O que se sabe sobre Sayfullo Saipov, acusado pelo ataque que matou 8sport 4NY:sport 4
sport 4 As autoridades americanas identificaram como Sayfullo Saipov o homem acusadosport 4atropelar pedestres e ciclistas no sulsport 4Manhattan,sport 4Nova York, na tardesport 4terça-feira.
Oito pessoas morreram e pelo menos doze ficaram feridas no ataque. Entre os mortos, estão cinco argentinos, uma belga e dois americanos.
De acordo com as primeiras informações, Saipov,sport 429 anos, é um imigrante do Uzbequistão, que teria chegado aos Estados Unidossport 42010 e se estabelecido na cidadesport 4Tampa, na Flórida.
Ele foi baleado e detido após confronto com a polícia. No momento, encontra-se hospitalizado com "ferimentos graves", segundo o comissário-chefe da políciasport 4Nova York, James O'Neill.
As investigações indicam que Saipov estava morando, nas últimas semanas,sport 4Paterson,sport 4Nova Jersey, onde teria alugado a caminhonete usada no ataque.
Dilnoza Abdusamatova, uma conhecida do suspeito, contou ao jornal americano The Washington Post que ele ficou por 15 dias comsport 4família,sport 4Cincinnati, no Estado americanosport 4Ohio, ao chegar aos Estados Unidos. Seus pais eram amigos.
Em seguida, ele teria se mudado para a Flórida para trabalhar.
Motorista do Uber
O uzbeque Kobiljon Matkarov, que conheceu Saipov na Flórida, relatou ao jornal americano The New York Times que ele estava trabalhando ultimamente como motorista do Uber, na regiãosport 4Nova Jersey.
"Ele era uma pessoa muito boa quando o conheci... Gostava dos Estados Unidos. Ele parecia muito feliz, estava o tempo todo contente, falava como se estivesse tudo bem. Não parecia um terrorista", acrescentou Matkarov.
Em nota, o Uber confirmou que Saipov prestava serviço para a empresa e se declarou "horrorizado" com o ataque.
"Nosso coração está com as vítimas e suas famílias. Estamossport 4contato com as autoridades para fornecer nossa total colaboração".
'Atosport 4terrorismo'
A polícia trata o incidente como ataque terrorista, e o FBI, a polícia federal americana, já confirmou que está à frente das investigações.
A imprensa americana informou que foi encontrada uma nota, redigida à mão, dentro do veículo usado no ataque. No texto, Saipov declarasport 4lealdade ao grupo extremista autodenominado Estado Islâmico.
No entanto, até agora, nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque. As autoridades acreditam que se tratasport 4um "lobo solitário", ou seja, uma pessoa que agiu sozinha após ter sido inspirada, mas não diretamente instruída pelo EI.
De acordo com o governadorsport 4Nova York, Andrew Cuomo, não há indíciossport 4que possa haver novos atentados.
Mesmo assim, o presidente Donald Trump fez referência ao Estado Islâmico.
"Não podemos permitir que o Estado Islâmico retorne ou entresport 4nosso país após derrotá-lo no Oriente Médio esport 4outros lugares. Basta", escreveu o presidente emsport 4conta no Twitter.
O prefeitosport 4Nova York, Billsport 4Blassio, classificou o incidente como um atosport 4terrorismo covarde.
"É um diasport 4muita dor para a nossa cidade, uma tragédia horrível. Só para esclarecer, com base na informação que temos neste momento, foi um atosport 4terrorismo, particularmente covarde", disse o prefeitosport 4entrevista coletiva.
Ele estava armado?
Na ação, o suspeito atropelou pedestres e ciclistas antessport 4se chocar contra um ônibus escolar. Na sequência, teria saído armado do veículo e, após uma tentativasport 4fuga, foi atingido no abdômen e detido.
Foram encontradas no local do incidente uma armasport 4paintball e uma espingarda, que seriam falsas.
Uma testemunha disse ao canalsport 4televisão local NY1 que viu quando Saipov estava tentando fugir: "Eu vi que ele estava segurando alguma coisa, mas não sei dizer o que era. Mas dizem que era uma arma".
"Quando os policiais atiraram, todo mundo saiu correndo, foi uma confusão. Então, quando olhei novamente, ele já estava no chão", acrescentou a testemunha.
Tony Vásquez, segurançasport 4um banco próximo ao local do atentado, contou à BBC que saiu para ver o que estava acontecendo depois que um cliente contou ao gerente ter ouvido disparos.
"Na mesma hora ficou cheiosport 4policiais, eles bloquearam a rua. Foi uma loucura, aconteceu tudo muito rápido", disse Vásquez.
Uzbequistão
Caso se confirme que o autor do ataque ésport 4fato uzbeque, esta será a quarta vez, apenas neste ano, que um cidadão do país centro-asiático se envolve nesse tiposport 4ação.
No diasport 4Ano Novo, um atirador uzbeque lançou um ataquesport 4uma casa noturna da cidade turcasport 4Istambul, matando 39 pessoas.
Em abril, um homemsport 4etnia uzbeque, mas nascido no vizinho Quirguistão, foi responsabilizado por uma explosão no metrô da cidade russasport 4São Petersburgo, matando 14 pessoas. No mesmo mês, na capital sueca, Estocolmo, um uzbeque avançou com um veículo sobre um gruposport 4pessoas, matando outras quatro.
Todos os ataques foram reivindicados ou foram associados ao grupo autodenominado Estado Islâmico.
Parte da antiga União Soviética, o Uzbequistão é o país mais populoso da Ásia Central, esport 4população é emsport 4maioria muçulmana, seguidora do ramo sunita do Islã.
Após o colapso da URSSsport 41991, o país viveu uma grande ondasport 4revivalismo religiososport 4que os uzbeques buscavam ampliar seu conhecimento sobre a religião. Nessa época, muitas novas mesquitas foram construídas no país.
Segundo analistas, a existênciasport 4um regime autoritário e as difíceis condições econômicas enfrentadas pelo Uzbequistão no período incentivaram uma parte da população, particularmente os jovens, a abraçarem uma visão mais conservadora do Islã, também associada ao Estado Islâmico.
Rússia, por causa dos laços históricos com o Uzbequistão, e a Turquia, por causa da afinidade linguística, além da facilidadesport 4acesso, sempre foram considerados os países mais vulneráveis a ataquessport 4radicais islâmicos vindos do Uzbequistão.