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Como o México deteve 138 mil crianças imigrantescasas de apostas novas 20245 anos, muitas delas separadas dos pais:casas de apostas novas 2024
Esse grupocasas de apostas novas 2024monitoramento apresentou no ano passado um relatório com 152 observações sobre falhas e violaçõescasas de apostas novas 2024direitos humanoscasas de apostas novas 2024centroscasas de apostas novas 2024detençãocasas de apostas novas 2024imigrantes do INM.
Em entrevista à BBC, Paz diz que nos 17 centros investigados foram detectados problemas graves como a faltacasas de apostas novas 2024um critério uniforme para a classificação dos migrantes, incluindo crianças.
Embora a separaçãocasas de apostas novas 2024menorescasas de apostas novas 2024seus pais tenha sido a questão mais criticada da nova políticacasas de apostas novas 2024imigração dos EUA, principalmente por causa das condições nos centroscasas de apostas novas 2024detenção, no México, essa questão passou despercebida.
"Há momentoscasas de apostas novas 2024que crianças (meninos)casas de apostas novas 20247 ou 8 anos não podem mais ficar com a mãe e são transferidos para celas com adultos", diz Paz sobre os centroscasas de apostas novas 2024detenção mais problemáticos.
"E descobrimos meninas que viajavam acompanhadas do pai, e que, adolescentes ou já a partir dos 4 anos, são separadas dos pais (homens)", diz ele.
Nem todos os centros do INM têm as mesmas dimensões ou capacidades, mas os problemas por causacasas de apostas novas 2024critérios pouco sensatos na separação dos migrantes nos centros são recorrentes.
As autoridades do INM asseguram que a união familiar é privilegiada e os pais não deixamcasas de apostas novas 2024ter contato com seus filhos.
"Reconhecemos que não somos uma agência especializada no atendimentocasas de apostas novas 2024crianças e adolescentes", afirma Carlos Madrazo, diretorcasas de apostas novas 2024Controlecasas de apostas novas 2024Imigração e Verificação do INM, para a BBC.
Mas ele nega que as separaçõescasas de apostas novas 2024famílias sigam critérios comparáveis com as que ocorrem nos Estados Unidos.
138 mil menores detidos
Os números oficiais indicam que o México deteve e colocou sob processocasas de apostas novas 2024imigração maiscasas de apostas novas 2024138 mil menores durante o governocasas de apostas novas 2024Enrique Peña Nieto (2012-2018).
Destes, quase 73 mil estavam acompanhados, enquanto os outros 65 mil viajavam sozinhos.
Dados oficiais indicam que,casas de apostas novas 20242012 até hoje, 97% das crianças migrantes detidas no México sãocasas de apostas novas 2024países da América Central: Honduras, El Salvador e Guatemala.
O México registrou um grande aumento na quantidadecasas de apostas novas 2024menores migrantescasas de apostas novas 20242014 a 2016, o que resultoucasas de apostas novas 2024maior númerocasas de apostas novas 2024detenções.
Quando as crianças migrantes viajam com os pais, ou apenas com um deles, são levadas para uma das 46 estações (centroscasas de apostas novas 2024detenção) provisórias do país e lá passam algumas horas,casas de apostas novas 2024teoria.
De lá, elas são distribuídas entre seis estações chamadas "concentradoras"casas de apostas novas 2024migrantes,casas de apostas novas 2024onde são deportadas - é onde ocorre a separação dos pais.
Tudo depende do sexo e da idade: meninas e meninos podem ficar com suas mães, a menos que sejam adolescentes mais velhos, e depois são levados para uma área separada.
Mas as meninas e adolescentes que viajavam apenas com o pai são separadas dele - supostamente como formacasas de apostas novas 2024prevenção contra abusos.
Mas a classificação é arbitráriacasas de apostas novas 2024cada centro, denunciam observadores do CCINM.
