Guerra da Ucrânia: o papel das milícias dos dois lados do conflito:b2xbet app

Do lado oposto, a Ucrânia depende fortementeb2xbet appmilícias estabelecidas, como o Batalhão Azov, assim comob2xbet appmilícias civis recém-formadas, para repelir as forças armadas russas.

As milícias são grupos armados não-estatais geralmente recrutados entre a população civil para apoiar as forçasb2xbet appsegurança do Estado, sobretudob2xbet appsituaçõesb2xbet appemergência.

Estes grupos paramilitares e quase institucionais fortalecem tantob2xbet appquantidade — e, às vezes,b2xbet appqualidade — a capacidade militar do Estado.

Os governos muitas vezes contratam gruposb2xbet appmilícias para realizar operações contra organizações rebeldes armadas durante guerras contra insurgência.

Na Colômbia, o governob2xbet appBogotá contou com o apoiob2xbet appgrupos paramilitaresb2xbet appdireita — muitas vezes treinados pelos EUA — emb2xbet appguerra contra as Farc e outros grupos insurgentesb2xbet appesquerda.

As milícias também têm sido usadas pelos governos como proteção contra ameaças internas, como ameaçasb2xbet appgolpesb2xbet appoutros agentes estatais, incluindo as forças armadas.

Dependendo da proximidade da milícia com o governo, o Estado pode fornecer armas, recursos, treinamento e inteligência ao grupo.

Em outros casos, um estado pode delegar poder a uma milícia para realizar operações militaresb2xbet appseu nome.

Combatentes pró-Rússia

As milícias também têm sido frequentemente usadas por Estadosb2xbet appguerras interestatais, então seu uso na guerra na Ucrânia não é surpreendente. O surpreende é o papel que estas milícias estão desempenhando no conflito.

As milícias mobilizadas pela Rússia são rigidamente controladas, recrutadas, dirigidas e financiadas pelo governo e pelas forças armadas russas.

Do lado ucraniano, a relação Estado-milícia é mais ambígua e fluida, com o governob2xbet appKiev nem sempre garantindo controle direto sobre as milícias pró-Ucrânia, que podem ser consideradas grupos armados semi-independentes ou independentes.

No iníciob2xbet appmarço, descobriu-se que a Rússia havia contratado a milícia chechena Kadyrov para realizar operações específicas na Ucrânia, incluindo uma conspiração para matar o presidente Zelensky.

A mobilização da milícia pela Rússia também foi vista como uma formab2xbet appguerra psicológica, uma vez que foi concebida para incutir medo e terror nas mentes das forças armadas e da população civil ucraniana, dada a brutalidade associada à milícia Kadyrovb2xbet appconflitos passados.

As forças russas também começaram a recrutar voluntáriosb2xbet appmilícias pró-Assad envolvidas na guerra civil da Síria. Acredita-se que estas milícias já estejam na Rússia aguardando serem enviadas para a Ucrânia.

Já o Wagner Group — diferentementeb2xbet appoutras milícias mobilizadas pela Rússia — tem estado fortemente envolvidob2xbet appalcançar os objetivosb2xbet apppolítica externa da Rússia na África e no Oriente Médio, com proficiência e eficiência tática.

O grupo é altamente profissional e funciona quase como uma organizaçãob2xbet appforças especiais.

Milícias pró-Ucrânia

As milícias pró-Ucrânia, enquanto isso, tendem a ser mais autônomas do que suas contrapartes russas, e adotaram com sucesso táticasb2xbet appguerrilha para repelir colunasb2xbet apptanques e tropas russas muito superiores.

O Batalhão Azov é a mais proeminente das milícias não estatais da Ucrânia. Ele cooperou com as forças armadas oficiais do país e foi parcialmente cooptado para a guarda nacional, embora tenha mantidob2xbet appidentidade e independência semiautônoma.

A milícia foi formadab2xbet app2014b2xbet appresposta aos rebeldes separatistas pró-Rússia que operam na regiãob2xbet appDonbas, no leste da Ucrânia.

Acredita-se que seja uma organizaçãob2xbet appextrema direita que surgiub2xbet appum movimento políticob2xbet appextrema direita, o Svoboda, criado para promover a política nacionalista branca anti-imigrantes.

Uma sérieb2xbet appoutras milícias pró-Ucrânia menores também estão engajadas no combate às forças terrestres russas, incluindo o Batalhão Dnipro, financiado pelo magnata ucraniano Ihor Kolomoisky.

Enquanto isso, o governo ucraniano armou grandes parcelas da população civil — criando, na verdade, uma milícia pró-governob2xbet appmobilizaçãob2xbet appmassa.

Estes cidadãos também promoveram ataques rápidos contra unidades russas com armas pequenas e coquetéis molotov.

A milícia civil ajudou na preparaçãob2xbet appdefesas urbanas nas cidades ucranianas contra possíveis avanços russos.

O combate parece destinado a se deslocar para as regiões ao leste da Ucrânia, após as forças russas terem fracassadob2xbet apptomar Kiev na primeira parte da guerra.

Donbas é um focob2xbet appconflito contra grupos separatistas pró-Rússia desde 2014 e tem a maior concentraçãob2xbet appfalantesb2xbet apprusso.

Se a guerra se deslocar para o lesteb2xbet appdireção à regiãob2xbet appDonbas, o mesmo acontecerá com as milícias já envolvidas no conflito. Abusosb2xbet appdireitos humanos foram cometidos por milícias aqui no passado.

Longe dos centros urbanosb2xbet appKiev e Kharkiv, a supervisão destas milícias pelas forças armadas regularesb2xbet appambos os lados pode se tornar mais limitada.

* Dale Pankhurst é alunob2xbet appdoutorado da Escolab2xbet appHistória, Antropologia, Filosofia e Política da Queen's University Belfast, na Irlanda do Norte.

Este artigo foi publicado originalmente no siteb2xbet appnotícias acadêmicas The Conversation e republicado aqui sob uma licença Creative Commons. Leia aqui a versão original (em inglês).

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