O ex-neonazista que hoje se dedica a 'desconverter' extremistas:betpix365 com entrar

Christian Picciolinibetpix365 com entrar1991

Crédito, Christian Picciolini

Legenda da foto, Picciolini foi recrutado aos 14 anos

Quando o estranho perguntou seu nome, Picciolini ficou com medobetpix365 com entrardizer — seu sobrenome italiano já o havia colocadobetpix365 com entrarsituaçõesbetpix365 com entrarbullying —, mas falou.

Em vezbetpix365 com entrartirar sarro do sobrenome, entretanto, o estranho disse que este era um motivobetpix365 com entrarorgulho e que, se Picciolini não tomasse cuidado, alguém poderia tirar dele o orgulhobetpix365 com entrarser italiano e europeu.

Isso tocou o jovem. Seus pais eram imigrantes que haviam se mudado da Itália aos EUA nos anos 1960. Ele se sentia mais italiano do que americano.

O estranho que abordou Picciolini naquele dia era Clark Martell, e o grupo para o qual o adolescente havia acabadobetpix365 com entrarser recrutado era o primeiro skinhead neonazista dos EUA: o "Chicago Area SkinHeads" — também conhecido como Cash.

Picciolini acha que Martell, então com 28 anos, saíabetpix365 com entrarbuscabetpix365 com entrarpessoas vulneráveis.

"Ele viu que eu estava solitário, fazendo algo que me colocava nas margens — fumar baseadobetpix365 com entrarum beco. Ele sabia que eu estavabetpix365 com entrarbuscabetpix365 com entrartrês coisas importantes: um sensobetpix365 com entraridentidade, uma comunidade e um propósito."

O Chicago Area SkinHeads oferecia tudo isso.

"Foi a primeira vez na minha juventude que eu sentia que alguémbetpix365 com entrarfato prestava atençãobetpix365 com entrarmim e me empoderavabetpix365 com entraralguma forma."

Apesarbetpix365 com entrarele sentir dúvidas quanto à ideologia do grupo, achou na época que a recompensa da inclusão era maior do que qualquer coisa que tivesse experimentado.

Até então, Picciolini sofria bullying e se sentia abandonado por seus pais, que trabalhavam sete dias por semana (às vezes, 14 horas por dia) como donosbetpix365 com entrarum pequeno salãobetpix365 com entrarbeleza.

'Sensobetpix365 com entrarpertencimento'

O jovem começou a escutar músicasbetpix365 com entrarmovimentos supremacistas brancos europeus e se identificou com as letras.

"Elas falavam da minha angústiabetpix365 com entrarser jovem e invisível. Das minhas frustraçõesbetpix365 com entrartentar fazer algo ou progredir na vida. E essas letras culpavam 'o outro' por esses problemas."

As letras retratavam os supremacistas brancos como guerreiros contra "subraças" e religiões, "parasitas que tentavam destruir a glória e a herança da raça branca".

O uniforme neonazistabetpix365 com entrarcabeça raspada, botas e tatuagens consolidaram seu novo sensobetpix365 com entrarpertencimento.

Christian Picciolini in 1992

Crédito, Christian Picciolini

Legenda da foto, 'O que move as pessoasbetpix365 com entrardireção a esses movimentos não é a ideologia. Ela é o componente final que dá a elas permissão para sentir raiva'

No começo, ele ocultoubetpix365 com entrarsua família seu envolvimento no grupo; mas, como o passar do tempo, passou a discutir com os pais.

"Eles eram imigrantes, e isso pode ser parte do motivo pelo qual me tornei tão anti-imigração."

Ele hoje entende que não tinha maturidade para pedir mais atenção por partebetpix365 com entrarseus pais.

Logo, a violência seria parte da vidabetpix365 com entrarPicciolini. Skinheads mais velhos começaram a incentivá-lo a brigar, algo que ele achava revigorante.

"A ideia era ser agressivo, entrarbetpix365 com entrarbrigasbetpix365 com entrarrua para aterrorizar as pessoas e demonstrar força", conta. "Mas, acimabetpix365 com entrartudo, era para mostrar a nossa bandeira."

