A históriaimposto aposta esportivaSara Rogel, jovem salvadorenha que passou quase uma década presa por aborto:imposto aposta esportiva

imposto aposta esportiva A salvadorenha Sara Rogel estava prestesimposto aposta esportivaterminar seus estudos quando recebeu a sentençaimposto aposta esportiva30 anosimposto aposta esportivaprisão.

Em outubroimposto aposta esportiva2012, a jovem, então com 18 anos, foi presa e condenada por "homicídio qualificado", depoisimposto aposta esportivapassar por um aborto que, segundo ela, foi resultadoimposto aposta esportivauma queda.

"Foi um acidente que virou minha vidaimposto aposta esportivacabeça para baixo. Eu amava meu bebê e, por um tombo, fui parar na cadeia", disse elaimposto aposta esportivaentrevista coletiva na última terça-feira (8/6), apósimposto aposta esportivalibertação.

Passados quase dez anos da detençãoimposto aposta esportivaSaraimposto aposta esportivaum presídio feminino, a Justiçaimposto aposta esportivaEl Salvador decidiu comutarimposto aposta esportivapena e, depoisimposto aposta esportivavárias audiências e processos, um juiz decretou, no fimimposto aposta esportivamaio,imposto aposta esportivaliberdade condicional.

"Foi muito difícil, porque me dei contaimposto aposta esportivatantas coisas já presa. Roubaram meus sonhos, desdeimposto aposta esportivapoder saber onde estava minha filha até terminar meus estudos, estar longe dos meus pais,imposto aposta esportivaquem eu nunca havia me separado, longe dos meus irmãos", contou.

Seu caso não é único: segundo a ONG Agrupación Ciudadana, que advoga pela descriminalização do abortoimposto aposta esportivaEl Salvador, outras 16 mulheres estão presas atualmente no paísimposto aposta esportivacircunstâncias similares.

O país centro-americano, bastante conservador eimposto aposta esportivamaioria católica, não prevêimposto aposta esportivalei nenhuma possibilidadeimposto aposta esportivaaborto, nem mesmo no casoimposto aposta esportivaestupro ouimposto aposta esportivarisco para a vida da mãe.

A rigidez legal faz com que dezenasimposto aposta esportivamulheres, principalmente nas regiões mais pobres, sejam anualmente presas pela morte dos seus fetos, até mesmo quando afirmam ter sofrido abortos espontâneos.

Existe expectativaimposto aposta esportivaque o governo do presidente Nayib Bukele, eleitoimposto aposta esportiva2019 com a promessaimposto aposta esportivareformas estruturais no país, promova mudanças também nessa área.

Mas qualquer decisão sobre o aborto teráimposto aposta esportivapassar antes pelo Congresso (no qual o partidoimposto aposta esportivaBukele tem ampla maioria desde março), que não levantou discussões sobre o tema.

O casoimposto aposta esportivaSara Rogel

Sara Rogel afirmou que nunca imaginou queimposto aposta esportivagravidez se converteriaimposto aposta esportivaum pesadelo.

"Eu amava a minha bebê. Tinha tudo o que uma mãe desejaria, que é ter seu bebê, que estava prestes a chegar", disse emimposto aposta esportivaentrevista coletiva.

Segundo ela, aos oito mesesimposto aposta esportivagestação, ela sofreu uma queda emimposto aposta esportivacasa, na zona rural do centro do país, e foi levada inconsciente ao hospital. "Não sabia o que tinha acontecido, não sabia nada da minha filha", declarou.

Segundo denunciam coletivos feministas, quando mulheres que chegam aos hospitaisimposto aposta esportivaEl Salvador com sintomasimposto aposta esportivaaborto induzido ou espontâneo, equipes hospitalares muitas vezes chamam a polícia antes mesmoimposto aposta esportivainiciar seu tratamento.

"Quando me dei conta já estava privadaimposto aposta esportivaliberdade, sem saber onde estavam meus pais, o que tinha acontecido com a minha bebê", contou.

Agora, tendo passado quase uma década presa, a jovem acredita que o ocorrido acabou com suas aspirações.

"Queria me formarimposto aposta esportivaenfermagem e infelizmente aconteceu tudo isso", lamentou.

Na prisão, "desejava voltar pra minha casa, estar com meus pais, com a minha família".

"Foi muito doloroso, porque nunca imaginei queimposto aposta esportivauma vez só perderia minha filha e, pior, que fosse parar atrás das grades por tantos anos quando não tive culpa", declarou.

Sara afirmou também queimposto aposta esportivamissão agora é dar visibilidade à situaçãoimposto aposta esportivamulheres que continuam presasimposto aposta esportivaEl Salvador por casos semelhantes ao seu.

"Hoje estou aqui pedindo que se faça justiça para minhas companheiras que continuam presas. Porque, assim como eu sofri esse dano, há muita gente atrás das grades há muitos anos. Quero justiça para elas também", declarou.

Grupos femininas salvadorenhos denunciam que a penalização total do aborto afeta principalmente as mulheres mais pobres e vulneráveis,imposto aposta esportivaprocessos judiciais que, segundo esses ativistas, costumam ter irregularidades e ausênciaimposto aposta esportivagarantiasimposto aposta esportivadireitos.

Nos últimos anos, ações promovidas por esses grupos obtiveram a libertaçãoimposto aposta esportivaao menos 50 mulheres condenadas por aborto.

Em 2020, Cindy Erazo foi libertada depoisimposto aposta esportivapassar seis anos na cadeia, condenada a 30 anosimposto aposta esportivaprisão por homicídio qualificado, após ter uma emergência médicaimposto aposta esportivaseu oitavo mêsimposto aposta esportivagravidez.

Em 2019, Evelyn Hernández, também condenada a pena semelhante, depoisimposto aposta esportivaseu bebê recém-nascido ter sido encontrado morto no banheiro onde ela deu à luz e desmaiou, foi libertada após passar quase três anos na prisão.

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