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Coronavírus: 'Sou grata por poder respirar': os relatoscaça niquepessoas que se recuperaram:caça nique
caça nique A pandemia do novo coronavírus pode parecer foracaça niquecontrole, afinal são maiscaça nique2 milhõescaça niquepessoas infectadas e 126 mil mortas.
Por outro lado, maiscaça nique500 mil pessoas que receberam o diagnóstico positivo da doença conseguiram se recuperar. Isso sem falar da enorme quantidadecaça niquepessoas que nunca chegou a ser submetida a testes.
Lutar contra esse vírus pode se tornar uma provação assustadora, mas nem sempre é repletacaça niquenotícias ruins.
Leia abaixo o relatocaça niquecinco sobreviventes sobre suas experiênciascaça niqueadoecer e se recuperar.
'Parecia que minha garganta estava fechando'
"Sou muito grata por poder respirar", afirma Niharika Mahandru,caça nique28 anos. Ela deixou o Reino Unidocaça niquedireção à Espanha para uma viagemcaça niqueuma semana a fimcaça niquever o namorado. Dias depoiscaça niquechegar, ela começou a ter sintomas como dorcaça niquecabeça, febre e dores no corpo.
Logo depois passou a ter tosse, fadiga severa, dificuldadecaça niquerespirar e perda do olfato e do paladar. Em um hospitalcaça niqueBarcelona, um raio-X revelou uma pneumonia e fluidoscaça niqueseus pulmões.
Ela não tinha doenças pré-existentes quando deu entrada na emergência do hospital. "Era muito ruim, eu estava lutando para respirar. Parecia que minha garganta estava fechando, é um sentimento aterrorizante."
Mascaça niquerazão da faltacaça niqueequipe e estrutura naquele hospital, ela foi testada para covid-19, recebeu remédios e foi mandadacaça niquevolta para casa. No dia seguinte, o diagnósticocaça niquecoronavírus seria confirmado oficialmente.
"Depois disso, o médico me receitou paracetamol, hidroxicloroquina e um antibiótico chamado azitromicina, que eu deveria tomar por cinco dias. A febre foi o primeiro sintoma a sumir. O antibiótico era para a pneumonia e o fluidocaça niquemeus pulmões. Não fiz outro raio-X, mas poder respirar fundo agora é um bom sinal."
Segundo ela, os médicos explicaram que a hidroxicloroquina é um remédio usado contra malária que vinha sendo testadocaça niquepacientes com covid-19. "Eu entendi que ele servia para combater o vírus, mas não sei se ele funcionou ou não, se foi uma combinaçãocaça niquetudo que eu tomei."
O fato é que seu corpo respondeu ao tratamento e hoje ela se recuperacaça niquecasacaça niqueLondres.
Niharika afirma esperar que todo mundo, principalmente os jovens, tomem precauções para não contrair ou transmitir a doença para outros.
"Eu acho que alguns jovens não entendem que os médicos terão que escolher quem vive e quem morre, e esta pode sercaça niquemãe."
'Enquanto você tiver bom humor, você vencerá qualquer doença'
"Se Deus quiser, isso passará e tudo voltará ao normal", afirma o motoristacaça niqueônibus Gafar Marhoun,caça nique26 anos.
Ele foi a primeira pessoa a receber tratamento para a covid-19 no Bahrein, na região do Golfo Pérsico.
"Com qualquer doença,caça niqueforçacaça niquevontade é chave para sobreviver. Enquanto você tiver bom humor, você vencerá qualquer doença. Eu não me preocupei tanto e até a equipe médica ficou surpresa por eu estar tão alegre."
Ele esteve recentemente na cidade iranianacaça niqueMashhad e vooucaça niquevolta para o Bahrein via Dubai comcaça niquemulher, que não ficou doente. Marhoun desconfia ter contraído o víruscaça niqueoutro passageiro "que tossiu muito durante o voo".
O jovem motorista conta ter sido objetocaça niquedifamação pública por ter sido o primeiro casocaça niqueseu país. Mas à medida que a pandemia avançou no país, que registrou até agora 1.528 infecções e 7 mortes, muitos no Bahrein entenderam seu infortúnio.
Quando foi diagnosticado com coronavírus, ele foi orientado a ficarcaça niquecasa sozinho por quatro semanas. "Não vejo meus filhos há dois meses."
Marhoun disse ter se recuperado completamente da doença, e não vê a horacaça niquese reencontrar com seus filhos.
Ameaçacaça niqueter a casa incendiada
Jayantha Ranasinghe foi um dos primeiros pacientescaça niquecovid-19 do Sri Lanka - e um dos primeiros a se recuperarem.
O guia turísticocaça nique52 anos viajou na primeira semanacaça niquemarço com um grupocaça niquequatro turistas italianos à Dambulla, cidade antiga conhecida pelo templo religioso incrustado numa caverna.
