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Como o Facebook está sendo usado por gruposbetspeed bônusextermínio na África:betspeed bônus
"Eles os acham no Facebook e depoisbetspeed bônusuma semana ou mês, os matam e postam fotos dos corpos no Facebook", disse Wilfred Olal, da organização Dandora Community Justice Centre.
As fotos, que às vezes mostram closesbetspeed bônuscabeças estouradas por balas ou corpos eviscerados,betspeed bônusgeral aparecem com um avisobetspeed bônusque o mesmo destino aguarda outros criminosos. Algumas das imagens são borradas pelo Facebook.
Os moradoresbetspeed bônusKayole dizem que há vários gruposbetspeed bônusFacebook, alguns públicos e outros fechados, que são atualizados com fotos grotescas quase que diariamente.
Lágrimasbetspeed bônuspoliciais
Duncan Omanga, pesquisador da Moi University, no Quênia, que há três anos monitora páginas do tipo no Facebook, diz que os policiais suspeitos usam perfis anônimos para espionar seus alvos.
"A primeira conta não oficial desses policiais no Facebook surgiu com o nomebetspeed bônussuaíli para Hessybetspeed bônusKayole. Hessy virou uma espéciebetspeed bônuscaçadorbetspeed bônuscriminosos sombrio, um lobo solitário."
Sua fama foi se espalhando pelas redes sociais, e começaram a surgir outras contasbetspeed bônusFacebook com nomesbetspeed bônuscaçadoresbetspeed bônusganguesbetspeed bônusoutras áreas perigosas da cidade.
De acordo com Omanga, seria "uma estratégia proposital para dar a impressão da onipresença policial ebetspeed bônusvigilância constante do Estado".
Em novembro passado, o ex-chefebetspeed bônuspolícia Joseph Boinnet negou que a pessoa por trás da conta no Facebook seria um policial, dizendo que seria "um civil com grande interesse por questõesbetspeed bônussegurança".
O diretorbetspeed bônusinvestigações criminais da polícia, George Kinoti, que chorou ao ouvir os testemunhosbetspeed bônusKayole, disse que não tinha conhecimentobetspeed bônusagentes como o tal Hessy.
"Na minha gestão ninguém vai jogar para debaixo do tapete um policial que mate."
Mas seus comentários foram abafados pelo burburinho. Uma pessoa gritou: "Eles estão no Facebook, até no Twitter".
A reunião no condomínio do Kayole foi organizada por um promotor após ativistas e moradores dizerem que policiais não estavam levando suas denúncias a sério.
'Marcando um encontro com Deus'
A pesquisabetspeed bônusOmanga revelou que uma médiabetspeed bônusseis supostos gângsteres são perfilados por mêsbetspeed bônusdiverso grupos, que divulgam seus supostos crimes, os lugares onde atuam e o tipobetspeed bônusarma que usam.
Nesse mesmo períodobetspeed bônustempo, entre 10 e 12 mortes por policiais foram postadas num grupo fechado chamado Nairóbi Livrebetspeed bônusCrime.
Ela tem maisbetspeed bônus300 mil membros. O slogan é "perdoar um terrorista cabe a Deus, mas marcar o encontro com Deus é nossa responsabilidade" e o logo, um homem fardado não identificado.
Omanga diz que as imagens macabras compartilhadas no grupo são publicadas para chocar e mostrar poder. Às vezes uma foto antiga da vítima é colocada ao ladobetspeed bônusuma imagembetspeed bônusseu corpo morto.
Os membros do grupo parecem gostar do conteúdo, a julgar pelos likes e emojis positivos.
Alguns também compartilham suas experiências pessoais como vítimasbetspeed bônuscrimes e clamam para que a polícia elimine outros supostos membrosbetspeed bônusgangues.
Para terem acesso a essas páginas, novos usuários têmbetspeed bônusresponder a três perguntas, incluindo se eles apoiam os esforços da polícia para combater o crime.
Criminosos também ficambetspeed bônusolho nessas páginas para ver se viraram alvos.