O grupo usava camisetas com slogans como "Poder Branco" e "Orgulho Branco". "Queríamos fortalecer a ideiabetpix365 com entrarque não tinha nadabetpix365 com entrarerradobetpix365 com entrarter orgulhobetpix365 com entrarquem você é e lutar por isso."

Até que Picciolini deixoubetpix365 com entrarser um soldado e se tornou líder do Chicago Area SkinHeads.

Em 1989, Clark Martell foi condenado a 11 anosbetpix365 com entrarprisão por espancar uma mulherbetpix365 com entrar20 anos que havia abandonado um grupo neonazista.

Martell e amigos também haviam destruído lojasbetpix365 com entrarjudeus e pintado suásticas por Chicago no aniversário da Noite dos Cristais, episódiobetpix365 com entrar1938 na Alemanha nazista quando um ataque orquestrado destruiu milharesbetpix365 com entrarsinagogas, casas e negóciosbetpix365 com entrarjudeus e resultou na mortebetpix365 com entrar91 judeus.

Muitos membros do Cash foram detidos e condenados.

Músicas racistas

Picciolini, com apenas 16 anos, se tornou um dos poucos remanescentes. Ascendeu à liderança e começou a reconstruir o grupo.

Fazia tudobetpix365 com entrarum apartamento decorado com bandeiras nazistas, banners da juventude hitlerista e pôsteresbetpix365 com entrarsupremacistas brancos.

"Eu criava pôsteres e panfletosbetpix365 com entrarpropaganda. (O local) também viraria o comando central, onde comecei a escrever, cantar e vender músicas racistas."

Ele estima ter recrutado diretamente mais 100 membros. Indiretamente, não tem ideiabetpix365 com entrarqual pode ter sidobetpix365 com entrarinfluência, uma vez que suas canções foram levadas para outros países e ele chegou a fazer shows combetpix365 com entrarbanda na Alemanha.

Christian Picciolini ebetpix365 com entrarbanda na Alemanha

Crédito, Christian Picciolini

Legenda da foto, Bandabetpix365 com entrarPicciolini chegou a se apresentar na Alemanha

"A música segue viva ainda hoje, recrutando pessoas e inspirando atosbetpix365 com entrarviolência", diz Picciolini, que passou os últimos 24 anos tentando desfazer esses danos.

"É horrível pensar que eu, tão cegamente, acrediteibetpix365 com entraralgo e não consegui ver o quanto era danoso às outras pessoas. Não há desculpa para isso. Não consigo explicar o fatobetpix365 com entrarque participeibetpix365 com entrarcoisas que glorificavam a mortebetpix365 com entrarinocentes."

Um caso particular atormenta Picciolini: quando ele tinha 18 anos, depoisbetpix365 com entraruma noitebetpix365 com entrarbebedeira, ele e seus amigos foram até um McDonald's, onde alguns jovens negros esperavam na fila para serem atendidos.

Bêbado, ameaçou os jovens, que saíram correndo. O grupo neonazista os perseguiu. Um dos jovens negros sacou uma arma e disparou, sem acertar ninguém. Picciolini se atirou sobre ele.

"Lembrobetpix365 com entrarbater nele, chutá-lo, socá-lo até seu rosto inchar. E lembro dele no chão olhando para mim enquanto eu chutava. Seus olhos me imploravam para que eu o deixasse sobreviver."

Pela primeira vez, algo dentro dele fora tocado.

"Por um segundo, pensei que poderia ser meu irmão ou alguém que eu amava. E reconheci que eu estava não apenas causando dor a ele, mas também abetpix365 com entrarfamília e às pessoas que ele amava."

Apesar desse momentobetpix365 com entrarempatia, Picciolini continuou sendo membro do grupo por mais cinco anos. Ele diz que não tinha coragembetpix365 com entrarabandonar as pessoas que haviam lhe dado uma identidade desde seus 14 anos.

