América Latina, a aliada mais inesperadacopa do mundo 2024 geDonald Trump:copa do mundo 2024 ge
Esse nívelcopa do mundo 2024 gecooperação contrasta com a oposição que Trump enfrentacopa do mundo 2024 geseu próprio país ecopa do mundo 2024 geoutras partes do mundo, como a Europa, Oriente Médio e Ásia, além das tensões que ele despertou ao assumir o cargo,copa do mundo 2024 ge2017.
Durante a campanha, Trump ganhou votos demonizando imigrantes latinos e prometendo proteger os Estados Unidos do comércio com o México.
Ele chegou a prometer a construçãocopa do mundo 2024 geum muro na fronteira entre os dois países, e enviar os custos da obra para o governo vizinho. Agora, no entanto, o presidente fala da América Latina como se fosse um novo grande aliado.
"Temos um relacionamento enorme, agora, com vários países que estão muito felizes com o que está acontecendo. E isso inclui a América do Sul, que nos ajudou tanto, e onde ninguém achou que isso seria possível", disse Trump, na quarta-feira passada.
"O relacionamento com o México é um exemplo, ou El Salvador, Honduras, Guatemala", acrescentou ele durante uma coletivacopa do mundo 2024 geimprensacopa do mundo 2024 geNova York, no contexto da Assembleia-Geral das Nações Unidas.
Mas por que isso está ocorrendo?
'Amável e genial'
A relação do governo dos Estados Unidos com a América Latina passou por um períodocopa do mundo 2024 gedesinteresse e, depois, uma fasecopa do mundo 2024 geameaças e punições antescopa do mundo 2024 gechegar ao estado atual.
Na semana passada, Trump destacoucopa do mundo 2024 gerelação com o governo mexicanocopa do mundo 2024 geao menos sete ocasiões, inclusive na Assembleia-Geral da ONU.
Em especial, ele se referiu à renegociação do acordo do Nafta (Tratado Norte-Americanocopa do mundo 2024 geLivre Comércio), que envolve Estados Unidos, Canadá e México, e o pacto para os mexicanos mobilizem as tropas da Guarda Nacional para tentar conter o fluxo migratório para o norte.
"Gostariacopa do mundo 2024 geagradecer ao presidente López Obrador, do México, pela grande cooperação que estamos recebendo e por ele colocar 27 mil soldadoscopa do mundo 2024 genossa fronteira sul. O México está nos mostrando grande respeito, e eu os respeitocopa do mundo 2024 getroca", disse Trumpcopa do mundo 2024 gediscurso.
O acordo, seladocopa do mundo 2024 gejunhocopa do mundo 2024 getrocacopa do mundo 2024 geTrump retirarcopa do mundo 2024 geameaçacopa do mundo 2024 geimpor tarifas ao México, preocupa ativistas que acreditamcopa do mundo 2024 geum possível aumentocopa do mundo 2024 geabusos contra imigrantes que fogem da violência e da pobreza na América Central.
Mas Trump ficou satisfeito na semana passada ao ouvir seu secretário interinocopa do mundo 2024 geSegurança Nacional, Kevin McAleenan, dizer que houve uma reduçãocopa do mundo 2024 gecercacopa do mundo 2024 ge60% na entradacopa do mundo 2024 geimigrantes oriundos do Méxicocopa do mundo 2024 gecomparação a maio. Em relação a países da América Central, essa queda foicopa do mundo 2024 ge80%.
Recentemente, o líder americano se encontrou com o presidentecopa do mundo 2024 geEl Salvador, Nayib Bukele, que, como seus colegas hondurenhos e guatemaltecos, assinou um acordo bilateral com Washington para impedir que novos imigrantes cheguem aos Estados Unidos.
"Uma das razões pelas quais assinamos o acordo é porque queremos mostrar essa amizade ao nosso aliado mais importante, que são os Estados Unidos", disse Bukele, ao lado Trump,copa do mundo 2024 geum hotelcopa do mundo 2024 geManhattan.
"Estamos ansiosos para trabalhar com o presidente Trump pelos próximos cinco anos", acrescentou ele, no que parecia ser um apoio à candidatura do presidente americano à reeleiçãocopa do mundo 2024 ge2020. "O presidente Trump é muito amável e genial."
Os três acordoscopa do mundo 2024 gepaíses da América Central com Washington vieram depois que Trump anuncioucopa do mundo 2024 gemaio o corte da ajuda econômica a esses países — recursos vitais para eles. Além disso, as remessas que imigrantes que vivem nos Estados Unidos enviam para seus paísescopa do mundo 2024 georigem ajudam a movimentar a economia.
Os pactos também ocorremcopa do mundo 2024 gecircunstâncias especiais para o presidente hondurenho, Juan Orlando Hernández, cujo irmão foi julgado por tráficocopa do mundo 2024 gedrogas nesta semanacopa do mundo 2024 geNova York , ou para o guatemalteco Jimmy Morales, cuja imunidade política o protegeucopa do mundo 2024 geuma investigação por corrupção.
"Temos que considerar por que Jimmy Morales fez esse tipocopa do mundo 2024 geacordo", diz Ana Quintana, analista da Heritage Foundation, um centrocopa do mundo 2024 gepromoçãocopa do mundo 2024 gepolíticas conservadorascopa do mundo 2024 geWashington.
