Cidades dos EUA que usaram isolamento social contra gripe espanhola tiveram recuperação econômica mais rápida, diz estudo:bovada online casino

A pesquisa publicada na útima quinta-feira (26/03) é assinada pelos economistas Sergio Correa, do Banco Central americano, Stephan Luck, do Banco Centralbovada online casinoNova York, e Emil Verner, do Institutobovada online casinoTecnologiabovada online casinoMassachusetts.

Segundo eles, diversas cidades americanas adotarambovada online casino1918 estratégiasbovada online casinodistanciamento social similares às que têm sido usadas hoje ao redor do mundo contra o coronavírus, como "fechamentobovada online casinoescolas, teatros e igrejas" e "a proibiçãobovada online casinoreuniõesbovada online casinomassa".

Além disso, também aplicaram outras ações como "uso obrigatóriobovada online casinomáscara, isolamentobovada online casinopessoas infectadas, tornar a gripe uma doença notificável e medidas públicasbovada online casinodesinfecção e higiene".

A adoção dessas políticas contra a gripe espanhola, no entanto, não foi uniformebovada online casinotodo país. "As autoridades da cidadebovada online casinoFiladélfia intervieram apenas muito tarde e até permitiram a realizaçãobovada online casinograndes reuniões públicas, como o Liberty Loan Parade (um desfile patriótico para angariar fundos para os esforços militares americanos na 1ª Guerra Mundial), amplamente frequentado", diz o estudo.

"Como consequência, a Filadélfia teve um aumento considerável na mortalidade relacionada à gripe espanhola durante o outonobovada online casino1918. As autoridades da cidadebovada online casinoSaint Louis, por outro lado, intervieram rapidamente, e a taxa finalbovada online casinomortalidade foi substancialmente mais baixa."

Recuperação mais rápida da indústria e dos bancos

Ao comparar a forma como 43 cidades usaram essas medidas, os economistas notaram que ações preventivas precoces e com mais intensidade não agravaram a crise econômica.

"Pelo contrário, cidades que intervieram antes e mais agressivamente experimentam um aumento relativo do emprego na indústria, da produção industrial e dos ativos bancáriosbovada online casino1919, após o fim da pandemia", dizem os autores.

Para essa análise, foram cruzados dados como a duração das medidas adotadas, as mortes por gripe espanhola registradas nestas cidades e seus indicadores econômicos.

Ações preventivas adotadas dez dias antes da chegada da doença contribuíram para um aumentobovada online casino5% no emprego industrial das cidades no período posterior à pandemiabovada online casino1918, por exemplo.

Da mesma forma, implementar essas medidas preventivas por mais 50 dias resultarambovada online casinoum crescimentobovada online casino6,5% do emprego na indústria após o fim da pandemia.

Segundo os autores, medidas preventivas que restringem a interação social realmente deprimem a atividade econômica. Mas eles ressaltam que a expansão da epidemia quando essas medidas não são adotadas também impacta negativamente a economia, já que as famílias reduzem por conta própria seu consumo e trabalho para diminuir a chancebovada online casinocontrair a doença.

"Assim, enquanto as medidas preventivas diminuem a atividade econômica, elas (ao mesmo tempo) podem resolver problemasbovada online casinocoordenação associados ao combate à transmissãobovada online casinodoenças e mitigar a ruptura econômica relacionada à pandemia", observam os economistas.

Ações para reduzir a expansão da doença "podem reduzir a mortalidade e, ao mesmo tempo, serem economicamente benéficas".

O que o estudo sinaliza para a pandemiabovada online casino2020?

Os autores do estudo afirmam que "há lições importantes da gripebovada online casino1918 para a pandemia atualbovada online casinocovid-19 (nome da doença causada pelo coronavírus)". Eles reconhecem, porém, que há alguns limites na comparação do contexto atual com obovada online casinoum século atrás.

Estimativas indicam que a taxabovada online casinomortalidade da gripe espanhola é maior que a da covid-19, especialmente entre trabalhadores mais jovens, o que sugere que o impacto econômico da pademiabovada online casino1918 pode ter sido maior.

Além disso, elementos importantes da economia atual — como o avançobovada online casinotecnologiasbovada online casinocomunicação, o crescimento do setorbovada online casinoserviços e a grande complexidade da cadeia mundialbovada online casinofornecedores — não estavam presentesbovada online casino1918 e, por isso, não são capturados na análise econômica da pandemiabovada online casinogripe espanhola.

O pesquisador Marcelo Medeiros, professor visitante na Universidadebovada online casinoPrinceton, nos Estados Unidos, também aponta limitações no estudo para entender a crise do coronavírus no Brasil, já que a economia do paísbovada online casinohoje é muito diferente da americanabovada online casino1918.

"Estamos vivendo uma crise sem precedentes. Por isso, nada do passado servebovada online casinoreferência exata para o nosso futuro. A gente ainda sequer conhece os detalhes dessa epidemia, que pode progredirbovada online casinovárias direções diferentes", pondera.

Feita essa ressalta, Medeiros considera que devemos "prestar atenção no recado que o estudo dá",bovada online casinoespecial para analisar como diferentes países estarão posicionados para se recuperar após a pandemia.

"O país que tomar a decisãobovada online casinose proteger bem agora, controlar a epidemia o máximo possível, vai ter uma vantagembovada online casinotermos globais. Ao sair mais rápido e menos abalado da crise, vai entrar numa posiçãobovada online casinovantagem na economia internacional", afirma ele.

Medeiros cita como exemplo a Alemanha, que já anunciou medidas contra crise que somam maisbovada online casino30% do seu PIB.

"A Alemanha está agindo massivamente para combater a epidemia e os efeitos da recessão causada por ela. Está claramente com uma estratégiabovada online casinoavançarbovada online casinoposições na geopolítica global, no seu poder econômico, saindobovada online casinouma crisebovada online casinoboas condições", avalia.

Para Medeiros, é um processo semelhante com o que ocorreu com os Estados Unidos após a 2ª Guerra Mundial (1939-1945), conflito que devastou especialmente as potências europeias.

"Em alguma medida a gente já observou isso no passado. Foi o que aconteceu quando os Estados Unidos saíram da 2ª Guerra sem destruição do seu capital físico. Eles se tornaram rapidamente a maior potência mundial", compara.

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