O hospitalcasa de apostas vaidebetNY que já enfrentou febre amarela, cólera, Aids, ebola e, agora, coronavírus:casa de apostas vaidebet

O Bellevue ficou célebre por abrigar os melhores cirurgiões do país, que tratavamcasa de apostas vaidebetpacientes pobres, personagens importantes e até presidentes. Até a décadacasa de apostas vaidebet1840, as cirurgias eram feitas sem anestesia

Crédito, NYC Health + Hospitals/Bellevue

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O Bellevue é também um entre dez centros médicos nos Estados Unidos reconhecidos por seu programacasa de apostas vaidebetpatógenos especiais, ou seja, tem médicos especificamente treinados e unidades especializadascasa de apostas vaidebetbiocontenção para o tratamentocasa de apostas vaidebetdoenças infecciosas.

Sua história ao longo dos últimos séculos se confunde com acasa de apostas vaidebetNova York e também com a os avanços da medicina nos Estados Unidos.

Início no século 18 como albergue para pobres

Durante anos, o Bellevue foi sinônimocasa de apostas vaidebetmorte. O hospital ficou célebre porcasa de apostas vaidebetala psiquiátrica e também por abrigar doentes terminais, pobres e indigentes, pacientes que eram rejeitados por outras instituições. Mesmo aqueles com doenças incuráveis ou que não tinham dinheiro para pagar recebiam tratamento.

O hospital começou como uma enfermariacasa de apostas vaidebetum albergue para pobres,casa de apostas vaidebet1736. Anos depois, foi transferido para instalações próximas ao East River.

Segundo o historiador David Oshinsky, professor da Escolacasa de apostas vaidebetMedicina da Universidadecasa de apostas vaidebetNova York e autor do livro Bellevue, sobre a história do hospital, durante o século 18 o lugar abrigava pobres e doentes que não tinham chancescasa de apostas vaidebetse recuperar.

O Bellevue foi responsável por vários avanços na práticacasa de apostas vaidebetmedicina nos Estados Unidos. Em 1869, estabeleceu o primeiro corpocasa de apostas vaidebetambulâncias do país.

Crédito, NYC Health + Hospitals/Bellevue

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"Era um lugar para onde você ia para morrer", disse Oshinskycasa de apostas vaidebetentrevista à rádio pública NPR.

Quando casoscasa de apostas vaidebetfebre amarela começaram a surgircasa de apostas vaidebetManhattancasa de apostas vaidebetjulhocasa de apostas vaidebet1795, no verão do Hemisfério Norte, os doentes eram levados ao Bellevue. Na época, os médicos não tinham ideiacasa de apostas vaidebetcomo tratar a doença e nem ao menos sabiam que era transmitida por mosquitos. Logo a cidade já registrava várias mortes por dia.

Essa seria a primeiracasa de apostas vaidebetvárias ondas da epidemiacasa de apostas vaidebetfebre amarela, que se estendeu até 1803 e deixou milharescasa de apostas vaidebetmortoscasa de apostas vaidebetNova York, grande parte deles imigrantes pobres, já que muitos moradores ricos fugiram para zonas rurais com avanço da doença.

Cólera e Guerra Civil

De acordo com Oshinsky, no século 18, a práticacasa de apostas vaidebetmedicina nos Estados Unidos era extremamente primitiva e não havia anestesia, antissépticos ou medidascasa de apostas vaidebethigiene.

"No Bellevue, até depois da Guerra Civil, suas chancescasa de apostas vaidebetsobreviver a uma operação eram médias, mas infecções após a operação ocorriamcasa de apostas vaidebetmais da metade dos casos", disse o historiadorcasa de apostas vaidebetentrevista a um programacasa de apostas vaidebetTV da Universidade da Cidadecasa de apostas vaidebetNova York.

Entre os que sobreviviam a uma cirurgia, havia 50%casa de apostas vaidebetchancescasa de apostas vaidebetnão sobreviver ao mês seguinte. "Os médicos faziam o melhor que podiam", complementou Oshinsky.

No início do século 19, o complexo do Bellevue já incluía, alémcasa de apostas vaidebetum albergue para pobres, enfermaria, orfanato, hospício e prisão.

Quando uma epidemiacasa de apostas vaidebetcólera atingiu Nova York,casa de apostas vaidebet1832, o hospital foi crucial no combate à doença, que matou pelo menos 3,5 mil pessoas na cidade naquele ano, a maioria pobres e imigrantes. Milharescasa de apostas vaidebetoutros morreramcasa de apostas vaidebetsurtos seguintes,casa de apostas vaidebet1849 e 1866.

Durante a Guerra Civil americana, o hospital tratou tantocasa de apostas vaidebetsoldados quanto dos manifestantes que se rebelaram contra o recrutamentocasa de apostas vaidebetuma sériecasa de apostas vaidebetprotestos violentos que deixaram dezenas e mortos e milharescasa de apostas vaidebetferidos na cidadecasa de apostas vaidebet1863.

Avanços

O Hospital Bellevue começou como uma enfermariacasa de apostas vaidebetum albergue para pobres,casa de apostas vaidebet1736. Anos depois, foi transferido para instalações próximas ao East River

Crédito, NYC Health + Hospitals/Bellevue

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O Bellevue era renomado por abrigar os melhores cirurgiões do país na época, e seus médicos tratavam não apenas dos pobres, mas tambémcasa de apostas vaidebetpersonagens importantes e até presidentes. Mas nem sempre as intervenções eram bem-sucedidas. Até a décadacasa de apostas vaidebet1840, as cirurgias e outros tratamentos eram feitos sem anestesia.

