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Crise na Venezuela: as 5 vezesaposta gratis 5 reaisque a oposição anunciou ‘ofensiva final’ contra Maduro, mas fracassou:aposta gratis 5 reais
A seguir, a BBC News Mundo, serviçoaposta gratis 5 reaisespanhol da BBC, relembra as maiores manifestações do tipo ocorridas na Venezuela nos últimos cinco anos.
1. O panelaço
Em 14aposta gratis 5 reaisabrilaposta gratis 5 reais2013, Nicolás Maduro derrotou Henrique Capriles, então candidato da coalizão oposicionista Mesa da Unidade Democrática (MUD), nas eleições presidenciais.
A diferença percentualaposta gratis 5 reaisvotos entre os candidatos foi mínima: 50,61% para Maduro, contra 49,12% para Capriles.
Um dia depois, o líder do MUD anunciou que exigiria a recontagem dos votos e convocou a população a realizar um "panelaço"aposta gratis 5 reaisprotesto para deslegitimar a vitóriaaposta gratis 5 reaisMaduro.
"Que seja ouvidoaposta gratis 5 reaistodo o mundo", disse Capriles dianteaposta gratis 5 reaismilharesaposta gratis 5 reaispessoas, emaposta gratis 5 reaismaioria estudantes, que foram às ruas.
Em resposta, Maduro convocou seus partidários a fazer um "foguetaço" para celebrar com fogosaposta gratis 5 reaisartifício o novo triunfo eleitoral da Revolução Bolivariana.
Dias depois, quando os protestos perderam intensidade, Capriles optou por apresentar um pedidoaposta gratis 5 reaisimpugnação do resultado da eleição na Justiça venezuelana eaposta gratis 5 reaisorganizações internacionais.
Após o "panelaço" contra Maduro, a liderançaaposta gratis 5 reaisCapriles começou a enfraquecer, abrindo espaço para a consolidaçãoaposta gratis 5 reaisLeopoldo López, ex-prefeitoaposta gratis 5 reaisChacao, reduto antichavista, considerado mais radical.
2. 'A saída'
Com López como umaposta gratis 5 reaisseus principais líderes, o MUD fez um apelo no inícioaposta gratis 5 reais2014 para uma nova ofensiva contra o chavismo.
Os protestos foram chamadosaposta gratis 5 reais"a saída",aposta gratis 5 reaisreferência ao fatoaposta gratis 5 reaisque a solução para os problemas que a Venezuela atravessava estaria nas manifestações.
"A saída está nas ruas", afirmou Lópezaposta gratis 5 reaisjaneiroaposta gratis 5 reais2014, quando os protestos eclodiramaposta gratis 5 reaisdiferentes partes do país.
Em fevereiro daquele ano, as manifestações se multiplicaram depois que um tribunal venezuelano emitiu um mandadoaposta gratis 5 reaisprisão contra López, acusadoaposta gratis 5 reaisincitar violência, conspiração e outros crimes.
Após vários dias,aposta gratis 5 reaismeio a fortes trocasaposta gratis 5 reaisacusação com Maduro, López reapareceu acompanhadoaposta gratis 5 reaisuma multidão e se entregou aos membros da Guarda Nacional Bolivariana.
"Se a minha prisão serve para despertar o povo, para despertar a Venezuela, então terá valido a pena este encarceramento infame imposto com covardia", declarou com um megafone.
Diferentes tiposaposta gratis 5 reaisprotestos foram registrados a partir desse momento, até quase o meioaposta gratis 5 reais2014, incluindo bloqueiosaposta gratis 5 reaisestradas, manifestações universitárias, marchas e grevesaposta gratis 5 reaisdiferentes setores.
O chavismo reagiu convocando grandes manifestaçõesaposta gratis 5 reaisapoioaposta gratis 5 reaisseus partidários.
Como resultado desses confrontos, 43 pessoas morreram entre fevereiro e junhoaposta gratis 5 reais2014. Quase 500 ficaram feridas e cercaaposta gratis 5 reais2.000 foram detidas.
López foi considerado culpado das acusações e foi detidoaposta gratis 5 reaisuma prisão militar.
