Coronavírus: por que pandemia saiu do controle na Flórida, principal destinobonus para apostar gratisimigrantes brasileiros nos EUA:bonus para apostar gratis
"Muitas pessoas que eu conheço já pegaram. Contando as que estavam na reuniãobonus para apostar gratisOrlando, são maisbonus para apostar gratis40. Você vai conversando e descobrindo que o amigo do amigo também pegou", diz a estudante.
O caso ajuda a entender por que a pandemia saiubonus para apostar gratiscontrole no último mês na Flórida, que é o principal destinobonus para apostar gratisimigrantes brasileiros nos Estados Unidos.
Recordes sucessivosbonus para apostar gratisnovos casos
O Estado confirmou seus primeiros casos no iníciobonus para apostar gratismarço e entroubonus para apostar gratislockdown no começobonus para apostar gratisabril, quando tinhabonus para apostar gratistornobonus para apostar gratis8 mil infecções confirmadas.
A Flórida parecia ter sidobonus para apostar gratiscerta forma poupada pela pandemia, especialmentebonus para apostar gratiscomparação com Estados do norte do país, como Nova York, Nova Jersey, Illinois e Massachusetts, onde a situação era mais grave,
Ao longobonus para apostar gratisabril, a Flórida teve no máximo 1.413 novos casos por dia, muito menos dos que o recordebonus para apostar gratis11.571 novos casosbonus para apostar gratisNova York no mesmo mês.
A epidemia local se manteve mais ou menos nesse patamarbonus para apostar gratismaio, mas,bonus para apostar gratisjunho, o númerobonus para apostar gratisnovos casos começou a disparar.
A Flórida bateu recorde atrásbonus para apostar gratisrecorde desde então, e o númerobonus para apostar gratisnovos casos diários atingiu seu nível mais alto na última quinta-feira (02/07). Foram 10.109 infecçõesbonus para apostar gratis24 horas.
O total acumulado desde o início da pandemia triplicou no último mês, para 169,1 mil, e a Flórida é hoje o quinto Estado americano com mais casosbonus para apostar gratiscovid-19. Mas o que aconteceu?
Bares, praias e restaurantes cheios
Um mês antes dessa explosãobonus para apostar gratiscasos, o governo estadual deu início a um relaxamento progressivo das medidasbonus para apostar gratisisolamento social, que culminou na reaberturabonus para apostar gratispraias, academias, hotéis, bares e restaurantes no iníciobonus para apostar gratisjunho.
Mary Jo Trepka, chefe do departamentobonus para apostar gratisepidemiologia da Escolabonus para apostar gratisSaúde Pública e Assistência Social da Universidade Internacional da Flórida, diz que isso foi um dos fatores que levaram ao aumento.
Muitas pessoas no Estado pensaram que, com a reabertura, o pior já havia passado. Mas, na verdade, o vírus ainda estava circulando amplamente.
"Muita gente, principalmente os jovens, voltou a socializarbonus para apostar gratisuma vez. A reabertura aconteceu justamente na época das festasbonus para apostar gratisformatura e das férias. Os restaurantes, praias e bares ficaram cheiosbonus para apostar gratisnovo", diz Trepka.
Esther Pereira vive há 25 anosbonus para apostar gratisFort Lauderdale, no sul da Flórida, a região mais afetada do Estado. Seis amigos dela já tiveram covid-19, três deles só na última semana.
Ela diz que, mesmo antes da reabertura, havia lugares, como restaurantes e salõesbonus para apostar gratisbeleza, que estavam funcionando clandestinamente.
"E, quando reabriu, as pessoas saíram pra ruabonus para apostar gratismassa e não tomaram os cuidados recomendados pelo governo, por isso, as taxas saírambonus para apostar gratiscontrole", diz Esther.
A própria Maria Paula acha que se descuidou um pouco, mesmo que as reuniões com até 50 pessoas já estivessem liberadas no Estado.
"Eu não usei máscarabonus para apostar gratisnenhum momento nem mantive um distanciamento dos meus amigos quando estava com eles."
'Ditadores comunistas'
Mas nem sempre quem deixabonus para apostar gratisse proteger faz isso sem querer.
No fimbonus para apostar gratisjunho, quando uma audiência pública do condadobonus para apostar gratisPalm Beach avaliava se o usobonus para apostar gratismáscaras deveria ser obrigatóriobonus para apostar gratispúblico, vários moradores foram ao microfone protestar contra a medida.
