Covid na China: brasileirabetvip vaquejadaXangai relata temorbetvip vaquejadacontrair covid e ser levada para isolamento:betvip vaquejada

Camila Félix

Crédito, Arquivo pessoal

Legenda da foto, "Já tive várias crisesbetvip vaquejadachoro pensando no que pode acontecer com meus cachorros se eu pegar covid", diz Camila Félix

Todo dia, os moradores devem obrigatoriamente fazer testesbetvip vaquejadacovid. Camila diz que já fez maisbetvip vaquejada50 desde que o lockdown começou. Se a pessoa testa positivo, ela é levada pelas autoridades chinesas para um "centrobetvip vaquejadaquarentena".

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Crédito, Reuters

Legenda da foto, Quem testa positivo para covid, é levado pelas autoridades chinesas para enormes centrosbetvip vaquejadaquarentena, onde ficam até testarem negativo novamente

"As condições são insalubres. Milharesbetvip vaquejadapessoas ficam num mesmo espaço. Falam que não tem banheiro para tomar banho, holofotes ficam ligados 24 horas por dia, e as pessoas ficam aguardando pelo menos por 14 dias, até o teste dar negativo", diz Camila, que mora há oito anos na China e trabalha na áreabetvip vaquejadarecursos humanosbetvip vaquejadauma startup americana.

Mas o maior medo da brasileira não é enfrentar as condições difíceis do centrobetvip vaquejadaquarentena. "Se vierem me levar para o isolamento, o que vai acontecer com meus cachorros? Eles vão ficar sozinhosbetvip vaquejadacasa."

Regras durasbetvip vaquejadalockdown

Faz sete semanas que Xangai estábetvip vaquejadalockdown, depois que casosbetvip vaquejadacovid-19 começaram a aumentar rapidamente. A cidade, que tem 27 milhõesbetvip vaquejadahabitantes, vive o maior surtobetvip vaquejadacoronavírus desde janeirobetvip vaquejada2020, quando começou a pandemia.

Segundo dados oficiais, maisbetvip vaquejada90% dos casos são assintomáticos. Em 8betvip vaquejadamaio, havia 80 pessoas hospitalizadasbetvip vaquejadaestado grave e outras 415 com sintomas severos, segundo o Xangai Fabu, boletim oficial da cidade, que foi divididabetvip vaquejadazonas verde, amarela e vermelha, conforme o númerobetvip vaquejadainfectados.

No total, foram contabilizadas neste ano 536 mortes por covidbetvip vaquejadaXangai. As vítimas tinhambetvip vaquejadamédia 78,9 anos e a maioria não tinha tomado vacinas ou possuía comorbidades.

BBC

Crédito, Arquivo pessoal

Legenda da foto, Camila Félix fez maisbetvip vaquejada50 testesbetvip vaquejadacovid no último mês

Em algumas partesbetvip vaquejadaXangai, moradores precisam ficar dentrobetvip vaquejadacasa e entregabetvip vaquejadacomida não é permitida. Eles dependembetvip vaquejadasuprimentos enviados pelas autoridades locais.

Até mesmo sair para procurar atendimento médicobetvip vaquejadahospital está vetado. Só casosbetvip vaquejadaemergência, com autorização prévia, podem ser admitidos.

A região onde Camila mora está classificada como zona verde, o que,betvip vaquejadateoria, permitiria que os moradores se deslocassem pelo bairro. Mas os comitês que administram os condomínios podem tomar decisões independentes e impor regras mais rígidas. Foi o que ocorreu onde a brasileira mora.

"O comitê decidiu que é melhor não sairbetvip vaquejadacasa e operar como uma zona vermelha. Então, não tem como eu sair do meu condomínio, nem se quisesse comprar alguma coisa", conta.

"O condomínio é gerido por um comitêbetvip vaquejadavizinhança. E esse comitê é ligado ao Partido Comunista da China, como tudo na China. Então, cada comitê, dependendo da situação, toma decisões independentes. Eles têm salvo-conduto para instituir as regras que eles acham que serve melhor às áreas que estão gerenciando. Eles são a autoridade nesse momento."

