Nós atualizamos nossa Políticaempresa estrelabetPrivacidade e Cookies
Nós fizemos importantes modificações nos termosempresa estrelabetnossa Políticaempresa estrelabetPrivacidade e Cookies e gostaríamos que soubesse o que elas significam para você e para os dados pessoais que você nos forneceu.
4 coisas da cultura pop brasileira que viraram hit na Rússia da Copa:empresa estrelabet
Transmitida na URSS nos anos 1980,empresa estrelabetpleno regime soviético, a novela fazia as famílias se sentarem juntas ao redor da TV para assistirem à história da escrava branca que se torna propriedadeempresa estrelabetum homem mau-caráter.
"A novela mostrava uma vida totalmente diferente da que tínhamos na época", conta Snizhana Maznova, ucraniana que passou parteempresa estrelabetsua infância na Rússia soviética e mora no Brasil desde 2006, onde fundou o Clube Eslavo,empresa estrelabetensinoempresa estrelabetidiomas eslavos.
"No regime soviético, todos éramos iguais, então olhávamos para a novela e pensávamos: 'como assim, eles têm uma outra pessoa (um escravo) para arrumar seu guarda-roupa?'. Era como um contoempresa estrelabetfadas, e deixou uma imagem do Brasil como um país exótico, com casas coloridas. Na União Soviética, as casas eram todas iguais."
Escrava Isaura foi tão famosa que, no dia da transmissão do último capítulo, o Parlamento russo terminouempresa estrelabetsessão mais cedo, segundo contou à BBC News Brasilempresa estrelabet2003 o russo Anatoli Sostanov, então consultor na áreaempresa estrelabetTV internacional.
Outra curiosidade é que, graças a Escrava Isaura, a palavra "fazenda" entrou para o dicionário russo. O próprio conceitoempresa estrelabetespaço rural que abrigava uma família rica causava estranheza entre os soviéticos, explica Maznova. "Na época soviética, só tínhamos fazenda coletiva, não havia propriedade privada."
A novela acabou abrindo espaço para outros folhetins brasileiros. Um exemplo é que "entre 1999 e 2001, houve 17 novelas brasileiras sendo transmitidas por emissoras russas", diz o livro Russian Television Today.
Foi pouco depois desse intervalo que mais um grande fenômenoempresa estrelabetaudiência cativou os russos: O Clone,empresa estrelabetGloria Perez, que acabou sendo reprisada diversas vezes no país e deu fama ao elenco global.
Tanto que a atriz Letícia Sabatella (que interpretava Latiffa) foi parada nas ruasempresa estrelabetMoscou anos depois, ao visitar a cidade para a Mostraempresa estrelabetCinema Brasileiro na Rússia, conta Fernanda Bulhões, organizadora do festival. "Ela estava toda coberta por causa do frioempresa estrelabet-5º, mas mesmo assim foi reconhecida por fãs", diz.
Este item inclui conteúdo extraído do Twitter. Pedimosempresa estrelabetautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticaempresa estrelabetusoempresa estrelabetcookies e os termosempresa estrelabetprivacidade do Twitter antesempresa estrelabetconcordar. Para acessar o conteúdo cliqueempresa estrelabet"aceitar e continuar".
Finalempresa estrelabetTwitter post
2. Na música, da lambada a 'Mikail Tela'
Quando um guardaempresa estrelabettrânsito parou a estudanteempresa estrelabetMedicina Cauana Cristinaempresa estrelabetSouza nas ruasempresa estrelabetKursk, a 500 kmempresa estrelabetMoscou, se entusiasmou ao ver que ela tinha nacionalidade brasileira.
"Ele começou a falar do 'Mikail Tela' e eu demorei para entender, até ele começar a cantar e dançar", conta Cauana, que mora há 5 anos e meio na Rússia.
O policial estava cantando Ai Se Eu te Pego,empresa estrelabetMichel Teló, que virou febre no país (assim comoempresa estrelabettoda a Europa) ao ser lançadaempresa estrelabet2011. Ali, a música é conhecida como 'Nosa Nosa'. O cantor sertanejo chegou a fazer um disputado showempresa estrelabetMoscouempresa estrelabet2012.
Cauana conta que escuta a música com frequência nas rádios russas, assim como Tchê Tchê Rere,empresa estrelabetGusttavo Lima.
