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O que acontecerá se os EUA ultrapassarem a Arábia Saudita como maior produtorpixbet da bonuspetróleo do mundo:pixbet da bonus
O avanço dos EUA terá efeitos no mercado do petróleo, bem como reflexos geopolíticos e econômicospixbet da bonusdiferentes países.
A BBC Mundo, o serviçopixbet da bonusespanhol da BBC, listou cinco possíveis consequências caso os Estados Unidos realmente se tornem o maior produtorpixbet da bonuspetróleo do mundo:
1. O fim da guerra dos preços da Arábia Saudita e Opep
Para a grande petromonarquia do Golfo Pérsico, ver-se superada pelo aliado - mas também concorrente - implica na constatação dos danos colaterais dapixbet da bonuspolítica tradicionalpixbet da bonuscontrolepixbet da bonuspreços.
Ator principal na Organização dos Países Exportadorespixbet da bonusPetróleo (Opep), o país tradicionalmente a usou para controlar os preços no mercado, aumentando ou reduzindo o fornecimento conformepixbet da bonusconveniência.
Nos últimos anos, porém, o surgimentopixbet da bonustécnicas como o fraturamento hidráulicopixbet da bonusrocha (fracking) o aumento exponencial da produção americana reduziram a eficácia dessa estratégia.
Antoniopixbet da bonusla Cruz, presidente do Centropixbet da bonusAnálisespixbet da bonusTendências Interamericanaspixbet da bonusWashington, disse à BBC que "a decisão dos Estados Unidospixbet da bonusaumentar a produção nas regiõespixbet da bonusfracking na verdade foi tomada pela Opep quando esta apostoupixbet da bonusmanter os preços,pixbet da bonusvezpixbet da bonusproduzir mais".
O reino saudita tentoupixbet da bonus2014 sufocar os produtores do fracking nos EUA, inundando o mercadopixbet da bonusBrent (petróleo encontrado no Mar do Norte).
A ideia era que os preços caíssem até que as empresas instaladas nos Estados Unidos não fossem lucrativas o suficiente para continuar explorando os campospixbet da bonuspetróleo e gáspixbet da bonusxisto (aquele obtido através do fracking).
Mas o setor do fracking resistiu: conseguiu reduzir seus custos e economizar suas margenspixbet da bonuslucro. Embora o barrilpixbet da bonusBrent tenha caído até o raro valorpixbet da bonusUS$ 30, dois anos depois a Arábia Saudita cedeu e convenceu seus parceiros da Opep, pouco a pouco, a voltar subir o preço do óleo.
Agora, a situação e inverteu, e é a enorme produção dos EUA que determina preços e estabiliza o mercado.
Nesse contexto, a nova elite governante no país árabe adotou uma nova estratégia que consistepixbet da bonusiniciativas sem precedentes, como a privatização parcial da Saudi Aramco, a empresa estatalpixbet da bonusenergia.
Isso faz parte das mudanças promovidas pelo príncipe Mohamed Bin Salman, homem forte do governo determinado a reformar a economia do país.
Mas embora os Estados Unidos superem a Arábia Saudita no volumepixbet da bonusprodução, alguns analistas enfatizam que essa batalha não é medida apenas pelo númeropixbet da bonusbarris diários.
Samantha Gross, especialistapixbet da bonussegurança energética da Brookings Institutionpixbet da bonusWashington, diz que, mesmo que produza menos do que seu concorrente, a Arábia Saudita manterápixbet da bonusposiçãopixbet da bonusliderança no mercado energético global.
"O petróleo saudita é produzido por uma única entidade, a Saudi Aramco,pixbet da bonuspropriedade e administrada pelo Estado, e por isso não é governada unicamente por critériospixbet da bonusbenefício econômico. A indústriapixbet da bonusenergia dos Estados Unidos nunca atuarápixbet da bonusforma coordenada, seguindo as diretrizes do Estado", diz Gross.
Diferenças como essa levam a especialista a concluir que o predomínio saudita, embora questionado, ainda é válido.
2. Venezuela ainda mais castigada
Os efeitos do potencial novo panorama também seriam sentidos na América Latina.
O grande gigante regional do petróleo, a Venezuela, verápixbet da bonusjá maltratada economia ainda mais castigada.
O analista De la Cruz acredita que a ineficiência e as deficiências estruturais do setor petrolífero venezuelano o tornarão totalmente incapazpixbet da bonuscompetir com os produtores americanos.
Enquanto a produção dos EUA sobe desde a presidênciapixbet da bonusRichard Nixon (1969-1974), a venezuelana perdeu 600 mil barris diários.
Nas circunstâncias atuais, desencadeada por uma hiperinflação imparável, "a Venezuela não tem capacidade para produzir ou importar. As possibilidadespixbet da bonusser atualmente um ator no mundo do petróleo foram cortadas", diz De la Cruz.
O petróleo venezuelano também é muito pesado, então é preciso importar naftas (matéria-prima do petróleo) mais levespixbet da bonusoutros países, entre eles os Estados Unidos, para obter uma mistura comercializável. Mas a faltapixbet da bonusliquidez do país afetou seriamentepixbet da bonuscapacidadepixbet da bonusadquirir essas matérias-primas do exterior.
