Indiana que sobreviveu a estupro coletivo enfrenta ameaças ao ajudar vítimascasino online gratis spinsabuso sexual:casino online gratis spins
O trabalho, iniciado com ajuda do missionário católico José Vetticatil, já falecido, rendeu à ativista vários reconhecimentos internacionais e a indicação como finalista ao Prêmio Aurora pelo Despertar Humanitário deste ano, que será entregue no próximo 10casino online gratis spinsjulho,casino online gratis spinsErevan (Armênia).
"Meu estupro foi a primeira pedra do edifício. Acho que aquele foi meu primeiro momentocasino online gratis spinstransformação, porque pela primeira vez eu entendi o que é a rejeição", afirma a ativista, hoje pós graduadacasino online gratis spinstrabalho social psiquiátrico.
Ela prefere não falar sobre como ocorreu o ataque, apesar dos detalhes ainda voltaremcasino online gratis spinsformacasino online gratis spinsflashbacks e sonhos quase 30 anos mais tarde. Do episódio, o que mais a marcou "não foi o estuprocasino online gratis spinssi, mas o estigma, a vergonha, o ostracismo" ao que foi condenada pela própria família e comunidade, assegura.
"Fui culpada pelo que aconteceu comigo. Eu era motivocasino online gratis spinsvergonha para minha família, era vista como uma prostituta pela comunidade. O impacto dessa injustiça despertou uma raiva dentrocasino online gratis spinsmim que só cresceu. Aquilo me fez entender como as pessoas tratam as vítimascasino online gratis spinscrimes sexuais: como um criminoso, apesarcasino online gratis spinsvocê não ter nenhuma culpa", contou à BBC Brasil por telefone.
Estigma
Prajwala nasceu da vontadecasino online gratis spinscombater essa estigmatização, comum na Índia entre as vítimascasino online gratis spinsestupro e mais forte entre as pessoas forçadas a trabalhos sexuais, pessoas que "são estupradas inúmeras vezes durantecasino online gratis spinsvida".
"Vítimascasino online gratis spinsexploração sexual sofrem uma vida inteiracasino online gratis spinsdor. São traumatizadas, estigmatizadas por toda uma vida, e isso continuacasino online gratis spinsgeração a geração. Se você é filhocasino online gratis spinsuma escrava sexual, espera-se que você também seja um escravo sexual", explica a fundadora da ONG.
Para mudar essa realidade, o primeiro passocasino online gratis spinsKrishnan foi abrir uma pequena escola para cinco crianças, filhoscasino online gratis spinsprostitutascasino online gratis spinsum bordel fechado pelas autoridadescasino online gratis spinsHyderabad, a 570 quilômetroscasino online gratis spinsBangalore.
"As prostitutas ficaram sem teto e sem opção. Queríamos evitar que os filhos delas se vissem obrigados a se prostituir também por necessidade", lembra.
Hoje a ONG conta com 17 escolas desse tipo, alémcasino online gratis spinsum centrocasino online gratis spinsformação profissional onde as vítimascasino online gratis spinsexploração sexual podem desenvolver uma atividade econômica.
Prajwala também administra três centroscasino online gratis spinscrisecasino online gratis spinsdelegaciascasino online gratis spinspolícia e um abrigo para mulheres vítimascasino online gratis spinstráfico sexual e seus filhos, a maioria contaminados com HIV.
Entre os casos mais chocantes, Krishnan recorda ocasino online gratis spinsuma criançacasino online gratis spins2 anos estuprada por um vizinhocasino online gratis spins2017.
Poder e dominação
A especialista afirma que não há origem, idade ou nívelcasino online gratis spinseducação predominantes entre os estupradores indianos. No entanto, o perfil psicológico segue dois padrões.
"São homens profundamente inseguros a seu próprio respeito, que precisam validar seu poder. Na nossa sociedade patriarcal, as mulheres são estereotipadas, usadas como objeto para satisfazer os homens. E há essa necessidade (de certos homens)casino online gratis spinsdominar. É aí que o problema começa", analisa.
Krishnan também identifica entre os criminosos "homens guiados por uma noção equivocadacasino online gratis spinssexo e sexualidade".
"Há, por exemplo, muitos adolescentes que veem material pornográfico e buscam, com o estupro, viver as mesmas cenas. Estupro é uma questãocasino online gratis spinspoder e dominação. Mas não posso deixarcasino online gratis spinsver também um desvio psicológicocasino online gratis spinsquem estupra."
'Problema global'
Na última semana, novos casoscasino online gratis spinsviolência sexual abalaram a Índia e ganharam as manchetes dos principais jornais mundiais.
Duas jovenscasino online gratis spins16 e 17 anos foram estupradas e queimadas vivascasino online gratis spinsepisódios diferentes ocorridos na mesma região do estadocasino online gratis spinsJharkhand, ao leste do país. A mais jovem faleceu e a outra está internadacasino online gratis spinsestado grave.
Poucas semanas antes, milharescasino online gratis spinspessoas haviam saído às ruas para protestar contra a prisãocasino online gratis spinsoito suspeitos - entre eles quatro policiais -casino online gratis spinsparticipar do sequestro, estupro e assassinatocasino online gratis spinsuma meninacasino online gratis spinsoito anos no norte do país.
Segundo a acusação, os criminosos, todos hindus, planejaram o crime para afastar da região uma comunidade nômade muçulmana conhecida como Bakarwals, da qual a vítima fazia parte.
O crime, ocorridocasino online gratis spinsjaneiro, levou o governo a instaurar, no mês passado, a penacasino online gratis spinsmorte para casoscasino online gratis spinsesturpocasino online gratis spinsmenorescasino online gratis spins12 anos.
Em 2016 as autoridades indianas registraram 40 mil estuproscasino online gratis spinstodo o país, mas ativistas acreditam que a cifra real seja muito superior. A maioria das vítimas não denuncia os agressores por medo ou pressão da sociedade.
Apesar das notícias, Krishnan insiste que a violência sexual não é um problema exclusivo, nem predominante, da Índia.
"Pode parecer que há mais casos porque a população é maior na Índia, mas o estupro é um problema global. Também existe na Europa, nos Estados Unidos. O problema real aqui é o recrudescimento da violência nos casoscasino online gratis spinsestupro. Por isso se fala mais da Índia", ela acredita.
A própria ativista é alvocasino online gratis spinsameaçascasino online gratis spinsmorte por parte des redescasino online gratis spinstráficoscasino online gratis spinsmulheres e já foi vítimacasino online gratis spinsvárias agressões, uma das quais lhe causou danos permanentes na audição.
Mudanças
Apesarcasino online gratis spinstudo, a especialista acredita que a sociedade indiana está mudando a maneiracasino online gratis spinsencarar a violência sexual desde 2012, quando o país inteiro protestou pela mortecasino online gratis spinsuma estudantecasino online gratis spins23 anoscasino online gratis spinsconsequênciacasino online gratis spinsum violento estupro coletivo dentrocasino online gratis spinsum ônibus.
"O mundo agora está do lado das vítimas. Há muitas situações que provocam manifestaçõescasino online gratis spinsapoio. Mais pessoas estão denunciando e o governo endureceu as penas para estupradores. Por isso os criminosos sentem essa necessidadecasino online gratis spinsusar violência, para impedir as vítimascasino online gratis spinsdenunciar."
Por outro lado, os homens indianos passaram a se envolver na luta contra a violência sexual.
"Há cada vez mais homens ativos na luta contra a violênciacasino online gratis spinsgênero. Os homens indianos estão começando a entender que são parte do problema e agora que fazer parte da solução", confia Krishnan.