Casamento real: quanto custou e quem pagou a conta?:bet 4
*matéria atualizada dia 19bet 4maio, às 14h
bet 4 É difícil realizar um casamentobet 4baixo custo - muito menos um casamento real bet 4 . Em meio à expectativa sobre o casamento do príncipe Harry, sexto na linhabet 4sucessão ao trono britânico, com a atriz americana Meghan Markle, o custo do evento é um dos principais objetosbet 4especulação.
Harry, 33, e Meghan, 36, que namoram há um ano e meio, se casaram neste sábado na capelabet 4São Jorge, nas dependências do castelobet 4Windsor, a 40 kmbet 4Londres. A cerimônia foi restrita a 600 convidados - entre eles, monarcasbet 4outros países europeus. Dali, partiram para uma festa restrita a 250 amigos e familiares.
Qualquer um que já tenha organizado um casamento sabe o grande númerobet 4detalhes - e custos - envolvidos, do bolo à decoração do salão, da comida ao DJ. Acrescente a isso convidados VIPs, segurança e toda a pompa necessáriabet 4uma união como abet 4Harry e Meghan e a conta pode chegar a muitos milhões.
Tradicionalmente, o custo total dos casamentos reais não é divulgado ao público. Contatado pela BBC, o Ministério do Interior britânico informou que revelar essa despesa poderia comprometer a segurança nacional.
Mas a imprensa britânica vem circulando a estimativabet 432 milhõesbet 4libras (cercabet 4R$ 160 milhões), calculada pela plataforma virtualbet 4organizaçãobet 4casamentos Bridebook, com base no preço das flores, comida, entretenimento ─ e do vestido da noiva.
Segurança é a maior despesa do casamento
A maior despesa, contudo, seria com a segurança do evento (30 milhõesbet 4libras, segundo a Bridebook), a ser paga pelo contribuinte britânico. Estavam previstos desde snipers até policiais à paisana, passando por um sistema antidrones. Uma das preocupações é com a ameaçabet 4terrorismo - maior do que no casamentobet 4William com Kate Middleton.
Já o vestido custariabet 4tornobet 4300 mil libras e seria pago por Meghan, segundo a empresa.
A BBC contatou o dono da Bridebook, Hamish Shepard, e perguntou que metodologia foi usada para chegar à estimativabet 432 milhõesbet 4libras.
Ele disse que o orçamento foi baseado na suposiçãobet 4que a família real pagaria por todos os custos a preçosbet 4mercado.
Mas, na faltabet 4dados públicos, a estimativa não passabet 4uma adivinhação, embora embasada.
Por exemplo, não se sabe se os fornecedores poderiam oferecer descontos pelo privilégiobet 4fornecer seus serviços para o casamento real, adicionando prestígio a suas marcas.
Mas, se a cifra estiver correta, seria um dos dez casamentos reais mais caros da história, praticamente igualando-se ao do irmão mais velhobet 4Harry, William, que se casou com Kate Middleton na famosa Abadiabet 4Westminster,bet 4abrilbet 42011. As festividades custaram, à época, 34 milhõesbet 4libras.
Mesmo somados, os valores ainda ficam aquém dos do casamento dos pais dos atuais príncipes. As bodasbet 4Diana e Charles, na Catedralbet 4São Paulobet 41981, custaram cercabet 4US$ 48 milhões,bet 4valores da época, cercabet 480 milhõesbet 4librasbet 4valores atuais, corrigidos pela inflação.
Quem vai pagar a conta do casamento real?
Reza a tradição que o pai da noiva pague pelo casamento, mas o Paláciobet 4Kensington, onde Harry vive atualmente e viverá com a futura mulher, divulgou um comunicado informando que bancará os custos do evento.
"Como ocorreu no casamento do Duque e a Duquesabet 4Cambridge (William e Kate), a Família Real vai pagar pelos aspectos centrais do casamento, como a cerimônia religiosa, a música associada, as flores, decorações e a posterior recepção", informou o comunicado.
Ainda assim, o custo da segurança para o casamento, realizado pela polícia local, vai ser bancado pelo contribuinte britânico.
De onde vem o dinheiro da família real?
São várias as fontesbet 4renda da família real. Uma delas é o chamado Fundo Soberano, espéciebet 4pagamento fixo do Tesouro Britânico à rainha que paga pelos salários dos funcionários da família, pelas viagens oficiais e pela manutenção dos palácios.