A saúdecaça niqueRanasinghe começou a deteriorar rapidamente, e ele voltou logo para casa, na capital, Colombo.
Um médico que o examinou o encaminhou para o Instituto Nacionalcaça niqueDoenças Infecciosas. "Na noitecaça nique9caça niquemarço, meu diagnóstico foi confirmado. E eu temi pela minha vida."
Os profissionaiscaça niquesaúde que o acompanharam conseguiram ajudá-lo a não entrarcaça niquepânico. Mas, do ladocaça niquefora do hospital,caça niquemulher e os dois filhos tiveramcaça niqueenfrentar a fúriacaça niquevizinhos.
"Alguns deles escreveram petições afirmando que nós espalhamos o vírus pela vila inteira." E não parou por aí. "Uma mulher chegou a falarcaça niqueincendiar nossa casa."
Em resposta, as autoridadescaça niquesaúde foram até a vila dar orientações sobre a doença e pacificar o ambiente.
Ranasinghe precisou submeter seu filho a um testecaça niquecovid-19 para acalmar os paiscaça niqueseus colegascaça niqueescola.
Depoiscaça nique18 dias no hospital, ele voltou pra casa, onde ficaria por mais três semanas.
'Se eu posso viver com câncer, certamente posso viver com covid-19'
O âncora da BBC George Alagiah, que vem enfrentando um câncer colorretal, desenvolveu sintomas levescaça niquecoronavírus.
"Eu senti que passar por essa experiência, sendo um paciente com câncer há seis anos, despertou uma forte sensaçãocaça niqueque, se eu posso viver com câncer, certamente posso viver com covid-19."
Com 64 anos e o câncer, ele fazia partecaça niquedois gruposcaça niquerisco do coronavírus.
"Eu não quero banalizar o que aconteceu, mas o fatocaça niqueviver com um câncer nos dá uma certa vantagem. Já fomos confrontados com esses momentos difíceis e sombrioscaça niquenossa vida."
Ele se recuperou da covid-19, mascaça niquemulher ainda está com sintomas.
Um novo valor à vida e à família
Tiger Ye é um estudantecaça nique21 anos da cidade chinesacaça niqueWuhan, onde surgiram os primeiros casos da doençacaça niquedezembro passado.
Ele não sabe como contraiu a covid-19. Ele mora a dez minutoscaça niquecarro do mercadocaça niquefrutos do marcaça niqueHuanan, ligado aos primeiros casos da doença no país, mas ele diz que ninguémcaça niquesua família visitou o lugar há um bom tempo.
Seus sintomas começaram com dores musculares, perdacaça niqueapetite e febre. Depois vieram a tosse persistente e episódios e vômitos e diarreia.
"Foi provavelmente o momento mais dolorosocaça niqueminha vida. Eu nunca fiquei doente desse jeito", contou ao serviço da BBCcaça niquechinês.
"Vomitar me fazia chorar. Era muito doloroso. Eu sentava no banheiro pensando que ia morrer. Minha barriga estava vazia, e tudo que eu comia acabava vomitando. Todas as partes do meu corpo doíam."
Ele disse que nunca foi internado num hospital por causa da faltacaça niqueleitos, mas recebeu soro e fez tomografia, que mostraram uma infecçãocaça niqueseus pulmões. Ele foi orientado a se isolarcaça niquecasa e depoiscaça niqueser medicado (não há informações sobre o tratamento) por quase 10 dias, seus sintomas foram sumindo gradativamente.
Sobreviver ao vírus fez com que Ye desse mais valor à vida e à família, e o incentivasse a retribuir. Ele já doou plasma sanguíneo duas vezes desde acaça niquerecuperação na esperançacaça niqueajudar outros pacientes.
'Nós vamos sair dessa'
Rafiya (nome fictício) estudava medicinacaça niqueWuhan quando a pandemia começou. Ela conseguiu deixar a cidade antes da quarentenacaça niquedireção ao Estado indianocaça niqueKerala.
Alguns dias depoiscaça niquechegarcaça niquecasa, a jovemcaça nique20 anos recebeu o diagnóstico positivo da doença e se tornou a primeira paciente da Índia.
Foi então submetida a um isolamento até se recuperar da doença.
Depois, se juntou à avó e outros familiares enquanto manteve seus estudos online.
"Eu estou sempre ocupada. Eu converso com meus pais. Eu cozinho com minha avó e minha mãe. Somos uma família feliz."
Ela está confinadacaça niquecasa,caça niquemeio à quarentena imposta na Índia, mas acredita que essa mesma estratégia que foi adotada na China vai trazer resultados rápidos.
"Para mim, as coisas já meio que voltaram ao normal. Espero que tudo se resolva. Nós vamos sair dessa."
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