Biden não terá política externa 'agressiva' e Brasil é aliado, diz porta-voz do Departamentovaidebet onde ficaEstado dos EUA:vaidebet onde fica
Rosales afirmou ainda que reduzir a influência chinesa na América Latina - especialmente no tema da rede 5G brasileira - segue sendo prioridade para os EUA, embora os passos tomados para atingir o objetivo devam ser mudados.
É possível que a aliança Clean Network, criada por Trump pra excluir empresas chinesas do fornecimentovaidebet onde ficaequipamentos a aliados, e endossadavaidebet onde ficanovembro por Ernesto Araújo e o deputado Eduardo Bolsonaro, deixevaidebet onde ficaexistir.
A diplomata americana comentou ainda as mudanças no sistemavaidebet onde ficaimigração para os EUA. Biden enviou ao Congresso um projetovaidebet onde ficalei para garantir uma via para cidadania a quase 11 milhõesvaidebet onde ficapessoas que vivem hoje no país sem documentos. A medida é a mais progressista da história, mas Rosales afima que isso não significa dizer "as portas estão abertas, que venha todo mundo".
"O que esse governo quer comunicar é que os Estado Unidos estão trabalhando numa política para restauração do processovaidebet onde ficamigração, que vai ser organizado e justo, que não vai ser aquele processo que vai todo mundo pra fronteira e entra quem ganhar no '1,2,3 e já'", diz Rosales.
Ela descartou ainda a possibilidadevaidebet onde ficaconversa entre Washington e Caracas para tentar resolver a crise humanitária que levou à diásporavaidebet onde ficacercavaidebet onde ficaseis milhõesvaidebet onde ficavenezuelanos. "A gente não tem diálogo com o ditador da Venezuela".
Leia a seguir os principais trechos da entrevista.
vaidebet onde fica BBC News Brasil - O governo anterior tinha uma relação relativamente distante com a América Latina, com foco principal na repressão à imigração. O governo Biden vai mudar esse enfoque? A América Latina serávaidebet onde ficaalguma forma prioridade para esse governo?
vaidebet onde fica Kristina Rosales - Eu acho que obviamente a gente agora vai focar no presente e no futuro. Então o enfoquevaidebet onde ficageral desse governo, não só com a América Latina, mas também com outras regiões do mundo, é no uso da diplomacia evaidebet onde ficadiálogo. Com a regiãovaidebet onde ficasi vai ter bastante diálogo, vai ter essa relação diplomática com vários países, não só com os maiores países do hemisfério, o México e o Brasil.
Os problemas da América Latina são só da América Latina, como se os EUA estivessem numa ilha que não faz parte da região. Isso não é o caso. Todos os problemas, que a gente vai tratar como região, são problemas que a gente temvaidebet onde ficacomum, que também são desafios globais. Por exemplo, o tema da pandemia, o tema da crise climática, que vai ter um foco muito maior nesse governo quevaidebet onde ficaoutras, já que não é só um temavaidebet onde ficapolítica externa, masvaidebet onde ficasegurança nacional.
E existem outros assuntos que a gente já trata com a região, não necessariamente novas desse governo. A questão da China é um tema que a gente vai continuar tratando, seja a influência chinesa na região, seja o tema do 5G no Brasil, isso vai continuar sendo um tema importante, não só para a política externa, mas para a nossa política doméstica, para a prosperidade dos Estados Unidos e da região. E por último, a área dos direitos humanos. Isso estávaidebet onde ficafoco, o tema da migração, dos refugiados,vaidebet onde ficaminorias, como a comunidade LGBT.
vaidebet onde fica BBC News Brasil - Em relação ao 5G, existe a previsãovaidebet onde ficamanter a aliança Clean Network (do governo Trump), que tinha o objetivovaidebet onde ficamanter fora das redes dos países aliados dos EUA aparelhosvaidebet onde ficaempresas consideradas inseguras para o país, como a Huawei? Como vai ser a abordagem do assunto pela gestão Biden?
vaidebet onde fica Rosales - Essa parte do Clean Network era bem o foco do governo passado e isso está sendo revisto, ainda está sendo definido quais vão ser os próximos passos do governo Biden. Não vamos mudar a política, mas vamos reformar a abordagem do 5G.
