Como o Facebook mudou a internet, o comércio e até a política:cashbackcasino

Facebook

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Legenda da foto, Facebook e outras gigantes da tecnologia passaram a fazer parte da vidacashbackcasinobilhõescashbackcasinopessoas

cashbackcasino O século 21 começou com o estourocashbackcasinouma bolha. Em 2001, o primeiro ano do milênio, a nova economia digital americana, que na segunda metade dos anos 1990 havia enchidocashbackcasinoentusiasmo investidores, empreendedores e economistas, desmoronou.

Empresas criadascashbackcasinotorno da internet, que se tornou acessível depois da criação e da popularização da World Wide Web, a partircashbackcasino1995, receberam investimentos e atingiram valorizações astronômicas. Quando o crescimento econômico diminuiucashbackcasinopartes do mundo, incluindo os Estados Unidos, grande parte das empresas digitais faliu.

Nos anos seguintes, os esforçoscashbackcasinotorno desse mundo digital foram repensados. Nasceram as plataformascashbackcasinoque pessoas podiam criarcashbackcasinopresença online e interagir com outros usuários. Uma delas, criadacashbackcasino2004, viria a se transformar numa das maiores empresas do mundo. O Facebook mudou o uso da internet, o comércio, a publicidade e até a política.

Junto com o Google, a rede social estabeleceu um novo modelo para a economia digital. Para o bem e para o mal,cashbackcasinogrande medida o Facebook definiu como seria a vida nas primeiras décadas do século 21.

Uma nova rede social

Em meados dos anos 1990, uma espéciecashbackcasinocorrida do ouro digital foi iniciada,cashbackcasinobuscacashbackcasinoum lugar ao sol na nova realidade da World Wide Web. O que simbolizava tal disputa era a procura por um bom domínio, ou seja, um bom "ponto com".

Essa primeira geração da internet contou com inúmeras novas empresas nos Estados Unidos - e muitas fracassaramcashbackcasinoforma espetacular.

Um caso simbólico foi o da Pets.com, que foi criadacashbackcasino1998, atraiu maiscashbackcasinoUS$ 80 milhões emcashbackcasinoaberturacashbackcasinocapital e, no fimcashbackcasino2000, foi à falência. Sem planocashbackcasinonegócio ou estudocashbackcasinomercado, a Pets.com foi um exemplo dos tempos irresponsáveis do início da internet.

Friendstercashbackcasino2003

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Legenda da foto, O site Friendster, lançadocashbackcasino2002, foi a primeira típica rede social da Web

Muitas empresas fecharam na virada do milênio, devido a mudanças no cenário econômico e faltacashbackcasinoplanejamento. Outras foram compradas por valores estratosféricos por empresas maiores, como a Broadcast.com, vendida por US$ 5,7 bilhões ao Yahoocashbackcasino1999.

Três anos depois, o Yahoo fechou as operações da Broadcast.com, selando o que é considerado um dos piores negócios da história da internet.

Enquanto algumas empresas tornaram-se potências digitais - como Amazon ou Ebay -, o cenário geral foicashbackcasinodecepção com o setor. Entre o primeiro semestrecashbackcasino2000 e o últimocashbackcasino2002, o índice Nasdaq da BolsacashbackcasinoNova York,cashbackcasinoempresascashbackcasinotecnologia, sofreu uma quedacashbackcasino78%. Foi o estouro da chamada "bolha da ponto com".

A internet precisava urgentementecashbackcasinonovos modelos - e uma nova injeçãocashbackcasinoânimo. O segredo veio na palavra "interatividade". Das cinzas da bolha anterior, começaram a surgir nos Estados Unidos as primeiras plataformas e empresas baseadas na participação do usuário.

O conceito ficou conhecido como Web 2.0,cashbackcasinooposição à primeira versão, a Web 1.0, termos usados pela primeira vez pela especialistacashbackcasinotecnologia digital Darcy DiNucci, num artigo publicadocashbackcasino1999.

"A Web que conhecemos agora, que é carregada numa janelacashbackcasinonavegador essencialmentecashbackcasinotelas estáticas, é apenas um embrião da Web que está para vir. Os primeiros sinais da Web 2.0 estão começando a aparecer."

O que DiNucci já via desde 1999 começou a virar realidade no cenário pós-bolha. Na nova Web, os usuários já podiam provê-lacashbackcasinoconteúdo e participar ativamente da criação dos negócios formados na internet. Com isso, proliferaram os weblogs - ou simplesmente blogs - e surgiu o conceitocashbackcasinoUGC - user generated content, ou conteúdo gerado por usuário.

