Terra corre perigo com buraco negro 'monstruoso' no centro da Via Láctea?:1xbet 360
1xbet 360 Um trabalho gigantesco, que envolveu centenas1xbet 360cientistas, 5 anos1xbet 360investigações e telescópios espalhados por oito lugares diferentes do planeta foi capaz1xbet 360captar as primeiras imagens do Sagittarius A*, um buraco negro localizado no centro da Via Láctea, a galáxia1xbet 360que se encontra o nosso Sistema Solar.
A descoberta, divulgada1xbet 360121xbet 360maio, levantou uma dúvida pertinente na cabeça1xbet 360muitas pessoas: será que esse buraco negro, uma estrutura que "suga" tudo o que está próximo dele, pode representar algum tipo1xbet 360perigo para o planeta Terra?
A resposta é não, mas com uma ressalva. Os cientistas que fizeram parte do esforço internacional explicaram que o Sagittarius A* está suficientemente longe1xbet 360nós (26 mil anos-luz, para ser mais exato) para representar ameaça futura.
Por outro lado, não está descartada a hipótese1xbet 360nossa galáxia se fundir ou "colidir" com outra1xbet 360alguns bilhões1xbet 360anos, o que poderia aproximar perigosamente a Terra1xbet 360um buraco negro. Vale destacar que esse é um cenário bastante improvável — e sobre o qual teríamos muitos avisos e alertas antes que algo ruim dessa magnitude virasse realidade.
Ao longo desta reportagem, você vai entender a importância dos achados recentes sobre o Sagittarius A* e porque o risco1xbet 360o planeta Terra ser "sugado" por um buraco negro é uma possibilidade remota,1xbet 360acordo com o que os cientistas sabem até o momento.
No coração da Via Láctea
O Sagittarius A*, também conhecido pela sigla SgrA*, é um gigantesco buraco negro que vive no centro da nossa galáxia, a Via Láctea.
O objeto tem impressionantes quatro milhões1xbet 360vezes a massa do Sol e foi retratado pela primeira vez graças a um esforço colaborativo1xbet 360centenas1xbet 360cientistas, reunidos no projeto Event Horizon Telescope (EHT).
Na imagem divulgada pelo grupo, é possível ver uma região escura central onde reside o buraco negro, circundada por um anel1xbet 360luz proveniente do gás superaquecido acelerado por imensas forças gravitacionais.
Para ter uma ideia, esse anel é aproximadamente do tamanho da órbita1xbet 360Mercúrio1xbet 360torno1xbet 360nossa estrela, o Sol. Isso representa cerca1xbet 36060 milhões1xbet 360quilômetros1xbet 360diâmetro.
Felizmente, este "monstro" está muito, muito longe — cerca1xbet 36026 mil anos-luz1xbet 360distância.
Essa é a segunda imagem do tipo a ser divulgada pelo EHT. Em 2019, o grupo compartilhou uma imagem1xbet 360um buraco negro gigante que está no coração1xbet 360outra galáxia, chamada1xbet 360Messier 87, ou M87. Essa estrutura é mais1xbet 360mil vezes maior que a SgrA*, com 6,5 bilhões1xbet 360vezes a massa do Sol.
"Mas a nova imagem da SgrA* é especial porque trata-se do nosso buraco negro supermassivo", avalia o professor Heino Falcke, um dos pioneiros por trás do projeto EHT, à BBC News.
"Esse buraco negro está no 'nosso quintal', e se você quiser entender como essas estruturas funcionam, o SgrA* é que vai te dizer, porque conseguimos visualizá-lo1xbet 360detalhes", complementa o cientista alemão-holandês, que trabalha na Universidade Radboud, na Holanda.
O que é um buraco negro?