Depoisbetspeed bônusserem identificados, vários jovens se escondem ou buscam proteção com organizaçõesbetspeed bônusdireitos humanos.
Omanga diz que a polícia também aprendeu a identificar membrosbetspeed bônusgangues no Facebook, pois alguns deles usam suas contas pessoais para se vangloriar e provocar agentes.
'Ganguebetspeed bônusGaza aniquilada'
Mas isso parou depois que o líderbetspeed bônusuma gangue, Mwani Sparta, conhecido por postar imagensbetspeed bônussua vidabetspeed bônusluxos, publicou uma fotobetspeed bônusem 2017 com uma grande arma na mão, ao ladobetspeed bônusamigos.
Ele percebeu seu erro e tirou a postagem do ar, só que ela já havia sido compartilhada e a polícia teve uma visão privilegiada dos membros da Ganguebetspeed bônusGaza.
Todos viraram alvobetspeed bônusassassinatos extrajudiciais. Cada vez que um membro da gangue morria, a foto do grupo era editada para mostrar um rosto com um traçobetspeed bônuscima, diz Omanga.
Outro membro da gangue, cuja foto também foi compartilhada, ficou tão aterrorizado que disse no Facebook que tinha desistido da vida do crime e virado evangélico. Logo depois, foi preso.
Mas não são só gangues criminosas que são alvo desses gruposbetspeed bônusFacebook. Ativistasbetspeed bônusdireitos humanos dizem ter sido pressionados após falar publicamente sobre essas mortes.
"Nós também fomos alvo dessas páginas, postaram fotos dos nossos escritórios. Denunciamos à polícia, mas não aconteceu nada", diz Olal, acrescentando que eles também se sentem assediados pela polícia, já que ativistas muitas vezes são detidos, sem ser indiciados.
"Queremos saber se essas pessoas, como Hessy, são policiais e, se são, se eles têm direitobetspeed bônusmatar pessoas e postar fotos dos corpos no Facebook."
Conteúdo gráfico 'banido'
Um grupo chamado Uhai Wetu foi formado para que ativistasbetspeed bônusdireitos humanosbetspeed bônusdiferentes subúrbios possam apoiar uns aos outros e articular uma resposta conjunta a essas ameaças.
Eles pediram diversas vezes ao Facebook para que retirasse o conteúdo ofensivo do ar - sem sucesso.
Mas um porta-voz do Facebook disse à BBC que "reconhecemos que temos a responsabilidadebetspeed bônuslutar contra abusos na nossa plataforma e estamos trabalhando duro com parceiros locais, incluindo organizações da sociedade civil, para entender melhor as questões locais e lidar com elasbetspeed bônusforma mais eficiente".
O porta-voz disse também que o Facebook tem regras claras contra a postagembetspeed bônusconteúdo gráfico e violento e "quando somos alertados sobre ele, o retiramos".
"Nossa investigação sobre o assunto é constante e agradecemos à BBC por trazer o problema à nossa atenção", acrescentou a plataforma.
No entanto, as mortes extrajudiciais tiveram pouca repercussão fora das comunidades afetadas.
Omanga diz que muitos quenianos, cansadosbetspeed bônusum sistemabetspeed bônusjustiça lento e corrupto, veem com bons olhos o policial que faz Justiça com as próprias mãos.
Um artigo na imprensa do Quênia publicado há alguns anos sobre quatro "superpoliciais"betspeed bônusNairóbi, dizia que eles tinham adquirido uma "licença para matar".
"O autor dizia que eles eram da mesma laia do lendário Patrick Shaw", comenta ele,betspeed bônusreferência a um colono britânico que virou policial voluntário após a independência do Quêniabetspeed bônus1963 e era elogiado por fazer "justiça na hora".
Para Olal, que reconhece que crimes são um grande problema das áreas pobresbetspeed bônusNairóbi, o que é preciso é que a lei seja cumpridabetspeed bônusforma igual para todos.
"Se ricos suspeitosbetspeed bônussonegar impostos são levados a julgamento, também queremos que nossos jovens possam ser ouvidos", disse ele.
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