Sem sucesso na Justiça, Trump tenta convencer legislativosaposta ganha marketingEstados onde Biden venceu a apontar delegados a seu favor:aposta ganha marketing
Para ser eleito, um candidato precisa obter 270 votos no colégio eleitoral. Cada Estado do país possui um dado númeroaposta ganha marketingdelegados e, à exceção do Maine eaposta ganha marketingNebraska, o candidato vencedor no voto popular no estado leva todos os delegados da área.
Qual é o planoaposta ganha marketingTrump?
Primeiro, Trump tem tentado medidas para atrasar ou dificultar a certificação dos resultados das urnas por cada uma dos Estados americanos.
A certificação é a mera formalização dos votos totais e a indicaçãoaposta ganha marketingquais delegados irão representar o estado no Colégio Eleitoral.
No Wisconsin, ele pagou US$ 3 milhões (R$ 16,1 milhões) por uma recontagemaposta ganha marketingvotos, cujo resultado só deve sair no limite do prazo para a certificação.
Em Michigan, o presidente americano ligou pessoalmente para um das oficiais eleitorais republicanas no Condadoaposta ganha marketingWayne, na regiãoaposta ganha marketingDetroit, que selouaposta ganha marketingderrota por uma margemaposta ganha marketingcercaaposta ganha marketing150 mil votos. A representante, que já tinha se posicionado a favor da certificação eleitoral na região, voltou atrás.
Na Geórgia, Trump pressionou as autoridades republicanas a não finalizar a certificação, concluída nesta sext-feira (20/11), mesmo após a recontagem confirmar vitóriaaposta ganha marketingBiden.
No Arizona, membros do Partido Republicano têm impedido a certificaçãoaposta ganha marketingum pequeno condado na zona rural. o que pode atrasar a oficializaçãoaposta ganha marketingtodo o Estado.
Sem certificações, Trump entrariaaposta ganha marketingcampo com o segundo passo da estratégia: alterar o númeroaposta ganha marketingdelegados pra cada lado.
Sua campanha tem sugerido aos representantes legislativos estaduaisaposta ganha marketingque republicanos têm maioria que, à luz das alegadas fraudes por Trump, ignorem o resultado das urnas e apontem delegados pró-Trump mesmo naqueles Estadosaposta ganha marketingque Biden venceu.
Essa é uma possibilidade com a qual a campanhaaposta ganha marketingTrump flertou publicamente, mesmo antes da votação do dia 3aposta ganha marketingnovembro.
Em 23aposta ganha marketingsetembro, uma reportagem da revista americana The Atlantic afirmava ter ouvidoaposta ganha marketingfontes do Partido Republicano que a possibilidade estavaaposta ganha marketingestudo.
No mesmo períodoaposta ganha marketingque tais discussões aconteciam privadamente na agremiação, Trump se recusava publicamente a se comprometer com uma transição pacíficaaposta ganha marketingpoder.
Em tese, haveria brecha legal para esse tipoaposta ganha marketingmanobra. Isso porque a Constituição Americana,aposta ganha marketingseu segundo artigo, estabelece que cada Estado deve nomear seus representante para o Colégio Eleitoral "da maneira que seu Legislativo determinar."
De acordo com Keith E. Whittington, professoraposta ganha marketingCiência Política da Universidadeaposta ganha marketingPrinceton, o modeloaposta ganha marketingescolhaaposta ganha marketingdelegados pelos legislativos, sem participação popular, foi muito pouco visto nos Estados Unidos.
"No início da história do país, as legislaturas estaduais muitas vezes simplesmente nomeavam os delegados. Não demorou muito para que uma sensibilidade mais democrática assumisse o controle: as legislaturas estaduais estabeleceram procedimentos para eleições nas quais os eleitores podiam escolher os representantes e, assim, escolher efetivamente o presidente, uma vez que os candidatos a delegado se comprometiam a votaraposta ganha marketingdeterminado candidato à Presidência", escreveu Whittington,aposta ganha marketingum artigo para o jornal The Washington Post.
"Em 1796, menos da metade dos Estados ainda usava a seleção legislativaaposta ganha marketingdelegados. A última legislatura estadual a escolher eleitores foi a do Coloradoaposta ganha marketing1876, e isso apenas porque o Estado foi admitido na União tarde demais no cicloaposta ganha marketingeleições presidenciais para organizar um pleito."
Investida sobre os legislativos estaduais
E apesaraposta ganha marketingnada nesses moldes ter acontecido nos Estados Unidosaposta ganha marketingmaisaposta ganha marketingum século,aposta ganha marketing2000, durante a batalha judicial entre o republicano George W. Bush e o democrata Al Gore pelos votos presidenciais na Flórida, a Suprema Corte reafirmou que um Estado "pode retomar o poderaposta ganha marketingnomear delegados", retirando do povo essa atribuição. A decisão poderia servir como base para a medida tentada por Trump.
