Por que guerra na Ucrânia é um grande desafio para China:nova casa de aposta 2024

Em seus pronunciamentos públicos, o governo chinês pediu que todos os lados do conflito diminuam as tenções na Ucrânia. Mas, agora que a Rússia abandonou toda moderação, e a crise se agrava, como fica a posição oficial da China?

O governo chinês acredita não poder ser visto como apoiadornova casa de aposta 2024uma guerra na Europa, mas também quer fortalecer seus laços militares e estratégicos com Moscou.

O maior parceiro comercial da Ucrânia é a China, e Pequim gostaria, idealmente,nova casa de aposta 2024manter boas relações com Kiev. Isso, porém, pode ser algo difícilnova casa de aposta 2024sustentar, quando a China está tão claramente alinhada com o governo que está enviando tropas para o território ucraniano.

Também existe o potencialnova casa de aposta 2024um abalo nas relações comerciais entre a Europa Ocidental e a China, se os europeus avaliarem que Pequim está apoiando a agressão russa.

Mudança na política externa chinesa?

Uma mensagem repetida constantemente pelos líderes chineses é anova casa de aposta 2024que o país não interferenova casa de aposta 2024assuntos internosnova casa de aposta 2024outros e que outras nações não deveriam interferirnova casa de aposta 2024suas questões internas.

Em uma postagem na rede social Twitter, o proeminente diplomata chinês Liu Xiamong reiterou que a China nunca "invadiu outros países [ou] engajou-senova casa de aposta 2024guerras por procuração", acrescentando que o país estava comprometido com o caminho da paz.

Na semana passada, num gesto considerado surpreendente, a China absteve-se do voto do Conselhonova casa de aposta 2024Segurança da ONU condenando a invasão russa da Ucrânia.

Alguns analistas haviam esperado que Pequim se juntasse à Rússia votando contra a moção, mas o fatonova casa de aposta 2024que optou pela abstenção foi descrito como uma "vitória do Ocidente" — e é um sinalnova casa de aposta 2024ausêncianova casa de aposta 2024interferência por partenova casa de aposta 2024Pequim.

Entretanto, a China está longenova casa de aposta 2024condenar a situação, com Wang Wenbin, porta-voz do Ministério do Exterior chinês, recusando-se a referir-se ao que está acontecendo na Ucrânia como uma "invasão".

Também há relatos não confirmadosnova casa de aposta 2024que Pequim estava ciente da situação e que decidiu fazer vista grossa. Segundo uma reportagem do jornal americano The New York Times, citando oficiais americanos não identificados, os EUA pediram repetidamente à China, nos últimos meses, que interviesse e convencesse a Rússia a não invadir a Ucrânia.

O jornal, no entanto, acrescentou que os oficiais depois descobriram que Pequim havia compartilhado essa informação com Moscou, dizendo que os EUA estavam tentando semear discórdia e que a China não tentaria impedir os planos russos.

Paralelos com Taiwan

Para o Partido Comunista Chinês, o que preocupa mais é como a atual crise poderá impactar seu próprio povo enova casa de aposta 2024visãonova casa de aposta 2024mundo.

Por esse motivo, está manipulando e controlando as informações sobre a situação na Ucrânia nanova casa de aposta 2024imprensa e mídias sociais.

Não demorou muito para Taiwan ser envolvida no meio da crise. A ilha é considerada pelo Partido Comunista como essencialmente uma província dissidente que precisa ser reunificada ao território continental chinês.

No Weibo, uma espécienova casa de aposta 2024Twitter chinês, nacionalistas chineses usaram a invasão russa da Ucrânia para convocar seu país a seguir o exemplo, com comentários como: "É a melhor oportunidade para retomar Taiwan agora!".

Quando o governo chinês rejeitou a imposiçãonova casa de aposta 2024sanções contra a Rússia, nos últimos dias, sabia que poderia receber tratamento semelhante se decidir tomar Taiwan à força, no que seria uma operação custosa e sangrenta.

Durante um encontro regular com a imprensanova casa de aposta 2024Pequim, Hua Chunying, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, disse que a China nunca acreditou que sanções eram a melhor formanova casa de aposta 2024resolver problemas entre nações.

Entretanto, se cidadãos chineses começarem a ligar os pontos com as justificativas da Rússia para invadir a Ucrânia e as aplicarem para seu próprio país, isso pode abalar toda a explicação do governo chinês para suas próprias fronteiras atuais.

