Entenda a turbulência econômica na Argentina e como isso pode afetar o Brasil:baccarat extrait 200ml

Hombre toma foto a casabaccarat extrait 200mlcambio en Argentina.

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Legenda da foto, Para conter a desvalorização do peso, a Argentina subiubaccarat extrait 200mltaxabaccarat extrait 200mljuros a 60%

Além disso, a Argentina é um dos principais parceiros comerciais do Brasil e importante comprador, principalmente,baccarat extrait 200mlveículos fabricadosbaccarat extrait 200mlterritório brasileiro. Atrásbaccarat extrait 200mlChina e dos EUA, a Argentina é o terceiro maior importadorbaccarat extrait 200mlprodutos brasileiros. E, apesar do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto)baccarat extrait 200ml0,2% anunciado nesta sexta no Brasil, o indicador foi pressionado por forte queda da indústria e dos investimentos no segundo segundo trimestrebaccarat extrait 200ml2018, segundo o IBGE (Instituto Brasileirobaccarat extrait 200mlGeografia e Estatísitica).

Por isso, entender a atual crise da Argentina e como o país está reagindo à crise pode ajudar a prever eventuais riscos e minimizar potenciais danos à economia do Brasil. A BBC News Mundo, o serviçobaccarat extrait 200mlespanhol da BBC, ouviu especialistas e listou três pontos para entender o que está acontecendo com a economia argentina, e como isso pode afetar os países da região.

Banco Central da Argentina.

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Legenda da foto, A queda acelerada do valor do pesobaccarat extrait 200mlrelação ao dólar é um dos problemas mais urgentes que o presidente Mauricio Macri enfrenta

1. O gradualismo e o ajuste

A desvalorização do peso argentino vem ocorrendo desde dezembro, mas, na quarta-feira, a moeda foi à lona depoisbaccarat extrait 200mlum anúncio do presidente. Macri tentava gerar confiança no mercado. O efeito, no entanto, foi o oposto e as palavras do presidente atraíram ainda mais incertezas.

O episódio entrou para a lista do que alguns chamambaccarat extrait 200mlerro da equipe econômica que se autodenominou "a melhorbaccarat extrait 200ml50 anos".

Muitos analistas dizem que falta ao governo explicar se vai continuar com o histórico déficit fiscal (despesas maiores que receitas)baccarat extrait 200mlum dos países mais assistencialistas da América Latina. Se continuar tentando por fim ao desequilíbrio entre o que arrecada e o que gastabaccarat extrait 200mlforma gradual, a Argentina corre riscobaccarat extrait 200mlsofrer ainda mais com a já elevada inflação. Se preferir reduzir o déficitbaccarat extrait 200mlpronto, com corte nas despesas, vai dar um duro golpe nos milhõesbaccarat extrait 200mlargentinos que dependem do Estado.

A decisão não é simples,baccarat extrait 200mlespecial porque Macri ebaccarat extrait 200mlcoalizão tentarão a reeleição dentrobaccarat extrait 200mlum ano.

Peso argentino

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Legenda da foto, A economia Argentina enfrentava sérias dificuldades desde o governobaccarat extrait 200mlCristina Kirchner, antecessorabaccarat extrait 200mlMacri

Mas essa ambiguidadebaccarat extrait 200mlrelação à forma como vai encarar a crise, asseguram especialistas, funciona como repelente para investidores.

Macri, empresário e engenheiro, quis resolver a inflação e o déficit herdadosbaccarat extrait 200mlgovernos passados usando a receita que previa equilibrar contas, emitir dívida e transformar a Argentinabaccarat extrait 200mlum destino para o turismo financeiro.

E o fez optando pelo ajustebaccarat extrait 200mlgastos gradual, o chamado gradualismo econômico, ao invésbaccarat extrait 200mlapostarbaccarat extrait 200mlmedidas que gerassem, num primeiro momento, "sangue, suor e lágrimas" para reduzir as despesas.

Em maio, quando o mundo assistiu à primeira queda forte do peso embaccarat extrait 200mlgestão, Macri percebeu que os investidores rejeitavam o gradualismo. E, à medida que a incerteza sobre a direção da economia do país aumentava, a Argentina assistiu à fugabaccarat extrait 200mlcapitais e Macri, aparentemente, ficou sem respostas sobre quais medidas tomar.

notas argentinas

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Legenda da foto, A desvalorização do peso deve reduzir o númerobaccarat extrait 200mlturistas no exterior e também pode afetar as importações

2. O contexto internacional

O erro mais gravebaccarat extrait 200mlMacri, dizem analistas e até integrantes do próprio partido do presidente, foi fazer uma leitura equivocada do contexto internacional. Num momentobaccarat extrait 200mlprotecionismo extremo, Macri decidiu que a Argentina "voltaria ao mundo".

Ao insistir na dependência do financiamentobaccarat extrait 200mlmercados internacionais, a já histórica vulnerabilidade da economia argentina foi exacerbada. E quando os Estados Unidos elevaram suas taxasbaccarat extrait 200mljuros, o peso despencou. Quando Donald Trump anunciou novas tarifas sobre o alumínio, o peso caiu. Quando a Turquia entroubaccarat extrait 200mlcrise, o peso também desvalorizou. E assim tem sido.