Em 1881, quando o presidente James Garfield sofreu um atentado, um cirurgião do hospital, Frank Hamilton, foi chamado a Washington. Os disparos não foram fatais inicialmente, mas, segundo Oshinsky, o médico não acreditava na teoria microbiana (que estabeleceu, no fim do século 19, que microorganismos causam doenças) e colocou as mão sujas, sem luvas, nos ferimentos. O presidente morreu dois meses depois,casa de apostas vaidebetrazão da infecção.

Em 1893, foram novamente médicos do Bellevue que trataram do presidente Grover Cleveland, que tinha um tumor maligno na boca. Mas,casa de apostas vaidebetacordo com Oshinsky, desta vez os médicos usaram todos os métodos antissépticos disponíveis na época, e o tumor foi removido com sucesso.

Ao longo dos séculos, muitos dos principais médicos dos Estados Unidos foram treinados ou ensinaram no Bellevue, que foi o primeiro hospital americano a ter uma escolacasa de apostas vaidebetmedicina.

Também foram inaugurados ali vários avanços na prática médica no país, como a criação do primeiro corpocasa de apostas vaidebetambulâncias dos EUA pelo médico Edward Barry Dalton, um veterano da Guerra Civil,casa de apostas vaidebet1869. O hospital também foi o primeiro a ter alacasa de apostas vaidebetmaternidade, escola profissionalcasa de apostas vaidebetenfermagem, clínica pediátrica e departamentocasa de apostas vaidebetpatologia forense, entre outros avanços.

Em seu livro, Oshinsky ressalta que, mesmocasa de apostas vaidebetuma épocacasa de apostas vaidebetque o preconceito limitava as oportunidades a parte dos americanos na área médica, o Bellevue se destacava por ter profissionais judeus e cristãos, negros e brancos, homens e mulheres.

Hospital psiquiátrico

A promessa do hospitalcasa de apostas vaidebetnão recusar tratamento a ninguém significava que suas alas estavam sempre cheias. Durante a pandemiacasa de apostas vaidebetgripe espanhola, que matou pelo menos 50 milhõescasa de apostas vaidebetpessoas no mundo entre 1918 e 1920, havia pacientes dormindo até nos corredores. Além disso, como o hospital sempre esteve entre os mais avançados do país, recebia também os doentes mais graves.

Muitos americanos ainda hoje relacionam o Bellevue ao tratamentocasa de apostas vaidebetdoentes mentais. A partircasa de apostas vaidebetmeados do século 19, uma pequena ala reservada para esses pacientes foi ampliada e as instalações psiquiátricas ganharam destaque.

O hospital foi o primeiro do país a ter uma escola profissionalcasa de apostas vaidebetenfermagem, estabelecidacasa de apostas vaidebet1873. Na foto, enfermeiras do Bellevue na décadacasa de apostas vaidebet1880.

Crédito, NYC Health + Hospitals/Bellevue

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No livro, Oshinsky relata alguns dos experimentos feitos no século passado com pacientes psiquiátricos do hospital, muitos deles com resultados duvidosos, como terapiacasa de apostas vaidebeteletrochoquecasa de apostas vaidebetcrianças.

A ala psiquiátrica do hospital recebeu várias celebridades, entre elas o saxofonista Charlie Parker, o escritor Norman Mailer e os beatniks William S. Burroughs e Allen Ginsberg. Também abrigou Mark David Champan, que assassinou o músico John Lennoncasa de apostas vaidebet1980.

Muitas pessoas com distúrbios mentais e sem-teto também se abrigavam no Bellevue. Em 1989, a reputação do hospital sofreu um golpe quando um homem sem-teto que estava vivendo ilegalmentecasa de apostas vaidebetuma salacasa de apostas vaidebetmáquinas no complexo e usava um jaleco furtado, circulando pelo hospital como se fosse médico, estuprou e assassinou uma médica grávida.

Aids e Ebola

A partircasa de apostas vaidebet1981, o Bellevue se tornou o principal destinocasa de apostas vaidebetpacientes com Aids. Na metade dos anos 1980, os Estados Unidos registravam maiscasa de apostas vaidebet130 mil novos diagnósticoscasa de apostas vaidebetHIV por ano. Sem cura ou tratamento, o diagnóstico positivo era encarado como uma sentençacasa de apostas vaidebetmorte.

Nova York era um dos principais epicentros da epidemia. No Bellevue, médicos e enfermeiros, sobrecarregados com o grande númerocasa de apostas vaidebetcasos, conviviam com o temorcasa de apostas vaidebetcontaminação e o impacto emocionalcasa de apostas vaidebetnão poder salvar os pacientes.

"O Bellevue tratoucasa de apostas vaidebetmais pacientes com Aids do que qualquer outro hospital no país. E mais pacientes com Aids morreram no Bellevue do quecasa de apostas vaidebetqualquer outro hospital no país", disse Oshinskycasa de apostas vaidebetentrevista à NPR.

Segundo o historiador, muitos dos estudos e testes que resultaramcasa de apostas vaidebettratamentos para a doença foram feitos no Bellevue.

Em 2014, o hospital enfrentou um novo desafio, ocasa de apostas vaidebettratar o médico Craig Spencer, no único casocasa de apostas vaidebetebola registradocasa de apostas vaidebetNova York. Spencer ficoucasa de apostas vaidebetuma ala especialcasa de apostas vaidebetisolamento no sétimo andar, estabelecida durante uma epidemiacasa de apostas vaidebettuberculose resistente a medicamentos que atingiu a cidade nos anos 1990.

Em seus quase três séculoscasa de apostas vaidebethistória, o hospital só fechou uma vez, após a passagem do furacão Sandy,casa de apostas vaidebet2012 — quando ficou inundado e sem eletricidade e os cercacasa de apostas vaidebet800 pacientes que permaneciam no local tiveramcasa de apostas vaidebetser evacuados.

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