Crise na Venezuela: como Maduro conseguiu manter lealdade dos militares:flamengo e bragantino palpite
Até agora, o mais graúdo militar a declarar apoio a Gaudió foi o general da Força Aérea Francisco Esteban Yánez Rodriguez. "Me dirijo a vocês para informá-los que não reconheço a autoridade ditatorial e autoritáriaflamengo e bragantino palpiteNicolás Maduro e reconheço o deputado Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela", diz eleflamengo e bragantino palpiteum vídeo divulgado nas redes sociais.
Yánez Rodriguez, que se apresenta como "diretorflamengo e bragantino palpitePlanejamento Estratégico do alto comando da Aviação Bolivariana", diz ainda que "90% da Força Armada Nacional Bolivariana (FAN) não estão com o ditador, estão com o povo da Venezuela".
Em uma mensagem no Twitter, o Comandoflamengo e bragantino palpiteDefesa Aeroespacial Integral (CODAI), rechaçou "contundentemente" as declaraçõesflamengo e bragantino palpiteYánez, e diz que este "traiu seu juramentoflamengo e bragantino palpitelealdade à Pátriaflamengo e bragantino palpiteBolívar e escolheu obedecer a pretensões estrangeiras".
Maduro passou as últimas semanas participandoflamengo e bragantino palpitecerimôniasflamengo e bragantino palpiteunidades militares e fazendo chamados à "lealdade bolivariana". O pretexto do presidente - que a cada dia perde mais apoio da comunidade internacional - para essas visitas foi a celebração do aniversário da revolta liderada por Hugo Chávezflamengo e bragantino palpite4flamengo e bragantino palpitefevereiroflamengo e bragantino palpite1992.
De acordo com líderes da oposição, agentes do G2, serviçoflamengo e bragantino palpiteinteligência cubano, desdobram-se na supervisãoflamengo e bragantino palpitemovimentos que possam indicar qualquer focoflamengo e bragantino palpiterebeldia nos quartéis.
Um movimento com raízes militares
O profundo envolvimento dos militares no regime chavista vem justamente da preparação da tentativaflamengo e bragantino palpitegolpe que apresentou Chávez ao mundo,flamengo e bragantino palpite1992, quando um grupoflamengo e bragantino palpiteoficiais e suboficias do Exército planejou – influenciado mais pelo herói militar e libertador sul-americano Simon Bolívar do que por Karl Marx – derrubar o caótico governo neoliberalflamengo e bragantino palpiteCarlos Andrés Pérez.
Manuel Caballero, historiador venezuelano mortoflamengo e bragantino palpite2010, costumava qualificar o 4flamengo e bragantino palpiteFevereiro como "marco fundacional do partido militar que abrigaria todos os atos do chavismo a partirflamengo e bragantino palpiteentão".
Com a chegadaflamengo e bragantino palpiteChávez ao poder pelo voto,flamengo e bragantino palpite1998, as Forças Armadas passaram a se infiltrarflamengo e bragantino palpitetodas as instâncias do Estado venezuelano. E ganharam papelflamengo e bragantino palpitemaior destaque e voz mais altaflamengo e bragantino palpite2002 – quando, com o apoio militar, o chavismo derrotou as duas maiores ameaças que enfrentara até então: uma tentativaflamengo e bragantino palpitegolpe,flamengo e bragantino palpiteabril, e uma greve que paralisou a produção petrolífera,flamengo e bragantino palpitedezembro.
O golpe fracassadoflamengo e bragantino palpite2002 foi a justificativa ideal para que o governo promovesse um expurgo total do Exército. "Um ano depois, já não se encontravaflamengo e bragantino palpitenenhum quartel venezuelano nem mesmo um único oficial que questionasse qualquer açãoflamengo e bragantino palpiteChávez", descreveu, numa entrevistaflamengo e bragantino palpite2015, o jornalista e crítico do chavismo Teodoro Petkoff, que morreu no ano passado.
Espaços ocupados
O preço do apoio dos quartéis a Chávez foi alto. Além do loteamentoflamengo e bragantino palpitecargos estatais, o chavismo franqueou aos comandantes aliados generosos espaçosflamengo e bragantino palpitediferentes setores da economia venezuelana - lícitos ou não.
