Dia Internacional da Menina: 'Nada me preparou para o ódio que encontrei na internet', diz estrela da série da Netflix Eu Nunca…:roleta best

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Legenda da foto, Maitreyi Ramakrishnan enfrentou ataques e abusos na internet após estrelar série da Netflix, e agora se tornou porta-voz pelos direitos das jovens mulheres

"Eu me preparei para a sérieroleta bestsi e para coisas como esta entrevista. A única coisa para a qual não pude me preparar foi para o ódio", diz.

O ódio a que Ramakrishnan se refere são os ataques violentos nas redes sociais.

"Eu sabia que isso aconteceria porque é o mundoroleta bestque vivemos."

"Você sabe o que é um comentário nojento ou uma ameaçaroleta bestmorte… Mas é diferente quando isso aconteceroleta bestverdade."

A atriz canadense afirma que ter recorrido a afastamento temporáriosroleta bestsuas contasroleta bestrede social quando se sentiu oprimida por experiências negativas.

"Eu me garantoroleta bestque todas as minhas contasroleta bestrede social sejam operadas por mim, pois quero ser minha voz autêntica", explica. "Mas às vezes tenho feito pausas e me distanciado."

'Maioria das mulheres atacadas online'

Infelizmente Ramakrishnan não está sozinha, e então ela se tornou uma embaixadora da Plan International, uma ONGroleta bestdireitos da criança focada na igualdaderoleta bestgênero para ajudar a aumentar a conscientização sobre esta batalha contínua.

Maisroleta best14 mil meninas e jovens mulheres,roleta best15 a 22 anos,roleta best20 países diferentes responderam a uma pesquisa recente sobre vivenciar experiências semelhantes na internet.

Os resultados, divulgados para coincidir com o Dia Internacional das Meninas (11roleta bestoutubro), apontam um quadro preocupante.

Crédito, Plan International

Legenda da foto, Ramakrishnan diz sofrer ameaçasroleta bestmorte na internet

Mais da metade das entrevistadas (58%) disse ter sofrido ataques ou abusos nas plataformasroleta bestrede social.

E quase 9roleta bestcada 10 afirmaram ter sofrido vários tiposroleta bestassédio, desde o usoroleta bestlinguagem abusiva e ofensiva até comentários racistas e ameaçasroleta bestviolência sexual.

"Isso não está certo", diz Ramakrishnan.

"A internet é uma ferramenta incrívelroleta bestse ter quando se trataroleta bestencontrar respostas e aprender mais sobre o que está acontecendo no mundo, mas ataques são ataques e essa situação só aumenta a pressão que as meninas já enfrentam", acrescenta.

Esse tiporoleta bestabuso está afastando algumas mulheres das redes sociais

Os pesquisadores da Plan International descobriram que a angústia causada por esse ataques online fez com que pelo menos 1roleta bestcada 5 mulheres parasse ou reduzisse significativamente seu tempo na plataformaroleta bestrede social onde acontecia mais abusos.

De acordo com a pesquisa, isso ocorreu principalmente no Facebook e no Instagram.

A CEO da Plan International, Anne-Birgitte Albrectsen, afirmou à BBC que tal afastamentoroleta bestmassa das redes sociais foi bastante prejudicial, especialmente durante a pandemiaroleta bestcovid-19, quando as jovens dependiam tantoroleta bestsuas vidas digitais.

"Tirar as meninas dos espaços online é extremamente 'desempoderador',roleta bestum mundo cada vez mais digital, e prejudica a capacidade delasroleta bestserem vistas, ouvidas eroleta bestse tornarem líderes", diz Albrectsen.

"Esses ataques podem não ser físicos, mas geralmente são ameaçadores, implacáveis e limitam a liberdaderoleta bestexpressão das meninas."

Ativista atacada com xenofobia e ameaçasroleta bestviolência

Tudo isso é algo muito familiar para Nadiuska, ativista feministaroleta best19 anos, que participou da pesquisa da Plan International.

A nicaraguense diz que teveroleta bestlidar com "uma boa quantidaderoleta bestataquesroleta bestseu país", mas foram os incidentes no exterior que a chocaram seriamente.

Enquanto estava na Espanha no ano passado, para participarroleta bestuma marcha contra as mudanças climáticas, ela disse que recebeu ameaçasroleta bestsuas contasroleta bestrede social.

Crédito, Plan International

Legenda da foto, Ativista nicaranguense Nadiuska, 19, diz que passou a fazer terapia depois dos ataques na internet

"Eu recebi uma mensagem xenófobaroleta bestum perfil me dizendo que eles tinham modosroleta bestme deportar eroleta bestme agredir", relembra. "Eu fico com medo. Não me senti segura online."

Nadiuska diz que episódios frequentesroleta bestataques violentos afetaramroleta bestsaúde mental e teve que fazer terapia e tomar medicamentos para lidar com as emoções desencadeadas pelo abuso.

A pesquisa da Plan International descobriu que as mulheres engajadasroleta bestcausas sociais são particularmente visadas por agressores, que também atingem desproporcionalmente pessoasroleta bestminorias raciais ou pessoas que se identificam como LGBTQ+.

