Guerra comercial: 5 gráficos para entender a disputa entre EUA e China:suporte fezbet

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, As duas maiores economias do mundo já impuseram tarifas extras sobre bilhõessuporte fezbetdólaressuporte fezbetmercadorias uma da outra

"A China não deveria retaliar, senão só vai piorar", ameaçou Trump no Twitter, mas sem sucesso. Nesta segunda-feira, 13, a China anunciou que retaliaria com imposição e aumentosuporte fezbettarifas sobre mais produtos americanos.

A partirsuporte fezbetjunho, a taxa também mais que dobra -suporte fezbet10% para 20% ou 25% - sobre US$ 60 bilhõessuporte fezbetmercadorias dos EUA, a exemplosuporte fezbetcervejas, roupas e gás natural liquefeito.

Os anúncios tiveram impacto global - o índice Ibovespa, da bolsasuporte fezbetvaloressuporte fezbetSão Paulo, operousuporte fezbetforte queda ao longo do dia, com o dólar chegando a R$ 4. Nos EUA, o índice que reúne as 500 maiores empresas listadassuporte fezbetWall Street (S&P 500) caiu maissuporte fezbet2,5% ao longo do dia.

Os papéis da Apple, que tem a China entre seus principais mercados para iPhones, desabaram maissuporte fezbet4%; os da fabricantessuporte fezbetaviões Boeing, maissuporte fezbet3%.

Apesar do acirramento dos ânimos, os chineses dão prosseguimento à nova fasesuporte fezbetnegociações comerciais com os EUA, e há margem para atingir um acordo antes da entradasuporte fezbetvigor da nova fasesuporte fezbettaxação.

As duas maiores economias do mundo já impuseram tarifas sobre bilhõessuporte fezbetdólaressuporte fezbetmercadorias uma da outra, e uma escalada maior nessa disputa comercial pode renovar as incertezassuporte fezbetempresas e consumidores, prejudicando a economia mundial.

Como panosuporte fezbetfundo, há divergências difíceissuporte fezbetserem contornadas, como transferênciasuporte fezbettecnologia ante riscos à propriedade intelectual e acesso ao fechado mercado chinês sem, por exemplo, exigências como parceiros locais.

Abaixo, algumas questões centrais na disputa comercial entre EUA e China:

1 - Como o déficit comercial dos EUA cresceu?

Os EUA, que acusam a Chinasuporte fezbetpráticas comerciais injustas, lançaram uma guerra comercial contra a China no ano passado.

Os americanos não só acusam os chinesessuporte fezbetroubar propriedade intelectual, como querem que Pequim faça mudançassuporte fezbetsuas políticas econômicas - que, segundo Washington, favoreceria injustamente as empresas nacionais por meiosuporte fezbetsubsídios.

O governo dos EUA também quer exportar mais para conter seu elevado déficit comercialsuporte fezbetUS$ 419 bilhões com a China.

O déficit comercial (diferença entre importação e exportação) significa que as importações superaram as exportaçõessuporte fezbetum país. Reduzir essa diferença é parte fundamental das políticas comerciaissuporte fezbetTrump.

Ainda assim, a estratégia do presidente americano sofreu um forte revés com a explosão do déficit comercial, que subiu 12,5%suporte fezbet2017 para 2018 no comércio bilateral com a China e atingiu o ponto mais alto desde a crise econômicasuporte fezbet2008 (US$ 891,3 bilhões, ou R$ 3,4 trilhões).

2 - Quais tarifas foram impostas até agora?

Os EUA impuseram tarifas sobre US$ 250 bilhõessuporte fezbetprodutos chineses no ano passado. Pequim retaliou com taxas sobre US$ 110 bilhõessuporte fezbetmercadorias americanas.

O aumento das tarifassuporte fezbetimportaçãosuporte fezbet10% para 25% sobre US$ 200 bilhõessuporte fezbetprodutos chineses estava previsto para o início deste ano, mas foi adiado.

Agora, Trump está dizendo que este aumento será colocadosuporte fezbetprática, uma vez que as negociações com Pequim estão avançando "muito devagar".

Além disso, ele prometeu impor "em breve" tarifassuporte fezbet25% sobre outros US$ 325 bilhõessuporte fezbetitens comprados da China.

3 - Quais produtos podem ser afetados?

A gamasuporte fezbetprodutos chineses atingidos pelas tarifas dos EUA desde o início da guerra comercial é abrangentes -suporte fezbetmaquinário industrial a motocicletas.

Os EUA impuseram tarifassuporte fezbet10% sobre US$ 200 bilhõessuporte fezbetprodutos chineses, incluindo peixes, bolsas, roupas e calçados.

Esses serão os itens atingidos se o aumentosuporte fezbettarifasuporte fezbet10% para 25% for adiante nesta semana.

A China acusa os EUAsuporte fezbetiniciar a maior guerra comercial da história. E tem como alvo mercadorias americanas -suporte fezbetprodutos químicos a legumes, verduras e bourbon.

Também tem visado estrategicamente as mercadorias produzidassuporte fezbetdistritossuporte fezbeteleitorado majoritariamente republicano - do partido do presidente Trump - e itens que podem ser compradossuporte fezbetoutros lugares, como a soja.

4 - A guerra comercial abalou o mercado?

A guerra comercial entre os EUA e a China foi uma grande fontesuporte fezbetincerteza para o mercado financeiro no ano passado. Essa incerteza pesou sobre a confiança do investidorsuporte fezbettodo o mundo e contribuiu para perdas.

Em 2018, o índice Hang Sengsuporte fezbetHong Kong caiu maissuporte fezbet13%, enquanto o Xangai Composto despencou quase 25%.

Ambos os índices apresentaram recuperação neste ano e subiram 12% e 16%, respectivamente, até agora.

Para efeitosuporte fezbetcomparação, o índice Dow Jones Industrial Average, o principal da bolsasuporte fezbetNova York, caiu quase 6%suporte fezbet2018, e já apresenta altasuporte fezbet11% neste ano.

A cotação da moeda chinesa, o renminbi, caiu maissuporte fezbet5%suporte fezbetrelação ao dólar americano no ano passado, antessuporte fezbetse estabilizarsuporte fezbet2019, segundo a agênciasuporte fezbetnotícias Reuters.

5 - Que outras guerras comerciais estão acontecendo?

A guerra comercial entre os EUA e a China teve um efeitosuporte fezbetcadeia sobre outros países e a economia global.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou que a escalada da tensão comercial foi um fator que contribuiu para uma "expansão global significativamente mais fraca" no ano passado, quando reduziusuporte fezbetprevisãosuporte fezbetcrescimento global para 2019.

Alguns países também podem ser indiretamente afetados - especialmente aqueles que são parceiros comerciais importantes dos EUA ou da China - ou desempenham papéis importantessuporte fezbetsuas cadeiassuporte fezbetsuprimento.

A guerra com a China é partesuporte fezbetuma sériesuporte fezbetbatalhas comerciais que os EUA travaram com outros países no ano passado.

Trump impôs tarifas sobre as importações do México, do Canadá e da União Europeia, para incentivar os consumidores a comprarem produtos nacionais. Todos esses países retaliaram, porsuporte fezbetvez, com tarifas sobre produtos americanos.

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