O grupoflamengo e bragantino palpitemilitares que passou a ser designado pejorativamente como "boliburguesia", a nova casta burguesa bolivariana, assumiu o controle da cadeiaflamengo e bragantino palpiteprodução petroleira, além da extraçãoflamengo e bragantino palpiteoutros minérios, incluindo ouro. Na mesma época,flamengo e bragantino palpitetodo o território do país, empresas vinculadas aberta ou secretamente a comandantes militares – da produçãoflamengo e bragantino palpitealimentos a bensflamengo e bragantino palpiteconsumo aos serviçosflamengo e bragantino palpitecoletaflamengo e bragantino palpitelixo – firmaram lucrativos contratos com vários níveis do governo.
Na ponta dos negócios ilícitos, o desabastecimento crescente abriu a oportunidadeflamengo e bragantino palpitemilitares – associados a gangues locais – lucrarem com o contrabandoflamengo e bragantino palpiteprodutos,flamengo e bragantino palpitepapel higiênico a pneusflamengo e bragantino palpiteautomóveis. Além disso, a brutal diferença entre a cotação da moeda nacional no câmbio oficial e no paralelo proporciona negócios milionários no mercado irregular.
A ofertaflamengo e bragantino palpiteanistiaflamengo e bragantino palpiteGuaidó,flamengo e bragantino palpitetese, poderia beneficiar oficiais mais graduados que,flamengo e bragantino palpiteacordo com fontes da oposição, teriam ligações lucrativas com o cartelflamengo e bragantino palpiteLos Soles, uma quadrilha associada a traficantes colombianos para contrabandear cocaína para os EUA.
Investigações da DEA, a agência antidrogas americana, vinculam ao cartel homens-fortes do governo chavista, como o militar da reserva Diosdado Cabello e o comandante da Guarda Nacional Bolivariana, Néstor Reverol. Ambos rejeitam com veemência as acusações.
Há um consenso entre analistas venezuelanos e estrangeirosflamengo e bragantino palpiteque uma transiçãoflamengo e bragantino palpiteum regime chavista para um não-chavista, seja ele qual for, só será possível com a anuência dos quartéis.
Outro consenso é oflamengo e bragantino palpiteque uma rebelião da base da hierarquia militar resultaria num banhoflamengo e bragantino palpitesangue, uma vez que o regime pode armar grupos pró-chavismo como os chamados "coletivos sociais" e a força paramilitar (com efetivo estimado entre 600 mil e 1 milhãoflamengo e bragantino palpitecombatentes) conhecida como "círculos bolivarianos".
Paralelamente, até mesmo líderes destacados da oposição ao regimeflamengo e bragantino palpiteMaduro põemflamengo e bragantino palpitedúvida a ofertaflamengo e bragantino palpiteanistia feita por Guaidó.
"Ainda que soldados e funcionários policiais que violaram os direitos humanos, mataram e torturaram muitos venezuelanos aceitem a proposta, eles devem ser julgados e submetidos a uma comissão da verdade como ocorreu na Argentina (após o fim da ditadura militarflamengo e bragantino palpite1976 a 1983)", analisa um editorial do blog político opositor La Patilla,flamengo e bragantino palpiteAlberto Federico Ravell, ex-sócio da emissoraflamengo e bragantino palpiteTV crítica do chavismo Globovisión.
"Esses crimesflamengo e bragantino palpitelesa-humanidade não podem ser objetoflamengo e bragantino palpiteanistia, segundo estabelece o Artigo 29 da Constituição da Venezuela."
Diante do impasse, fontes diplomáticas asseguram que a única saída para a crise seria um arranjo que retirasse do país – com garantiaflamengo e bragantino palpitesobrevivência e subsistência – os comandantes militares e funcionários estatais mais profundamente envolvidos com ações criminosas. E, diante das ameaçasflamengo e bragantino palpiteintervenção armada externa, representantesflamengo e bragantino palpiteMoscou e Pequim estariam envolvidos nesse esforço, segundo as mesmas fontes.
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