Crise na Venezuela: o que estásoccer bet netjogo para governo e oposição com o retornosoccer bet netJuan Guaidó:soccer bet net

Maduro defendeu que o líder oposicionista responda à Justiça. "Ele não pode ir e vir. A Justiça o proibiusoccer bet netdeixar o país." Diosdado Cabello, número dois do chavismo, também fez ameaças a Guaidó.

O que estásoccer bet netjogo com a voltasoccer bet netGuaidó?

A crise política e social da Venezuela vive uma escalada desde que Guaidó se declarou presidente interino do país por não reconhecer a reeleiçãosoccer bet netNicólas Maduro. Segundo o opositor, o chavista usurpou o poder por meiosoccer bet neteleições fraudulentas.

Em seu giro pela América Latina, o oposicionista visitou Paraguai, Brasil, Argentina, Equador e Colômbia, onde participou uma reunião do Gruposoccer bet netLima - formado por 14 países que buscam soluções para a situação da Venezuela.

Guaidó deixou a Venezuela no dia 23 após uma tentativa frustradasoccer bet netenviosoccer bet netajuda humanitáriasoccer bet netpaíses que o apoiam, como Estados Unidos e Brasil.

O governo Maduro bloqueou as fronteiras com a Colômbia, o Brasil e impediu a chegadasoccer bet netnavios que partiam das ilhas caribenhassoccer bet netAruba, Curaçao e Bonaire.

Em alguns momentos, a entrada dos mantimentos foi impedida com o usosoccer bet netforça, que deixou mortos e maissoccer bet net60 feridos, segundo a ONG venezuelana Foro Penal.

Uso da força contra Maduro?

O Gruposoccer bet netLima fez duras críticas à repressão violenta do governo Maduro nas fronteiras, mas os 14 países que apoiam Guaidó descartaram o uso da força militar internacional para conseguir uma mudança política na Venezuela.

Elliot Abrams, funcionário nomeado por Donald Trump para enfrentar a crise venezuelana, também afirmou que os Estados Unidos iriam responder maneira política e diplomática a uma possível prisãosoccer bet netGuaidó.

Para analistas ouvidos pela BBC, essas reações internacionais representaram retrocessos para a oposição e chegaram a colocarsoccer bet netdúvida se Guaidó voltaria mesmo ao país dado o riscosoccer bet netprisão.

"Se permanecesse fora do país, poderia ser visto como alguém que fugiu às suas responsabilidades", avalia Anjo Alvarez, cientista político venezuelano e consultorsoccer bet netpolítica pública.

Carmen Beatriz Fernández, consultora política venezuelana, diretora da Datastrategia e professora convidada da Universidadesoccer bet netNavarra (Espanha), afirma que o exílio teria sido um erro.

"Guaidó é muito mais útil para a oposição como presidente interino da Venezuela do que no exílio. Nesse caso, teria sido um banhosoccer bet netágua fria para os venezuelanos", diz.

Segundo ela, a sociedade venezuelana estava "em uma situaçãosoccer bet netdepressão social e política como se o regime tivesse conseguido quebrar o desejosoccer bet netrevolta", mas a ascensãosoccer bet netGuaidósoccer bet netjaneiro transformou o cenário.

"O retornosoccer bet netGuaidó à Venezuela está 'esticando a corda'soccer bet netambas as direções: coloca o governosoccer bet netum dilema perde-perde", diz a especialista.

Para ela, Maduro pode enfrentar uma dura resposta internacional caso detenha o adversário, mas, caso o deixe livre, ficará bastante enfraquecido entre seus apoiadores.

Possíveis cenários

Anjo Alvarez avalia que o pior cenário para Guaidó seria a prisão e o isolamento das basessoccer bet netapoio e da comunidade internacional. "Poderia levar à desmobilização e ao desgaste", diz o cientista político.

Essa situação seria semelhante à vivida pelo oposicionista Leopoldo López. O líder do partido Voluntad Popular, sigla pela qual milita Guaidó, está privadosoccer bet netsua liberdade desde 2014 e, embora esteja atualmente sob prisão domiciliar, não pode participar abertamente da política.

Segundo Alvarez, um segundo cenário possível seria Maduro perceber que não pode frear a oposição porque correria o riscosoccer bet netcausar reações fortes dentro e fora do país.

"Nesse caso, Maduro perderia o round no sentidosoccer bet netque depoissoccer bet netdizer que ia detê-lo, não pode fazê-lo, mostrando fraqueza. Esse seria o melhor cenário para Guaidó", diz Alvarez.

Carmen Beatriz Fernandez, da Universidadesoccer bet netNavarra, afirma que um dos resultados da turnê internacionalsoccer bet netseu adversário político é o aumento do custo para Madurosoccer bet netprendê-lo.

"Guaidó está sendo recebido com honrassoccer bet netchefesoccer bet netEstadosoccer bet nettodo o hemisfério. Agora, se você é recebido dessa forma, então quem prendê-lo é que está dando um golpesoccer bet netEstado. Nesse sentido, a turnê busca comprometer ainda mais os países do continente."

Para os dois especialistas ouvidos pela BBC, o cenário mais provável é a prisãosoccer bet netGuaidó, que geraria muitos protestos na Venezuela. Mas dificilmente as manifestações durariam muito tempo, e uma resposta internacional seria limitada.

"Está é a chave: se a reação internacional se reduz a uma maior pressão diplomática, a acordos retoricamente mais duros e algumas sanções a funcionários públicos, sem qualquer ação militar, Maduro acaba simplesmente ganhando o round", diz o cientista político Anjo Alvarez.

Cerco a Maduro

Para Carmen Beatriz Fernandez, a pressão internacional pode tomar grandes proporçõessoccer bet netcasosoccer bet netprisãosoccer bet netGuaidó, reconhecido como presidente venezuelano por quase 60 países.

"Embora o Gruposoccer bet netLima tenha rejeitado a opçãosoccer bet netusosoccer bet netforça militar, obviamente isso seria colocadosoccer bet netvolta à mesa nesse cenário", diz. Segundo ela, os aliadossoccer bet netGuaidó recuaram no tom belicoso porque esperam que as sanções impostas contra o governosoccer bet netMaduro surtam efeito.

"É como os cercos a cidades medievais. São um processo difícil, mas acabam funcionando. É nisso que está apostando a comunidade internacional, sendo menos custoso, especialmentesoccer bet nettermossoccer bet netreputação, tendosoccer bet netvista que a alternativa é uma intervenção militar dos EUA comandada por Trump ", afirma Fernandez.

Ela considera que a detençãosoccer bet netGuaidó poderia desencadear uma revolta popularsoccer bet netgrandes proporções com potencialsoccer bet netacelerar a divisão interna das Forças Armadas, um dos pilaressoccer bet netsustentação do governo Maduro.

"A Venezuela hoje é um gramado onde há faíscas que podem acabar gerando tremendos incêndios."

Maissoccer bet net700 soldados declararamsoccer bet netlealdade ao "presidente interino" - número que o governo Maduro minimiza por considerar "muito pequeno".

No domingo, Guaidó afirmou que, caso seja presosoccer bet netseu retorno ao país, há instruções claras a serem seguidas por aliados internacionais e parlamentares venezuelanos.

"Se o regime se atrever a me sequestrar, será um dos últimos erros que cometerá", disse o oposicionista.

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