Como o lobby do petróleo pode ter feito Trump focar sançõesbet win casinoMaduro, e não na Venezuela:bet win casino
De outro, críticos argumentam que a medida tentaria acelerar a ascensãobet win casinoum governo mais próximo a interesses americanos, revelando uma postura "seletiva" da gestãobet win casinoDonald Trump. Parceiro dos EUA, o presidente turco Recep Erdogan, por exemplo, também ampliou seus poderes com mudanças na Constituição, mas ganhou um telefonemabet win casinoparabéns do presidente americano,bet win casinoabril,bet win casinovezbet win casinosanções.
A decisão desta segunda-feira congela todos os ativos da Madurobet win casinoterritório americano e impede qualquer cidadão ou empresa dos EUAbet win casinonegociar com ele, e vem na sequênciabet win casinouma sériebet win casinosanções dos americanos contra apoiadores do regime venezuelano nos últimos meses.
Questionado, entretanto, o governo não responde qual seria o patrimônio do presidente venezuelano nos EUA e que negócios ele teria pessoalmente com o país.
Xadrez
Mas por que os Estados Unidos decidiram se focar nos investimentos e negócios pessoais do presidente venezuelano?
Para especialistas consultados pela BBC Brasil, as respostas passam pelo lobby da indústria americana do petróleo, que não quer ver preços mais altos nos postosbet win casinogasolina, por possíveis críticas internacionais a sanções mais drásticas contra o país e pela possibilidadebet win casinoum eventual fortalecimentobet win casinoMaduro - que poderia reagir a bloqueios contra a Venezuela com novas medidas radicais ou autoritárias.
O xadrez geopolítico inclui ainda o riscobet win casinoaprofundamento da crise humanitária no país sul-americano - que já sofre com desabastecimento, escassezbet win casinoalimentos e uma escalada sem precedentesbet win casinoviolência que deixou pelo menos dez mortos durante protestos no ultimo fimbet win casinosemana.
"O foco na pessoa físicabet win casinoMaduro serve para mostrar que os EUA estão fazendo algo. Isso trará algum efeito prático? Minha resposta é não", avalia Richard Nephew, pesquisador sênior do Centrobet win casinoPolítica Energética Global da Universidadebet win casinoColumbia, nos EUA.
"Neste momento, é difícil ver como pressões econômicas individuais podem mudar a posturabet win casinoMaduro. Ele viu vários aliados tendo seus investimentos congelados nos Estados Unidos nos últimos meses. Se ele manteve negócios por aqui, isso seria no mínimo inocente - e não acho que este seja o caso."
Na última quarta-feira, 13 pessoas ligadas ao governo venezuelano tiveram contas bancárias, negócios e imóveis congelados por apoiarem a convocação da Assembleia Constituinte no país.
Eric Farnsworth, vice-presidente do think tank Council of the Americas,bet win casinoWashington, discorda e afirma que a medida se concentra "no responsável" pela crise venezuelana.
"Os EUA estão conscientesbet win casinoque as medidas podem ser um meiobet win casinoincentivar o governo Maduro a mudarbet win casinodireção, restaurar as liberdades civis e retornar a um caminho democrático", afirmou à BBC Brasil.
"Não há vontade pelo governo americanobet win casinotomar medidas que prejudiquem os venezuelanos, que já sofreram significativamente. As sanções atuais e futuras buscarão esse equilíbrio, visando os mais responsáveis pela condição atual da Venezuela", completou.
Junto a uma profunda crise econômica fruto da queda dos preços do petróleo no exterior, a Venezuela registra os maiores índicesbet win casinoinflação do mundo - o que dificulta o acessobet win casinoboa parte da população a alimentos.
Rússia e Irã
Para Richard Nephew, da Universidadebet win casinoColumbia, sanções contra as exportaçõesbet win casinopetróleo venezuelano poderiam influenciar os preços dos barris no mercado internacional - trazendo como efeito colateral um fortalecimentobet win casinoprodutores rivais dos EUA, como Rússia e Irã.
"Isso teria impacto nos consumidores diretamente e tambémbet win casinoprodutores, um direto impacto nos preços. Eventuais sançõesbet win casinoexportações da Venezuela para o resto do mundo, como já fizemos com o Irã, exigiram gerar conversas difíceis com China, Rússia e outros países, e não acho que o presidente queira enfrentar isso", afirmou à BBC Brasil.
