George Floyd: o que aconteceu antes da prisão e como foram seus últimos 30 minutosvida:
Os eventos que levaram àmorte ocorreramuma sequência30 minutos.
A seguir, veja o que se sabe sobre estes acontecimentos-chave,acordo com o que mostram relatostestemunhas, gravaçõesvídeo e declaações oficiais.
'Nota falsa'
A sequência começa25maio, logo após as 20h, quando um funcionário da Cup Foods, um supermercadoMinneapolis, reportou uma nota falsaUS$ 20 à polícia.
O funcionário acreditava que o dinheiro que George Floyd tinha usado para comprar um maçocigarros era falsificado.
Floyd viviaMinneapolis há vários anos, desde que se mudaraHouston,cidade natal no Texas.
Ele trabalhava como segurançaestabelecimentos da cidade, mas, como aconteceu com milhõesnorte-americanos, foi demitidomeio à pandemia do novo coronavírus.
Floyd era um cliente regular da Cup Foods.
Cliente
Floyd era conhecido como alguém amigável e gentil, que nunca causava problemas, disse o dono da loja, Mike Abumayyaleh,entrevista à emissora NBC.
Mas Abumayyaleh não estava trabalhando no diaque a prisão ocorreu. Ele afirmou que, a denunciar o bilhete suspeito, seu funcionário, um adolescente, estava seguindo o protocolo correto.
Na ligação para o 911, número do serviçoemergência dos EUA, o funcionário disse a uma atendendente que pediu que o homem devolvesse o maçocigarros, mas que "ele (Floyd) não queria fazê-lo".
O diálogo apareceuma transcrição da chamada telefônica publicada por autoridades locais.
O funcionário afirmou que o homem parecia "bêbado" e que "não estava sob controlesi mesmo", segundo a transcrição.
Logo após a chamada, aproximadamente às 20h08, dois policiais chegaram ao local.
Floyd estava sentado com duas outras pessoasum carro estacionadouma esquina.
Depoisse aproximar do carro, um dos policiais, Thomas Lane, sacouarma e ordenou que Floyd mostrasse as mãos.
Em um relatório sobre o caso, os fiscais não explicam por que Lane achou deveria sacar a arma.
O relatório diz que Lane "colocou as mãosFloyd e o puxou para longe do carro".
Ainda segundo o texto, mais tarde, Floyd "resistiu ativamente a ser algemado".
Uma vez algemado, Floyd teria concordado quando Lane explicou que ele estava sendo preso por "usar dinheiro falso".
Mas, quando os policiais tentaram colocar Floyd dentro da viatura policial, segundo o relatório, um confronto físico começou.
Por volta das 20h14, Floyd "ficou tenso, caiu no chão e disse aos policiais que era claustrofóbico", diz o texto.
Neste momento, o policial Chauvin chegou ao local e, como os outros oficiais, tentou novamente colocar Floyd na viatura.
Durante essa tentativa, às 20h19, Chauvin puxou Floyd do banco do passageiro, "fazendo-o cair no chão", diz o relatório.
Ele ficou ali, caído com o rosto para baixo, ainda algemado.
" Não consigo respirar"
Nesse ponto, testemunhas começaram a filmar Floyd, que parecia estarestadoextrema angústia.
Esses momentos, capturados por vários telefones celulares e amplamente compartilhados nas redes sociais, seriam os últimos minutos da vidaFloyd.
Floyd estava sendo segurado por policiais quando Chauvin colocou o joelho esquerdo entre a cabeça e o pescoço do homem.
"Não consigo respirar", dizia Floyd repetidamente, citandomãe e implorando: "por favor, por favor, por favor".
Durante 8 minutos e 46 segundos, Chauvin manteve o joelho sobre o pescoçoFloyd, segundo o relatório.
Passados os primeiros 6 minutos, Floyd ficou descordado.
Os vídeos mostram que, naquele momento, Floyd parafalar e testemunhas pedem que os policiais verifiquem seu pulso.
Um dos oficiais, Kueng, faz isso e não consegue identificar batimentos cardíacos.
No entanto, os oficiais não se mexem.
Às 20h27, Chauvin tira o joelho do pescoçoFloyd, que não se move.
Os policiais entao o colocamuma maca e o levamambulância ao Centro Médico do CondadoHennepin.
Eles o declaram morto quase uma hora depois.
Na noite anterior à morte, Floyd conversara com umseus amigos mais próximos, Christopher Harris.
Ele havia aconselhado Floyd a entrarcontato com uma agênciaempregos temporários.
A falsificação, observa Harris, não era algo que se esperaria dele.
"A maneira como ele morreu não faz sentido", diz Harris.
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