Aos 85 anos, médico será julgado por escândaloesportebet sulrouboesportebet sulbebês na Espanha:esportebet sul
Antonio Barroso e Juan Luis Moreno revelaram ter sido comprados pelos respectivos pais. Quem os havia vendido foi um padreesportebet sulZaragoza.
Barroso fundou a Associação Nacional das Vítimasesportebet sulAdoção Irregular (Anadir, na siglaesportebet sulespanhol). Ele estima que 15% das adoções feitas na Espanha entre 1965 e 1990 tenham sidoesportebet sulcrianças que foram retiradas das famílias biológicas sem consentimento.
Pelo menos um desses casos teria contado com o envolvimento direto do médico Eduardo Vela. O ginecologista é acusadoesportebet sulter retirado Inés Madrigal da família biológicaesportebet sul1969; ela, poresportebet sulvez, acredita que a mãe foi intimidada ou enganada.
"Foi dito à minha mãe (de criação) que a mãe biológica era uma mulher casada que não podia ficar comigo. Ela teve um caso quando o marido estava fora", conta Inés Madrigal.
Vela admitiu ter assinado uma certidãoesportebet sulnascimento atestando que os pais adotivosesportebet sulInés Madrigal eram os pais biológicos. Ele disse ao juiz, ainda na fase da investigação, que na condiçãoesportebet suldiretor da clínica San Ramón,esportebet sulMadri, assinava documentos sem ler.
Um exameesportebet sulDNA indicou que Inés não é filha dos Madrigal.
Antesesportebet sulmorrer,esportebet sul2016, a mãeesportebet sulInés revelou aos investigadores que o médico Eduardo Vela havia lhe dado o bebê como um "presente", depois que um padre jesuíta a apresentou ao ginecologista porque ela e o marido não podiam ter filhos.
O médico e o advogado dele se recusaram a comentar esse depoimento.
Um escândalo aindaesportebet sulcurso
Em 2008, o juiz Baltasar Garzón estimou que 30 mil crianças tinham sido roubadasesportebet sulfamílias consideradas "politicamente suspeitas" pelo ditador Franco.
Cercaesportebet sul3 mil casos foram denunciados, mas promotores arquivaram quase todas as investigações.
Em 2013, María Gómez Valbuena, uma freiraesportebet sul87 anos, foi denunciada pelos crimesesportebet sulsequestro e falsificaçãoesportebet suldocumentos, mas morreu antesesportebet sulir a julgamento.
Quatro anos mais tarde, o comitêesportebet sulpetições e abaixo-assinados do Parlamento Europeu formalizou um pedido para que a Espanha fosse mais ágilesportebet sulatender às vítimas, que queriam uma procuradoria especial para investigar os casos e a criaçãoesportebet sulum bancoesportebet sulDNA.
A Igreja Católica está sob pressão para abrir os arquivos das adoções feitas durante o Franquismo.
Eduardo Vela já tinha sido investigado brevemente pela políciaesportebet sul1981, quando uma revista chamada Interviú publicou entrevistas com mulheres que afirmavam ter sido enganadas depois do parto na clínica San Ramón.
Segundo os relatos, as mulheres eram enganadas na clínica e ouviam que as crianças haviam morrido e sido enterradas imediatamente.
Vela deixou a clínica no ano seguinte, e a investigação policial não foi a lugar algum. O caso foi arquivado.
Mais recentemente, no entanto, vítimas começaram a entraresportebet sulcontato umas com as outras pela internet. E, desde 2010, a imprensa espanhola tem publicado histórias sobre o caso.
O capítuloesportebet suluma história que parecia ter chegado ao fim foi reaberto. Além do julgamentoesportebet sulMadri, Vela é alvoesportebet suloutra investigação que apura o desaparecimentoesportebet suloutro bebê na clínicaesportebet sul1971.
Fuencisla Gómez e o marido dela, Fernando Álvarez, agora se arrependem amargamenteesportebet sulterem aceitado à época a versãoesportebet sulque a filha recém-nascida tinha morrido, sem sequer ver o corpo. A exumaçãoesportebet sulalguns desses bebês indicou a presençaesportebet sulcrianças diferentes e atéesportebet sulossadasesportebet suladultos nos caixões.
'Este não é meu filho'
As suspeitas não se limitam apenas a Eduardo Vela e suas duas décadas no comando da clínica San Ramón. Outras maternidades e outras pessoas também são suspeitasesportebet sulparticipar da redeesportebet sulroubo e vendaesportebet sulrecém-nascidos.
Agustina Fuentes e Eusebio Caballero afirmam que nunca viram o filho depoisesportebet sulterem sido informados que a criança morreu três dias depoisesportebet sulum parto complicado no hospital La Milagrosa, tambémesportebet sulMadri,esportebet sul1981.
"Estava olhando ele na incubadora, pelo vidro, todos os dias", diz o pai. "Ele não tinha nenhum tubo. Então, no terceiro dia eles disseram que ele tinha morrido havia uma hora e meia", recorda Eusebio Caballero. Ele lembra que precisou brigar para ver o corpo.
Quando finalmente lhe mostraram um corpo, Caballero disse: "Este não é meu filho. Eu passei os últimos três dias olhando para ele."
O casal descobriu que não havia registro do nascimento da criança no cartório. Eles denunciaram a suspeitaesportebet sulque o filho havia sido roubado, mas procuradores arquivaram a investigação.
Cercaesportebet sul3.000 casos semelhantes foram relatados na última década, mas apenas alguns resultaramesportebet sulinvestigações completas, já que os tribunais alegam faltar provas devido ao tempo que se passou desde que os supostos roubos aconteceram.
Inés Madrigal quer que o julgamento do caso dela motive autoridades a reabrir investigações. No entanto, ela própria não se mostra muito otimista com o resultado que pode vir da Corte.
"Eu sei que Eduardo Vela não vai me dizer o que eu quero saber, que éesportebet sulonde eu venho."