"A escolha por sancionar Maduro, e não o país, passa por questões importantes política e economicamente. Mesmo que se possa dizer que Maduro foi longe demais e houvesse apoio a isso, a ideiabet win casinoos EUA permitirem bloqueios contra um país latino-americano seria um problema geopolítico."
Para o especialista, a melhor saída para os Estados Unidos se posicionarembet win casinorelação a crise política e humanitária na Venezuela seria investirbet win casinoapoio a população venezuelana.
"É importante que tenhamos uma posição. A melhor seria ajudar a população da Venezuela. Precisamos oferecer ajuda humanitária. Após anosbet win casinochavismo e muitas críticas do país contra os EUA, haveria muito valorbet win casinotentar apoiar a população não com sanções, mas com apoio, ofertabet win casinoalimentos e produtosbet win casinoescassez", avaliou.
Diplomacia
O secretário do Tesouro, Steven T. Mnuchin, afirmou nesta segunda-feira que os EUA não descartam outras medidas para "restaurar a democracia" no país sul-americano,bet win casinoreferência à indústriabet win casinopetróleo venezuelana.
Na opiniãobet win casinoBen Raderstorf, pesquisador do think tank Inter-American, eventuais bloqueios contra as exportaçõesbet win casinopetróleo da Venezuela não seriam possíveis sem impactos diretos sobre a população do país.
"A escolha por mirar Maduro e outras autoridades venezuelanas é uma tentativabet win casinopressionar o governo sem afetar a população neste processo", afirmou.
"Sancionar as exportaçõesbet win casinopetróleo seria um sério golpe na principal fontebet win casinorecursos do país, fundamental para importaçõesbet win casinocomida para este país que já sofre por problemasbet win casinodesnutrição", avaliou.
Para Mark Schneider, conselheiro sênior do CSIS (Centro para Estudos Estratégicos e Internacionais, na siglabet win casinoinglês), o focobet win casinoMaduro seria um primeiro passo dos Estados Unidos para conquistar apoio internacional para eventuais futuras sanções.
"Trump quis deixar claro que Maduro deu um passo desastroso ao levar o país a uma ditadura. Com a medida, ele isola Maduro no grupo dos outros três chefesbet win casinoEstado que sofreram sanções. Tenho certeza que a decisão é frutobet win casinoconversas com outros países - basta ver a reação da comunidade latino-americana e europeia, que quase universalmente condenou a Assembleia Constituinte como inconstitucional e ilegítima."
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores brasileiro afirmou que a eleição da constituinte "desrespeita o princípio da soberania popular e confirma a ruptura da ordem constitucional".
Alémbet win casinoBrasil e EUA, o secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), Luis Almagro, e outros países americanos como Argentina, Canadá, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, México, Panamá e Peru se posicionaram contra a iniciativabet win casinoMaduro.
À reportagem, Schneider afirma que discorda da tesebet win casinoque poupar as estataisbet win casinopetróleo venezuelanas seria uma formabet win casinoproteger o mercado dos EUA - defendida inclusive por apoiadoresbet win casinoTrump no mercadobet win casinoóleo e gás.
"A quantidadebet win casinopetróleo comprado da Venezuela ébet win casino10% do total das importações americanas. Pode haver no curto prazo um movimentobet win casinopreços, mas isso não deve preocupar a economia americana", disse o especialista à BBC Brasil.
Mas muitos representantes desse mercado pensam diferente.
"Eventuais sanções ao setorbet win casinoenergia da Venezuela prejudicarão os negócios e consumidores dos EUA, ao mesmo tempobet win casinoque não abordarão os problemas reais na Venezuela", afirmou,bet win casinonota à imprensa, o presidente da Associação Americana dos Produtoresbet win casinoCombustível e Petroquímicos Chet Thompson.
Segundo a associação, principal órgão ligado a produtoresbet win casinopetróleo nos EUA, medidas contra o país poderiam aumentar os preços dos combustíveisbet win casinoforma "desastrosa".
Já o banco Barclays,bet win casinonota a investidores, alertou para a possibilidadebet win casinoum calote da dívida venezuelanabet win casinocasobet win casinosanções contra o país, já que 95% das receitasbet win casinoexportação da Venezuela vêm do petróleo.