Os russos que vieram para o Brasil fugindo da revolução comunistacasas de apostas bónus grátis1917:casas de apostas bónus grátis

Legenda da foto, Nicolau Ivanovich Vassilnenko (de preto) era capitão do Exército Branco quando os bolcheviques tomaram o poder; paara não ser mandado à prisão na Sibéria ou, pior, fuzilado com tiro na nuca, fugiu às pressas e se instalou no Brasil | Fonte: Arquivo pessoal

"Meu pai teve três irmãos. Todos eles foram fuzilados por ordemcasas de apostas bónus grátisJosef Stálin. Se não tivesse fugido da Rússia,casas de apostas bónus grátis1921, teria tido o mesmo fim", garante Igor. Com o fim da guerra civil,casas de apostas bónus grátisdezembrocasas de apostas bónus grátis1922, foi criada a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) - que voltaria a mergulharcasas de apostas bónus grátisum períodocasas de apostas bónus grátisgrande sofrimento e terror nos expurgoscasas de apostas bónus grátisJosef Stálin, que mataram milhõescasas de apostas bónus grátispessoas.

Legenda da foto, Igor Chnee Anatóli era um dos integrantes do Exército Branco, que tentava evitar a revolução comunista. Ele fugiu para o Brasil quando os bolcheviques tomaram o poder | Fonte: Arquivo pessoal

Refúgio no Brasil

Autor do livro Imigrantes Russos no Brasil, Igor Chnee integra o grupocasas de apostas bónus grátis1,8 milhãocasas de apostas bónus grátisdescendentescasas de apostas bónus grátisimigrantes e refugiados russos que, segundo estimativas, vivem hoje no Brasil. Os Estados que concentram o maior númerocasas de apostas bónus grátisfilhos, netos e bisnetoscasas de apostas bónus grátisrussos são Rio Grande do Sul, São Paulo, Goiás e Paraná, seguidoscasas de apostas bónus grátisRiocasas de apostas bónus grátisJaneiro, Santa Catarina e Pernambuco.

"Depoiscasas de apostas bónus grátisderrotado pelo Exército Vermelhocasas de apostas bónus grátisVladimir Lênin, o Exército Branco fugiu para diversos países, como Bulgária, França e Alemanha. Na ocasião, aproximadamente 200 imigrantes russos, vindoscasas de apostas bónus grátisdois navios, Provence e Aquitaine, desembarcaram no portocasas de apostas bónus grátisSantos", relata Victor Gers Júnior, presidente da Associação Russo Brasileira (ARB), entidade cultural com sedecasas de apostas bónus grátisSão Paulo (SP).

Na lista dos russos que encontraram abrigo no Brasil estão Yuri Andreievitch Leskov e Nicolau Ivanovich Vassilnenko. O primeiro era diplomatacasas de apostas bónus grátismissão na Bulgária e o segundo, capitão do Exército Branco quando os bolcheviques tomaram o poder. Para não serem mandados para a prisão na Sibéria ou, pior, fuzilados com um tiro na nuca, fugiram às pressas. A famíliacasas de apostas bónus grátisYuri chegou ao Brasilcasas de apostas bónus grátis1944. Acasas de apostas bónus grátisNicolau, dois anos depois.

"Minha avó tinha verdadeiro pavorcasas de apostas bónus grátisLênin e Stálin. Para ela, eram a encarnaçãocasas de apostas bónus grátisSatã", afirma a bailarina, professora e coreógrafa francesa Tatiana Leskova,casas de apostas bónus grátis94 anos. "Todos os homens da família, tanto do lado da minha mãe, Helena, quanto do meu pai, Yuri, foram mortos pelo Exército Vermelho. Não sobrou ninguém para contar a história", lamenta a ex-diretora do corpocasas de apostas bónus grátisbaile do Theatro Municipal do Riocasas de apostas bónus grátisJaneiro.

Legenda da foto, Yuri Andreievitch Leskov era diplomatacasas de apostas bónus grátismissão na Bulgária quando a revolução comunista aconteceu. Ele buscou refúgio no Brasil e trouxe a família | Fonte: Arquivo pessoal

No meiocasas de apostas bónus grátistanta tristeza, Tamara Kalinin, a filhacasas de apostas bónus grátisNicolau, se atreve a contar uma história curiosa. Seus pais, relata, se casaram no dia 14casas de apostas bónus grátisoutubrocasas de apostas bónus grátis1920, entre duas batalhas. Ele era oficial e ela, enfermeira. O local da cerimônia foi, no mínimo, inusitado: a capelinhacasas de apostas bónus grátisum cemitério no sul da Rússia. O casal não teve tempocasas de apostas bónus grátiscurtir a luacasas de apostas bónus grátismel. No dia 20casas de apostas bónus grátisnovembro, embarcavacasas de apostas bónus grátisSebastopol, na Crimeia, rumo ao exílio.

"A adaptação deles foi difícil. Meu pai trabalhava como mecânico e minha mãe, costureira. Os dois custaram a arranjar emprego", lamenta Tamara, uma professora francesacasas de apostas bónus grátis86 anos que dá aula particularcasas de apostas bónus grátisrussocasas de apostas bónus grátisSão Paulo. "Curiosamente, meu pai terminou seus dias como padre da Igreja Ortodoxa", conta.

'A Revolução Russa destruiu minha família'

Se dependercasas de apostas bónus grátisTatiana e Tamara, o dia 7casas de apostas bónus grátisnovembrocasas de apostas bónus grátis2017 vai passarcasas de apostas bónus grátisbranco.

"Não tenho nada a comemorar. A Revolução Russa destruiu minha família", queixa-se Tatiana Leskova.

"Foi um período tenebrosocasas de apostas bónus grátismuita fome e perseguição", faz coro Tamara Kalinin.

"Felizmente, a Rússia, que estava morta desde 1917, ressuscitoucasas de apostas bónus grátis1991", festeja, referindo-se às duas reformas implementadas pelo presidente Mikhail Gorbatchov: a glasnost ("transparência"), que abre espaço para o debate político, e a perestroika ("reconstrução"), que promove uma reforma econômica.

Legenda da foto, "Não tenho nada a comemorar. A Revolução Russa destruiu minha família", queixa-se Tatiana Leskova

Em dezembro daquele ano, as 15 repúblicas soviéticas proclamaramcasas de apostas bónus grátisindependência e deram fim à antiga URSS.

A opiniãocasas de apostas bónus grátisTamara e Tatiana é compartilhada por Igor Chnee.

"A Revolução Russa foi uma desgraça para o país. O povo foi nivelado por baixo. Todo mundo virou pobre", opina.

Indagado se a Rússia do presidente Vladimir Putin, o terceiro líder pós-comunista do país, é diferente daquela do czar Nicolau 2º, o último representante da dinastia Romanov, diz que sim. "Em alguns aspectos, sou obrigado a reconhecer, melhorou. A Rússia hoje está melhor do que na época do império. Atualmente, 100% da população é alfabetizada", justifica Igor.