Por que desvalorização do yuan faz o dólar disparar:novibet é da betano

Por que a queda do yuan fez disparar o dólar?

Diante da incerteza gerada pela escalada da guerra comercial e a desvalorização do yuan, investidores buscaram refúgionovibet é da betanomoedas fortes como o dólar americano, o iene japonês, ou o franco suíço, enquanto outros compraram ouro para se proteger do volatilidade.

"A China deprecianovibet é da betanomoeda e gera um movimento globalnovibet é da betanoaversão a risco", disse à BBC Mundo, Frederico Furiase, economista diretor da consultora Eco Go e professor da universidade argentina Torcuato Di Tella.

Basicamente, um yuan baixo gera insegurança e faz com que investidores fujamnovibet é da betanomercados instáveis ou perigosos, buscando proteção dolarizando seus capitais.

"Isso é consistente com o declínio nas taxasnovibet é da betanojuros dos títulos soberanos, com a queda nos índices do mercadonovibet é da betanoações, o aumento da volatilidade financeira e a desvalorização cambial dos países emergentes", diz Furiase, citando o que está acontecendo na América Latina.

"Estamos diantenovibet é da betanouma ondanovibet é da betanodepreciação das moedasnovibet é da betanorelação ao dólar", explica o economista, dizendo que o contexto énovibet é da betanoaumento do risconovibet é da betanorecessão global enovibet é da betanoexpectativanovibet é da betanoque o Federal Reserve (o banco central dos EUA) reduzirá o custo do crédito baixando taxasnovibet é da betanojuros.

As moedas na América Latina, onde já havia uma tendêncianovibet é da betanodepreciação nas últimas semanas, perderam valor nos últimos dias.

"Em comparação com o dólar, o peso chileno perdeu 5,5%, o real 4,4%, o peso mexicano 2,2% e o sol peruano 3% desde o começonovibet é da betanojulho", observa Diego Mora, consultornovibet é da betanoinvestimentos da XTB.

O dólar ficou fortalecido porque, segundo ele, "os grandes fundosnovibet é da betanoinvestimento institucionais que têm depósitosnovibet é da betanoyuanes veem que o rendimento seránovibet é da betanotaxas menores e levam os capitais para outro país com taxa maior ou uma moeda que vale mais".

"Quanto mais exposto o país estiver ao comércio internacional, maior será o risconovibet é da betanosua moeda", diz Mora, acrescentando que o Chile tem sido um dos países onde o dólar tem se fortalecido mais recentemente.

O que acontece com as exportações

Países desvalorizam suas próprias moedas para que seus produtos sejam mais competitivos, ou seja, para que os produtos que exportam sejam mais baratos.

Isso significa que, com a queda da cotação do yuannovibet é da betanorelação ao dólar, os produtos chineses entram nos mercados latino-americanos a um preço mais baixo. Mas,novibet é da betanocontrapartida, os produtos da região ficam mais caros no mercado chinês, especialmente os minérios.

"Isso desestimula a demanda e afeta o preço", avalia Francisco Grippa, principal economista do BBVA para o Peru. Segundo ele, a medida atinge principalmente países exportadoresnovibet é da betanominérios, como o Peru. "Enfraquece o superávit comercial e, dessa forma, também a moeda local, e pode eventualmente pressionar os prêmiosnovibet é da betanorisco (taxa que mercado paga para que remunerar os investimenos; corresponde à taxa que excede a taxanovibet é da betanoremuneração do mercado americano)."

Alguns especialistas assinalam que a demanda chinesa por cobre pode ser afetada pela desvalorização do yuan.

"Apenas no Chile, para cada centavo que diminui o preço do cobre, os cofres públicos deixamnovibet é da betanoreceber US$ 60 milhões", disse à BBC Mundo José Raúl Godoy, analistanovibet é da betanomercado da XTB Latin America.

"A guerra cambial é negativa para as empresas e famílias chinesas porque elas perdem podernovibet é da betanocompra. Se os projetos estão paralisados, se o consumo interno cair, a demanda por matérias-primas diminui."

O efeito da inflação

Um yuan desvalorizado no meionovibet é da betanouma escalada comercial acaba fazendo com que bancos centraisnovibet é da betanodiferentes países comecem a considerar a ideianovibet é da betanoreduzir taxasnovibet é da betanojuros.

"Há mais pressão sobre as moedas emergentes, o dólar se fortalece, pode haver menos crescimento para a América Latina e maiores probabilidadesnovibet é da betanoinflação", diz Godoy.

A inflação, como sempre, é um tema sensível.

"Com uma depreciação da taxanovibet é da betanocâmbionovibet é da betanorelação ao dólar, os consumidores verão o preço dos produtos importados aumentar", diz Nereida González, economista da áreanovibet é da betanomercado da International Financial Analysts.

"Isso se traduz num aumento da inflação e numa perda do poder aquisitivo", diz ela.

Por outro lado, países fortemente endividadosnovibet é da betanodólar, como a Argentina, saem ainda mais prejudicados. O mesmo vale para empresas latino-americanas com dívidasnovibet é da betanodólar, como no caso da estatal mexicana Pemex.

Possível recessão?

"Um yuan mais fraco coloca pressão nas taxasnovibet é da betanocâmbio dos mercados emergentes porque há uma correlação histórica entre os movimentos dessas moedas frente ao dólar", disse Gary Hufbauer, pesquisador sênior do Instituto Peterson, com sedenovibet é da betanoWashington.

Nesse cenário, "a maior preocupação para a América Latina é que a guerra comercial continue a aumentar e faça com que empresas do mundo posterguem as decisõesnovibet é da betanoinvestimento e se protejam".

"Nesse caminho está a recessão. Obviamente não é bom para a América Latina ou para qualquer outra pessoa", diz Hufbauer.

É um caminho complexo que embarra num anonovibet é da betanoeleições nos Estados Unidos. "Um dólar alto e um yuan baixo não é o que Donald Trump quer", disse Frederico Furiase.

"Trump quer um dólar baixo para reduzir o déficit comercial com a China e gerar emprego na indústria local", diz ele. E por outro lado, a China não pode continuar a desvalorizar demais a própria moeda.

"Pequim arrisca uma saídanovibet é da betanocapital e um declínio no comércio global que afetaria diretamente a China".

Nesse sentido, a maioria dos especialistas vê a desvalorização como uma "facanovibet é da betanodois gumes": ajuda um país a competir melhor com seus produtos no exterior, mas, ao mesmo tempo, pode desestabilizá-lo e, pior ainda, servir como combustível para uma eventual recessão econômica.

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