A diretoracasas de apostas novas 2024proteção da Unicef México, Dora Giusti, diz que, ao contrário do que prioriza a lei, "uma boa porcentagem (de crianças) estão sendo detidas nas estações para migrantes e nem todas elas chegam aos abrigos especializados do DIF (serviços sociais), nem recebem atenção integral ou avaliação do desejo da criança".
"Essa situação traz consequências psicológicas", alerta, reconhecendo, entretanto, que as condições no Instituto Nacionalcasas de apostas novas 2024Migração têm melhorado nos últimos anos.
Quanto tempo elas passam nas estações?
Carlos Madrazo, do INM, afirmou à BBC News Mundo, o serviçocasas de apostas novas 2024espanhol da BBC, que aos migrantes passam,casas de apostas novas 2024média, oito dias nas estaçõescasas de apostas novas 2024detenção e processamento.
"No México, por exemplo, entrar irregularmente no país não constitui um delito nem uma questão criminal. É só uma questãocasas de apostas novas 2024caráter administrativo", explica.
Mas a lei mexicana lei obriga o INM a realizar uma sériecasas de apostas novas 2024trâmites que alongam o períodocasas de apostas novas 2024detenção do migrante.
No caso das crianças, procura-se encontrar para elas um abrigo do Sistema Nacional para o Desenvolvimento Integral da Família (DIF) oucasas de apostas novas 2024uma ONG. Mas, na maioria dos casos, não há espaço nos centros externoscasas de apostas novas 2024acolhida e elas passam os dias e as noites nas estações do INM.
"Se uma criança ou adolescente vier acompanhado por algumcasas de apostas novas 2024seus pais, eles não são separados: não vamos separá-locasas de apostas novas 2024sua família para levá-lo para um abrigo fora da estação. Privilegiamos a união familiar", diz.
No entanto, Liliana Ruvalcaba, presidente da ONG El Pozocasas de apostas novas 2024Vida, que advoga por um tratamento digno a migrantes, discorda das autoridades do INM sobre o tempocasas de apostas novas 2024permanência.
"Em média, dependendo da nacionalidade, eles ficamcasas de apostas novas 202415 a 30 dias. Nos casos mais complicados, ficam por mais tempo", afirma.
Ela registrou casoscasas de apostas novas 2024migrantes adultos que passaram até um ano na detenção.
Os casos mais prolongados ocorrem quando os migrantes que pedem asilo no país ou auxílio judicial, diz Madrazo. Ele nega que o INM seja responsável por períodoscasas de apostas novas 2024permanência maiores que uma semana.
Já Miguel Paz, do CCINM, diz que há casoscasas de apostas novas 2024que os migrantes passam uma semana nas estações provisórias, nas quais deveriam passar apenas algumas horas.
'Longa privaçãocasas de apostas novas 2024liberdade'
Entre outras falhas apontadas pelo Grupocasas de apostas novas 2024Trabalho para Infância do Conselho Cidadão do INM, estão "numerosos episódioscasas de apostas novas 2024violência e uso excessivo da força" contra migrantescasas de apostas novas 2024geral.
"O amontoamento é uma constante invariável nos centroscasas de apostas novas 2024detenção (...). Alguns centros são improvisados, não têm luz nem ventilação natural e têm problemascasas de apostas novas 2024distribuição da população detida", afirma o relatório do grupo.
O relatório do CCINM identificava 20 problemas que afetam meninas, meninos e adolescentes. "Predominam as longas privaçõescasas de apostas novas 2024liberdade no casocasas de apostas novas 2024crianças e adolescentes, especialmente no norte do país", afirma o documento.
Não há disponibilidade suficientecasas de apostas novas 2024fraldas, só os menorescasas de apostas novas 20242 anos têm acesso a leite e os menores "ficam doentes constantemente por causa da comida".
Durante o dia, não há distribuiçãocasas de apostas novas 2024cobertores e as crianças têmcasas de apostas novas 2024dormir diretamente sobre o chão.
