'Fiqueibetfair bonuspedaços': o calváriobetfair bonustorturas e amputaçõesbetfair bonusum ucranianobetfair bonusprisão russa:betfair bonus
É um dia clarobetfair bonusprimaverabetfair bonusZaporizhzhia, no sul da Ucrânia, mas os russos bombardeiam a região e as janelas do hospital estão escurecidas. O ar na enfermaria é quente e denso.
Nikita havia sido devolvido à Ucrânia apenas três dias antes, como partebetfair bonusuma trocabetfair bonusprisioneiros, e levado para este hospital com outro homem.
Eles passaram três semanas sombriasbetfair bonusuma prisão na Rússia. O outro homem, Serhiy Vasylyha, 28, foi devolvido com os dois pés amputados. "Ele não teve a mesma sorte que eu", diz Nikita.
As trocasbetfair bonusprisioneiros estão sendo negociadas pela vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, que confirmou que Nikita foi enviadobetfair bonusvolta da Rússia. "Houve pessoas gravemente feridas nessa troca — membros amputados, sepse, outros ferimentos graves", conta Vereshchuk.
"Havia sinais clarosbetfair bonustortura", diz ela. "As histórias que eles nos contaram são terríveis."
A provaçãobetfair bonusNikita começou no iníciobetfair bonusmarço, quando o Exército russo entroubetfair bonusAndriivka, uma pequena vila a oestebetfair bonusKiev.
Nikita, que era assistentebetfair bonuslaboratóriobetfair bonusum hospitalbetfair bonusKiev, estava escondidobetfair bonusum porão frio e úmido sob o jardim com seu pai Sasha, as esposasbetfair bonusambos e o filhobetfair bonuscinco anosbetfair bonusNikita. Sasha é o padrastobetfair bonusNikita, mas eles se chamambetfair bonuspai e filho há anos.
Os russos estavam indobetfair bonuscasabetfair bonuscasa e tiraram os dois homens do porão e os espancaram, disse Nikita. "Houve tiroteios, pessoas na aldeia estavam sendo mortas, foi aterrorizante."
Eles foram vendados e levados sob a mirabetfair bonusuma arma para o que parecia ser um campo, onde foram torturados.
Nikita tem uma cicatriz recente na articulação do dedo, que ele diz ter sido provocada por uma chave inglesa pressionada contra suas juntas pelos russos. Ele ouvia outros ao seu redor, mas não sabia quantos ou quem eram.
"Tudo o que me lembrobetfair bonuspensar é onde está meu pai? E se ele não estiver mais comigo?"
Os russos tiraram suas botas, encheram-nasbetfair bonuságua e as colocarambetfair bonusvolta. Em seguida, os prisioneiros foram forçados a deitarbetfair bonusbruços no campo no frio congelante.
"Nós ficamos assim por três ou quatro noites, sob a chuva, ficando cada vez mais frio", lembra Nikita.
Quando ele não conseguiu mais ouvir os soldados russos por perto, Nikita perguntou baixinho: "Pai, você está aí?". E a vozbetfair bonusSasha voltou calmamente. Eles estavam juntos. A partir desse momento, eles continuariam conversando sempre que parecesse seguro, tranquilizando um ao outro.
Enquanto eles estavam no campo, um frio profundo atingiu os pésbetfair bonusNikita. Logo ele não conseguia mais senti-los. Então os projéteis começaram a cair perto deles, anunciados por estrondos estremecedores.
"Nós ficamos por um longo tempo assim no chão, dizendo adeus às nossas vidas repetidamente", diz Nikita.
Eventualmente, eles foram puxados do chão e carregadosbetfair bonuscaminhões. Com os olhos vendados, Nikita tinha dificuldade para avaliar a duração da viagem.
Em algum momento, eles foram combinados com outro grupobetfair bonusprisioneiros e carregadosbetfair bonushelicópteros. A fome estava se instalando — eles só haviam recebido uma tigelabetfair bonusmingau, um pedaçobetfair bonuspão e um biscoito desde que foram levados, conta Nikita.
Dos helicópteros, eles foram transferidos para um aviãobetfair bonuscarga. Nikita sentiu os motores funcionando e o avião acelerando pela pista e decolando. Ele supôs que estava com cercabetfair bonus10 ou 12 outros prisioneiros.
"Você está bem?", disse elebetfair bonusvoz alta, acima do som dos motores.
"Sim, estou bem", respondeu Sasha.