Antes disso, as músicas brasileiras que "pegaram"empresa estrelabetsolo russo eramempresa estrelabetaxé e lambada.
Fabricio Carraro, autorempresa estrelabetum podcast sobre o idioma russo, diz queempresa estrelabetex-mulher russa comentava que Chorando Se Foi, do Kaoma, era escutada com frequência nas rádiosempresa estrelabetseu país.
E o hit Tic, Tic Tac, do Carrapicho, fez tanto sucesso por lá que foi regravadoempresa estrelabetrusso pelo cantor Murat Nasyrov, que adaptou o refrão para "O garoto quer ir a Tambov".
3. Na literatura, um 'tornado tropical'
Um escritor brasileiroempresa estrelabetespecial provocou furor na Rússia: Jorge Amado.
"Como um tornado tropical, a vida desconhecida e misteriosaempresa estrelabetum distante Novo Mundo caiu sobre nós, tirando o nosso fôlego com suas tempestades e paixões", dizia artigo sobre Amado da filóloga e pesquisadoraempresa estrelabetliteratura latino-americana Vera Kuteishchikova, publicadoempresa estrelabet1982 (ano do 70º aniversário do escritor baiano) no influente semanárioempresa estrelabetcultura Literaturnaia Gazeta.
A "alegriaempresa estrelabetviver" na obraempresa estrelabetAmado era um a coisa "estranha à literatura russa", escreveuempresa estrelabetensaio a tradutora e pesquisadora Elena Beliakova.
Ela identificou que o primeiro livro do baiano a ser publicado foi São Jorgeempresa estrelabetIlhéus, lançadoempresa estrelabet1948, cinco anos antes da morteempresa estrelabetStálin. Mas foi Dona Flor e Seus Dois Maridos que acabou sendo o livroempresa estrelabetAmado mais vendido na antiga URSS.
Hoje, porém, ele disputa a popularidade como escritor brasileiro com Paulo Coelho.
"Coelho é muito famoso na Europaempresa estrelabetgeral e vários russos já me disseram terem lido O Alquimista", conta Fabricio Carraro.
4. No cinema, da Bahia a Copacabana
A Mostraempresa estrelabetCinema Brasileiro na Rússia, que fará neste anoempresa estrelabet11ª edição, costuma lotar salasempresa estrelabetexibiçãoempresa estrelabetMoscou e virou um evento importante no calendário cultural do país, explica Fernanda Bulhões.
"As estreias costumam ter cercaempresa estrelabetmil pessoas, e é um evento muito expressivoempresa estrelabetcomparação até a festivaisempresa estrelabetcinema europeu no país", diz a organizadora. E maisempresa estrelabet95% do público são os próprios russos. "Acho que (esse interesse) vem do imaginário russo sobre o Brasil,empresa estrelabetpraia e calor, da culturaempresa estrelabetassistir novela. Filmes com atores globais são sucesso na certa."
Entre os filmes que tiveram público expressivo no festival, segundo Bulhões, estão Nise - O Coração da Loucura (Roberto Berliner, 2015); Deus é Brasileiro (Cacá Diegues, 2003) e, por motivos bem particulares, Copacabana (Carla Camurati, 2001) e Capitãesempresa estrelabetAreia (Cecília Amado, 2011).
No casoempresa estrelabetCapitães, o motivoempresa estrelabetsucesso é que muitos russos já conheciam a história, e não pelo livroempresa estrelabetJorge Amado, e sim por um filme homônimo rodado na Bahiaempresa estrelabet1969 e estrelado por atores americanos. Quando chegou aos cinemas soviéticos,empresa estrelabet1973, o filme foi assistido por cercaempresa estrelabet43 milhõesempresa estrelabetpessoas e deixou profundas marcasempresa estrelabettoda uma geraçãoempresa estrelabetrussos.
Já o interesse por Copacabana remete a um personagem popular da literatura russa, Ostap Bender, que no livro 12 Cadeiras dizia sonharempresa estrelabet"passear pelas praias" do Rioempresa estrelabetJaneiro "vestindo uma calça e um chapéu branco".
"Quando conheci minha ex-mulher russa, ela me perguntou se eu usava calças brancas (por causa do personagem)", conta Carraro.
*Colaborou Thomas Pappon, da BBC Brasilempresa estrelabetLondres
Principais notícias
Leia mais
Mais lidas
Conteúdo não disponível