Picciolini posing with other Nazi skinheads

Crédito, Christian Picciolini

Legenda da foto, Picciolini se casou aos 19 anos e, aos 22,betpix365 com entraresposa o deixou

"Tinha medobetpix365 com entrarvoltar ao nada que tinha antes,betpix365 com entrarnão valer nada. Eu achava que, quando estava recebendo atenção e causando medo, estava recebendo respeito."

Hoje ele percebe que respeito não tinha nada a ver com aquilo, mas só depoisbetpix365 com entrardiversos encontros com as pessoas que ele deveria odiar abrirem seus olhos.

Short presentational grey line

Picciolini se casou aos 19 anos e, aos 21, já tinha dois filhos.

Ele conta quebetpix365 com entrarmulher era gentil e progressista — e odiava que ele estivesse envolvido com supremacistas brancos.

Em casa, com a família, era outra pessoa. "Não queria recrutar minha mulher e meus filhos. Inconscientemente, eu sabia como era ruim, perigoso e violento. E não queria eles envolvidos ou associados a isso."

Para se sustentar, Picciolini abriu uma lojabetpix365 com entrarCDsbetpix365 com entrarmúsica, na qual vendia álbunsbetpix365 com entrardiferentes ritmos — mas tambémbetpix365 com entrarprópria música e abetpix365 com entraroutros grupos racistas —betpix365 com entraronde vinham cercabetpix365 com entrar75%betpix365 com entrarseus lucros.

"O que eu não esperava era que pessoasbetpix365 com entrarcor, gays e judeus também entrassem na loja", conta. Picciolini sabe que não era por acaso, uma vez que ele era amplamente conhecido como supremacista branco.

"Aquelas pessoas entravam (na loja) para me desafiar, mas escolhiam fazer isso por meio da compaixãobetpix365 com entrarvez da agressão. Sou grato por isso, porque me permitiu, pela primeira vez, interagirbetpix365 com entrarmodo significativo com as pessoas que eu pensava odiar."

Esse contato pessoal se mostraria vital para ele.

O rapaz se lembra especificamentebetpix365 com entraruma conversa com um adolescente negro que costumava fazer muitas perguntas sobre a música vendida na loja.

"Um dia, ele entrou e estava claramente chateado. Não estava como o adolescente felizbetpix365 com entrarcostume. Perguntei o que tinha acontecido, e ele contou quebetpix365 com entrarmãe havia sido diagnosticada com câncerbetpix365 com entrarmama naquela manhã."

O mesmo diagnóstico havia sido recebido pela mãebetpix365 com entrarPicciolini pouco antes. De repente, ele viu que conseguia se conectar com o adolescente e, por um momento, esqueceu suas crenças racistas. Os dois tiveram uma conversa longa sobre a vida, o amor e as coisasbetpix365 com entrarque gostavam.

Ao longo do tempo, experiências do tipo se repetiram, à medida que Picciolini começou a se conectar justamente com as pessoas que ele achava que precisava manter distantes dabetpix365 com entrarvida.

"Foram essas pessoas que escolheram me tratar com compaixão, quando eu menos merecia, que tiveram o efeito transformador mais poderosobetpix365 com entrarmim. Encontros humanos ainda são a coisa mais poderosa que eu já vi para quebrar o ódio."

Aos 22 anos, Picciolini viu seu casamento desmoronar. "Eu não consegui priorizar minha família ao movimento. E ela (esposa) me deixou."

Foi o gatilho final para Picciolini fechar a lojabetpix365 com entrarmúsica e abandonar a supremacia branca.

"Gostariabetpix365 com entrarpoder te dizer que houve um grande momento (de ruptura), mas não. Eu fui desaparecendo. Entreguei a liderança a outra pessoa. Usei a desculpabetpix365 com entrarque precisava me dedicar à minha família e a buscar emprego e que voltaria depois. Não tinha a intençãobetpix365 com entrarvoltar, mas naquele momento não tinha coragembetpix365 com entrardizer a eles."

Christian Picciolini

Crédito, Peter Tsai

Legenda da foto, Anos depoisbetpix365 com entrarPicciolini ter deixado o grupo, um episódio embetpix365 com entrarantiga escola o encorajou a contarbetpix365 com entrarhistória

Hoje, ele consegue olhar para trás e ver que causou danos tanto a estranhos quanto às pessoas mais próximas.