Esse governo vai focarvaidebet onde ficaquais são e como são as relações da China com a região, como ela se engaja para prejudicar os trabalhadores americanos e enfraquecer a vantagem americana, a tecnologia americana. Como é que as alianças da China estão tendo influênciavaidebet onde ficavárias organizações internacionais, como a China, alémvaidebet onde ficaela própria estar envolvidavaidebet onde ficagraves violaçõesvaidebet onde ficadireitos humanos, como isso é transposto para outras regiões onde eles têm investimentos, participação econômica. O presidente Biden vai continuar responsabilizando a China pelas práticas injustas e ilegais, como a promoçãovaidebet onde ficacertas tecnologias contra as tecnologias americanas.
vaidebet onde fica BBC News Brasil - A questão do clima e da preservação ambiental também são prioridades, como você falou. Dentro disso, a Floresta Amazônica, presentevaidebet onde ficanove países da América do Sul, surge como um dos alvosvaidebet onde ficapreocupação. A gestão Biden tem um plano para a Amaz vaidebet onde fica ônia vaidebet onde fica ?
vaidebet onde fica Rosales - Eu particularmente não consigo confirmar e não posso te dizer que se está trabalhandovaidebet onde ficaum plano específico para a Amazônia nesse momento. Mas é algo que virá pela frente, já que o temavaidebet onde ficamudanças climáticas é bem abrangente.
No caso da Amazônia, há bastante a se trabalhar, não só na relação entre os nove países e os Estados Unidos, e não só entre Estados Unidos e Brasil. Vai haver um esforço globalvaidebet onde ficatratar esse tema. Agora, no dia 22vaidebet onde ficaabril, teremos a cúpulavaidebet onde ficalíderes sobre o clima, que vai ser a primeira oportunidadevaidebet onde ficater as maiores economias do mundo, organizações multilaterais e outros participantes para ter essa conversa sobre a questão ambiental.
vaidebet onde fica BBC News Brasil - Ainda durante a campanha, o presidente Biden anunciou que criaria um fundo internacionalvaidebet onde ficaUS$20 bilhões para ajudar o Brasil a preservar a Amazônia. Alguma conversa foi feita nesse sentido?
vaidebet onde fica Rosales - Acho que tudo ainda está sendo trabalhado, detalhes virão nos próximos meses. Houve o lançamento há dez dias do Green Climate Fund (um programa no qual países desenvolvidos canalizariam recursos para um fundo que remuneraria paísesvaidebet onde ficadesenvolvimento para preservar florestas e reduzir emissõesvaidebet onde ficagases do efeito estufa). Mas especificamente sobre esse comentário do presidente não há nada que eu possa acrescentar,vaidebet onde ficaum fundo específico para o Brasil.
Em um sentido mais global, a questão ambiental está sendo tratada como prioridade por esse governo e vai haver participaçãovaidebet onde ficaoutros países. Não vai ser algo unilateral, só dos EUA, masvaidebet onde ficaoutros países, também brasileira. E não só porque o Brasil tem a Amazônia, mas por ser uma economia global.
vaidebet onde fica BBC News Brasil - O presidente brasileiro Jair Bolsonaro foi grande apoiador e entusiasta do ex-presidente Trump. De outro lado, também foi alvovaidebet onde ficacríticas durasvaidebet onde ficamembros do Partido Democrata. Como está a relação dos dois países hoje e como esses episódios recentes podem influenciar o que vem pela frente?
