Coronavírus: o futuro incerto das viagens aéreas após a pandemiabetpix oficialcovid-19:betpix oficial

A indústria aérea estábetpix oficialmodobetpix oficialsobrevivência, com companhias aéreas, aeroportos e empresasbetpix oficialapoio desesperadas para conservar suas reservasbetpix oficialcaixa, já que a entradabetpix oficialdinheiro praticamente secou. A expectativa ébetpix oficialque muitos empregos sejam perdidos.

A australiana Qantas colocou 20 mil funcionáriosbetpix oficiallicença, e 700 pilotos da American Airlines concordarambetpix oficialanteciparbetpix oficialaposentadoria.

A IAG, empresa aérea ligada à British Airways, anunciou recentemente que vai cortar 12 mil postosbetpix oficialtrabalho.

Especialistas acreditam que levará muitos anos até que o setor volte ao nívelbetpix oficialprodutividadebetpix oficial2019.

Mas, mesmo assim, a atenção se volta gradualmente ao futuro — e a como as empresas aéreas ao redor do mundo podem, aos poucos, voltar a um cenário remotamente parecido à normalidade.

Há óbvios desafios logísticos: aeronaves precisarão estar prontas para voar; aeroportos deverão estar preparados para elas e para o público; cronogramasbetpix oficialvoo precisarão ser redesenhados; e equipes precisarão estarbetpix oficialprontidão.

Mas há, também, muitas questões envoltasbetpix oficialincerteza.

Ninguém ainda sabe ao certo quais serão as possibilidadesbetpix oficialvoo no futuro pós-pandemia, nem quais serão as condições sanitárias impostas à tripulação pelos governos.

Há atualmente cercabetpix oficial17 mil aeronaves estacionadasbetpix oficialaeroportosbetpix oficialtodo o mundo, segundo a consultoria Acend Cirium — ou seja, dois terços da frota global.

Mesmo paradas, essas aeronaves exigem manutenção regular, e algumas precisam estar prontas para uso imediato, uma vez que muitas companhias aéreas estão realizando voosbetpix oficialrepatriaçãobetpix oficialpassageiros ou transportando carga.

Outras aeronaves precisarãobetpix oficialuma semanabetpix oficialantecedência para serem preparadas para voar, segundo especialistas da indústria.

Qualificação da mãobetpix oficialobra

Outro fator importante é o nívelbetpix oficialqualificação humana necessária para permitir que a indústria funcione. Pilotos precisambetpix oficialtempobetpix oficialvoo (no ar oubetpix oficialsimuladores) para manterbetpix oficial"pontuação", ou permissão para voar. Também precisam passar por avaliação médica constante.

Outras equipes cruciais, como controladoresbetpix oficialtráfego aéreo e engenheiros, também têm qualificações sensíveis ao tempobetpix oficialtrabalho.

Embora muitas companhias aéreas e aeroportos estejam tentando manter uma parte da equipe disponível e com certificação atualizada, outros funcionários estão impedidosbetpix oficialseguir trabalhando.

No Reino Unido, por exemplo, a Autoridadebetpix oficialAviação Civil (CAA, na siglabetpix oficialinglês) disse ter tomado medidas para evitar que haja um acúmulobetpix oficialcredenciais vencidas quando o setor puder retomar suas atividades.

"Diante das extraordinárias circunstâncias atuais, uma exceção foi determinada", disse um porta-voz da CAA à BBC, ressaltando que "cada companhia aérea precisa nos explicar como isso pode ser feitobetpix oficialmodo seguro."

Mas, mesmo havendo claros problemas logísticos envolvidos no processobetpix oficialretomar as atividades aéreas, ebetpix oficialgarantir que haja número suficientebetpix oficialpilotos e técnicos disponíveis, essas não são os principais problemas assombrando os executivos da aviação.

O problema real, dizem eles, é a quantidadebetpix oficialdiferentes países que impuseram restrições às viagens aéreas e a incerteza sobre quando essas restrições serão retiradas.