"Assim que consegui refletir (a respeito), senti o pesobetpix365 com entrartudo o que havia feito", conta.

Durante cinco anos, ele tentou esconder seu passado, fazer novos amigos e achar um emprego, tudo sem contar o que havia feito na juventude.

Mas,betpix365 com entrar1999,betpix365 com entrardepressão profunda, Picciolini não sabia ao certo quem era ou qual era o seu propósito. Só sabia que queria ser uma pessoa melhor.

"Eu acordava todas as manhãs desejando não ter acordado", lembra.

Um dia, recebeu a visitabetpix365 com entraruma amiga, que o incentivou a se candidatar a um emprego na multinaiconal IBM, onde ela havia começado a trabalhar recentemente.

"Eu achei que ela estava louca. Eis uma empresabetpix365 com entrartecnologia da lista da Fortune 100, e ela queria que eu me candidatasse, um ex-nazista que havia sido expulsobetpix365 com entrarseis escolas, que sequer tinha um computador ou que havia cursado a universidade. Mas eu a ouvi. Ela era uma amiga, e eu não tinha muitos amigos na época, e prometi a ela que iria à entrevistabetpix365 com entraremprego."

Picciolini acabou conseguindo um emprego júnior instalando computadoresbetpix365 com entraruniversidades e pontos comerciais.

Pela primeira vezbetpix365 com entrarmuito tempo, ele sentia alguma esperança e ficou animado — até descobrir, no primeiro dia no emprego, que faria um trabalhobetpix365 com entraruma das escolas das quais fora expulso por brigar e protestar.

"Fiquei aterrorizado. Achei que essa nova esperança cairia por terra assim que alguém me reconhecesse."

Ele se escondeu pelos corredores da escola, tentando evitar ser reconhecido. Passou por John Holmes, chefe da segurança escolar.

Holmes não o reconheceu, mas Picciolini se lembrava dele. Quando adolescente, ele costumava antagonizar com o segurança negro. Naquele dia, porém, a sensaçãobetpix365 com entrarque precisava se redimir foi ainda maior do que seu medobetpix365 com entrarser notado.

Ele então seguiu Holmes até o estacionamento da escola e o tocou no ombro.

"Ele se virou e deu um pulo para trás quando me reconheceu. Estava com medo."

Sem saber muito bem o que fazer, Piccioloni estendeu a mão e disse: "Me desculpe". Holmes o cumprimentou e agradeceu por desculpar-se, mas emendou que, se ele realmente estivesse sendo sincero, precisaria fazer mais.

Os dois sentaram para conversar. O rapaz contou sobre suas experiências e disse que tinha abandonado o grupo. Holmes o abraçou e o fez prometer que seguiria contandobetpix365 com entrarhistória.

Esse foi outro momentobetpix365 com entrarinflexão, que ajudou Picciolini a entender que fugir não era uma opção — ele precisava encontrar uma maneirabetpix365 com entrarreparar todo o dano que havia causado e pedir perdão àqueles que tinha magoado.

"Honestamente, Holmes salvou minha vida naquele dia. Não sei se, sem a orientação dele, seu encorajamento e perdão, eu teria encontrado coragem."

No início, ele não estava certo do que devera fazer. Mas então, pouco tempo depois, estava andando pelo shopping quando um homem passou e disse: "Tatuagem bacana, cara. White Power!"

Ele havia reconhecido as runas nórdicas tatuadas no antebraçobetpix365 com entrarPicciolini. Para a grande maioria, esses não são símbolos óbviosbetpix365 com entraródio — mas foram cooptados por grupos supremacistas brancos.

Essa forabetpix365 com entrarprimeira interpelação informal. Foi a primeira vez, depoisbetpix365 com entrardeixar o grupo, que ele falou com alguém que ainda acompanhava o movimento.

Após um diálogo breve, pareceu que o homem havia entendido porque Picciolini havia decidido sair e, mais importante, que havia um caminho para que ele tomasse o mesmo caminho se assim quisesse.