vaidebet onde fica Rosales - Os EUA e Brasil têm uma parceria jávaidebet onde ficamaisvaidebet onde ficadois séculos, que é bem vibrante e com muitos valores e interesses compartilhados. As administrações podem mudar, e a relação fica intacta, já que há vários compromissos entre os dois paísesvaidebet onde ficamuitos anos, sobre temas que são importantes não só para os dois países mas para todo o hemisfériovaidebet onde ficageral. Conforme vão mudando os governosvaidebet onde ficaum país ouvaidebet onde ficaoutro, vai havendo uma mudançavaidebet onde ficaprioridades, isso é normal. Mas isso também não significa necessariamente que porque o governo e a prioridade mudaram, a relação com o país que tem um governo com prioridades distintas vai ser completamente destruída, ou vai mudarvaidebet onde ficauma forma que não vai haver mais possibilidadevaidebet onde ficaaliança,vaidebet onde ficaamizade histórica entre Estados Unidos e Brasil. Independente do que vem pela frente, os desafios que vão ser tratados para a região e para a relação bilateral, esses dois governos vão conseguir lidar com isso com respeito mútuo. Então isso é algo que a gente vai observar, obviamente, com os temas sobre os quais os dois líderes não concordam - e isso inclui certos temas que são mais sensíveis -, mas sabemos que os dois países irão trabalhar juntos.
vaidebet onde fica BBC News Brasil - Mas o governo Biden não vai se furtar a fazer críticas públicas a Bolsonarovaidebet onde ficacasos, por exemplo, como o desmatamento da Amazônia ou as questõesvaidebet onde ficadireitos humanos, direitos dos povos indígenas?
vaidebet onde fica Rosales - Eu não posso necessariamente falar pelo próprio presidente Biden sobre o que vai ser falado ou comunicado nesse sentido. Mas o que é bem importante para esse governovaidebet onde ficapolítica externa, incluindo o Brasil, é que vai haver diálogo e diplomacia nessa relação. Então, não vai ser necessariamente o casovaidebet onde ficaque as coisas vão ser colocadas à frente sem ter um diálogo, uma relação diplomática sobre esses temas ou sobre qualquer outro desafio.
vaidebet onde fica BBC News Brasil - Então não deve haver nenhum tipovaidebet onde ficasanção ou medida mais dura sem antes esgotar os instrumentos diplomáticos,vaidebet onde ficadiálogo?
vaidebet onde fica Rosales - Eu não consigo falar com certeza que não haverá alguma coisa, não posso decifrar o futuro. O conceitovaidebet onde ficadiplomacia é que vai ditar esse passo a passo. E isso significa conversa, debate, trocavaidebet onde ficainformações e quando se toma uma decisão é porque houve conversa entre os dois ou os vários participantes. Não é uma política externa agressiva, umavaidebet onde ficaque você vai sair agredindo seus aliados ou os países que não têm a mesma prioridade ou que não pensam da mesma forma. E o Brasil é nosso aliado,vaidebet onde ficauma parceria bem forte, e vai continuar sendo assim, com uma amizade bem firme.
vaidebet onde fica BBC News Brasil - A política americana anti-imigração foi importante nos últimos quatro anos e gerou estigmatização dos migrantes, especialmente os latinos. Como o governo Biden vê os migrantes latinos que querem morar nos EUA?
vaidebet onde fica Rosales - Esse é um temavaidebet onde ficasuma importância para esse governo e que perpassa questõesvaidebet onde ficapobreza, segurança, faltavaidebet onde ficaoportunidade. E esse governo quer se empenharvaidebet onde ficauma política muito mais aberta, no sentidovaidebet onde ficaestabelecer parcerias com os governos da região para ter um sistemavaidebet onde ficamigração que seja ordenado, humanizado, seguro. A gente não quer que seja essa percepçãovaidebet onde ficaque simplesmente agora as portas se abriram e pode vir todo mundo. Tem todo um processo pra isso.