As autoridades locais foram acusadasbonus para apostar gratisserem "ditadores comunistas" que seguem as "leis do diabo" e violam a "liberdadebonus para apostar gratisescolha" dos cidadãos americanos.
"Vocês serão presos por seus crimes contra a humanidade. Cada umbonus para apostar gratisvocês será punido por Deus. Vocês não escaparãobonus para apostar gratisDeus, nem com máscara ou distanciamento social", disse uma mulher.
Para ela, as novas regras são partebonus para apostar gratisuma conspiração que une a telefonia 5G, o empresário Bill Gates, a ex-primeira-dama Hillary Clinton e grupos pedófilos.
"O Brasil tem muitos negacionistas da pandemia, mas os Estados Unidos são a fonte. É daqui que saem muitas das teorias da conspiração", diz o virologista Anderson Brito, do departamentobonus para apostar gratisepidemiologia da Escolabonus para apostar gratisSaúde Pública da Universidadebonus para apostar gratisYale, nos Estados Unidos.
O pesquisador avalia que a polarização políticabonus para apostar gratistorno das medidasbonus para apostar gratiscombate à pandemia se tornou um desafio ao controle do coronavírus nos Estados Unidos.
"Os apoiadores do (presidente republicano) Donald Trump são reticentes quanto a seguir as regras, assim como ele próprio, que não usa máscara até hoje. Eles acham que isso é coisabonus para apostar gratisesquerdista,bonus para apostar gratisdemocratas e dizem que ferebonus para apostar gratisliberdade individual e direitos constitucionais", diz Brito.
Trump venceu as últimas eleições na Flórida com 49,02%, o que garantiu a ele os votos dos 29 delegados eleitorais do Estado, que costuma ser decisivo na corrida pela presidência dos Estados Unidos.
No ano passado, o republicano Ron DeSantis foi eleito governador da Flórida com o apoiobonus para apostar gratismetade dos eleitores. E os dois senadores atuais do Estado, Marco Rubio e Rick Scott, também são do partidobonus para apostar gratisDonald Trump.
Menos turismo, menos trabalho
"Um amigo meu fez um churrasco para 50 pessoas durante a quarentena porque acha que o vírus não existe", diz o empresário carioca Marco Alevato, que vive há 24 anos na Flórida.
Ele calcula que os negacionistas da pandemia representam "uns 15% a 20% das pessoas".
"Elas não acreditam que seja um vírus natural. Dizem que tudo é partebonus para apostar gratisuma campanhabonus para apostar gratiscontrole social que envolve as antenasbonus para apostar gratis5G ou que é um plano da China para dominar o mundo", afirma Marco, que diz ter pegado covid-19 no iníciobonus para apostar gratismarço, assim comobonus para apostar gratismulher e o filho.
Ele é donobonus para apostar gratisuma editorabonus para apostar gratisOrlando e diretor da Câmarabonus para apostar gratisComércio Brasileira Americana da Flórida Central, uma organização localbonus para apostar gratispromoçãobonus para apostar gratisnegócios entre o Brasil e os Estados Unidos.
Marco afirma que os brasileiros que vivem na Flórida têm sido especialmente afetados economicamente pelo coronavírus porque muitos trabalhambonus para apostar gratisempresas ou têm negócios ligados ao turismo, atividade que caiu muito desde o início da pandemia.
De acordo o Itamaraty, até 2018,bonus para apostar gratisacordo com as estimativas mais recentes, aproximadamente 1,64 milhãobonus para apostar gratisbrasileiros moravam nos Estados Unidos, dos quais 370 mil registrados sob a jurisdição do Consulado-Geralbonus para apostar gratisMiami, que abrange a Flórida, Porto Rico e Ilhas Virgens norte-americanas.
"Esse montante corresponde à mais numerosa comunidade sob jurisdiçãobonus para apostar gratisum mesmo consulado brasileiro nos Estados Unidos", disse o Itamaraty à BBC News Brasil.
Marco estima que apenas um quarto dos brasileiros que vivem na Flórida têm cidadania, green card ou um visto para poder trabalhar ou empreender nos Estados Unidos.
Metade não poderia trabalhar, mas, segundo o empresário, fazem isso mesmo assim — e muitas dessas pessoas perderam seus empregos e, agora, para sobreviver, estão aceitando os empregos informais (e salários menores) que antes eram dos brasileiros indocumentados, como é chamado quem estábonus para apostar gratissituação irregular no país.
