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O polêmico pedidof12betsdesculpas do papa Francisco por ter ‘ferido’ vítimasf12betsabuso sexual:f12bets
f12bets O papa Francisco pediu desculpas nesta segunda-feira às vítimasf12betsabusos sexuais no Chile. Ele reconheceu que "machucou" as vítimas quando pediu "provas" das violações.
O pontífice fez a declaração a bordo do avião que o levavaf12betsvolta a Roma, depoisf12betsuma viagem por Chile e Peru.
A afirmação ocorre depoisf12betsFrancisco defender o polêmico bispo chileno Juan Barros, que é acusadof12betsencobrir casosf12betsabusos sexuais praticados por padresf12betscrianças e adolescentes do país.
"Me desculpo se os machuquei sem querer. Foi uma ferida que causei sem intenção", disse o pontífice, segundo a agência Reuters. "Isso me dói muito", acrescentou.
Na quinta-feira, o papa havia dito que as acusações contra Barros eram caluniosas. "O diaf12betsque me trouxerem uma prova contra o bispo Barros, aí sim posso falar (sobre o assunto)", disse o papa, na ocasião. A fala causou reações indignadasf12betscríticos do bispo chileno.
Durantef12betsvisita ao país, o papa Francisco enfrentou uma sérief12betsprotestos - dezenasf12betspessoas foram detidas pela polícia. Ele encontrou vítimasf12betsabusos e disse que sentiu "dor e vergonha" pelos escândalos.
Segundo James Reynolds, correspondente da BBCf12betsRoma, o pedidof12betsdesculpasf12betshoje é fato raro. "É incomum o papa se desculpar por suas próprias palavras", explica Reynolds. "Ele entendeu que seu pedidof12betsprovas foi um tapa na face das vítimas."
No entanto, diz Reynolds, Francisco insiste que uma investigação mostrou que não há provas contra Barros.
Abusos dentro da Igreja
O bispo Juan Barros, que foi defendido por Francisco, é acusadof12betsacobertar abusos sexuais atribuídos ao sacerdote Fernando Karadima, hoje com 87 anos, condenadof12bets2011 pelo Vaticano por abusarf12betscrianças.
O chamado caso Karadima abalou fortemente a imagem da Igreja Católica no Chile, já que, ao longof12betsmaisf12betsuma década, autoridades eclesiásticas ignoraram as acusações contra o sacerdote, que tinha fortes vínculos com a elite política e empresarial do país.
Só quando as vítimas vieram a público é que o Vaticano decidiu investigar o caso.
O papa já declarou ter "tolerância zero" a abusos sexuais, mas a nomeaçãof12betsBarros como bispof12betsOsorno (sul do Chile) reabriu antigas feridas. Segundo vítimasf12betsKaradima, Barros tinha conhecimento dos abusos praticados por seu protegido e permitiu que eles seguissem sendo praticados. O bispo nega as acusações.
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