E os Estados Unidos, com esse governo, vão ter um trabalho pela frentevaidebet onde ficater um programavaidebet onde ficaimigração que seja compreensivo e humano, no sentidovaidebet onde ficatratar a pessoa como ela é. Vamos ter também um tratamento mais humano para refugiados, o presidente inclusive anunciou que no primeiro ano desse governo vão ser abertas 125 mil vagas para refugiados (contra 15 mil do ano passado), que é um processo muito mais delicado. São coisas que com este governo vão virando uma prioridade mas que vão ser ser feitasvaidebet onde ficaforma segura e humana,vaidebet onde ficaparceria com a região. Tem todo um trabalho a ser feito com os vizinhos da América Latina para que esse processo funcione.
vaidebet onde fica BBC News Brasil - Na gestão Trump houve uma grande pressão nos países, especialmente da América Central, para que impedissem a passagemvaidebet onde ficamigrantesvaidebet onde ficadireção aos EUA. Em outros países, como o Brasil, houve pressão para aceitar um processovaidebet onde ficadeportação sumária dos seus cidadãos. E o México foi pressionado a aceitar manter migrantesvaidebet onde ficaoutros países e refugiadosvaidebet onde ficaseu território, enquanto essas pessoas esperavam pelo processo judicial ou burocrático americano. Isso acabou?
vaidebet onde fica Rosales - Infelizmente não consigo responder a issovaidebet onde ficadetalhes, mas o que esse governo quer é que haja um processo organizado, seguro e honesto para a migração. A gente sabe que há um componentevaidebet onde ficarisco nesse processo, porque a pessoa está passando por uma situaçãovaidebet onde ficaque se coloca às vezesvaidebet onde ficacondiçãovaidebet onde ficaser vítimavaidebet onde ficacrime ouvaidebet onde ficatráficovaidebet onde ficapessoas, o que acontece muito nessa travessia. E a gente está passando por uma situaçãovaidebet onde ficapandemia da covid-19 e viajarvaidebet onde ficagrupo nessa travessia não é uma boa condição para migrar,vaidebet onde ficamaneira segura. E os EUA querem que as coisas sejam feitas da forma mais segura possível e é daí que vem essa ideiavaidebet onde ficaconstruir parcerias, não só com países da América Central, para transmitir informaçõesvaidebet onde ficacomo fazer as coisasvaidebet onde ficaforma segura, humanitária e sem colocar a saúde das pessoasvaidebet onde ficarisco, sejavaidebet onde ficacontrair covid-19, sejavaidebet onde ficaser traficada.
vaidebet onde fica BBC News Brasil - Existe um temorvaidebet onde ficauma migraçãovaidebet onde ficamassa depois que a gestão anunciou que pretende garantir uma via para a cidadania para 11 milhõesvaidebet onde ficapessoas?
vaidebet onde fica Rosales - O que essa administração quer comunicar é que os Estado Unidos estão trabalhando numa política para restauração do processovaidebet onde ficamigração, que vai ser organizado e justo, que não vai ser aquele processo que vai todo mundo pra fronteira e entra quem ganhar no "1,2,3 e já". Há um plano que está sendo trabalhado no Departamentovaidebet onde ficaSegurança Nacional, que vai ser comunicado. Mas a ideia é construir um novo sistema, humano, e que vai manter as famílias juntas nesse processo.
vaidebet onde fica BBC News Brasil - A Venezuela vive uma crise humanitária grave e que afetou também a região, com a diásporavaidebet onde ficamilhõesvaidebet onde ficavenezuelanos. Como os Estados Unidos vão lidar com essa questão a partirvaidebet onde ficaagora?
vaidebet onde fica Rosales - Com a Venezuela, o objetivo específico do governo dos EUA évaidebet onde ficaapoiar e ver uma transição democrática no país e isso tem que ser feito pelo processovaidebet onde ficaeleições que sejam livres e justas, tanto para presidente quanto para o legislativo. E isso vai dar ao povo venezuelano condições para reconstruir não só suas vidas como o país. A gente tem dito bem claro que o Nicolás Maduro é um ditador, a gente reconhece o Juan Guaidó (como presidente do país). O presidente Biden entende a dor e reconhece as emoções envolvidas na situaçãovaidebet onde ficaviver sob um regime ilegítimo.
vaidebet onde fica BBC News Brasil - Há a possibilidadevaidebet onde ficauma reaberturavaidebet onde ficadiálogo entre Washington e Caracas?
vaidebet onde fica Rosales - A gente não tem diálogo com o ditador da Venezuela.
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