Covid-19: Empresas punem funcionários sem vacina nos EUA, onde 99% dos mortos por covid não se vacinaram:b1bet com
b1bet com O avançob1bet commais uma ondab1bet cominfecções por covid-19 nos Estados Unidos tem levado governos, empresas e universidades a obrigarem funcionários e estudantes a se vacinar contra doença, sob o riscob1bet comdemissão ou expulsão.
Atualmente, quase 70% das pessoas com 12 anos ou mais nos EUA receberam pelo menos uma dose da vacina,b1bet comacordo com os últimos dados do Centrob1bet comPrevenção e Controleb1bet comDoenças (CDC). Mas as taxasb1bet comvacinação variam ao redor do país. As regiões Sul e Meio-Oeste, que agora estão enfrentando aumentosb1bet comcasosb1bet comcovid-19, têm taxas muito mais baixas.
O impacto também é bastante desigual entre quem foi imunizado e quem não foi. Segundo dados divulgados por autoridades americanas, 97% dos hospitalizados por covid e maisb1bet com99% das mortes pela doença sãob1bet compessoas que não foram vacinadas.
O avanço da variante delta, que é mais contagiosa e agressiva que outras versões do coronavírus Sars-CoV-2, fez com que o governo dos EUA voltasse atrás emb1bet comrecomendação sobre máscaras. Dados apontam que, com a delta, vacinados tendem a transmitir mais o vírus.
Diante desse cenário, maisb1bet com500 faculdades e universidades impuseram exigênciasb1bet comvacinas, assim como governos (a exemplo da administração federal) e grandes empresas, entre elas Walmart, Google, Netflix, Uber, McDonalds, Disney, United Airlines, Facebook, Twitter, Apple, Ford e General Motors.
O Google anunciou que a medida iniciada nos EUA será estendida para seus 144 mil funcionários ao redor do mundo.
A Netflix implementou a mudança depois que novos protocolosb1bet comsegurança foram firmados entre os sindicatos e estúdiosb1bet comHollywood, a fimb1bet compermitir que empresas adotem políticasb1bet comvacinação obrigatória para membros do elenco e equipe.
O ator Sean Penn, por exemplo, defende que a nova política seja estendida para todos os integrantes da produção, não apenas aqueles classificados como "zona A" (atores e membros da produção que tenham contato próximo com eles).
Ele disse recentemente que não voltaria a trabalhar na série dramática Gaslit a menos que todo o elenco e equipe estivessem vacinados.
Em maio, o governo dos EUA afirmou que não havia impedimentos legais para empregadores que exigissem que seus funcionários fossem vacinados contra a covid-19.
O próprio presidente Joe Biden, inclusive, determinou que os 2 milhõesb1bet comfuncionários federais apresentem comprovanteb1bet comvacinação ou sejam submetidos a testes obrigatórios e usob1bet commáscara.
Para advogados especialistas ouvidos pela agênciab1bet comnotícia Reuters, um dos fundamento legais desse tipob1bet commedida é que exigir vacinas contra covid-19 seria uma formab1bet como empregador cumprir seu deverb1bet comreduzir os riscos no localb1bet comtrabalho.
A estratégia tem levado a batalhas jurídicas. Em uma delas, 117 funcionários do Hospital Metodistab1bet comHouston, no Estado do Texas, afirmam que foram demitidos injustamente por terem recusado vacina contra covid-19.
A ação foi rejeitada pelo juiz Lynn Hughes, nomeado pelo ex-presidente republicano Ronald Reagan, do mesmo partidob1bet comDonald Trump. Segundo o magistrado, o hospital não violou nenhuma lei estadual.
Outro caso que atraiu holofotesb1bet comtorno dessa disputa envolveu a redeb1bet comtelevisão CNN.
A empresa demitiu três funcionários por entraremb1bet comum escritório sem terem sido vacinados contra a covid.
O chefe da CNN, Jeff Zucker, citou a demissãob1bet comum comunicado da empresa. A vacinação é obrigatória para qualquer pessoa que atueb1bet comcampo, trabalhe com qualquer outro funcionário ou frequente um escritório.
"Deixe-me ser claro: temos uma políticab1bet comtolerância zero sobre isso", disse Zucker, presidenteb1bet comnotícias e esportes da WarnerMedia.
Último recurso?
