww esportedasorte comsegundo lugar na preferência popular.

Diantewww esportedasorte comBiden e da imprensa, Bolsonaro afirmou que "tenho certeza que serão realizadas (as eleições) neste estilo democrático. Cheguei pela democracia e tenho certeza que quando deixar o governo, também seráwww esportedasorte comforma democrática".

Ele porém voltou a citar que "nós queremos eleições limpas, confiáveis e auditáveis, para que não haja nenhuma dúvida após o pleito", típico argumento que vem repetindo ao acusar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)www esportedasorte comnão garantir a segurança e a confiabilidade do processo, cujos resultados, repete Bolsonaro, não seriam verificáveis, algo que o TSE refuta.

Depois desses minutos iniciais, no entanto, a conversa se estendeu por maiswww esportedasorte commeia hora. Na parte final, Bolsonaro quebrou o protocolo e pediu para ficar a sós com Biden, sem os oito auxiliares que acompanhavam cada um dos líderes na sala.

No fim, apenas os presidentes, um tradutor e os dois chefeswww esportedasorte compolítica exterior dos países ficaram na sala. Bolsonaro afirmou que o que foi tratado ali, quando ambos os mandatários ficaram "a menoswww esportedasorte comum metrowww esportedasorte comdistância" e "sem máscaras", era "segredowww esportedasorte comEstado".

Mas, segundo reportagem da Bloomberg publicada há 4 dias, Bolsonaro aproveitou do clima mais intimista para pedir a Biden que o ajudasse a se reeleger no Brasil.

O veículo americano atribui a informação a "pessoas familiarizadas com o assunto", afirma que Bolsonaro se referiu a Lula como "esquerdista radical" e "contrário aos interesses americanos" e diz que Biden simplesmente mudouwww esportedasorte comassunto diante do pedido.

Questionados pela BBC News Brasil sobre se confirmariam tal relato, tanto a Casa Branca quanto o Departamentowww esportedasorte comEstado e o Conselhowww esportedasorte comSegurança Nacional dos EUA evitaram desmentir ou chancelar o teor da reportagem.

"Os Estados Unidos expressaramwww esportedasorte comvárias ocasiões confiança nas instituições democráticas do Brasil e respeito pelo forte histórico do Brasilwww esportedasorte comeleições livres e justas", afirmou à BBC News Brasil um porta-voz do Departamentowww esportedasorte comEstado.

Já Bolsonaro, nesta terça, 14/6, negou que tenha feito tal pedido.

"Não existe isso aí. Teve uma reunião bilateral ampliada, com 20 pessoas presentes, 30 minutoswww esportedasorte comconversa e depois pedi uma reservada com Joe Biden. O que nós tratamos ali é reservado, cada um pode falar o que bem entender. Agora, (a Bloomberg) não cita fontes, 'segundo tal pessoal'. O que eu conversei com o Biden não saiwww esportedasorte commim, nem do (ministro das Relações Exteriores) Carlos França. É especulação", disse Bolsonaro,www esportedasorte comentrevista à rádio CBN Recife.

'Estados Unidos não toleram intervenção'

Tanto durante a conversa bilateral quantowww esportedasorte comseu discurso na Cúpula, Bolsonaro tentou mostrar aos americanos que não só o Brasil, mas também seu governo, estão alinhados com os interesses da Casa Branca.

Enquanto Biden era abertamente criticado por outros líderes latinos por ter optado por excluir da Cúpula Cuba, Nicarágua e Venezuela, Bolsonaro se colocou diante do mandatário americano como um anteparo ao avançowww esportedasorte comregimes autoritárioswww esportedasorte comesquerda no continente, algo valorizadowww esportedasorte comWashington.

Por outro lado, o governo Biden se mostra insatisfeito com os crescentes ataqueswww esportedasorte comBolsonaro às eleições no Brasil e vê no comportamento do brasileiro ecos da postura adotada pelo republicano Donald Trump, que desaguaram na invasão do Congresso dos EUA,www esportedasorte comjaneirowww esportedasorte com2021.

Segundo disse a porta-voz do Departamentowww esportedasorte comEstado, Kristina Rosales, um dia após o encontro, Biden deixou claro a Bolsonaro que "os Estados Unidos não toleram, não aceitam intervenção no sistema eleitoralwww esportedasorte comnenhum lugar".

"A gente entende muito bem que há eleições no Brasilwww esportedasorte comoutubro, nos próximos meses. Entendemos muito a preocupação do povo brasileiro com esse tema. Tanto que na reunião, o próprio presidente Bolsonaro falou que ele respeita a democracia, que vai respeitar o resultado. A gente vai levar a sério essa declaração que foi feita pelo presidente Bolsonaro ontem (dia 9/6)", afirmou Rosales.

Depois do encontro e anteswww esportedasorte compartir dos EUA, Bolsonaro se encontrou com apoiadoreswww esportedasorte comOrlando, na Flórida, e voltou a renovar suas alegaçõeswww esportedasorte comdesconfiança sobre as eleições no Brasil. Bolsonaro disse que o único jeitowww esportedasorte comevitar "problemas" - como atos violentos ao estilo da invasão do Capitólio - seria o TSE dialogar com as Forças Armadas para fazer a eleição e citou frase recente do presidenciável do PDT, Ciro Gomes, para quem "se Lula ganhar, o Brasil amanhecewww esportedasorte comguerra".

Este texto foi publicado originalmente na BBC News Brasil.

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