Nenhuma outra moedabaccarat extrait 200mlmercado emergente sofre tanto quanto a argentina quando há qualquer movimento gerando tensão financeira e políticabaccarat extrait 200mlnível global. Enquanto o governo diz "o mundo não nos acompanhou", os mais críticos falambaccarat extrait 200mlerrobaccarat extrait 200mlcálculobaccarat extrait 200mlrelação às variáveis externas.

3. A herança histórica

O fatobaccarat extrait 200mlMacri ser um dos empresários mais ricos da Argentina ebaccarat extrait 200mlter sido eleito especialmente para resolver a situação econômica do país dá à crise contornos ainda mais dramáticos.

Ele herdou um Estado com elevado déficit fiscal e inflação, à beira da recessão. As causas, segundo ele, seriam a agenda protecionistabaccarat extrait 200mlcontrolebaccarat extrait 200mlcâmbio e a forte emissãobaccarat extrait 200mldinheiro para impulsionar o consumo imposta pela administração Kirchner.

Mas, no momento, os indicadores macroeconômicos seguem no vermelho ou estão piores que no passado. O governo Macri afirma ser o custobaccarat extrait 200ml"deixarbaccarat extrait 200mlmentir" ebaccarat extrait 200ml"abandonar o populismo".

Os mais críticos a Macri, no entanto, dizem que o presidente não soube captar a realidade argentina, o que implica lidar com um históricobaccarat extrait 200mlgasto público elevado.

Além dos golpesbaccarat extrait 200mlEstado ebaccarat extrait 200mlgovernos militares autoritários, a Argentina, um dos maiores produtoresbaccarat extrait 200mlalimentos do mundo, tem lutado nos últimos 50 anos para definir que tipobaccarat extrait 200mlmodelo econômico quer implementar.

Como a situação argentina afeta o Brasil e outros países?

O contexto internacional que impacta a Argentina também tem afetado, ainda quebaccarat extrait 200mlmenor escala, outros países da região. Mas a grande questão é saber o tamanho do impacto da desvalorização do peso argentinobaccarat extrait 200mloutros países.

Certamente, o númerobaccarat extrait 200mlturistas argentinos no exterior vai cair. A expectativa ébaccarat extrait 200mlque não haverá mais filasbaccarat extrait 200mlargentinosbaccarat extrait 200mllojasbaccarat extrait 200mleletrodomésticos chilenas e paraguaias, ou grande fluxobaccarat extrait 200mlargentinosbaccarat extrait 200mlpraias brasileiras, por exemplo.

Casabaccarat extrait 200mlCambio na Argentina

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Legenda da foto, O anúncio do presidente Mauricio Macri gerou uma corrida nas casasbaccarat extrait 200mlcâmbiobaccarat extrait 200mlbuscabaccarat extrait 200mldólar

Alémbaccarat extrait 200mlmenos turistas, o Brasil pode ver uma redução também nas transações comerciais com a Argentina,baccarat extrait 200mlespecial nas relacionadas à indústria automotiva. No ano passado, o vizinho foi o terceiro principal importador do Brasil e aumentoubaccarat extrait 200ml31,3% as suas compras - as aquisiçõesbaccarat extrait 200mlautomóveis e veículosbaccarat extrait 200mlcarga puxaram as vendas brasileiras.

O lado positivo da crise, no entanto, para o Brasil e países da região, pode ser uma redistribuiçãobaccarat extrait 200mlinvestidores que estavam apostando na Argentina. Crises anteriores mostraram que, quando a Argentina entrabaccarat extrait 200mldificuldade, países como o Paraguai e a Bolívia experimentam uma pequena injeçãobaccarat extrait 200mlinvestimentos.

Para isso, contudo, é preciso exibir a capacidade uma economia mais previsível e menos vulnerável, na avaliaçãobaccarat extrait 200mlespecialistas.

Apesarbaccarat extrait 200mla inflação brasileira estar controlada, a recente disparada do dólarbaccarat extrait 200mlrelação ao real tem potencial para gerar pressões inflacionárias no Brasil. Com o dólar alto, insumos, produtos e serviços ficam mais caros e essa diferença pode ser repassada ao consumidor.

No entanto, num cenáriobaccarat extrait 200mlbaixo crescimento econômico e com o desemprego alto, como é o caso do Brasil, o repasse da alta do dólar para a inflação tende a ser pequeno. Além disso, a parcelabaccarat extrait 200mldólar da dívida brasileira é marginal, o país tem um volume expressivobaccarat extrait 200mlreservas internacionais e déficit relativamente pequenobaccarat extrait 200mltransações correntes (que contabiliza as trocas com o exterior) - ainda que,baccarat extrait 200mljulho, as transações correntes tenham sido deficitáriasbaccarat extrait 200mlUS$ 4,4 bilhões, após quatro mesesbaccarat extrait 200mlsuperávits, segundo o BC.

Tudo isso minimiza a vulnerabilidade do Brasilbaccarat extrait 200mlrelação aos efeitos adversos atrelados ao cenário externo mais turbulento e também às incertezas sobre o cenário eleitoral, fazendo com que as chancesbaccarat extrait 200mlo país viver uma crise como a da Argentina sejam muito pequenas.