- Um buraco negro é uma região do espaço onde a matéria entrou1xbet 360colapso sobre si mesma
- A atração gravitacional ali é tão forte que nada, nem mesmo a luz, pode escapar
- Buracos negros costumam surgir a partir da morte explosiva1xbet 360grandes estrelas
- Alguns são realmente enormes e possuem bilhões1xbet 360vezes a massa do Sol
- A ciência ainda não sabe como essas estruturas monstruosas — encontradas geralmente nos centros das galáxias — se formaram ou o que acontece dentro
A massa1xbet 360um buraco negro (parte mais escura da imagem) determina o tamanho1xbet 360seu disco1xbet 360acreção (aro laranja ao redor), ou o anel1xbet 360emissão. O buraco está na depressão1xbet 360brilho central. Sua "superfície" é chamada1xbet 360horizonte1xbet 360eventos, a fronteira dentro da qual até mesmo um raio1xbet 360luz é dobrado sobre si mesmo pela curvatura no espaço-tempo. As regiões mais brilhantes no disco1xbet 360acreção são onde a luz ganha energia à medida que se move1xbet 360nossa direção, e acredita-se que é impulsionada pelo doppler, um efeito físico1xbet 360ondas refletidas ou emitidas por um objeto, que estão1xbet 360movimento1xbet 360relação a quem está observando.
Como a foto foi tirada?
A uma distância1xbet 36026 mil anos-luz da Terra, o Sgr A* é um alfinete no grande palheiro do céu. Para discernir um alvo a essa distância, é preciso uma capacidade1xbet 360resolução incrível dos equipamentos.
O "truque" do EHT é utilizar uma técnica chamada interferometria1xbet 360matriz1xbet 360linha1xbet 360base muito longa (VLBI).
Em resumo, ela combina uma rede1xbet 360oito antenas1xbet 360rádio espalhadas por várias partes do mundo para "imitar" como seria um telescópio do tamanho do nosso planeta.
Esse arranjo permite que o EHT corte um ângulo no céu que é medido por um parâmetro conhecido como microarcsegundos. Os membros da equipe EHT explicam que isso permite obter uma nitidez1xbet 360visão semelhante a ser capaz1xbet 360ver "um donut na superfície da Lua".
Além disso, os cientistas também recorreram a relógios atômicos, algoritmos inteligentes e incontáveis horas1xbet 360supercomputação para construir uma imagem1xbet 360vários petabytes (1 petabyte equivale a um milhão1xbet 360gigabytes) a partir dos dados coletados.
A forma como um buraco negro "dobra" a luz significa que não há nada para ver além1xbet 360uma "sombra", mas o brilho da matéria orbitando1xbet 360torno dessa escuridão revela onde o objeto está localizado.
Será que é possível comparar a imagem atual, da SgrA*, com a anterior, localizada na galáxia M87? Os especialistas apontam algumas diferenças fundamentais.
"Como o Sagittarius A* é um buraco negro muito menor — é cerca1xbet 360mil vezes menor que o da M87 —,1xbet 360estrutura1xbet 360anel muda1xbet 360escalas1xbet 360tempo mil vezes mais rápidas", explica o astrônomo Ziri Younsi, da University College London, no Reino Unido, que faz parte do EHT.
"Esse processo é muito dinâmico. Os pontos que você vê no anel se movem dia após dia."
Essas rápidas mudanças nas proximidades do Sgr A* são parte da razão pela qual levou muito mais tempo para produzir uma imagem dele do que do buraco negro na galáxia M87, apesar1xbet 360ela estar bem mais distante1xbet 360nós. A interpretação dos dados tem sido um desafio mais difícil.
As observações do telescópio para os dois buracos negros foram adquiridas durante o mesmo período no início1xbet 3602017, mas o M87, que é maior e está a 55 milhões1xbet 360anos-luz, parece estático1xbet 360comparação o buraco negro do centro da Via Láctea.
O buraco negro representa algum perigo para a Terra?
Numa entrevista à BBC News transmitida na televisão britânica1xbet 360121xbet 360maio, a astrofísica Gibwa Musoke, da Universidade1xbet 360Amsterdã, respondeu à pergunta sobre o SgrA* ser uma ameaça (ou não) ao nosso planeta.
"Não, o buraco negro não representa nenhum perigo para nós. Ele está realmente muito longe da Terra", esclareceu a especialista.