Foi nessa realidade que apareceu a primeira rede social da Web 2.0. Em marçocashbackcasino2002, Jonathan Abrams fundou o Friendster, um site que mostrava conexões indiretas (amigoscashbackcasinoamigos), incentivando o estabelecimentocashbackcasinonovas amizades.

Um ano depois, usuários do Friendster que trabalhavam na empresa eUniverse resolveram fazer algo parecido. Nascia o MySpace, que, assim como a redecashbackcasinoAbrams, acumularia milhõescashbackcasinousuários.

Era clara a disposiçãocashbackcasinopessoas, especialmente os mais jovens,cashbackcasinousar a internet para contatos sociais.

Zuckerberg e Chris Hughes

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Legenda da foto, Zuckerberg fundou o Facebook aos 19 anos, com alguns amigos da faculdade, entre eles Chris Hughes

Em 2004, o mercado ganhou novos competidores. Em janeiro, o engenheiro Orkut Buyukkokten, que trabalhava no Google, lançou uma rede social criada por ele como um projeto paralelo da empresa. A plataforma ganhou seu nome - Orkut.

Depois do grande sucesso inicial, especialmentecashbackcasinopaíses como os Estados Unidos e o Brasil, a Friendster acabaria fechada anos depois. O MySpace trocoucashbackcasinomãoscashbackcasinoforma multimilionária, mas perdeu usuários e relevância. O Orkut não se modernizou e, ofuscado pela concorrência, acabou fechado pelo Google.

Em fevereirocashbackcasino2004, porém, surgia na Universidade Harvard, no EstadocashbackcasinoMassachusetts, uma versãocashbackcasinoredecashbackcasinoamizades online que teria muito mais sucesso. Ajudado por outros quatro colegas, o estudantecashbackcasinopsicologia e ciências da computação Mark Zuckerberg, talentoso programadorcashbackcasinoapenas 19 anos, colocou no ar o que chamoucashbackcasinoThe Facebook.

Era uma rede social inicialmente apenas para o públicocashbackcasinoHarvard. Em três semanas, 6 mil estudantes se cadastraram.

Um mês depois, o site começavacashbackcasinoexpansão para outras universidades, como Columbia e Yale, na costa leste, e Stanford, na Califórnia. No mesmo ano, Zuckerberg transferiu a empresa para a regiãocashbackcasinoSão Francisco, dando início ao que se tornaria um verdadeiro império digital.

Convergência na rede vencedora

Zuckerberg apresentava seu The Facebook como "um diretório online", como disse numa entrevista ao canal CNBC, aindacashbackcasino2004. "Você entra, faz um perfil sobre você mesmo respondendo a algumas perguntas, coloca algumas informações, como o que você estuda, númeroscashbackcasinotelefone, interesses,cashbackcasinoque livros você gosta, filmes. E o mais importante: quem são os seus amigos."

Sem dúvida, essa era a informação vital para The Facebook.

Diferentementecashbackcasinooutros ambientes sociais online, que ofereciam formascashbackcasinocriar novos contatos, o Facebook - o "The" original não duraria muito - apostou na ideiacashbackcasinotrazer seus contatos da vida real para o mundo digital.

Em 2006, quando a plataforma já tinha cercacashbackcasino8 milhõescashbackcasinousuários, o então diretor e co-fundador Chris Hughes explicou a lógicacashbackcasinouma entrevista.

"A ideia écashbackcasinoque nós todos temos comunidades da vida realcashbackcasinoque vivemos, no dia a dia, e nós queremos construir um espaço para elas na internet, para as pessoas saberem mais sobre seus colegas. Você não está indo online para conhecer,cashbackcasinoforma aleatória, alguém que vive a 8 mil milhascashbackcasinovocê. Você está entrando para ver informações sobre pessoas que já são importantes para você."

Usuária navega no Facebookcashbackcasino2007

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Legenda da foto, Em 2007, o Facebook abriu para o públicocashbackcasinogeral e se consolidava como a principal rede social da Web

O Facebook não foi a primeira rede social do mercado, nem era a mais badaladacashbackcasinoseu início, mas aumentoucashbackcasinobasecashbackcasinousuárioscashbackcasinoforma consistente. Durante maiscashbackcasinodois anos, foi um site fechado, que Zuckerberg ecashbackcasinoequipe ofereciam a universidades, escolascashbackcasinosegundo grau e empresas. Estudantes dessas escolas ou funcionários dessas firmas entravam na rede e viam os perfiscashbackcasinoseus amigos e colegas.