Em julhoaposta gratis 5 reais2017, ele recebeu o benefício da prisão domiciliar, sendo vigiado por agentes do Serviço Bolivarianoaposta gratis 5 reaisInteligência (Sebin), condição que perdurou até 30aposta gratis 5 reaisabril deste ano, quando deixouaposta gratis 5 reaisresidência ao amanhecer para entrar na embaixada espanhola.
3. A 'tomada da Venezuela'
No fimaposta gratis 5 reais2015, a oposição conseguiuaposta gratis 5 reaismaior vitória desde o início da Revolução Bolivarianaaposta gratis 5 reais1999, ao ganhar por uma ampla margem as eleições parlamentares e, assim, assumir o controle da Assembleia Nacional - com 112 dos 167 assentos.
No entanto, o Supremo Tribunalaposta gratis 5 reaisJustiça declarou a entidade legislativa "em desacato", e desde então o governoaposta gratis 5 reaisMaduro não reconhece os poderes da Assembleia.
Diante deste cenário, a oposição iniciou um grande abaixo-assinado para solicitar a realizaçãoaposta gratis 5 reaisum referendo para revogar o mandatoaposta gratis 5 reaisMaduro.
Em outubroaposta gratis 5 reais2016, quando o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) descartou a possibilidadeaposta gratis 5 reaislevar adiante o plebiscito, foi organizada uma nova ofensiva nas ruas.
O protesto foi chamadoaposta gratis 5 reais"tomada da Venezuela" e conseguiu mobilizar milharesaposta gratis 5 reaispessoasaposta gratis 5 reaisCaracas.
Segundo o então correspondente da BBC Mundo na Venezuela, Daniel García Marco, as manifestações no fimaposta gratis 5 reais2016 exigiam que o CNE restabelecesse a possibilidadeaposta gratis 5 reaisretomar o referendo.
Os líderes da oposição da época, sendo Henrique Capriles o grande protagonista, falavamaposta gratis 5 reaisuma "ruptura do Estadoaposta gratis 5 reaisdireito" por decisão do órgão eleitoral.
"Ou restauram a ordem constitucional e cessam o golpeaposta gratis 5 reaisEstado na Venezuela, restituindo os direitos fundamentais, ouaposta gratis 5 reais3aposta gratis 5 reaisnovembro todo o povo venezuelano virá para Caracas, e vamos para (o Palácio de) Miraflores", afirmou Capriles.
No fim das contas, a manifestação foi suspensa.
4. As 'guarimbas'aposta gratis 5 reais2017
Com o cancelamento do referendo para revogação do mandatoaposta gratis 5 reaisMaduro, a oposição venezuelana organizou algumas manifestações não muito expressivas nos primeiros mesesaposta gratis 5 reais2017.
Mas a chama voltou a acender no fimaposta gratis 5 reaismarço após duas decisões controversas do Supremo Tribunalaposta gratis 5 reaisJustiçaaposta gratis 5 reaisque a entidade judicial assumiu as funções da Assembleia Nacional e retirou a imunidade dos parlamentares.
Embora estas decisões tenham sido revogadas alguns dias depois, os grupos opositores saíram novamenteaposta gratis 5 reaismassa às ruas multiplicando as chamadas "guarimbas" (barricadasaposta gratis 5 reaisresistência)aposta gratis 5 reaisvárias cidades.
Durante semanas, foram registrados violentos confrontos entre os manifestantes e as forçasaposta gratis 5 reaissegurança, que deixaram 127 mortos e maisaposta gratis 5 reais3 mil feridos.
"Marchas, bloqueiosaposta gratis 5 reaisestradas e atosaposta gratis 5 reaisrepúdio ao governo foram realizados no país quase diariamente", escreveu o jornalista da BBC Daniel García Marco à época.
Graças à ativação do Planoaposta gratis 5 reaisZamora, estratégia militar implementada pelo governoaposta gratis 5 reaisMaduro para manter a ordem interna, as forçasaposta gratis 5 reaissegurança do país receberam o apoioaposta gratis 5 reaismilícias civis chavistas, conhecidas como "coletivos" e classificadas como organizações "paramilitares" pela oposição.
Os protestos se estenderam por quase 60 dias e foram perdendo força ao longo das semanas.
Em meio a tudo isso, o governo deu mais uma cartada: instalou uma Assembleia Nacional Constituinte com poder plenipotenciário, integrada somente por representantes chavistas.