Censura e críticas nas redes sociais

Vladimir Putin diz, com a invasão da Ucrânia, estar libertando cidadãos dentro da Ucrânia que falam russo e têm ligação com a Rússia. Então, o que dizer daqueles com ligações étnicas com a Mongólia, a Coreia, o Quirguistão e outros que são hoje parte da China? Ainda mais potencialmente explosivo para Pequim, o que dizer caso tibetanos ou uigures renovem seus pedidos por maior autonomia ou mesmo independência?

Garantir que isso não aconteça é mais importante para o governonova casa de aposta 2024Xi Jinping do que qualquer outra coisa.

Conseguido isso, com base nas declarações nas redes sociais chineses é preciso vernova casa de aposta 2024que direção a mídia do Partido Comunista está levando a populaçãonova casa de aposta 2024termos da forma com que os chineses deveriam ver os movimentosnova casa de aposta 2024Putin no Leste Europeu.

Na segunda-feira, dia 28, o jornal Beijing Daily, ligado ao Estado chinês, republicou uma declaração da embaixada russanova casa de aposta 2024Pequimnova casa de aposta 2024que pedia ao mundo que não ajudasse o governo "neonazista"nova casa de aposta 2024Kiev.

Nas mídias sociais chinesas, comentários sobre Ucrânia e Rússia também são controladosnova casa de aposta 2024perto. Entre o conteúdo postado, podem ser encontrados frases como: "Putin é incrível!"; "Eu apoio a Rússia, me oponho aos EUA. É tudo que quero dizer"; "Os americanos sempre querem bagunçar o mundo!".

Claramente ainda existe, porém, um certo cuidado por parte da China. O governo voltou atrás numa numa proclamação inicialnova casa de aposta 2024que a embaixada chinesanova casa de aposta 2024Kiev inicialmente aconselhou cidadãos chineses a exibir bandeiras chinesasnova casa de aposta 2024seus carros, para ajudar uns aos outros, ao mesmo tempo que "mostravam a força da China".

Depoisnova casa de aposta 2024alguns diasnova casa de aposta 2024guerra, isso mudou para uma recomendação para que as pessoas não "revelem intencionalmentenova casa de aposta 2024identidade ou exibam sinais que as identifiquem".

Alguns especularam que essa mudança deveu-se ao fatonova casa de aposta 2024que os chineses poderiam correr risco, com a chegada à Ucrânianova casa de aposta 2024notícias sobre a mídia do Partido Comunista Chinês promovendo apoio às açõesnova casa de aposta 2024Vladimir Putin.

Tem havido, no entanto, críticos que ainda conseguem se pronunciar. Durante o fimnova casa de aposta 2024semana, cinco acadêmicos chinesesnova casa de aposta 2024destaque escreveram uma carta aberta denunciando as ações da Rússia.

"Isso é uma invasão. Como diz o ditado chinês: 'Você não pode chamar um veadonova casa de aposta 2024cavalo'", disse o historiador Xu Guoqi, secundo um relato da agênciasnova casa de aposta 2024notícias Reuters. Horas depoisnova casa de aposta 2024ser publicada, a carta foi tirada do ar por censores que agem na internet.

É difícil ter uma verdadeira ideianova casa de aposta 2024quantas pessoas na China estão pedindo por paz, quando não se sabe quantas postagens na internet foram censuradas - e quantas postagens criticando os EUA foram promovidas.

Um usuárionova casa de aposta 2024redes sociais escreveu: "Eu não entendo por que tanta gente apoia a Rússia e Putin. Invasão deve ser vista como justiça? Nós deveríamos nos opor a qualquer formanova casa de aposta 2024guerra!".

Segundo outro usuário: "Putin reconhece a independêncianova casa de aposta 2024regiões separatistas da Ucrânia, o que é obviamente uma interferência nos assuntos internosnova casa de aposta 2024um outro país".

Essa última postagem expressa precisamente a conclusão a que Pequim não quer quenova casa de aposta 2024população chegue. É a essência do campo minado sobre o qual o governo chinês está andando.

Questionado se o que está acontecendo agora na Ucrânia representa uma invasão, a porta-voz Hua Chunying disse numa entrevista coletiva que "o contexto histórico é complicado" e que a atual situação é "causada por uma sérienova casa de aposta 2024fatores".

Há uma grande turbulência se desenrolando na Europa. e Xi Jinping tem escolhas importantes a fazer sobre como seu país lidará com ela.

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