"Acho que potencialmente Morales poderia ser visto como um pouco mais que um aliado dos Estados Unidos para receber proteçãocopa do mundo 2024 geTrump", acrescenta Quintana à BBC News Mundo, serviçocopa do mundo 2024 geespanhol da BBC.
'I love you'
Os entendimentoscopa do mundo 2024 geTrump com a América Latina também ocorremcopa do mundo 2024 geum momento peculiar para o presidente americano.
Trump enfrenta uma investigaçãocopa do mundo 2024 geimpeachment desde a semana passada. O pedido, feito pelo Partido Democrata, quer determinar se ele cometeu um crime ao pedir ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, para investigar o filho do ex-vice-presidente Joe Biden, pré-candidato democrata à Presidênciacopa do mundo 2024 ge2020.
O processo vai tentar determinar se houve algum vínculo entre o pedidocopa do mundo 2024 geTrump ao ucraniano e uma decisão do governocopa do mundo 2024 gepararcopa do mundo 2024 geenviar ajuda financeira à Ucrânia. Trump está se preparando para buscarcopa do mundo 2024 gereeleição no próximo ano.
Além disso, o país vive uma guerra comercial com a China, grandes discordâncias políticas com a Europa e não conseguiu chegar a resultados concretoscopa do mundo 2024 gesuas negociações para desnuclearizar a Coreia do Norte.
"Quando se trata da América Latina, o governo Trump pode apontar vitórias e sucessos tangíveiscopa do mundo 2024 geáreas onde os interesses dos Estados Unidos avançaram", diz Quintana.
O próprio Trump comparou a atitude colaborativa do México com a recusa da oposição democratacopa do mundo 2024 gevotar suas demandascopa do mundo 2024 geimigração.
"Usamos o México porque os democratas não consertam nosso sistemacopa do mundo 2024 geimigração quebrado", disse elecopa do mundo 2024 geWashington, na semana passada.
Mesmo emcopa do mundo 2024 getentativa até agora sem êxitocopa do mundo 2024 geremover o presidente venezuelano Nicolás Maduro do poder, Trump exibe uma "coalizão" com países latino-americanos que seguiramcopa do mundo 2024 gedecisãocopa do mundo 2024 gereconhecer o líder da oposição Juan Guaidó como presidente interino do país.
Alguns países como o México ou o Uruguai evitaram aderir a essa estratégia, mas permaneceramcopa do mundo 2024 geminoria na região.
Paralelamente à Assembleia-Geral da ONU, Trump se reuniucopa do mundo 2024 geNova York com os presidentes ou representantescopa do mundo 2024 geArgentina, Brasil, Colômbia, Chile, Equador e Peru para discutir a crise venezuelana e tentar dar um impulso a Guaidó.
A sintonia também se refletiucopa do mundo 2024 geoutras áreas.
Em julho, a Argentina se tornou o primeiro país da América Latina a classificar o Hezbollah como um grupo "terrorista", algo que Washington disse ser uma conquista histórica após anoscopa do mundo 2024 geesforços diplomáticos.
O Paraguai fez o mesmo no mês seguinte. E o próximo pode ser o Brasil, o gigante sul-americano que na última década, com governoscopa do mundo 2024 gecentro-esquerda, ajudou a reforçar o elo entre os países da América Latina.
O atual presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, já demonstrou diversas vezescopa do mundo 2024 geadmiração por Trump.
Na ONU, na semana passada, Bolsonaro disse que o Brasil e os EUA lançaram uma aliança que inclui coordenação política e militar.
Segundo o jornal O Globo, após a reunião na ONU, Bolsonaro foi mais longe nos elogios ao presidente americano, dizendo que o "amava". Trump teria respondido que era "bom revê-lo".
Por enquanto, não há sinais claroscopa do mundo 2024 geque, com tudo isso, Trump possa reduzir a influência da China na região, como ele havia proposto.
Também é incerto o que a América Latina alcançarácopa do mundo 2024 getroca ou quanto tempo esse relacionamento especial durará. Na Europa, os críticoscopa do mundo 2024 geTrump o acusamcopa do mundo 2024 geenfraquecer o multilateralismo e, internamente, oponentes o classificam como racista e xenófobo.
Roberta Jacobson, ex-embaixadora dos Estados Unidos no México, dissecopa do mundo 2024 geuma entrevistacopa do mundo 2024 gejunho que López Obrador "descobrirá que nem sempre é possível reconciliar e aceitar as demandascopa do mundo 2024 geum bandido como Trump".
Mas, por enquanto, o mexicano e a maioria dos governos da região parecem inclinados a evitar confrontos com Trump e explorar possíveis vantagens na relação.
"Estamos procurando os meios mais eficazes", disse o ministro das Relações Exteriores do Equador, José Valencia, cujo governo recompôs o relacionamento com os EUA após o resfriamento das relações ocorrida durante a gestão do ex-presidente Rafael Correa.
"Por enquanto, o caminho que buscamos nas soluções por meiocopa do mundo 2024 gecontatos entre governos funcionou", acrescenta.
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