Foi exatamente isso o que a campanha do republicano pediu à Justiça na Pensilvânia,aposta ganha marketingum documentoaposta ganha marketing86 páginas revelado pela Bloomberg.
"Este tribunal deveria entrar com uma ordem [alegando] que os resultados das eleições presidenciais geraisaposta ganha marketing2020 são defeituosos, permitindo que a Assembleia Geral da Pensilvânia escolha", dizem os advogados na petição judicial.
Os republicanos dominam o Legislativo na Pensilvânia e já afirmaram que esse tipoaposta ganha marketingmedida não seria uma possibilidade.
A pressão privadaaposta ganha marketinglegisladores no Arizona, no Wisconsin e na Geórgia já os levou a se posicionar abertamente ou entre seus pares.
O líder republicano no Legislativo do Wisconsin, Robin Vos, por exemplo, veio à público dizer que "sob as nossas leis, não temos parte nesse processo (eleitoral)".
O mesmo disse Mike Shirkey, líder do Senadoaposta ganha marketingMichigan. "A leiaposta ganha marketingMichigan não inclui um dispositivo para que o Legislativo selecione delegados diretamente ou conceda delegados a qualquer pessoa que não seja aquela que recebeu a maioria dos votos", ele afirmou na semana passada.
Apesar disso, Shirkey e o presidente da Câmara estadual, Lee Chatfield, aceitaram se encontrar com Trump na Casa Branca, na sexta-feira (20/11).
E embora não tenham aberto a pauta da reunião, também participou do evento Tom Barrett, um parlamentar estadual e aliadoaposta ganha marketingprimeira horaaposta ganha marketingTrump, que tem pressionado pela não certificação dos votos com baseaposta ganha marketingalegaçõesaposta ganha marketingfraude.
A estratégia é tão clara que foi criticada abertamente na quinta-feira (19/11) pelo senador republicano Mitt Romney, que tem um históricoaposta ganha marketingconfrontosaposta ganha marketingrelação a Trump.
"Tendo falhadoaposta ganha marketingapresentar até mesmo um caso plausívelaposta ganha marketingfraude ou conspiração generalizada diante da Justiça, o presidente agora recorre à pressão aberta sobre as autoridades estaduais e locais para subverter a vontade do povo e reverter a eleição. É difícil imaginar uma ação mais antidemocráticaaposta ganha marketingum presidente americanoaposta ganha marketingexercício", afirmou Romney, no Twitter.
Qual a chanceaposta ganha marketingdar certo?
Para ter sucesso na empreitada, Trump precisaria fazer o plano funcionaraposta ganha marketingao menos três Estados, para obter o númeroaposta ganha marketingdelegados necessários no Colégio Eleitoral e se tornar o vencedor.
Até o momento, nada sugere que ele possa conseguir convencer as máquinas políticas e burocráticas a se curvarem aaposta ganha marketingvontadeaposta ganha marketingtrês diferentes estados.
Ainda na remota possibilidade que isso acontecesse, certamente haveria batalhas judiciais para questionar as medidas tomadas pelos legislativos e isso mergulharia o paísaposta ganha marketingsemanasaposta ganha marketingincerteza e tensão. A imprensa americana tem chamado a manobraaposta ganha marketing"sem precedentes" e "potencialmente ilegal".
Por isso, parte dos analistas americanos acreditam que os movimentos são mais uma formaaposta ganha marketingo presidente americano mostrar àaposta ganha marketingbase eleitoral, que lhe garantiu maisaposta ganha marketing73 milhõesaposta ganha marketingvotos, que ele é uma vítima do sistema, um outsider injustamente derrotado, expulso do que ele chamaaposta ganha marketing"pântano" políticoaposta ganha marketingWashington D.C., a capital americana.
E veículos americanos afirmam que Trump já disse a assessores que pretende concorrer à Presidênciaaposta ganha marketing2024. Sem mandato pelos próximos quatro anos, ele tem a tarefaaposta ganha marketingmanter essa base coesa e fiel a seu nome e não a qualquer outro republicano que possa surgir com destaque na oposição ao governo Biden.
Por ora, o discurso públicoaposta ganha marketingTrump tem mostrado grande efetividade com seu público. De acordo com uma pesquisaaposta ganha marketingopinião recém-divulgada pela revista The Economist, realizada entre 15 e 17aposta ganha marketingnovembro, 43% dos americanos acreditam que Biden não ganhou a eleiçãoaposta ganha marketingmodo legítimo.
Entre os que votaramaposta ganha marketingTrump, esse percentual salta para 88%.
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