No ano fiscalbet 42017/2018, esse valor vai totalizar cercabet 482,2 milhõesbet 4libras (R$ 410 milhões).
O Fundo Soberano é composto por uma porcentagem fixa dos lucros do patrimônio da Coroa - gerenciados pelo Crown Estate - que anunciou um lucrobet 4328 milhõesbet 4libras (R$ 1,4 bilhão)bet 42016/2017, um aumentobet 424 milhõesbet 4libras (R$ 101 milhões)bet 4relação ao ano fiscal anterior.
O Crown Estate foi criadobet 41760, quando o rei George 3º chegou a um acordo com o governo estabelecendo que o lucro desse patrimônio iria para o Tesouro e,bet 4troca, o monarca receberia um pagamento anual - o Fundo Soberano.
O Estate é uma entidade patrimonial independente que administra um dos maiores portfóliosbet 4propriedades e concessões do país, que inclui residências, escritórios, lojas, empresas e centros comerciais. A monarquia é donabet 4terras na Inglaterra, Escócia, Paísbet 4Gales e Irlanda do Norte.
A rainha ou reibet 4exercício recebe, do Tesouro, 15% dos lucros anuais do Crown Estate para pagar os custos combet 4equipe, manutençãobet 4propriedades, viagens e compromissos oficiais.
O governo já havia anunciado, no entanto, que entre 2017 e 2027 esse percentual aumentará para 25%, para ajudar a pagar uma reformabet 4369 milhõesbet 4libras no Paláciobet 4Buckingham, residência oficial do soberano.
Tecnicamente, o patrimônio da Coroa pertence ao monarca durante a duraçãobet 4seu reinado, mas, na prática, não pode ser vendido por ele ou ela.
Privy Purse, o rendimento privado da rainha
A Rainha Elizabeth 2ª também tem seu rendimento privado, chamado Privy Purse, para custear os gastos gerados por outros membros da realeza.
Os dividendos vêm, embet 4maioria, do Ducadobet 4Lancaster, um portfóliobet 4terras, propriedades e bens da rainha que é administradobet 4forma separada do patrimônio da Coroa e transmitido por gerações desde quando o país ainda era um regime feudal.
Anualmente, são cercabet 417 milhõesbet 4libras.
Este portfólio consistebet 418.454 hectaresbet 4terras na Inglaterra e no Paísbet 4Gales, alémbet 4propriedades comerciais, agrícolas e residenciais.
Apesarbet 4ser classificado como um patrimônio privado da rainha, não pode ser vendido por ela.
Assim como o patrimônio da Coroa, os lucros do Ducadobet 4Lancaster vão para o Tesouro, que então financia parte das despesas da rainha não cobertas pelo Fundo Soberano.
O chanceler do Ducadobet 4Lancaster é quem administra as propriedades e aluguéis deste ducado.
De forma semelhante, a receita do Ducado da Cornualha financia os gastos privados e oficiais do príncipebet 4Gales (Charles) e da duquesa da Cornualha (Camilla).
Ambos são isentos do pagamentobet 4taxas para o governo porque são entidades da Coroa.
De acordo com o Sunday Times, a rainha tem ainda um portfóliobet 4investimentos que consiste embet 4maior partebet 4açõesbet 4empresas britânicas consideradas mais confiáveis, avaliadobet 4110 milhõesbet 4libras.
Seus bens ainda incluem uma coleçãobet 4selos, joias, carros, cavalos, o legado da rainha-mãe. Tudo isso contribui parabet 4fortuna pessoal.
Separadamente, ainda há a coleção real, que inclui joias da Coroa, obrasbet 4arte, móveis antigos, fotografias históricas e livros, num totalbet 4maisbet 41 milhãobet 4objetos avaliadosbet 410 bilhõesbet 4libras.
Mas essa coleção não pode ser contabilizada na fortuna da monarca porque é administradabet 4nomebet 4seus sucessores e do país.
Já os gastos com segurança devem ser pagos pelos contribuintes, assim como aconteceu no casamentobet 4William e Kate.
Apesarbet 4todos esses gastos, especialistas acreditam que o casamentobet 4Harry e Meghan possa injetar até 500 milhõesbet 4libras na economia britânica.