O Facebook só foi aberto para qualquer usuário, a partircashbackcasinoseus 13 anoscashbackcasinoidade,cashbackcasinosetembrocashbackcasino2006. "Estamos expandindo para atender aos pedidoscashbackcasinomilhõescashbackcasinopessoas que querem fazer parte do Facebook, mas até hoje não podiam", disse Mark Zuckerbergcashbackcasinoum comunicado.

Modelocashbackcasinonegócio: personalização

Aberto ao públicocashbackcasinogeral, o Facebook cresceucashbackcasinoforma ainda mais impressionante, ultrapassando os 100 milhõescashbackcasinousuárioscashbackcasino2008. A plataforma também evoluiu rapidamente, deixandocashbackcasinoser o "diretório" descrito por Zuckerbergcashbackcasinoseu primeiro ano.

Em 2007, ela chegou ao telefone celular, apesarcashbackcasinoainda numa solução simples, baseada na navegação via Web. No mesmo ano, dias antescashbackcasinopermitir a entradacashbackcasinoqualquer pessoa na rede,cashbackcasinocaráter individual e sem ligação com alguma escola ou empresa, o site criou o chamado News Feed.

Apresentado como uma home page alternativa, o News Feed trazia o registrocashbackcasinotudo o que seus amigos faziam na plataforma - o conteúdo que postavam ou comentários que deixavam.

Facebook alemãocashbackcasino2008

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Legenda da foto, A partircashbackcasino2007, o Facebook foi rapidamente adotadocashbackcasinooutros países e tornou-se um fenômeno global

Comocashbackcasinomuitas coisas que o Facebook faria ao longo dos anos, o News Feed causou polêmica inicial por expor seus usuárioscashbackcasinouma forma que eles não haviam autorizado. Zuckerberg desculpou-se, e níveiscashbackcasinoprivacidade foram criados com o tempo.

O News Feed, entretanto, ficou e tornou-se a essência da plataforma: a ferramenta oferecia um relatóriocashbackcasinotempo real das atividadescashbackcasinoseus amigos, sem a necessidadecashbackcasinoo usuário visitar seus perfis.

Além disso, o News Feed era uma reuniãocashbackcasinoconteúdos exclusiva, já que ninguém tinha os mesmos amigos nem, portanto, os mesmos registros emcashbackcasinotela. Essa experiência única seria a base para o futuro da monetização do Facebook.

Seu império seria construído a partir da criaçãocashbackcasinouma experiência,cashbackcasinoserviços ecashbackcasinomensagens publicitárias específicos para cada pessoa.

Tal personalização foi possível a partir da maciça e ininterrupta coletacashbackcasinoinformações sobre cada usuário, o que permitia um ajuste constantecashbackcasinoseu algoritmo - o comando matemático que determina o comportamento da plataforma - para implantar a oferta individualcashbackcasinoforma cada vez mais eficiente.

A aposta na personalização exigia que o Facebook soubesse mais e mais sobre cada um que usasse a plataforma. Mais do que saber quem eram seus amigos ecashbackcasinoque música ou filmes gostavam, o Facebook passou a se esforçar para descobrir todo tipocashbackcasinohábitocashbackcasinocada usuário. Isso envolvia avançar significativamente sobrecashbackcasinoprivacidade.

Quando esse avanço mostrava-se exagerado, o Facebook costumava pedir desculpas, recuava, mas logo depois achava outra formacashbackcasinoseguircashbackcasinofrente emcashbackcasinomissão.

Zuckerberg faz apresentaçãocashbackcasino2010

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Legenda da foto, Em poucos anos, o Facebook dominou o mercado, com seguidos anúncioscashbackcasinonovos produtos para a rede

Um grande exemplo foi o Beacon, uma ferramenta do Facebook lançadacashbackcasinonovembrocashbackcasino2007, que conectava a plataforma com outras empresas. Quando o usuário fazia uma compra numa dessas empresas, essa informação era publicada, via Beacon, emcashbackcasinoNews Feed, numa combinaçãocashbackcasinocompartilhamentocashbackcasinoatividade pessoal com publicidade.

Com um detalhe: os usuários não haviam autorizado tal publicação, cujo cancelamento exigia uma complicada açãocashbackcasino"opt-out" para que o usuário desligasse o Beaconcashbackcasinoseu perfil.

Em poucas semanas, o serviço tornou-se motivocashbackcasinoum processo contra a empresa, e o Facebook criou as opçõescashbackcasinodesligamento alémcashbackcasinotornar o serviço "opt-in" - ou seja, o Beacon só seria ativado se o usuário o solicitasse.

Em 2008, ao participarcashbackcasinouma conferênciacashbackcasinotecnologia, Zuckerberg disse: "Você não perguntou, mas eu vou te dizer: o Beacon foi um grande erro para nós,cashbackcasinovárias maneiras".