De volta à aldeia, as esposasbetfair bonusNikita e Sasha, Nadia e Svitlana, e o filhobetfair bonusNikita, Artem, haviam se mudadobetfair bonusseu porão para um abrigo maior no subsolo da casa do vizinho. Elas não tinham ideiabetfair bonusonde seus maridos estavam.
Algumas casas adiante, os paisbetfair bonusSasha, Nadia e Volodymyr, também estavam começando a se preocupar. Sasha havia paradobetfair bonusatender suas ligações, mas era impossível se aventurar forabetfair bonuscasa para descobrir se ele estava seguro.
Choviam projéteis ao redor da aldeia e, durante as pausas dos bombardeios, os soldados russos saqueavam as casas. Por maisbetfair bonusum mês, durante a ocupação, nenhuma família soube o que estava acontecendo com as outras da vizinhança.
Em algum momento, Nikita e Sasha cruzaram o espaço aéreo russo e o aviãobetfair bonuscarga começou a descer. Eles foram levados para um campobetfair bonusdetenção onde suas vendas foram finalmente removidas e eles se viram. Eles se abraçaram.
Os russos também usaram a chave inglesa nos dedosbetfair bonusSasha, diz Nikita, masbetfair bonusforma ainda pior, e umbetfair bonusseus dedos estava pendurado por uma pequena quantidadebetfair bonustecido e pele. Ele foi levado para um hospitalbetfair bonuscampanha para tratamento.
Nikita finalmente pôde ver seus pés. Os dedos dos pés haviam se tornado pretos. Ele sabia que estavam ficando gravemente congelados por causa do frio e pediu atendimento médico. No hospitalbetfair bonuscampanha, eles secaram e enfaixaram os dedos dos pés, mas foi só isso.
Puseram suas botasbetfair bonusvolta e, depoisbetfair bonuscinco dias no campo, os prisioneiros foram transportadosbetfair bonuscaminhão para o Centrobetfair bonusDetenção Pré-Julgamento Número 1 — uma prisão na cidade russabetfair bonusKursk.
Os novos presos foram uniformizados e tiveram os cabelos cortados. Foram informadosbetfair bonusque seriam "vacinados", o que acabou se revelando um eufemismo para espancamento, diz Nikita.
Quando ele e Sasha foram trancadosbetfair bonusuma cela com outras 10 pessoas, Nikita já imaginava que poderia perder as duas pernas.
"Naquela primeira noite, percebi que não conseguia sentir nem controlar meus pés", lembrou ele. "E eles começaram a cheirar mal".
Outros estavam enfrentando a mesma situação sombria. Alguns mais tarde perderiam membros inteiros.
Os cuidados na prisão eram mínimos — uma injeçãobetfair bonusantibiótico e trocasbetfair bonuscurativos uma vez a cada três dias. De acordo com Nikita, o médico da prisão lhe disse: "Temos bons remédios e tratamento médico aqui, mas não para você".
Os prisioneiros se entretinham na cela falando sobre suas famílias e contando piadas. Eles foram forçados a decorar canções russas patrióticas e apresentá-las para os guardas, disse Nikita.
"O hino da Rússia; outra canção repugnante que glorifica Putin. Eles nos passaram as músicas pela manhã e nos disseram para aprendê-las até a hora do almoço", diz ele.
Eles eram interrogados duas ou três vezes por dia e espancados, conta. Depois, eram obrigados a assinar documentos declarando que haviam sido bem tratados e alimentados e que não haviam sido feridos. Foi assim que souberam onde estavam, porque os documentos estavam carimbados com "Centrobetfair bonusDetenção Pré-Julgamento 1betfair bonusKursk".
Depoisbetfair bonustrês semanas na prisão, a condição dos pésbetfair bonusNikita piorou dramaticamente, e ele finalmente foi transferido para o hospital com outras duas pessoas. Um cirurgião lhe disse que ia amputar todos os dedos dos pés.
"Eles estavambetfair bonuscondições tão ruins que durante o exame um dos meus dedos do pé simplesmente caiu", diz Nikita.
Ele passou uma semana no hospital após a cirurgia, antes que um oficial lhe dissesse que ele e vários outros homens gravemente feridos seriam enviados para casa "para serem cuidados por suas famílias".
Vereshchuk, a vice-primeira-ministra, diz que os russos tentaram trocar reféns civis por prisioneiros militares russos na Ucrânia — uma medida proibida pela Convençãobetfair bonusGenebra.