Provisões entregues pelo governo são coletadas por seguranças do condomíniobetvip vaquejadaCamila e são desinfectadas. Depois, colocadas na porta dos moradores, para evitar que saiambetvip vaquejadacasa para buscar os alimentos.

O portão que leva ao complexobetvip vaquejada140 prédios é guardado dia e noite por seguranças, que impedem a entrada e saída injustificadabetvip vaquejadamoradores.

"O meu condomínio tem quatro portões principais que,betvip vaquejadasituações normais, todo mundo pode ir e vir. Agora, por causa da pandemia, só um portão está funcionando e tem 24 horas por dia um segurança ali controlando a entrada."

Preocupação com animaisbetvip vaquejadaestimação

Camila

Crédito, Arquivo pessoal

Legenda da foto, Até pouco tempo, Camila podia caminhar com os cachorros uma vez por dia, mas agora isso deixoubetvip vaquejadaser permitido

Segundo relatos,betvip vaquejadaalgumas partesbetvip vaquejadaXangai, vizinhosbetvip vaquejadapessoas com covid foram levados para centrosbetvip vaquejadaquarentena embora tenham testado negativo e estejam sem sintomas.

Por isso, apesarbetvip vaquejadanão sairbetvip vaquejadacasa, Camila Félix teme ser levada,betvip vaquejadaalgum momento, pelas equipes sanitárias, deixando os cachorros para trás.

Foi o que quase aconteceu com uma vizinha dela, que testou positivo e tem um gato. A mulher ficou desesperada ao ser contatada pelas autoridades e fez um apelo para que algum vizinho ficasse com o animal enquanto ela estivesse no centrobetvip vaquejadaquarentena. Mas ninguém queria se arriscar a sair da portabetvip vaquejadacasa.

"Ela estava desesperada no grupobetvip vaquejadaWhatsApp do condomínio, mas ninguém aceitava cuidar do gato dela. Então, eu mandei uma mensagem direto para ela e disse que aceitava ficar com ele, porque poderia isolar o gato num quarto. Eu me coloquei no lugar dela", conta Camila Félix.

A vizinha deixou o gato do ladobetvip vaquejadafora do apartamento, e Camila buscou o animal pouco antesbetvip vaquejadaa mulher ser retirada para o centrobetvip vaquejadaquarentena.

Ela só voltaria para o apartamento três semanas depois. "Quando ela retornou, eu coloquei o gato do ladobetvip vaquejadafora da porta dela, e ela pegou. Até hoje eu nunca vi a vizinha pessoalmente. Mas senti que precisava ajudar", diz.

"Já tive várias crisesbetvip vaquejadachoro pensando no que pode acontecer com meus cachorros se eu pegar covid."

Tentativabetvip vaquejadavoltar ao Brasil

Cansadabetvip vaquejadapassar por tantos períodos isolada durante a pandemiabetvip vaquejadacovid, que já dura dois anos, e assustada com a imprevisibilidade do lockdownbetvip vaquejadaXangai, Camila Félix quer retornar ao Brasil.

Mas está sem passaporte, porque entregou o documento para o departamento chinês responsável por renovar o vistobetvip vaquejadatrabalho dela.

Ela receberia o passaportebetvip vaquejadavoltabetvip vaquejadauma semana, mas a espera já dura 50 dias. "O visto,betvip vaquejadatese, ficaria pronto no dia 6betvip vaquejadaabril, mas desde então não tive notícias. Os serviçosbetvip vaquejadaimigração foram suspensos e eles não me respondem", conta.

Camila tem passagem comprada para retornar ao Brasil no finalbetvip vaquejadamaio, mas teme não conseguir deixar a China.

"Preciso do meu passaporte para voltar. O consulado do Brasil tem sido solícito, tentou informações, mas nem eles conseguiram notícias sobre meu passaporte."

"Querendo ou não, eu estou num país estrangeiro e não posso criticar o jeito como eles fazem as coisas. Sei do esforço dos voluntários. Muitos estão morando nos comitês, sem ir para casa há maisbetvip vaquejadaum mês. Mas o que posso fazer é lutar pelo meu bem-estar, pelo bem-estar dos meus animais e ajudar as pessoas como eu puder, para a gente sair dessa."

Línea

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