O que fazem os missionários e o que pensam da mortecasino pixbetJohn Chau, recebido a flechadas por tribo isolada:casino pixbet

O que é um missionário?

Embora várias religiões enviem devotos pelo mundo para pregar suas crenças, os missionários cristãos são os mais conhecidos.

Eles justificamcasino pixbetatividade com uma menção a uma passagem bíblica do livrocasino pixbetMatheus, na qual Jesus pede aos seus seguidores que "formem discípuloscasino pixbettodas as nações".

Essa passagem é conhecida como A Grande Comissão e representaria a última instruçãocasino pixbetJesus aos seus discípulos.

Os religiosos sempre estiveram à frente das missões colonizadoras. Espalhar "a palavracasino pixbetDeus" era uma formacasino pixbet"civilizar" as pessoas que habitavam terras fora da Europa.

"Embora o que aconteceu possa gerar debates sobre projetos missionários, John Chau não é um evangelizador representativo", diz David Hollinger, professor aposentado da Universidade da Califórnia,casino pixbetBerkeley.

"Os evangelizadores ainda querem catequizar, mas hojecasino pixbetdia eles também constroem hospitais e escolas. Muitos têm projetos sociais significativos", destaca.

De acordo com o Centro Globalcasino pixbetEstudos sobre Cristianismo, havia cercacasino pixbet440 mil missionários cristãos atuando pelo mundocasino pixbet2018.

Esse número inclui católicos, protestantes, cristãos ortodoxos e grupos americanos como as testemunhascasino pixbetJeová e os mórmons.

Os mórmons são um dos únicos a terem um programa centralizadocasino pixbetevangelização missionária. Há quase 66 mil pessoas dessa religião pelo mundo. Ao longo da história, essa igreja contou com um milhãocasino pixbetmissionários.

Em 2017, a igreja disse que foram convertidas 233,7 mil pessoas nessas missões.

O que os missionários fazem?

John Allen (que não tem nenhuma relação com John Allen Chau) e a esposa Lena, que é parteira e enfermeira, trabalham como missionárioscasino pixbetPapua Nova Guiné há 15 anos.

O casal americano "busca promover os valores cristãos e um modelo transformador Gospel", disse Allen à BBC News, por e-mail.

"Não se tratacasino pixbetfazer com que as pessoas creiam como a gente crê", escreve. "É sobre fazer as pessoas verem por si próprias, pela Bíblia, que Deus tem um plano para a humanidadecasino pixbetgeral e para cada um,casino pixbetparticular."

O casal abriu uma clínica médica há 10 anos para atender o povo Kamea, na Província do Golfo.

Cinco cidadãos locais e três enfermeiros americanos trabalham com eles no Centrocasino pixbetSaúde Kunai. Alémcasino pixbettratar enfermidades e ferimentos, a equipe tem uma sériecasino pixbetprogramascasino pixbetatendimento a mulheres grávidas e a recém-nascidos.

Allen diz que ele e a esposa são fluentes no idioma Tok Pisin e que estão estudando a língua Kamea - um dialeto que jamais fora escrito, até o casal americano começar a documentá-lo,casino pixbet2006.

"É muito difícil aprender esse idioma e somos nós que o estamos escrevendo e documentando", afirma Allen. "Até onde sei, nenhum estrangeiro é fluentecasino pixbetKamea ainda. As missões religiosas não têm todas o mesmo mote."

Andrew Preston, professorcasino pixbethistória americana na Universidadecasino pixbetCambridge, diz que alguns missionários estão na vanguarda do conhecimento linguístico.

"Essa não é a realidade hojecasino pixbetdia. Mas, há 100 anos, os missionários eram os únicos estrangeiros fluentes tanto nos idiomas mais desconhecidos da África e da Ásia quantocasino pixbetchinês e japonês."

Allen afirma que a melhor maneiracasino pixbetaprender sobre um povo é "sentar na lama como eles, comer a comida deles, dormir nas cabanas que eles usam, se divertir com os jogos que eles desenvolvem e carregar com eles os fardos que enfrentam".

Scott e Jennifer Esposito trabalham como missionários cristãos na Nicarágua. Eles administram uma fazenda, um projeto esportivo e um grupocasino pixbetestudos bíblicos para espalharcasino pixbetfé.

"Estamos constantemente compartilhando a palavra", disse Scott à BBC News, por telefone. O casal intencionalmente não contabiliza o númerocasino pixbetpessoas que aderiram àcasino pixbetfé, mas estima que tenha convertido entre 800 e 1,2 mil pessoas nos últimos seis anos.

"Cada alma tem importância", diz Scott. "Quando você começa a contar e estabelecer metas, como acasino pixbetevangelizar 500 pessoas, você começa a se orientar por números e esquece que cada pessoa é importante e pode demandar mais tempo (para ser evangelizada)."