"Como movimentos como #MeToo e Black Lives Matter mostraram, a mídia social se tornou um espaço cada vez mais importante para o ativismo", diz Albrectsen, da Plan International .

"Os números são mais ou menos iguaisroleta besttodas as regiões, e isso é bastante preocupante."

A Europa foi a região onde uma maior porcentagemroleta bestmeninas relatou ataques online (63%), enquanto a América do Norte foi a menor, com 52%. A América Latina tem uma taxaroleta best60%.

"As redes sociais estão permitindo mais abuso contra essas jovens mulheres do que elas encontrariam na sociedaderoleta bestgeral", afirma Albrectsen.

Defensores da igualdaderoleta bestgênero temem que esses ataques possam ser particularmente prejudiciais às tentativasroleta bestaumentar o númeroroleta bestmulheres online.

'Quantidade chocanteroleta bestfotos íntimas não solicitadas'

As recém-chegadas ao ambiente online podem ser desestimuladas rapidamente, como lembra Cathy, uma ugandenseroleta best20 anos.

A jovem começou a usar a internet há apenas três anos, pois para ela estar online e usar as redes sociais era uma distração muito necessáriaroleta bestuma rotinaroleta besttrabalho duro como alfaiate, função que exerce para ajudar a sustentarroleta bestmãe,roleta bestirmã e seu irmão.

Mas ela disse no levantamento da ONG que logo depoisroleta bestentrar no Facebook foi bombardeada por diversas fotosroleta bestnudezroleta bestum homem que conheceu online.

Crédito, Plan International

Legenda da foto, Cathy, 20, disse que passou a receber fotos íntimas não solicitadas

"Um cara veio à minha caixaroleta bestentrada e falou 'oi'. Eu respondi 'oi'. Ele disse 'como você está?', e eu respondi. Mas no dia seguinte, quando acordei, encontrei várias imagens bizarras."

"Ele tinha me mandado várias fotos pelado. Foi chocante e triste", disse.

Histórias como aroleta bestCathy estão longeroleta bestserem raras. Quase 40% das garotas e jovens mulheres entrevistadas na pesquisa registraram ter sofrido assédio sexual.

Há uma pressão crescente para que as plataformasroleta bestredes sociais combatam o assédio.

As empresas dizem ter adotado nos últimos anos uma sérieroleta bestmedidas voltadas para combater o abuso online e têm se comprometido publicamenteroleta bestacabar com ele.

O Facebook, que também é dono do Instagram e do WhatsApp, afirma usar inteligência artificial para buscar conteúdoroleta bestbullying e diz monitorar constantemente denúnciasroleta bestabuso feitos por usuários. E que sempre remove ameaçasroleta bestestupro, por exemplo.

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Legenda da foto, ONGs cobram mais iniciativas das redes sociais contra ataques e abusosroleta bestsuas plataformas

"É crucial manter as mulheres e garotas segurasroleta bestnossos aplicativos. Nós investimosroleta besttecnologia para banir abusosroleta bestnossas plataformas e trabalhamos com maisroleta best200 organizaçõesroleta bestsegurança ao redor do mundo para proteger mulheresroleta bestataques online, comentários ofensivos e atenção indesejada", afirmaroleta bestnota Cindy Southworth, cheferoleta bestsegurança da mulher do Facebook.

"Pesquisas como essa (da Plan International) nos ajudam a entender mais profundamente como as mulheres e as meninas estão sendo afetadas por essas questões. Como parte da campanha da Plan International, estamos trabalhando com eles para abrir sessõesroleta bestescuta com jovens mulheres para que elas compartilhem suas experiências e para quem nós possamos apoiá-las mais no Facebook, no Instagram e no WhatsApp", acrescenta Southworth.

Procurado pela reportagem, o Twitter afirma que também usa ferramentas tecnológicas para identificar conteúdo abusivo, e que a maioria dos tuítes abusivos agora são identificados usando essas ferramentas, algo que faz com que não se dependa apenasroleta bestdenúnciasroleta bestusuários. A empresa também disse que lançou recursos para melhorar o controle dos usuários sobre suas conversas.

Até o momento da publicação desta reportagem, o Snapchat e o TikTok não haviam respondido aos pedidoroleta bestcomentários feitos pela BBC.

Parte dos ativistas quer ver mais ações concretasroleta bestempresas e tambémroleta bestgovernosroleta besttermosroleta bestmudanças na legislação.

'É preciso mais ação'

"No momento, o ônusroleta bestlutar contra o assédio online é das vítimas", diz Chenai Chair, pesquisadora sobre gênero e direitos digitais na Web Foundation, organização criada pelo inventor da World Wide Web, Sir Tim Berners-Lee.

A atriz Maitreyi Ramakrishnan agora é também outra voz que amplia a pressão.

Ela é uma das milharesroleta bestpessoas que assinaram uma carta aberta da Plan International pedindo às companhiasroleta bestmídia social que "criem mecanismosroleta bestdenúnciaroleta bestviolência mais eficazes".

"As pessoas precisam entender que o assédio dói, mesmo quando vemroleta bestuma pessoa aleatória. Não devemos descartar o que as vítimas passam", diz ela.

"Eu denuncio comentáriosroleta bestódio, mas acho que as plataformas não deveriam permitir isso antesroleta bestmais nada."

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