As medidas que obrigam estudantes e funcionários a se vacinarem contra a covid-19 surgem como a mais recente tentativab1bet comfazer com que os cidadãos dos EUA recebam doses do imunizante.
Os EUA estão entre os poucos países no mundo onde as vacinas estão disponíveis para quem quiser. Mas, como algumas nações, têm enfrentado dificuldade para avançar com seu programab1bet comimunização.
Por isso, há meses são adotadas iniciativas para incentivar as pessoas, incluindo brindes como ingressos grátis, sorteios milionários, vale-compras, comida, passagens e até maconha.
Além da obrigatoriedade da vacina, Biden passou a defender e incentivar nos Estados o pagamentob1bet comUS$ 100 (cercab1bet comR$ 525) para quem for se vacinar atualmente.
Mas isso funciona?
Biden cita os Estados do Novo México,b1bet comOhio e do Colorado como argumento para incentivar o pagamentob1bet comUS$ 100, alegando que essa medida ajudou a aumentar as taxasb1bet comvacinação nessas localidades.
No Novo México, pessoas que foram totalmente vacinadas entre 14 e 17b1bet comjunho receberam US$ 100. A quantidadeb1bet comaplicações da vacina da Janssen nesse período quadruplicou, e por ser dose única era também a via mais rápidab1bet comreceber o dinheiro. Maisb1bet com20 mil pessoas foram beneficiadas.
Em Ohio, o governador está oferecendo aos funcionários estaduais US$ 100 para serem vacinados e US$ 25 (R$ 130) para seus cônjuges, se eles fizerem o mesmo. Mas ainda não é possível aferir o impacto da medida porque ela foi adotada nos últimos diasb1bet comjulho.
No entanto, uma iniciativa semelhante adotada na capital do Estado, Columbus, no iníciob1bet comjulho, levou a triplicar a taxab1bet comvacinação semanal.
Por fim, desde 22b1bet comjulho no Colorado pessoas vacinadas recebem um cartão-presenteb1bet comUS$ 100 para gastarb1bet comlojas da Walmart. Mas ainda não foi percebido nenhum aumento significativo na taxab1bet comvacinação local.
Sobre o impacto da obrigatoriedade da vacina nas taxasb1bet comimunização, o principal exemplo recente é a França. O atestadob1bet comvacinação completa, chamado "passe sanitário", se tornou um documento vital para ter acesso à maioria dos lugares na França.
Depois que o presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou a medida, houve uma corrida na internet para marcar a vacinação contra a covid-19 (2 milhõesb1bet comagendamentos nas primeiras 48 horas) e o ritmo vem se mantendo elevado.
A medida também gerou reação. Protestos contra o atestadob1bet comvacinação também vêm crescendo no país, apesar do períodob1bet comfériasb1bet comverãob1bet comque muitas pessoas viajam.
Essas manifestações, aos gritosb1bet com"liberdade", atraem um público heterogêneo. Há pessoas que se vacinaram, mas são contra as restrições impostas pelo governo, mas há principalmente céticosb1bet comrelação à vacina contra a covid-19, o que inclui profissionaisb1bet comsaúde, e antivacinasb1bet comgeral, adeptosb1bet comteorias conspiratórias.
Especialistas dizem que alguns jovens saudáveis nos EUA sentem que falta urgência para serem imunizados e que não haveria pressa deles para se vacinar. Alguns também manifestam preocupação com a segurança das vacinas.
Jennifer Kates, vice-presidente da Kaiser Family Foundation, que faz pesquisas que monitoram o sentimento do públicob1bet comrelação à vacina, diz: "Algumas pessoas manifestam preocupações com a segurança das vacinas e dizem que há maior probabilidadeb1bet comse vacinarem quando uma vacina é totalmente aprovadab1bet comvezb1bet comapenas autorizada."
E acrescenta: "Uma parte persistenteb1bet comcercab1bet com20% são contra se vacinar e dizem que não serão vacinadosb1bet comforma alguma, ou apenas o farão se exigido pelo seu empregador".
No Brasil, o Supremo Tribunal Federal determinou que União, Estados e municípios podem adotar medidas para obrigar a população a se vacinar contra o coronavírus.
Para a ampla maioria dos ministros, o poder público não pode forçar fisicamente as pessoas a se imunizar, mas os governos poderão adotar sanções indiretas, como proibir os não vacinadosb1bet comfrequentar certos lugares ou exercer determinadas atividades.
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