"Estamos tentando ter um plano globalbetpix oficialrecomeço", explica Alexandrebetpix oficialJuniac, diretor-geral da Associação Internacionalbetpix oficialTransporte Aéreo (IATA). "O maior desafio é como e quando os diferentes países vão levantar as restrições a viagens."

Ele diz que tais restrições certamente se manterãobetpix oficialvigor para além da metade do ano —betpix oficialalguns lugares, talvez até o finalbetpix oficial2020.

Juniac acredita que rotas domésticasbetpix oficialpaíses reabrirão primeiro, seguidasbetpix oficialrotas internacionaisbetpix oficialcurta duração.

Voos intercontinentais viriambetpix oficialseguida, mas Juniac admite que ainda não chegou ao planejamento dessa parte da retomada.

Distanciamento social

Um ponto que provoca muita incerteza é o quantobetpix oficialdistanciamento social será exigido nos voos regulares.

Como as pessoas serão separadas das outrasbetpix oficialsaguõesbetpix oficialaeroportos, filasbetpix oficialsegurança e nos próprios voos? Quais testagens serão exigidas e como serão colocadasbetpix oficialprática? São dilemas comerciais tanto para aeroportos quanto para companhias aéreas.

Um exemplo são os restaurantes e lojasbetpix oficialaeroportos, que constituem uma importante fontebetpix oficiallucro para as operadoras aeroportuárias.

"(O lucro desses espaços) nos permite manter baixas as tarifas que cobramos das empresas aéreas, o que se reflete no preço das passagens", diz Karen Dee, executiva-chefe da Associaçãobetpix oficialOperadorasbetpix oficialAeroportos.

"Não queremos reconfigurar tudobetpix oficialnossos aeroportos (agora) para descobrir, daqui a seis meses, que há uma vacina (contra a covid-19) e que tais medidas deixariambetpix oficialser necessárias."

O argumento da IATA é que as eventuais medidas introduzidas devam ser homogêneas e colocadasbetpix oficialpráticabetpix oficialmodo coordenado.

"Precisamos evitar o tipobetpix oficialsituação que se seguiu (aos atentados) do 11betpix oficialSetembro", diz Juniac. "Naquela época, vimos uma grande quantidadebetpix oficialdiferentes medidasbetpix oficialsegurança sendo implementadas."

As empresas aéreas também podem se reconfigurar: a Lufthansa, por exemplo, está operando aeronaves cujos assentos do meio estão sendo deixados vagos, para permitir algum graubetpix oficialdistanciamento social a bordo.

Como medidabetpix oficialcurto prazo, isso pode ajudar passageiros a voar com mais segurança, mas a um custo alto.

Para conseguir lucrar, empresas aéreas precisam que o máximo possívelbetpix oficialassentos esteja ocupado no máximo possívelbetpix oficialvoos.

Se elas operarem a apenas 65%betpix oficialsua capacidade, "certamente mudará a forma como a indústria opera", explica Juniac.

O executivo-chefe da Ryanair, Michael O'Leary, porbetpix oficialvez, descreveu a ideia como "idiota".

Nesse cenário, colocar as aeronavesbetpix oficialvolta no ar talvez seja a parte mais fácil — o difícil será convencer as pessoasbetpix oficialque aviões são ambientes seguros, e é possível que isso exija mudançasbetpix oficiallongo prazo.

"As pessoas ainda querem viajarbetpix oficialférias, e certamente ainda há interessebetpix oficialviagensbetpix oficialcurta duração para o final deste ano", diz um executivo da indústria do turismo.

No que diz respeito a viagensbetpix oficialnegócios, analistas creem que o cenário será diferente, e seriamente ameaçado pela pandemia atual.

A recessão global que se avizinha, o cancelamentobetpix oficialconferências e eventosbetpix oficialnegócios e até a necessidade dos negócios atuaisbetpix oficialse adaptar ao modelo onlinebetpix oficialsubstituição ao presencial são elementos que devem atrasar a recuperação do setor aéreo.

Mas o maior problema para a indústria como um todo, enquanto se prepara para voltar aos céus, é que ninguém sabe como será o futuro próximo.

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