'Ouvíamos os tiros cada vez mais perto': aluna brasileira relata terrorsport club do recife sub 20escola na Flórida:sport club do recife sub 20
"Mãe, tem alguém na minha escola atirando", dizia a primeira mensagemsport club do recife sub 20texto trocada entre as duas durante o tiroteio.
"Ela disse que tinha um atirador e depois passou muito temposport club do recife sub 20silêncio. Eu fiquei desesperada e achei que o pior tinha acontecido. Depois ela reapareceu, disse que estava bem e que não podia usar o celular", contou Santos à reportagem. "Só me tranquilizei mesmo quando nos encontramos."
Kemily narra a chegada da polícia à salasport club do recife sub 20aula e uma intensa circulaçãosport club do recife sub 20fotos, vídeos e mensagens entre alunos do colégio enquanto o tiroteio acontecia nos corredores. Mais calma que os colegas, ela preferiu esconder um vídeo que mostrava uma estudante ensanguentada um andar acimasport club do recife sub 20sua salasport club do recife sub 20aula.
A brasileira conta que a experiência a fez repensar a política americanasport club do recife sub 20armas - um dos pontos mais sensíveis da legislação dos EUA e que divide a população entre críticas inflamadas e defesas apaixonadas.
"Eu nunca tinha prestado atenção em gun control (controlesport club do recife sub 20armas), achava que não tinha a ver comigo. Mas, agora que bateu na minha escola e aconteceu comigo, a gente vêsport club do recife sub 20um jeito diferente. Esse menino provavelmente não tinha idade para ter uma arma. Eu não era antes contra o controle. Nem contra nem a favor. Agora eu acho que tem que ser mais regulado."
sport club do recife sub 20 Leia o depoimento da estudante para a BBC Brasil:
"Eu estavasport club do recife sub 20um prédio chamado Freshment Building, que foi o primeiro onde ele entrou. Estávamos fazendo tarefa e a sport club do recife sub 20 primeira coisa que escutamos foram quatro tiros e barulhos altos, como se alguém estivesse jogando algo muito pesado no chão.
Nós ouvíamos homens gritando e não entendíamos. sport club do recife sub 20 Os tiros estavam se aproximando da minha sala. Eu estava no segundo andar e percebia que estava subindo as escadas, chegando cada vez mais perto.
Então ouvimos: sport club do recife sub 20 "Ponha as mãos na cabeça!". Era a polícia falando com alguém.
sport club do recife sub 20 Mas continuamos ouvindo muitos tiros depois disso.
Enquanto tudo acontecia, a escola não fez nenhum aviso no sistema internosport club do recife sub 20alto-falantes. O sinal do fim da aula também não tocou.
Às 15h, bateram na porta da salasport club do recife sub 20aula dizendo que era a polícia. sport club do recife sub 20 Por protocolo, regra da escola nesse tiposport club do recife sub 20situação, nós não podíamos abrir.
Então eles sport club do recife sub 20 quebraram a janela, pediram para todos colocarem as sport club do recife sub 20 mãos na cabeça e começaram a fazer perguntas. sport club do recife sub 20 "Tem alguém armado?" "Tem alguém ferido?"
Eles pediram para todos nós sairmos com as mãos nos ombros das pessoas da frente. Lá fora, eram maissport club do recife sub 20 sport club do recife sub 20 dez homens da SWAT com armas enormes gritando para nós: "Corram!", "Andem rápido!", "Não olhem para trás!".
O policial disse para não olharmos, mas uma amiga virou e viu uma sport club do recife sub 20 menina morta no chão.
Nessa hora eles pediram para colocarmos as mãos na cabeça. Andamos até a esquina da escola e sport club do recife sub 20 lá fora encontramos a polícia, e pais e mães chorando.
Encontrei uma amiga do terceiro andar, onde aconteceu a maior parte da destruição. sport club do recife sub 20 Ela contou que viu quatro mortos - duas meninas caídas na entrada do banheiro.
No primeiro e no terceiro andares, os sport club do recife sub 20 banheiros estavam trancados e elas não conseguiram entrar.
sport club do recife sub 20 Todos os tiros foram na cabeça.
sport club do recife sub 20 Eu estava calma. Não sou muitosport club do recife sub 20ficar desesperada. As meninas todas choravam, tremiam muito.
A professora estava muito preocupada, você via na cara dela. Mas ela faziasport club do recife sub 20tudo para nos tranquilizar e dizia que o que estava acontecendo era um tiposport club do recife sub 20teste, uma sport club do recife sub 20 encenação. Isso acontece às vezes.
sport club do recife sub 20 Eu mandava mensagens para a minha mãe enquanto os tiros aconteciam. Eu dizia que estava bem, mas não conseguia escrever o tempo todo porque a sport club do recife sub 20 professora mandou não usarmos os celulares.
Ela falava para ninguém mandar mensagens, mas sport club do recife sub 20 estava todo mundo desesperado.
Recebi uma fotosport club do recife sub 20uma menina lá fora na ambulância e sport club do recife sub 20 um vídeo com um corpo ensanguentadosport club do recife sub 20outra salasport club do recife sub 20aula.
sport club do recife sub 20 Não mostrei para os meus colegas porque eles já estavam muito desesperados.
Na minha sala ninguém gritou excessivamente ou fez escândalo. Mas soube quesport club do recife sub 20outra sala teve um menino que teve um sport club do recife sub 20 ataquesport club do recife sub 20pânico muito forte.
O encontro com a minha mãe foi muito bom. Ela estava muito feliz por me encontrar bem.
O que fica dessa experiência? Bom, sport club do recife sub 20 eu nunca tinha prestado atençãosport club do recife sub 20 sport club do recife sub 20 gun control sport club do recife sub 20 (controlesport club do recife sub 20armas), achava que não tinha a ver comigo.
Mas, agora que bateu na minha escola e aconteceu comigo, sport club do recife sub 20 a gente vêsport club do recife sub 20um jeito diferente. Esse menino provavelmente não tinha idade para ter uma arma. Depois soubemos que ele foi expulso da escola porque encontraram balas na mochila dele.
Eu não era antes contra o controle. Nem contra nem a favor. sport club do recife sub 20 Agora eu acho que tem que ser mais regulado."