O que os missionários achamcasino pixbetJohn Chau

"Quando a históriacasino pixbetJohn Chau foi divulgada, a gente pensou: 'Puxa, nós pensamoscasino pixbetfazer isso'", diz Allen.

O missionário americano esclarece que ele próprio não tinha cogitado ir até a Ilha Sentinela do Norte, mas colegas próximos já haviam manifestado a vontadecasino pixbetse aproximar da tribo isolada que mora lá.

"Embora não considerassem a ideia seriamente, eles discutiam como seria possível se aproximar daquela população com segurança, como iniciar um contato amigável, como chegar à tribo para aprender a lingua e a cultura dela", afirma.

Tanto Scott quanto Jennifer Esposito consideram o que aconteceu com John Chau uma tragédia. Eles estão cientes que muitos classificaram a atitude dele como insensata.

"Eu hesitariacasino pixbetjulgá-lo. Pelo que li, (John Chau) amava o Senhor e o sacrifício dele pode levar muitos ao cristianismo no futuro", afirma Jennifer. "Quem sabe quais frutos (foram plantados) e que grandes coisas estão para acontecer."

Scott Esposito argumenta que, se um timecasino pixbetmédicos tivesse descumprido as leis e costumes para salvar a tribocasino pixbetdoenças, a reação teria sido diferente.

"Se esses médicos tivessem sido mortos nessa missão, a maioria das pessoas estaria dizendo que eles são pessoas corajosas", diz ele. "(John Chau) foi até lá para salvar a vida eterna (dos integrantes da tribo)."

Dito isso, Scott diz que não compactua com práticas que desrespeitem a lei, como acasino pixbetChau, e garante que "respeita muito" a lei local e os costumescasino pixbetPapua Nova Guiné.

"Todos deveríamos imitar o coração dele, no sentidocasino pixbetque ele estava disposto a morrer, mas não acho que todos deveríamos ir atráscasino pixbettribos perigosas desnecessariamente."

Trabalho missionário é uma formacasino pixbetimperialismo?

A ex-missionária Caitlin Lowery comentou sobre John Chau nacasino pixbetconta do Facebook algun dias após a morte do jovem.

"Eu já fui missionária. Achava que estava fazendo um trabalho por Deus. Mas, para ser honesta, estava fazendo esse trabalho para me sentir bem. Isso é supremacia branca. É colonização", afirmou.

Mark Plotkin é botânico e presidente da Amazon Conservation Team, um grupo que trabalhacasino pixbetconjunto com o governo colombiano para proteger tribos isoladas.

"Eu trabalhei por 30 anos na Amazônia e percebi que existem dois tiposcasino pixbetmissionários: aqueles que querem preparar a tribo para o mundo exterior e aqueles que querem salvar algumas almas para Jesus", disse ele à BBC News.

Plotkin afirma que embora os missionários acreditem piamente que estão tornando o mundo um lugar melhor, o trabalho deles pode ser extremamente danoso.

"Arrastar da floresta povos isolados para o bem deles, às vezes não faz nada bem a eles", disse.

Ele dá o exemplo os integrantes do povo Akuriyo, do Suriname, que foram contatados por missionárioscasino pixbet1969. Em dois anos, diz Plotkin, 40% a 50% dos Akuryio morreram devido a doenças respiratórias e ao que o botânico chamacasino pixbetestresse causado por "choque cultural".

"Eles estavam vendo pessoas usando roupas e dando injeções neles pela primeira vez. Ninguém deve brincarcasino pixbetDeus", afirma.

Muitos país enxergam o trabalho missionário com desconfiança. O proselitismo religioso é ilegal no Nepal. Em agosto, uma lei entroucasino pixbetvigor para estabelecer estrangeiros condenados por esse crime podem ser deportados após cumpirem cinco anoscasino pixbetprisão.

Historicamente, alguns missionários protestantes dos Estados Unidos desenvolveram uma "ambivalência ao imperialismo" americano, diz o professor Andrew Preston, da Universidadecasino pixbetCambridge. Segundo ele, missionários passaram a promover identidades locais e causas nacionalistas dos países onde eles atuavam que batiamcasino pixbetfrente com os interesses dos EUA.

"Eles queriam transformar o mundo conforme bases cristãs, não americanas."

Allen admite que há quem faça uma associação entre trabalho missionário e imperialismo. Ele diz que se sente "enojado" quando vê qualquer formacasino pixbetação colonialista entre missionários ou empresários.

"Às vezes, embora trabalhemos muito para evitar, recebemos uma deferência desnecessária", afirma, explicando que se esforça para construir "uma relação genuína baseada na confiança e no respeito mútuos."

"Eu não sou ingênuo para achar que um dia serei Kamea, mas nossa equipe se esforça para desmantelar qualquer inclinação colonial e substituir isso por uma relaçãocasino pixbetamizade codependente."

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