"É por isso que eles capturaram todos esses reféns — civis, mulheres, funcionários dos conselhos locais, para tentar usá-los", diz ela.
"Sabemos que há maisbetfair bonusmil reféns lá — incluindo quase 500 mulheres. Sabemos que estãobetfair bonusprisões e centrosbetfair bonusdetenção preventivabetfair bonusKursk,betfair bonusBriansk,betfair bonusRiazan,betfair bonusRostov."
Nikita nunca foi levadobetfair bonusvolta à prisãobetfair bonusKursk, onde viu Sasha pela última vez. Do hospital, ele foi carregado mais uma vezbetfair bonusum aviãobetfair bonuscarga, desta vez para Simferopol, na Crimeia.
As autoridades russas disseram a Vereshchuk que não tinham ambulâncias reservas, então prisioneiros gravemente feridos foram colocados na traseirabetfair bonuscaminhões vazios para a viagembetfair bonuscinco horas até a troca.
No pontobetfair bonusencontro, os russos colocaram os feridos na estradabetfair bonussuas macas e foram embora, e os soldados ucranianos vieram buscá-los.
Nikita ainda não acreditava que estava na Ucrânia, diz ele, até o momentobetfair bonusque um dos soldados o olhou nos olhos e dissebetfair bonusucraniano: "Bem-vindobetfair bonusvolta, amigo".
"Eu estavabetfair bonuspedaços", disse ele. "Eu sabia que estavabetfair bonusvolta à minha terra natal."
Mas ele não sabia sebetfair bonusfamília estava viva. Ele não sabia nada do que havia acontecido na Ucrânia no mês passado. Nikita deu a um oficial ucraniano o númerobetfair bonussua esposa Nadia e esperou, com o coração batendo forte no peito.
"Eu estava apenas esperando o sombetfair bonusdiscagem, para saber pelo menos que o telefone dela estava ligado", disse ele. "Então começou a discar e ela recusou a ligação, e eu sabia que ela estava viva."
Na segunda tentativa, Nadia atendeu. Ela lhe disse que estava na Bélgica com Artem e eles estavam seguros.
"Por cinco minutos nós apenas choramos no telefone", diz Nikita. "Tentamos falar um com o outro, mas não conseguimos. Havia lágrimas escorrendo pelo meu rosto. Só ouvi ela dizer olá e eu não conseguia respirar."
Nadia ligou para o irmãobetfair bonusSasha, Vyacheslav, e seus pais, Nadia e Volodymyr, para dar a notícia. Mas ainda faltava um grande pedaço.
"Sabemos que Sasha estava vivo quando Nikita partiu, mas isso foi há duas semanas", diz a mãe dele. "Então, ainda estamos aqui esperando. Ainda não estamos bem."
Desdebetfair bonuschegada à Ucrânia, Nikita vinha tentando conseguir uma transferênciabetfair bonusZaporizhzhia para o hospitalbetfair bonusKiev, onde trabalhava. O pedido parecia estar parado. Então,betfair bonusrepente, na manhãbetfair bonusterça-feira, uma enfermeira entrou para dizer que ele estava indo para casa.
Depoisbetfair bonusuma longa viagembetfair bonusambulância pelo país, Nikita foi recebido como um herói por seus colegas do Hospital Civilbetfair bonusKiev nº 5. Ele foi levado para uma sala privada com uma grande janela aberta com vista para os pinheiros.
O chefebetfair bonusmedicina e o cirurgião-chefe vieram visitá-lo. Eles estavam esperando nervosamente por notíciasbetfair bonusNikita, e ambos foram às lágrimas por seu retorno. Doisbetfair bonusseus outros colegas, um casal, haviam sido mortos recentemente com seus filhos por um projétil russo.
"Significa tudo para nós tê-lobetfair bonusvolta", diz o cirurgião Yuriy Shylenko. "Ele vai precisar reaprender a andar, mas vamos fazer tudo por ele."
Nikita calça um parbetfair bonuschinelos hospitalares e mostra seu progresso se levantando e dando alguns passos. Os médicos conversam sobre seus planosbetfair bonusrecuperação. Mas ele não estava realmente ouvindo.
"Eu só tenho uma coisabetfair bonusmente", diz ele, depois que eles saíram. "Voltar para minha esposa e filho."
Anna Pantyukhova contribuiu com esta reportagem.
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