Mas se os buracos negros são como aspiradores gigantes e há milhões deles na galáxia onde está a Terra, poderia nosso planeta ser sugado por esse tipo1xbet 360corpo celeste que ainda guarda muitos mistérios?
"A resposta curta é sim, poderia acontecer. Mas é muito improvável, e teríamos alguns avisos antes que algo realmente ruim virasse realidade", escreveu o astrônomo Christopher Springob no site da Cornell University (EUA), sobre a possibilidade1xbet 360um buraco se aproximar e engolir nosso planeta.
Apesar dos milhares1xbet 360anos-luz que separam a Terra do buraco negro mais próximo, o cientista avalia que não pode ser 100% descartado que um buraco negro supermassivo se aproxime1xbet 360nós se a nossa galáxia se fundir ou "colidir" com outra.
Ainda que considerada uma hipótese pouco provável, "a Terra poderia ser lançada no centro da galáxia, perto o suficiente do buraco negro supermassivo", disse o astrofísico da Universidade1xbet 360Yale, Fabio Pacucci,1xbet 360uma palestra no TED.
Isso porque,1xbet 360acordo com o especialista, "haverá uma colisão entre a Via Láctea e a galáxia1xbet 360Andrômeda dentro1xbet 3604 bilhões1xbet 360anos, o que pode não ser uma boa notícia para o nosso planeta".
E, se isso1xbet 360fato acontecer, o que poderia acontecer com os terráqueos?
O mais provável é que todos os habitantes do planeta morram1xbet 360forma violenta. Ou fritos, com o calor da colisão, ou transformados1xbet 360"espaguete" (ou talvez, as duas opções1xbet 360uma só vez).
"Se você estiver muito perto1xbet 360um buraco negro, vai se esticar, assim como acontece com o espaguete", escreveu Kevin Pimbblet, professor1xbet 360física na Universidade1xbet 360Hull, no Reino Unido, na publicação The Conversation.
"Esse efeito é causado por um gradiente1xbet 360gravitação que passa pelo seu corpo", explica o professor, dizendo ainda que as diferentes partes do nosso corpo experimentariam diferentes graus dessa força.
"O resultado não é apenas um alongamento do corpo1xbet 360geral, mas também uma compressão no meio. Portanto, seu corpo ou qualquer outro objeto, como a Terra, começaria a parecer espaguete muito antes1xbet 360chegar ao centro do buraco negro", observa Pimbblet.
Isso faria com que as partes mais próximas da Terra se estendessem enquanto as outras partes fossem comprimidas pela gravitação diferente. O resultado seria catastrófico.
O que há dentro dos buracos negros?
Dentro dos buracos negros há tudo o que entrou nele. O problema é que não se sabe1xbet 360que estado as coisas estão lá dentro.
Mas se fosse possível chegar e entrar1xbet 360um desses buracos, o que veríamos? Existem diferentes teorias. "Uma das possibilidades é 'a muralha1xbet 360fogo' que, como o nome sugere, é um bando1xbet 360partículas1xbet 360chamas que iriam fritá-lo como uma batata", responde o astrônomo Andrew Pontzen, que estuda a origem e a evolução do universo.
Sobre a forma, sabemos que buracos negros são corpos esféricos. E se estiver girando — o que é bem provável, já que todos objetos no universo giram1xbet 360algum grau — o buraco seria mais largo no centro,1xbet 360vez1xbet 360ser um círculo perfeito.
A força da gravidade atrai gás e poeira que se acumulam1xbet 360uma espiral. À medida que o material é consumido, o atrito o aquece a bilhões1xbet 360graus, produzindo grandes quantidades1xbet 360radiação e vazando energia e partículas carregadas.
Enquanto muitos dos mistérios sobre os buracos negros continuam a existir, trabalhos como o da equipe que compõe o EHT, que conseguiu captar as primeiras imagens sobre essas estruturas massivas no coração das galáxias, nos deixam mais próximos1xbet 360possíveis respostas.
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