Escravidão: autobiografia rarajogos de rpg onlineárabe conta históriajogos de rpg onlineintelectual muçulmano capturado na África e vendido como escravo nos EUA:jogos de rpg online

Omar Ibn Said

Crédito, YALE UNIVERSITY LIBRARY

Legenda da foto, Autobiografiajogos de rpg onlineOmar Ibn Said,jogos de rpg onlinefotojogos de rpg online1850, é a única feita por um escravo escritajogos de rpg onlineárabe nos Estados Unidosjogos de rpg onlineque se tem conhecimento, segundo especialista

"É um importante documento que atesta para o alto níveljogos de rpg onlineeducação e a longa tradiçãojogos de rpg onlinecultura escrita que existia na África na época. Também revela que muitos africanos trazidos aos Estados Unidos como escravos eram seguidores do Islã, uma religião abraâmica e monoteísta. Isso contradiz suposições anteriores sobre a vida e a cultura africana", destaca.

Estudo e esmolas aos pobres

O relato tem 15 páginas e o título (traduzido do inglês) A vidajogos de rpg onlineOmar ben Saeed, chamado Morro, um Escravo Fulajogos de rpg onlineFayetteville, NC (Carolina do Norte).

Autobiografiajogos de rpg onlineOmar Ibn Said

Crédito, LIBRARY OF CONGRESS

Legenda da foto, Página da autobiografiajogos de rpg onlineOmar Ibn Said, escritajogos de rpg onlineárabe

Ibn Said conta que nasceujogos de rpg onlineFuta Toro,jogos de rpg onlineuma região ao longo da bacia do rio Senegal,jogos de rpg onlineuma família da etnia fulani. Seu pai era um homem rico que tinha seis filhos e cinco filhas. Ele diz quejogos de rpg onlinemãe tinha três filhos e uma filha, o que, segundo Deeb, significa que seu pai tinha maisjogos de rpg onlineuma esposa.

O paijogos de rpg onlineIbn Said foi mortojogos de rpg onlineuma guerra tribal quando o filho tinha cinco anos, e ele e o resto da família se mudaram para outra cidade. Ele conta que estudoujogos de rpg onlineBundu, onde hoje é o Senegal. "Eu continuei buscando conhecimento por 25 anos", escreve.

Ibn Said diz que era seguidorjogos de rpg online"Maomé, o Profetajogos de rpg onlineDeus", rezava cinco vezes por dia e fez peregrinação a Meca. "Eu costumava doar aos pobres", escreve. "Todo anojogos de rpg onlineouro, prata, colheita, gado, ovelhas, cabras, arroz, trigo e cevada, tudo eu costumava doar."

No início do Século 19, Ibn Said voltou à região onde nasceu. Ele permaneceu lá por seis anos, até que,jogos de rpg online1807, um "grande exército" invadiu a região e "matou muitas pessoas". Calcula-se que ele tivessejogos de rpg onlinetornojogos de rpg online37 anos na época.

'Grande mar' e vida como escravo

Após ser capturado, Ibn Said conta que foi vendido a um homem que o levou a "um grande navio no grande mar". A travessia da África até os Estados Unidos durou um mês e meio. Ele desembarcoujogos de rpg onlineCharleston, na Carolina do Sul, por onde passavam grande parte dos africanos levados como escravos aos Estados Unidos.

Ibn Said revela que foi comprado por "um homem pequeno e cruel, que não temia a Deus", chamado Johnson. Ele fugiu depoisjogos de rpg onlineum mês e conseguiu chegar até Fayetteville, na Carolina do Norte, onde foi recapturado e passou 16 dias preso. Foi então comprado por James Owen e seu irmão John Owen, futuro governador da Carolina do Norte, com quem permaneceu pelo resto da vida.

Gravurajogos de rpg online1864 mostra negros indo trabalharjogos de rpg onlinemeio à Guerra Civil dos EUA

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Omar Ibn Said morreujogos de rpg onlinemeio à Guerra Civil dos EUA, que levaria à abolição da escravatura no país

Ibn Said descreve os Owen como "homens bons". "O que quer que eles comem, eu também como, e o que quer que eles vestem, eles me dão para vestir", escreve. Mas ele morreu como escravo.

Documentos da época mostram que Ibn Said ganhou dos donos uma cópia do Alcorãojogos de rpg onlineinglês e, posteriormente, uma Bíbliajogos de rpg onlineárabe, e que se converteu ao cristianismo.

Segundo o Departamentojogos de rpg onlineHistória Cultural da Carolina do Norte, Ibn Said era conhecido por vários nomes, como Omar, Umar, Umaru, Omaroh, Morro, Monroe e Moreau, e ganhou notoriedade como um dos escravos com maior níveljogos de rpg onlineeducação no Estado, sendo temajogos de rpg onlineartigosjogos de rpg onlinejornais e revistas da época.

Deeb observa que a erudição e o refinamentojogos de rpg onlineIbn Said chamavam a atenção daqueles que o conheceram, ejogos de rpg onlinehistória aparecejogos de rpg onlineartigos da época sobrejogos de rpg onlinefluênciajogos de rpg onlineárabe e a conversão ao cristianismo.

Autobiografiajogos de rpg onlineOmar Ibn Said

Crédito, LIBRARY OF CONGRESS

Legenda da foto, Título (em inglês) da autobiografiajogos de rpg onlineOmar Ibn Said

História complexa

Deeb diz que Ibn Said escreveu o texto a pedidojogos de rpg onlineum homem a quem se refere como "Xeque Hunter". O manuscrito acabou depois nas mãos do abolicionista Theodore Dwight, um dos fundadores da Sociedade Etnológica Americana.

A coleção que está na Biblioteca do Congresso foi reunida por Dwight e incluijogos de rpg onlinecorrespondência com indivíduos que traduziram e estudaram o relatojogos de rpg onlineIbn Said, alémjogos de rpg onlineoutros documentosjogos de rpg onlineinglês e árabe.

Segundo Deeb, o objetivojogos de rpg onlineDwight com a autobiografiajogos de rpg onlineIbn Said ejogos de rpg onlinetradução, ressaltando o alto níveljogos de rpg onlineeducação e o monoteísmo do autor, era enfraquecer os argumentos que justificavam a escravidão nos Estados Unidos. Dwight também queria aprofundar o conhecimento dos americanos sobre os povos e a cultura da África Ocidental.

Os documentos passaram por diversos donos até chegar às mãos do colecionador Derrick Beard e,jogos de rpg online2017, serem adquiridos pela Biblioteca do Congresso, onde as páginas frágeis do manuscrito receberam um longo tratamento e foram reforçadas por especialistasjogos de rpg onlineconservação antesjogos de rpg onlineserem colocadasjogos de rpg onlineexposição.

"Essa coleção é uma ferramenta formidável para pesquisa sobre a África nos séculos 18 e 19 e vai jogar luz sobre a complexa história da escravidão nos Estados Unidos", afirma a diretora da biblioteca, Carla Hayden.

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