Em setembrocashbackcasino2009, menoscashbackcasinodois anos depoiscashbackcasinosua criação, a ferramenta foi encerrada, como parte do acordo feito na Justiça.

A experiência, entretanto, foi valiosa para o Facebook, que aprendeu na prática até onde poderia ir antescashbackcasinoincomodar - ou indignar - grande partecashbackcasinoseu público.

Em 2008, a rede social lançou a ferramentacashbackcasinose "logar" com outros sites usandocashbackcasinoidentidade do Facebook - o chamado "Log in with Facebook" ou,cashbackcasinoseu nome oficial, Facebook Connect.

No ano seguinte, foi a vez do lançamento do botãocashbackcasino"Like", que facilitou a expressãocashbackcasinosentimento positivocashbackcasinorelação a qualquer tipocashbackcasinoconteúdo dentro da rede. Gostou do que viu ou leu? É só dar um "like", e o autor ficará sabendo - assim como outras pessoas.

Para o Facebook, o botão potencializou o conhecimento sobre os gostos e inclinaçõescashbackcasinocada pessoa por meiocashbackcasinouma coleta indireta. Em vezcashbackcasinoo usuário declarar abertamente seu gosto por algum tipocashbackcasinocomida, esporte ou música, o botãocashbackcasino"like" registrava aquele gosto na prática,cashbackcasinoforma espontânea.

O Facebook começava a saber mais sobre seus usuários do que eles mesmos - um "like" poderia revelar um interesse que a própria pessoa ainda não tinha percebido ter.

Botãocashbackcasino"Like" do Facebook

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Legenda da foto, O botãocashbackcasino"Like" do Facebook nasceu como um marca da rede e virou uma lucrativa ferramentacashbackcasinonegócios

Em 2010, o "Like" ganhou asas. Em abril, emcashbackcasinoconferência interna anual chamada F8, o Facebook anunciou a expansão do botãocashbackcasino"Like" para toda a Web.

Ao iniciarcashbackcasinoapresentação, Mark Zuckerberg disse no palco: "O que temos para mostrar a vocês hoje será a coisa mais transformadora que já fizemos para a Web". E era mesmo: o botãocashbackcasino"Like" passava a ficar disponível para qualquer site que quisesse implantá-lo, levando o Facebook para todos os cantos da Web.

A ideia, disse ele, era "fazer experiências instantaneamente sociais e personalizadascashbackcasinotodo lugar que você vá" usando a internet. Para isso, ele contava com a quase onipresençacashbackcasinosua rede social, quecashbackcasino2010 já acumulava 400 milhõescashbackcasinousuários.

Zuckerberg falavacashbackcasinoexperiências "sociais e personalizadas", dando destaque ao "sociais", mas o que interessava mesmo era o "personalizadas".

Quanto mais o Facebook sabia sobre seus usuários e crescia, mais poderoso e lucrativo ele se tornava. Ao noticiar a novidade, a revista americana Time identificou o potencial comercial que o avanço da rede social sobre a redecashbackcasinocomputadores representava.

"A empresa já tem uma plataformacashbackcasinopublicidade altamente desenvolvida, permitindo que anunciantes visem consumidorescashbackcasinodemografias estreitamente definidas. (...) Se o Facebookcashbackcasinorepente puder ter contato também com suas preferências, a plataforma poderá ser muito mais poderosa. A empresa manteve-se calada sobre qualquer planocashbackcasinomonetização para o futuro (...), mas poderácashbackcasinobreve ter a capacidadecashbackcasinodirecionar anúncioscashbackcasinouma forma mais estreita do que qualquer outro."

Zuckerberg no festivalcashbackcasinopublicidadecashbackcasinoCannes,cashbackcasino2010

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Legenda da foto, Com o impressionante crescimento do Facebook, Zuckerberg tornou-se celebridade internacional

Os números confirmaram tal previsão. Até 2008, o Facebook ainda acumulava prejuízo - cercacashbackcasinoUS$ 56 milhõescashbackcasinoperdas naquele ano, para um faturamentocashbackcasinoUS$ 272 milhões. No ano seguinte, a empresa entrou no azul, com lucrocashbackcasinoUS$ 229 milhões. Foi, porém, a partircashbackcasino2010 - ano do lançamento do botãocashbackcasino"Like" na Web - que tanto seu faturamento como seu lucro dispararam.

Em 2010, entraram US$ 1,97 bilhão na empresa, que registrou lucrocashbackcasinoUS$ 606 milhões. Em 2015, o faturamento foi nove meses maior que cinco anos antes - US$ 17,9 bilhões -, e o lucro o acompanhou: US$ 3,7 bilhões.