Vários centros "não contam com espaços nem atividades educativas e recreativas para meninas e meninos pequenos".
"As estações migratórias são espaçoscasas de apostas novas 2024privaçãocasas de apostas novas 2024liberdade. É um cárcere. E sabemos que isso tem graves consequências psicológicascasas de apostas novas 2024crianças e adolescentes", afirma Giusti, da Unicef México.
A BBC Mundo pediu acesso a alguns dos centroscasas de apostas novas 2024detenção migratória para constatar,casas de apostas novas 2024maneira independente, as condições nas quais se encontram as crianças, mas o funcionário disse que, "por uma questãocasas de apostas novas 2024proteção dos menores", isso não seria possível.
Também funcionam como refúgio
Apesarcasas de apostas novas 2024não terem as condições mais adequadas, as estações migratórias, às vezes, também funcionam como refúgio para crianças migrantes não acompanhadas.
"Encontramos crianças que traficantes tentaram vender. Encontramos (vítimas de) abusos sexuais. Crianças que se perderam no caminho e depois foram encontradas com o crime organizado", diz Liliana Ruvalcaba.
"Algumas crianças se entregam. Se sentem vulneráveis e não têm possibilidadescasas de apostas novas 2024ir para onde iam", diz a presidente da ONG El Pozocasas de apostas novas 2024Vida.
Para a ativista, uma linha "muito fina" separa os aspectos positivos dos aspectos negativoscasas de apostas novas 2024deter as milharescasas de apostas novas 2024crianças migrantes que viajam sem familiares, porque muitas são deixadas nas mãos dos traficantes conhecidos como polleros ou coyotes.
"Não é bom que as crianças sejam detidas, mas também não há abrigos suficientes para cuidar deles", afirma. Por isso, os centroscasas de apostas novas 2024detenção do INM também podem significar o salvamento delas.
O que o INM fará?
O Instituto Nacionalcasas de apostas novas 2024Migração lançou um programacasas de apostas novas 2024formaçãocasas de apostas novas 2024Oficiaiscasas de apostas novas 2024Proteção à Infância (OPI), funcionários especializados na atenção e na defensoria das crianças migrantes.
A Unicef México colaborou com eles na capacitação, na melhoria dos mecanismoscasas de apostas novas 2024proteção e no reforço dos procedimentos. "Falta que o enfoquecasas de apostas novas 2024proteção supere o enfoquecasas de apostas novas 2024migração. Que haja mais sensibilização", diz Dora Giusti.
No entanto, o Conselho Cidadão do INM descobriu que esses funcionários cumprem "tanto o papelcasas de apostas novas 2024autoridade investigadora e julgadora como ocasas de apostas novas 2024agentecasas de apostas novas 2024proteção", e isso debilitacasas de apostas novas 2024atuação como protetores dos menores.
Carlos Madrazo, do INM, garante que as observações e recomendações do Conselho Cidadão foram resolvidas nas primeiras três semanas após a publicação do relatório,casas de apostas novas 2024agostocasas de apostas novas 20242017, mas outras, por questõescasas de apostas novas 2024orçamento, não podem ser resolvidascasas de apostas novas 2024imediato.
Ele diz que as críticas recentes ao INM sobre como o México lida com as crianças migrantes surgiram porque é "um assunto delicado por causa do que está sendo noticiado até agora (sobre a separaçãocasas de apostas novas 2024famílias migrantes nos EUA)".
"Que bom que estamos dando mais atenção ao tema", defende.
Para Dora Giusti, da Unicef México, há exemploscasas de apostas novas 2024centroscasas de apostas novas 2024cuidados alternativos sem privaçãocasas de apostas novas 2024liberdade no país que deveriam ser reproduzidos, para evitar que continuem ocorrendo maus-tratos físicos e psicológicos aos menores.
"Acho que é importante que o Estado mexicano invista, com a sociedade civil, no fortalecimento destes modelos", afirma.
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