"O petróleo fornece à Venezuela 96% da moeda estrangeirapixbet da bonusque ela precisa desesperadamente, então o governopixbet da bonusNicolás Maduro dará prioridade às exportações para obtê-las. Por isso, o mercado doméstico é que será mais e mais esgotado", diz De la Cruz.
O que isso significa para o venezuelano comum? "Mais filaspixbet da bonuspostospixbet da bonusgasolina", ele responde.
Os problemas do setor petrolífero venezuelano também terão efeitos no quadro regional.
"O socialismo do século 21 usou a ferramenta da geopolítica do petróleo, com o fornecimentopixbet da bonuspetróleo subsidiado para os países do Petrocaribe e os da Alba (Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América)", diz o especialista.
De acordo compixbet da bonusvisão, muitos desses países podem estar tentados a ouvir propostas potenciaispixbet da bonusfornecedores alternativos.
3. Possíveis ameaças ao meio ambiente
Grupos ambientalistas alertaram que a políticapixbet da bonusfracking seguida pelo governo Donald Trump representa uma ameaça para o meio ambiente.
O fim das restrições à exportação e a autorização para construir áreaspixbet da bonusexploraçãopixbet da bonusáreas protegidas, como o Refúgio Nacionalpixbet da bonusVida Selvagem do Alasca, provocaram preocupação entre os ambientalistas.
Eles também temem que o novo panorama prolongue a vida dos combustíveis fósseis, como o petróleo, e desencoraje o investimentopixbet da bonusenergias mais limpas.
Lisa Viscidi, especialistapixbet da bonusenergia e meio ambiente no centropixbet da bonusanálise The Dialogue,pixbet da bonusWashington, argumenta que "pode haver algum impacto se a produção aumentar, mas isso depende mais dos preços globais do quepixbet da bonusoutros fatores".
A analista afirma que, por se tratarpixbet da bonusum mercado global, "um único país não faz a diferença".
A experiência vivida pelos EUApixbet da bonus2014 indica quepixbet da bonuscontextospixbet da bonusgrande oferta e preços baixos a demanda aumenta, mas isso não implica necessariamentepixbet da bonusum aumento das emissõespixbet da bonuspoluentes.
"Tudo depende das políticas que os países e as empresas seguem, se são eficientes", diz Viscidi.
4. Mais independência para os EUA no Oriente Médio
Agora que têm seu abastecimentopixbet da bonuspetróleo garantido, os Estados Unidos podem se libertarpixbet da bonussua dependência tradicionalpixbet da bonusabastecimento dos focos exportadores do Oriente Médio.
Cenários como a Crise do Petróleopixbet da bonus1973 ou a Guerra do Golfopixbet da bonus1990, quando a turbulência na região levou ao aumento do preço do petróleo, são impensáveis hoje.
"Embora os EUA continuem importando 7 milhõespixbet da bonusbarris por dia, não têm mais medopixbet da bonusum embargopixbet da bonuspetróleo", explica De la Cruz.
"Tornam-se menos vulneráveis à chantagem, como a da Opep."
Assim, o país "ganha independência para gerenciarpixbet da bonusprópria política na região", sem temer que isso possa afetar criticamentepixbet da bonuseconomia, como ocorria no passado. "Ele já não é mais dependente dos países árabes", diz o especialista.
Para ele, isso ajuda a explicar por que Donald Trump se atreve a tomar decisões sem precedentes, como anunciar a transferência da embaixada dos EUA para Jerusalém - mesmo sob protestospixbet da bonustodo o mundo islâmico.
5. Mais força para os países europeus contra a Rússia
O passo à frente do gigante americano também afeta a Europa, uma das áreas tradicionalmente mais dependentes da energia produzida pela Rússia.
No passado, Moscou usou a fontepixbet da bonusenergia como uma ferramentapixbet da bonuspressão. Em várias ocasiões, interrompeu o fornecimentopixbet da bonusgás para a Ucrânia e outros países do Leste Europeu a poucas semanas do início do inverno.
De la Cruz explica que a Europa "estará agorapixbet da bonusmelhor posiçãopixbet da bonusnegociação com fornecedores russos, como a empresapixbet da bonusgás Gazprom, uma vez que poderá exercer a vantagempixbet da bonusoutro potencial fornecedor".
Em todo caso, a Rússia ainda possui uma vantagem decisiva nesta área. Pode fazer esses recursos chegarem por meiopixbet da bonusgasodutos e tubulações, enquanto os barris dos EUA só podem chegar pelo mar, a um custo maior.
É uma desvantagem competitiva que ainda pesa e fará com que "a Rússia mantenhapixbet da bonusinfluência".
Mas De la Cruz não descarta quepixbet da bonusalguns anos essa situação também seja revertida.
"O gás natural líquido pode ser o combustível do futuro e substituir o petróleo. Desenvolver isso é um dos projetos fortes nos quais a gestão Trump poderia apostar nos próximos cinco anos."
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