Esse desempenho refletiu-se no valor total da empresa. Em 2009, ela era avaliadacashbackcasinoUS$ 10 bilhões pelo mercado.

Em 2012, após anoscashbackcasinoespeculação, o Facebook fezcashbackcasinoestreia na BolsacashbackcasinoNova York. A US$ 38 cada ação, a empresa,cashbackcasinoapenas oito anoscashbackcasinoexistência, abriu seu capital avaliadacashbackcasinoUS$ 104 bilhões.

Aprendendo com o Google

O períodocashbackcasino2007 a 2010 foi decisivo para o Facebook, particularmente o anocashbackcasino2008. Em março, chegou à empresa para assumir a posiçãocashbackcasinoCOO (Chief Operating Officer, ou diretoracashbackcasinoOperações) a executiva Sheryl Sandberg.

Economista, Sandberg vinha do Google, onde era responsável pela áreacashbackcasinopublicidade. Em linhas gerais, ela fazia o Google ganhar muito dinheiro com anúncios publicitários - e chegava ao Facebook para repetir o feito.

Com suas ferramentas e algoritmos, o Facebook havia criado a personalização socialcashbackcasinogrande escala, mas o lucrocashbackcasinogrande escala com a personalização era obra do Google.

Sheryl Sandberg

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Legenda da foto, Sheryl Sandberg levou do Google para o Facebook muito conhecimento sobre publicidade digital

Fundadocashbackcasinosetembrocashbackcasino1998 pelos engenheiros americanos Larry Page e Sergey Brin, estudantescashbackcasinodoutorado na Universidade Stanford, na Califórnia, o Google revolucionou o mundo digitalcashbackcasinovários aspectos.

Primeiro, com seu algoritmo PageRank, que classificava a relevânciacashbackcasinopáginas da Web com basecashbackcasinosuas conexões com outros sites - páginas que apareciamcashbackcasinomais linkscashbackcasinoterceiros eram mais relevantes. Depois, com seu Google Ads, criadocashbackcasino2000 como uma plataformacashbackcasinoanúncios publicitários que usa leilõescashbackcasinotempo real para definir preço e visibilidade.

É possível que a maior revolução do Google, no entanto, tenha sidocashbackcasinoterceira inovação. A empresa percebeu que, no processocashbackcasinonavegação pelo Google, com suas pesquisas e perguntas, todo usuário deixava uma trilhacashbackcasinopegadas. Um enorme amontoadocashbackcasinodados revelando interessescashbackcasinouma pessoa era produzido e recebido pelo Google.

A empresa, então, decidiu fazer algo com isso. Passou a considerar essas informações na horacashbackcasinooferecer os resultadoscashbackcasinosuas buscas a um indivíduo. Mais: passou a considerar esses interesses pessoais na horacashbackcasinoexibir anúncios para cada pessoa.

Estava criada a publicidade direcionada - que,cashbackcasinopossecashbackcasinocada vez mais detalhes sobre cada usuário, se torna uma publicidade microdirecionada.

Larry Page e Sergey Brin

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Legenda da foto, Larry Page e Sergey Brin, criadores do Google, perceberam que seus usuários deixavam rastros sobre seus interesses

A pesquisadora e escritora americana Shoshana Zuboff identificou na invenção do Google o nascimento do que ela considera um novo - e perverso - sistema econômico.

"A invenção do Googlecashbackcasinoanúncios direcionados abriu o caminho para seu sucesso financeiro, mas também estabeleceu o pilarcashbackcasinoum acontecimentocashbackcasinoalcance ainda maior: a descoberta e a elaboração do capitalismocashbackcasinovigilância", escreveu Zuboffcashbackcasinoseu livro A Era do CapitalismocashbackcasinoVigilância (Editora Intrínseca).

Baseado no constante monitoramento dos comportamentos dos consumidores - a partir do que eles pesquisam na internet, o que compram, aonde vão, o que leem e muito mais -, esse novo capitalismo tem, segundo a autora, o podercashbackcasinose antecipar aos desejos das pessoas.

Além disso, diz Zuboff, depoiscashbackcasinose antecipar a esse desejo e oferecer-lhe exatamente aquilo que uma pessoa buscava, esse novo sistema adquiriu a capacidadecashbackcasinoinfluenciar o comportamento dos consumidores. Criou assim um círculo virtuoso para os lucroscashbackcasinoempresas, mas vicioso para a privacidade e autonomia dos cidadãos.

Sheryl Sandberg entrou no Googlecashbackcasino2001 e foi peça fundamental na criaçãocashbackcasinotal modelo extremamente lucrativo para a empresacashbackcasinoPage e Brin, como vice-presidente para vendas globais.

