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Vacina contra covid: os latino-americanos que viajam aos EUA para se imunizar:bet365 c
"Meu marido insistiu que eu viesse tomar. Realmente, é uma questãobet365 cvida ou morte e não sei quando as vacinas chegarão ao meu país ou se vão administrar os imunizantes bem na Venezuela. E aqui foi tão fácil ... "
Mas não são apenas os venezuelanos. No México e na Colômbia, proliferam agênciasbet365 cviagens que promovem pacotes turísticos que têm como principal atrativo o acesso à vacina, ainda longe do alcance da maioriabet365 cmuitos países latino-americanos devido à lentidão embet365 cdistribuição na região.
Pacotesbet365 cviagens
Segundo a Associação Mexicanabet365 cAgênciasbet365 cViagens, já existem cercabet365 c500 empresas que oferecem pacotes que incluem voo para os EUA, recepção no aeroporto, acomodação e traslado para um centrobet365 cvacinação — tudo por cercabet365 c20 mil pesos (cercabet365 cUS$ 1 mil ou maisbet365 cR$ 5 mil)
Nos principais aeroportos do sul dos EUA, como osbet365 cMiami, Orlando, Houston ou Los Angeles, o turismobet365 cvacinas é um fenômeno já bem visível.
Isso é também consequência do avanço da campanhabet365 cvacinação nos EUA, onde maisbet365 c53% da população já recebeu pelo menos uma dose da vacina, percentual só superado por Israel e Reino Unido.
Os dados contrastam com 6,1% na Colômbia, onde as autoridades foram obrigadas a decretar novos confinamentos para conter o avanço da epidemia. Em outros países, o percentualbet365 cpessoas vacinadas também é baixo: 9,5% no México e 1% na Venezuela.
Na região, poucos casos excepcionais, como Uruguai e Chile, se aproximam dos números americanos.
"A América Latina é a região que atualmente mais necessitabet365 cvacinas", diz a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa Etienne.
Isto é um problema?
Quando a crescente chegadabet365 clatino-americanos — incluindo pessoas famosas cuja vacinação causou polêmica — virou notícia na imprensa, alguns Estados anunciaram medidas para garantir que apenas residentes recebessem a vacina.
O governador da Flórida, Ron DeSantis, anunciou que o Estado exigiria comprovantebet365 cresidência para aplicar a vacina.
Mas a Secretariabet365 cSaúde do Estado disse à BBC Mundo que há exceções.
Como a Flórida tem muitos residentes temporários, principalmente idosos, as autoridades dizem que "não podem limitar" a vacinaçãobet365 cpessoas que não moram lá durante todo o ano.
Na sexta-feira (30/04), o clínico geral do Estado, Scott Rivkees, emitiu uma instrução recomendando estender a vacinação a todos os não-residentes na Flórida que estejam lá "fornecendo bens e serviços".
Os turistas latino-americanos que foram vacinados na Flórida consultados pela BBC Mundo disseram que não é necessário comprovantebet365 cresidência.
E até políticos locais parecem ter visto no novo "turismobet365 cvacinas" uma oportunidadebet365 ccompensar um pouco a quedabet365 cvisitantes causada pela pandemia. É o caso do prefeitobet365 cNorth Miami Beach, Anthony F. DeFillipo, que chegou a sugerir que estrangeiros venham para a cidadebet365 cbusca da vacina.
Três dias depois, a Prefeitura esclareceubet365 ccomunicado que cabe à Secretariabet365 cEstado da Saúde definir os critérios para administrar a vacina.
Mary Jo Trepka, especialistabet365 cEpidemiologia da Florida International University, disse à BBC News Mundo que "nos EUA há um amplo estoquebet365 cvacinas e a pequena porcentagembet365 cdoses que os viajantes latino-americanos estão tomando não deve representar um problema [para os demais americanos]".
"Na verdade, é do interesse dos EUA que a populaçãobet365 cnossos países vizinhos seja vacinada e, do pontobet365 cvista da saúde pública, o problema é: por que não estão chegando vacinas suficientes a esses países", diz Trepka, que cobra do presidente dos EUA, Joe Biden, um maior envolvimento no programa Covax ebet365 coutras iniciativasbet365 cajuda a países menos favorecidos.
A Casa Branca anuncioubet365 c26bet365 cabril que enviará 60 milhõesbet365 cdoses da vacina Oxford-AstraZeneca para paísesbet365 cdificuldade "assim que elas estiverem disponíveis". Mas ele não detalhou quem serão os favorecidos.
'E você? Qual você recebeu?'
bet365 c Por Marcos González, correspondente da BBC no bet365 c México
Estou embarcandobet365 cum voo da American Airlinesbet365 cMiami para a Cidade do México. Embora sejabet365 cmanhã cedo, há muitas conversas animadas. Três jovens mexicanosbet365 cno máximo 30 anos falam sobrebet365 cviagem aos EUA. Eles cumprimentam outros conhecidos mexicanos que estão embarcando no avião.
"E você chegou ontem e vai embora hoje? Nossa, tá maluco. E qual você recebeu? Eu, a da Moderna", diz um deles,bet365 cterno e perfeitamente penteado, para uma das amigas que está andando pelo corredor procurando por seu assento.
Não é segredo para os passageiros ou tripulantes que, entre os inúmeros atrativosbet365 cse viajar para os EUA, agora existe também a possibilidadebet365 cse receber a vacina por lá. E não são poucos os que trocam dicas sobre como fazer issobet365 cforma rápida e confortável.
Desigualdades
Para Trepka, a desvantagem do turismobet365 cvacinas da América Latina é que ele "agrava as desigualdades nos paísesbet365 corigem", pois quem pode viajar para os EUA é quem pode pagar e tem autorizaçãobet365 centrada, o que exclui grande parte da população da região.
O fatobet365 cnem todos poderem pagar explica o alvoroço causado pelos casos conhecidosbet365 ccelebridades que viajaram aos EUA para se vacinar, como o ex-candidato à presidência do Peru Hernandobet365 cSoto, que inicialmente negou ter recebido a vacina.
Trepka, no entanto, não culpa os turistas. "Eu acho que faria o mesmo se estivesse no lugar deles."
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