"Não sei o que ele fez, mas saí pensando que compartilhar minhas experiências poderia ajudar outras pessoas a entender que existe uma rotabetpix365 com entrarsaída."

E foi aí que ele passou a usarbetpix365 com entrarhistória para tentar convencer outras pessoas a abandonar grupos extremistas.

Já foram maisbetpix365 com entrarmil desde então — dos quais, ele acredita, quase 400 tenham decidido sair dos grupos dos quais faziam parte,betpix365 com entrarsupremacistas brancos a estrangeiros que haviam viajado para a Síria para se juntar ao Estado Islâmico.

Christian Picciolini

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Christian Picciolini calcula já ter 'desconvertido' cercabetpix365 com entrar400 pessoas antes ligadas a grupos extremistas

"O que move as pessoasbetpix365 com entrardireção a esses movimentos não é a ideologia", defende. "A ideologia é o componente final que dá a elas permissão para sentir raiva."

Picciolini acredita que são alguns "buracos" que aparecerembetpix365 com entrarnossas vidas — incidentes que geram trauma ou sensação agudabetpix365 com entrarabandono — que leva algumas pessoas a se juntarem a grupos extremistas,betpix365 com entrarbuscabetpix365 com entraridentidade, propósito ebetpix365 com entrarum sensobetpix365 com entrarcomunidade.

"Quando converso com essas pessoas sobre deixar esses movimentos, nunca discuto ideologia com elas. Não digo que estão erradas, ainda que, claro, eu saiba que elas estão. O que eu faço é escutar, escutar e tentar identificar aqueles 'buracos', para encontrar maneirasbetpix365 com entrarpreenchê-los ."

presentational grey line

Picciolini sabe, entretanto, que suas ações do passado continuam reverberando até hoje — e causando danos.

Em uma conversa com um jornalista dois anos atrás, ele descobriu que o supremacista branco Dylann Roof, que matou nove pessoasbetpix365 com entrarum ataquebetpix365 com entraruma igrejabetpix365 com entrarCharlestonbetpix365 com entrar2015, era fã da música que ele fazia muitos anos atrás.

Quatro meses antes do atentado, Roof escreveubetpix365 com entrarum site quebetpix365 com entrarconteúdo racista que havia assistido a um documentário sobre skinheads e que procurava mais informações sobre a banda que aparecia nas imagens.

Quando o repórter confrontou Picciolini com os versos, ele olhou com horror para os versos que havia escrito quando era adolescente.

"Fiquei arrasado por saber que posso ter tido alguma influência no que ele fez. Ele entroubetpix365 com entrarum lugarbetpix365 com entraradoração e matou nove pessoas que achavam que eram sub-humanos, quebetpix365 com entrarminhas letras eu tratava como alguém que estava destruindo nosso país."

Além da músicabetpix365 com entrarPicciolini, Roof também consumia notíciasbetpix365 com entrarsitesbetpix365 com entrarextrema direita que disseminam estatísticas falsas sobre crimes perpetrados por negros contra brancos.

"Assim como essas estatísticas, minhas músicas também promoviam a ideiabetpix365 com entrarque negros era responsáveis por todo crime que acontecia nos Estados Unidos, todo estupro. Essas foram as ideias que o levaram àquela igreja e a assassinar nove pessoas inocentes — e me sinto muito responsável por isso."

Ele sabe que não há como voltar no tempo e fazer com que as letras que já inspiraram tanto ódio desapareçam. Mas está comprometidobetpix365 com entrarexpor as mentiras racistas nas quais um dia acreditou e tentar evitar que outras pessoas sigam o mesmo caminho.

"Não há nada que eu possa falar ou fazer que leve embora toda a dor que eu causei."

"Meu objetivo no futuro, alémbetpix365 com entrarir às comunidades às quais fiz mal e tentar reparar o dano que causei, é eliminar que estragos semelhantes aconteçam com gerações futuras."

Ouça aqui a entrevista (em inglês)betpix365 com entrarChristian Picciolini no programa Outlook da BBC World Service

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