O faturamento do Google,cashbackcasinoUS$ 400 milhõescashbackcasino2002, atingiu US$ 16,6 bilhõescashbackcasino2007. Shoshana Zuboff chamoucashbackcasino"superávit comportamental" a matéria-prima usada pelo "capitalismocashbackcasinovigilância", e para ela Sandberg sabia muito bem do potencial do Facebook para monetizar tal material.

"Sandberg compreendeu que, por meiocashbackcasinouma manipulação habilidosa da culturacashbackcasinointimidade e compartilhamento do Facebook, seria possível usar o superávit comportamental não apenas para satisfazer uma demanda, mas também para criar demanda", escreveu Zuboff.

Prédio do Google

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Legenda da foto, O Google criou um novo sistema comercial baseado no monitoramento do que o usuário faz na internet

Não demorou para que alguns percebessem que o mesmo modelo que permitia a criaçãocashbackcasinodesejos por produtos ou serviços permitia também o incentivo a ações políticas e sociais.

O mesmo Facebook dos anúncios microdirecionadoscashbackcasinocosméticos, seguroscashbackcasinoveículos ou pacotes turísticos se tornaria uma arma da política.

Aquisições, Cambridge Analytica e abusos

A partircashbackcasino2010, com seu crescente podercashbackcasinomaximizar seus resultados baseados no microdirecionamentocashbackcasinoanúncios publicitários, o Facebook continuou aumentandocashbackcasinotamanho, tanto a plataforma como a empresa.

Os 400 milhõescashbackcasinousuárioscashbackcasino2010 viraram 1,6 bilhão no finalcashbackcasino2015, anocashbackcasinoque seu faturamento atingiu US$ 17,9 bilhões - e lucrocashbackcasinoUS$ 3,7 bilhões.

O impériocashbackcasinoZuckerberg não apenas seguiu atraindo mais e mais usuários e clientes como intensificou outra estratégiacashbackcasinodominação do mercado: a aquisiçãocashbackcasinoconcorrentes.

Em abrilcashbackcasino2012, o Facebook pagou US$ 1 bilhão pelo aplicativocashbackcasinofotos Instagram, que fora lançado menoscashbackcasinodois anos antes e contava na época com 30 milhõescashbackcasinousuários.

Dois anos depois, uma compra ainda mais impressionante: o WhatsApp, que contava com 400 milhõescashbackcasinousuários, foi adquirido por US$ 19 bilhões.

O Facebook, segundo informações do mercado, ainda tentou comprar, sem sucesso, outro novo aplicativocashbackcasinocrescimento, o Snapchat, lançadocashbackcasino2011. A oferta, que teria sido feitacashbackcasino2013, teria supostamente chegado a US$ 3 bilhões. Sem conseguir concretizar a aquisição, Zuckerberg resolveu incorporar ao Instagram funcionalidades que faziam do Snapchat uma ferramenta peculiar e abriu concorrência direta entre as plataformas.

WhatsApp

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Legenda da foto, Em 2014, o Facebook pagou US$ 19 bilhões pelo aplicativocashbackcasinomensagens WhatsApp

O Facebook cresceu, mas o modelo que permitiu seu avanço sofreu um golpecashbackcasinoimagem significativocashbackcasino2018, quando vieram à tona revelações sobre o papel da plataforma - e da empresa -cashbackcasinoacontecimentoscashbackcasino2016.

O escândalo, revelado pelo jornal britânico The Observer - a versão dominicalcashbackcasinoseu parceiro The Guardian -, denunciava o uso dos dadoscashbackcasinomilhõescashbackcasinousuários do Facebook como ferramenta para propaganda políticacashbackcasinofavor do candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump.

A mesma estratégia também teria sido usada por interessados na vitória do Brexit no referendo britânico sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia.

Como resumiu a reportagem do Observer de 18cashbackcasinomarçocashbackcasino2018, logo emcashbackcasinoabertura: "A empresacashbackcasinoanálisecashbackcasinodados que trabalhou com a equipe eleitoralcashbackcasinoDonald Trump e a vencedora equipecashbackcasinocampanha do Brexit colheu milhõescashbackcasinoperfis do Facebookcashbackcasinoeleitores americanos,cashbackcasinouma dos maiores violaçõescashbackcasinodados do gigante da tecnologia, e os usou para construir um poderoso programa para prever e influenciar escolhas nas urnas".

