‘Com Obama meu filho se viu como presidente; agora minha cor está na família real’:apostas casa
Bahamas viajou junto da amiga Leslie Smith, que também é negra e se vestiu a caráter com um fascinator (enfeiteapostas casacabeça tradicionalmente usadoapostas casacasamentos da elite britânica), porque faziam questãoapostas casapresenciar este "momento histórico".
"Meghan não é só uma mulher independente. Ela também é frutoapostas casauma mistura racial. Isso é magnífico", disse, enquanto posicionavaapostas casacadeira e buscava uma garrafaapostas casachampanhe.
"Acho que o legado da (princesa) Diana para seus dois meninos foi oapostas casase casarem com quem eles amem. E é impressionante como a familia real tem respeitado isso."
Revolução Meghan
Não o foi so a duplaapostas casaamericanas que ressaltou a "importância histórica" do casamento.
A BBC Brasil acompanhou a cerimônia do ladoapostas casafora do casteloapostas casaWindsor, onde maisapostas casa100 mil pessoas vindasapostas casadiversos lugares do mundo se reuniram desde as primeiras horas deste sábado.
Entre os muitos negros presentes, o principal interesse no evento era a diversidade que a figuraapostas casaMeghan traz a uma instituição tão tradicional quanto a familia real britânica.
O angolano Israel Campos,apostas casa18 anos, estuda no interior da Inglaterra e veio sozinho a Windsor "para ver uma realidade que só encontramos nos filmes".
"É um contoapostas casafadas real", disse, mostrando satisfação ao encontrar interlocutores que também falavam português.
"Há um tempo atras era impensável uma pessoa como a Meghan, que é atriz, modelo fotográfica e tem raízes negras, entrar para a familia real. Ela vem quebrar padrões e mostrar que as pessoas dos castelos e dos contos não têm que ser necessariamenteapostas casaum tipo. Não há um padrão para ser bonito ou da realeza, para ser importante. O padrão está dentroapostas casanós, é aquilo que nós somos. Meghan traz uma revolução grande e sabe disso", afirmou o jovem à BBC Brasil.
Meghan, antesapostas casase casar com Harry, trabalhou por anos como atriz e era uma das protagonistas da série Suits, da Netflix, que mostrava a vida num escritórioapostas casaadvocacia. Ela precisou abandonar a carreira para se tornar integrante da familia real.
A americana conciliava o trabalho como atriz com o ativismo: foi embaixadora da ONU Mulheres, onde se declarou várias vezes feminista.
O fato dela ter entrado sozinha na capelaapostas casaSão Jorge, já que seu pai não pode comparecer à cerimônia por problemasapostas casasaúde, foi elogiado entre as mulheres presentes do ladoapostas casafora.
Só já perto do altar ela caminhou acompanhada do príncipe Charles.
Minorias
A repercussãoapostas casatorno da origemapostas casaMeghan, que será chamada a partirapostas casaagoraapostas casaduquesaapostas casaSussex, se justifica pela composição étnica da sociedade britânica - majoritariamente branca.
Segundo dados do Censoapostas casa2011, apenas 3,5% da população do país se declaravam negros. Já os mestiços, chamados no Reino Unidoapostas casa"mixed race", representavam 2%. Ainda assim as minorias étnicas estãoapostas casacrescimento -apostas casa2001, o percentual total eraapostas casa9% e passou para 14%apostas casa2011.
Dentro desse contexto, também foi simbólica a presençaapostas casaum reverendo negro e americano, Michael Curry, na celebração do casamento.
Curry discursou por 13 minutos e citou por duas vezes frases do ícone da luta pelos direitos civis dos negros americanos, Martin Luther King, assassinado há 50 anos. "Precisamos descobrir o poder redentor do amor. Quando o fizermos, faremos deste velho mundo, um mundo novo."
O casamento também teve um coralapostas casacantores gospel e um violinista negro.
Simbologia x realidade
Apesar do poder simbólico da união ressaltado pelos presentes não se sabe se isso vai influenciar a dinâmica racial no Reino Unido.
Entre 2015 e 2016, o Ministério do Interior britânico registrou um aumentoapostas casa41% nos crimesapostas casaódio, que incluem ataques a minorias raciais.
Quando o príncipe assumiu oficialmente o relacionamento com Meghan, pediu que a imprensa maneirasse nas tintas racistas e sexistasapostas casarelação àapostas casaentão namorada.
Ela também sofreu comentários racistas nas redes sociais. Além disso.apostas casafevereiro deste ano, a políciaapostas casaLondres classificou como "crimeapostas casaódio racista" uma carta com ofensas endereçadas ao casal.
Apesar da incógnita sobre o poderapostas casatransformação do casamentoapostas casaMeghan e Harry na sociedade britânica, a presençaapostas casauma afrodescendente na familia real gera esperanças nas próximas gerações.
A pequena Zara Pochan,apostas casanove anos, junto com a mãe e e a tia, balançava uma bandeirinha inglesa com a foto dos noivos.
A pequena contou à BBC Brasil que aprendeu com Meghan a "nunca desistir e sempre dar seu máximo". "A autoestima dela me inspira", afirma ela, que sonhaapostas casaser ginasta.