5. Operação Liberdade/Fase final
O último episódio da jornada da oposição para derrubar Maduro começouaposta gratis 5 reais23aposta gratis 5 reaisjaneiro deste ano, quando o presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou "presidente interino" da Venezuela.
Desde então, ele se tornou o rosto da oposição e chegou a ser reconhecido como chefeaposta gratis 5 reaisEstado por cercaaposta gratis 5 reais50 países, incluindo o Brasil.
Em 23aposta gratis 5 reaisfevereiro, após Maduro anunciar o fechamento das fronteiras com o Brasil e com a Colômbia para impedir a entradaaposta gratis 5 reaiscaminhões com ajuda humanitária internacional, Guaidó realizou seu primeiro grande ato contra o governo.
Ele tentou romper o bloqueio com a esperançaaposta gratis 5 reaisque os militares ficariam ao seu lado e poderia continuar assim a desafiar o governo a partir da fronteira, e nãoaposta gratis 5 reaisCaracas.
No fim das contas, nenhum caminhão conseguiu cruzar a fronteira e tampouco houve um racha nas Forças Armadas, como esperava a oposição. Estima-se, no entanto, que mil soldados tenham deixado o paísaposta gratis 5 reaisbuscaaposta gratis 5 reaisrefúgio na Colômbia.
Dois meses depois deste episódio, teve início o que Guaidó chamouaposta gratis 5 reais"fase final" da Operação Liberdade.
Em 29aposta gratis 5 reaisabril, ele convocou novamente civis e militares para se juntarem a uma grande manifestação com o intuitoaposta gratis 5 reaistirar Maduro do poder.
Por que as ofensivas não tiveram sucesso?
Ainda não sabemos qual será o desfecho desta "fase final" promovida por Guaidó, mas analistas avaliam que os quatro levantes anteriores não tiveram sucesso por diferentes motivos.
As razões vão desde os próprios erros das lideranças da oposição até a maneira dura com a qual o governo venezuelano impõe ordem nas ruas.
O analista político Amauri Chamorro diz à BBC News Mundo que não se pode ignorar que o chavismo tem experiência adquirida após sobreviver "à tentativaaposta gratis 5 reaisgolpeaposta gratis 5 reaisEstadoaposta gratis 5 reais2002, à greve da indústria petrolífera e à violência das guarimbas".
"A direita não tem apoio das Forças Armadas venezuelanas como a imprensa internacional quer acreditar. O mesmo vale para o apoio popular", diz Chamorro, assessor do ex-presidente equatoriano Rafael Correa.
Segundo ele, Guaidó está cometendo os mesmos erros do passado ao deixar nos últimos dias seu "apelo à família" e voltar à "violência máxima", protagonizada pela oposição nos anos anteriores.
"Ele perdeu muitos dos setoresaposta gratis 5 reaisque inicialmente se pensava que ele poderia avançar com uma agendaaposta gratis 5 reaisoposição", avalia.
A analista política Sandra Borda indica, poraposta gratis 5 reaisvez, que um dos fatores indispensáveis para entender o que aconteceu durante todos esses anos é a violência que o governo bolivariano é capazaposta gratis 5 reaisempregar.
"Já mostrou que não tem nem sequer a intençãoaposta gratis 5 reaismanter as aparências neste aspecto", afirmou a especialista à BBC News Mundo, após os confrontos na fronteira com a Colômbia e a Venezuelaaposta gratis 5 reaisfevereiro.
Ao logo desses anos, políticos contrários ao chavismo denunciaram intensas perseguições políticas, prisões arbitrárias, tortura e censura à imprensa, entre outras acusações.
Entre os fatores que podem ser atribuídos à oposição, Borda destaca queaposta gratis 5 reaisnenhum momento ela conseguiu rachar ou abalar a lealdade da maior parte das Forças Armadas durante todo esse tempo.
Apesar dos inúmeros apelosaposta gratis 5 reaisGuaidó eaposta gratis 5 reaisoutros líderes da oposição, o que parece ser um dos pontos essenciais para o triunfo da Operação Liberdade não foi alcançado até agora: que os militares mudemaposta gratis 5 reaislado.
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