E os indocumentados? "Esses estão ferrados", diz Marco. "Tem muita gente indo embora porque não tem emprego, e, sem trabalho, vão passar fome."
Mais testes, mais casos?
Na última quinta-feira, os Estados Unidos, país com mais casosbonus para apostar gratiscovid-19 do mundo, bateu mais uma vez o recorde diário globalbonus para apostar gratisnovas infecções, com maisbonus para apostar gratis55,2 mil diagnósticos — um quinto disso foi na Flórida.
O governador Ron DeSantis chegou a dizer, no meiobonus para apostar gratisjunho, que o aumento do númerobonus para apostar gratisnovos casos era devido ao maior númerobonus para apostar gratistestes feitos no Estado.
"Agora temos uma testagem amplabonus para apostar gratispessoas assintomáticas. Quando elas voltam ao trabalho, as empresas dizem para elas fazerem o teste. E não temos mais só os grandes centrosbonus para apostar gratistestes. Nós expandimos para os drive-thrus e os locais que a pessoa pode se testar sem agendar. Temos locaisbonus para apostar gratistestesbonus para apostar gratislojas. São milhares e milharesbonus para apostar gratistestes feitos por dia", disse ele.
Até o iníciobonus para apostar gratisjunho, 1 milhãobonus para apostar gratistestes haviam sido realizados na Flórida. Esse número dobrou no último mês. O totalbonus para apostar gratispessoas testadas corresponde hoje a quase 10%bonus para apostar gratisseus 21 milhõesbonus para apostar gratishabitantes.
Mas a epidemiologista Mary Jo Trepka, que monitora junto com colegas da universidade a evolução do surto no sul do Estado, afirma que os dados provam que a teoria do governador está errada.
Ela diz que, mesmo que o totalbonus para apostar gratistestes esteja crescendo, a proporçãobonus para apostar gratisresultados positivos está aumentando mais rápido — eram 5% há um mês e são 15% agora.
"Além disso, o númerobonus para apostar gratispessoas que estão chegando às emergências,bonus para apostar gratishospitalizações,bonus para apostar gratisinternações nas UTIs ebonus para apostar gratispacientes intubados estão aumentando, e nada disso poderia ter sido resultadobonus para apostar gratismais testes", diz Trepka.
Um alívio — e um alerta
O próprio DeSantis reconheceu seu equívoco há alguns dias, mas afirmou nesta semana que não vai interromper a reabertura da economia, ainda que tenha sido obrigado a ceder quanto aos bares, que foram fechados novamente na semana passada para conter a propagação do vírus.
"Não vamos voltar atrás. Não são as pessoas que frequentam um negócio que impulsionam (a pandemia). Acho que quando você olha para os mais jovens, vê que muito disso são apenas as interações sociais, então, isso é natural", disse o governador.
Talvez o único pontobonus para apostar gratisalívio para a Flóridabonus para apostar gratismeio a tudo isso seja que o númerobonus para apostar gratisnovas mortes no Estado não tenha acompanhado a explosãobonus para apostar gratisnovos casos — ainda.
Com 3.617 óbitos até agora (67 delas nas últimas 24 horas), a Flórida, o terceiro Estado mais populoso do país, tem apenas a 26ª taxabonus para apostar gratisincidênciabonus para apostar gratismortes a cada 100 mil habitantes entre os 50 Estados americanos.
Isso se deve ao fatobonus para apostar gratisque que a maioria das pessoas contaminadas ali têm até 44 anos, dizem os epidemiologistas, e a covid-19 tende a ser menos grave entre os mais jovens.
Mas eles também alertam que os jovens da Flórida não estão isolados, masbonus para apostar gratiscontato com pessoas mais velhas.
O epidemiologistas ainda chamam atenção para o fatobonus para apostar gratisque um aumento do númerobonus para apostar gratisnovos casos ainda pode se refletir sobre as estatísticasbonus para apostar gratisnovas mortes, porque, normalmente, isso leva algumas semanas para acontecer.
Por isso, muitos acreditam que a Flórida deveria agir com prudência e ser mais comedida nas suas festas deste sábado, 4bonus para apostar gratisjulho.
O Dia da Independência dos Estados Unidos costuma ser uma das principais celebrações do ano do país, mas, desta vez, a Flórida chega nesta data sem ter muito o que comemorar.
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