Facebook e Cambridge Analytica

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Legenda da foto, O escândalo da Cambridge Analytica expôs a natureza do modelo comercial do Facebook e seus riscos

A reportagem foi baseada nas revelaçõescashbackcasinoum denunciante, Christopher Wylie, que havia trabalhado com um acadêmico da UniversidadecashbackcasinoCambridge na obtenção do material.

O acadêmico, Aleksandr Kogan, colheu os dados num trabalho sem ligação com a universidade: um aplicativo por meio do qualcashbackcasinoempresa GSR (Global Science Research) e a britânica Cambridge Analytica tomaram dadoscashbackcasinocentenascashbackcasinomilharescashbackcasinousuários do Facebook - que receberam por isso.

As empresas, porém, também tiveram acesso a dados pessoais das conexões dessas pessoas na rede social, o que elevou a basecashbackcasinodados a cercacashbackcasino50 milhõescashbackcasinousuários. A Cambridge Analytica, na época da operação, tinha entre seus executivos Steve Bannon, então assessor políticocashbackcasinoDonald Trump.

Em poucos dias, Mark Zuckerberg divulgou uma declaraçãocashbackcasinoque admitiu quecashbackcasinoempresa havia cometido "erros".

"Nós temos uma responsabilidadecashbackcasinoproteger seus dados, e se nós não podemos, então nós não merecemos servir vocês."

Em entrevista à rede CNN, ele também pediu desculpas ao público.

Zuckerberg depõe no Congressocashbackcasino2018

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Legenda da foto, Mark Zuckerberg tevecashbackcasinodepor no Congresso americano sobre escândalo da Cambridge Analytica

O escândalo, que provocou o fechamento da Cambridge Analytica e levou Wylie a depor no Congresso americano, foi tratado pela empresa e pela maior parte da mídia como uma falhacashbackcasinosegurança e invasãocashbackcasinoprivacidade no ambiente do Facebook.

O problema, no olharcashbackcasinoautoridades e muitos especialistas, era o fatocashbackcasinoos dadoscashbackcasinomilhõescashbackcasinousuários terem caído nas mãoscashbackcasinoterceiros sem seu consentimento. Entretanto, no cenário mais amplo da nova realidade econômica e social criada por Facebook e Google, mais importante ainda era o que foi feito com esses dados.

Os usuários cujos dados foram roubados acabaram alvoscashbackcasinoanúncios políticos direcionados especificamente para eles, numa adoção do modelo já usado na vendacashbackcasinoprodutos para a propaganda - e desinformação - política.

O Facebook, assim como aconteceria com outras plataformas digitais, passou a ser uma ferramenta na propagação das chamadas "fake news" - informações mentirosas divulgadascashbackcasinoforma deliberada para criar falsas narrativas e distorcer a realidade.

A possibilidadecashbackcasinoenviar mensagens a grupos específicos na plataforma também foi usada na organizaçãocashbackcasinocrimes. Em 2016 e 2017, a minoria muçulmana Rohingya,cashbackcasinoMyanmar, foi alvocashbackcasinouma campanhacashbackcasinolimpeza étnica que, segundo autoridades internacionais, foi promovida pelas Forças Armadas do país.

O Facebook, cujo aplicativo era o mais popularcashbackcasinoMyanmar, sendo usado por maiscashbackcasinoum terço da população, foi amplamente utilizado para a difusãocashbackcasinomensagenscashbackcasinoódio contra os Rohingya.

Citada pela BBC, uma representante da ONU (Organização das Nações Unidas) para direitos humanos, Yanghee Lee, dissecashbackcasinomarçocashbackcasino2018 que "o Facebook tornou-se um monstro, não aquilo que originalmente tinha a intençãocashbackcasinoser".

Protesto na Indonésia contra Myanmar

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Legenda da foto, O Facebook foi acusadocashbackcasinoservircashbackcasinoplataforma para ataques contra a minoria Rohingya,cashbackcasinoMyanmar

Uma outra plataforma da empresa, o aplicativo WhatsApp, também transformou-secashbackcasinoeficiente ferramentacashbackcasinopropaganda política, mascashbackcasinouma maneira diferente. Sem o amplo uso publicitário visto no Facebook, o WhatsApp trazia outro atrativo: conexões entre pessoas próximas e grupos num ambiente fechado,cashbackcasinodifícil monitoramento por entidades externas.

Em vezcashbackcasinoanúncios, no WhatsApp a propaganda política ou ideológica passou a ser feita pelos chamados "disparos" - mensagens enviadas e repassadas a um número grandecashbackcasinopessoas.

Uma reportagem da BBC News Brasil,cashbackcasinooutubrocashbackcasino2018, mostrou como eleitores brasileiros eram colocadoscashbackcasinogruposcashbackcasinoWhatsApp sem seu consentimento depois que seus telefones eram coletadoscashbackcasinoalguma maneira -cashbackcasinolistas comerciais oucashbackcasinodentro do Facebook.

