Coronavírus: as vantagens relativas da América Latina para combater a pandemia:dicas sites de apostas
"Chegar a uma situação como a da Itália ou da Espanha seria algo muito dramático e catastrófico, e não podemos descartar que pode acontecer", diz Marcos Espinal, diretor do Departamentodicas sites de apostasDoenças Transmissíveis e Determinantes Ambientais da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) à BBC News Mundo, o serviçodicas sites de apostasnotíciasdicas sites de apostasespanhol da BBC.
"Os sistemasdicas sites de apostassaúde devem se preparar para o pior cenário", acrescenta.
Pouco investimento
A Itália, o país mais afetado até agora, registra maisdicas sites de apostas100 mil casosdicas sites de apostascoronavírus e cercadicas sites de apostas11 mil mortes. Na América Latina, o país com mais mortes é o Brasil (136 até domingo, 29dicas sites de apostasmarço).
Miguel Lago, diretor do Institutodicas sites de apostasEstudosdicas sites de apostasPolíticasdicas sites de apostasSaúde (IEPS), com sede no Riodicas sites de apostasJaneiro, concorda.
"É muito possível que aconteça na América Latina o que aconteceu na Itália ou talvez pior, porque a Itália investe quase 7% do PIBdicas sites de apostassaúde pública e possui um sistema mais forte que osdicas sites de apostasnossos países", diz o especialista, ao destacar que o México só investe 3% do PIBdicas sites de apostassaúde pública.
No Brasil, a taxa ficoudicas sites de apostastornodicas sites de apostas4% do PIB nos últimos anos.
"Podemos ter um cenário mais aterrorizante que o da Itália", alerta.
Mas, apesar das deficiências dos sistemasdicas sites de apostassaúde e das desigualdades, a América Latina possui vantagens para enfrentar a crise e, talvez, sofrer menos que outras partes do mundo.
Tempo e distância
América Latina e África foram as regiões aonde o coronavírus chegou mais tarde. Surgido na China, o vírusdicas sites de apostaslá se espalhou para o restante da Ásia e depois para a Europa e os Estados Unidos, as áreas mais afetadas pelo surto no momento.
A distância da América Latina da Ásia e da Europa, regiões separadas por oceanos, nos permitiu economizar tempo.
Já as experiênciasdicas sites de apostascontenção tomadas pela China e pela Europa serviramdicas sites de apostasbase para tomarmos medidas preventivas muito mais cedo do que Itália e Espanha, por exemplo, países que vivem uma explosão no númerodicas sites de apostascasos - edicas sites de apostasmortos.
"Uma vantagem é o tempo que a região teve para se preparar e tomar medidasdicas sites de apostascontenção e mitigação", diz Espinal.
A Venezuela, por exemplo, decretou a quarentena total do país com menosdicas sites de apostas20 casos; a Argentina, antes do númerodicas sites de apostasmortos chegar a quatro.
Na Espanha, os casos confirmados dispararam a partirdicas sites de apostas25dicas sites de apostasfevereiro, mas foi somentedicas sites de apostas15dicas sites de apostasmarço que a quarentena foi decretadadicas sites de apostastodo o território. O país tem maisdicas sites de apostas85 mil casos e maisdicas sites de apostas7 mil mortes.
"Isso nos afetará (o coronavírus). O importante é minimizar a possibilidadedicas sites de apostassurtos maciços e implementar medidas que nos ajudem a controlar o máximo possível a possibilidadedicas sites de apostasocorrer o que está ocorrendo nos Estados Unidos, Itália, China ou Irã", diz Espinal, da OPAS.
A América Latina "tem tempo para se preparar."
Essa édicas sites de apostasgrande vantagem: interromper o ritmodicas sites de apostascontágio.
A partir do momentodicas sites de apostasque há transmissão comunitária (quando já não se sabe a origem da contaminação), os sistemasdicas sites de apostassaúde ficarão sobrecarregados e as deficiências estruturais, mais aparentes: serão necessárias unidadesdicas sites de apostasterapia intensiva adequadas, respiradores para respiração assistida, camas e equipamentosdicas sites de apostasproteção para a equipe médica.
Experiência com doenças infecciosas
Outra vantagem é que, ao contrário da Europa, a América Latina está acostumada a lidar com doenças infecciosas.
A região "tem uma vasta experiência no gerenciamentodicas sites de apostassurtos e pandemias, como o H1N1dicas sites de apostas2009 e a zika há 4, 5 anos", lembra Espinal.
"A América Latina aprendeu com essas lições e os países estão um pouco mais bem preparados do que antes dessas epidemias."
Por exemplo, ao controlar pontosdicas sites de apostasentrada nos países, como aeroportos, e ter unidades e laboratóriosdicas sites de apostasisolamento prontos.
"Temos um panorama epidemiológico complexo, com sistemas acostumados a essa complexidade, para atender pacientes com doenças não transmissíveis (câncer, cardiovascular, diabetes ...) e doenças infecciosas", diz Lago, do IEPS.
Como exemplo, ele cita a dengue, que vem registrando números recordes, inclusive neste ano, mas também zika, chikungunya, malária e febre amarela.
"É uma região resiliente que enfrentou o zika com muito sucesso", disse Espinal, referindo-se à crise causada pela doença transmitida por mosquitos que afetou especialmente o Brasil.
"As doenças emergentes ou reemergentes estão lá e fazem partedicas sites de apostasnossa vida cotidiana", diz Espinal, que, no entanto, alerta que a epidemia do novo coronavírus é muito mais séria e com consequências ainda imprevisíveis.
Alguns países realizam verificações com as pessoas que continuam circulando com seus veículos, apesar das ordensdicas sites de apostasficardicas sites de apostascasa.
Assim como durante o surtodicas sites de apostaszika, a sociedade precisa se mobilizar e se unir diantedicas sites de apostasum surto que atravessa fronteiras, dizem os especialistas.
E, da mesma forma que antes, o acesso à informação é essencial, acrescentam.
"As pessoas tiveram que aprender o que fazer com os criadourosdicas sites de apostasmosquitos e agora precisam aprender como gerenciar distâncias sociais ou medidasdicas sites de apostashigiene pessoal", diz Espinal.
"Temos a capacidade técnica, mas não os recursos e suprimentos, então teremos que ver o tamanho da epidemia aqui", alerta Lago.
"Se poucas pessoas estão infectadas, temos toda a capacidadedicas sites de apostascontrolar isso bem, mas se 20% da população acabar infectada, o que não é um cenário impossível, teremos grandes problemas", ressalva.
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