Uma donacashbackcasinocasacashbackcasinoSão Paulo disse à BBC: "Não sei onde encontraram meu telefone. Os administradores e algumas pessoas tinham números estrangeiros. Eu fiquei com medo. Saícashbackcasinotodos e denunciei todos os grupos para o WhatsApp."

O Facebook e o WhatsApp prometeram,cashbackcasinovárias oportunidades, eliminar as brechascashbackcasinoseus sistemas que permitiam a invasãocashbackcasinoprivacidade indevida e o abuso por grupos políticos. Medidas específicas foram tomadas nos Estados Unidos,cashbackcasinoMyanmar e no Brasil, enquanto mudanças nas plataformas - como um limite menorcashbackcasinopessoas para quem uma mensagem poderia ser repassada no WhatsApp - foram implementadas.

Mark Zuckerberg e outros CEOscashbackcasinoempresascashbackcasinomídias sociais e tecnologia, como Google e Twitter, foram sucessivamente convocados a depor no Congresso americano devido a problemas no setorcashbackcasinotecnologia, incluindo invasão indevidacashbackcasinoprivacidade e uso político dissimulado.

Monopólio questionado

Em agostocashbackcasino2019, usuários do Instagram e do WhatsApp podem ter notado uma pequena mudança nos aplicativos. Ao lado da marca, aparecia uma referência a seu dono: "From Facebook" (Do Facebook).

Segundo a empresa, a medida dava mais transparência à relação com o usuário, que passaria a ser informado mais claramente que os aplicativos eram do Facebook.

Três meses depois, um novo logotipo para a empresa Facebook, com a palavracashbackcasinoletras maiúsculas, foi adotado para diferenciá-la da rede social.

Tal transparência também atendia a um outro objetivo do grupo: dificultar qualquer tentativa das autoridades americanascashbackcasinoforçar uma divisão da empresa, um dos focoscashbackcasinoinvestigações do Congresso sobre monopólios no setorcashbackcasinotecnologia.

Em outubrocashbackcasino2020, o relatóriocashbackcasinouma comissão da Câmara dos Representantes disse que Facebook, Google, Amazon e Apple exerciam o papelcashbackcasinomonopólios no setor.

"Essas quatro corporações servem cada vez mais como controladores do comércio e das comunicações na era digital, e esse podercashbackcasinocontrolador lhes dá uma capacidade enormecashbackcasinoabusar desse poder", disse um representante da comissão, citado pela rede americana NPR.

As conclusões da comissão tinham caráter consultivo e não implicavam nenhuma medida do Congresso contra as empresas, mas a possibilidadecashbackcasinoque alguma norma viesse a forçar a divisão dessas grandes corporações não estava descartada.

Abertura do Twiiter na bolsa da Nova York,cashbackcasino2013

Crédito, Andrew Burton/Getty Images

Legenda da foto, O Twitter manteve-se independente, como concorrente do Facebook, e abriu seu capital na bolsacashbackcasinoNova York

Enquanto seguia intacto, o Facebook crescia. Em meadoscashbackcasino2020, a rede social registrava um totalcashbackcasino2,7 bilhõescashbackcasinousuários ativos.

Segundo estimativas do mercado, o WhatsApp contava com 1,5 bilhãocashbackcasinousuários - 120 milhões apenas no Brasil -, e o Instagram acumulava outros 1 bilhão.

O faturamento da empresacashbackcasino2019 atingiu US$ 70,7 bilhões, com US$ 18,5 bilhõescashbackcasinolucro.

Os impressionantes números acumulados desde que o ainda adolescente Mark Zuckerberg programou a primeira versão do Facebook,cashbackcasinofevereirocashbackcasino2004, fazem da mais famosa rede social do planeta uma das histórias mais memoráveis do início do século 21.

Outras redes sociais independentes da empresacashbackcasinoZuckerberg, como Twitter, YouTube, Snapchat e as chinesas TikTok e WeChat, também tiveram grande impacto na forma como as pessoas interagem entre si.

O Facebook, porém, concluiu as duas primeiras décadas do milênio sem dar sinaiscashbackcasinoque perderia público, influência ou poder tão cedo.

Em 2020, com apenas 36 anoscashbackcasinoidade e uma fortunacashbackcasinomaiscashbackcasinoUS$ 100 bilhões, Mark Zuckerberg parecia disposto a continuar fazendo história.

Este artigo é parte da série "21 Histórias que Marcaram o Século 21", da BBC News Brasil.

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