Casoroleta no googlemulher arrastada pela ruaroleta no googleplena luz do dia provoca debate sobre machismo e violência no Peru:roleta no google
roleta no google Em plena rua,roleta no googleum dos mais badalados bairrosroleta no googleLima, a capital do Peru, Martín Alonso Camino Forsyth,roleta no google29 anos, arrasta pela calçadaroleta no googlenamorada, Micaelaroleta no googleOsma,roleta no google23.
A cena, ocorrida no domingoroleta no googleMiraflores, foi gravadaroleta no googlevídeo por uma vizinha do casal.
As impressionantes imagens viralizaram nas redes sociais e esquentaram o debate sobre machismo, violência contra mulher e feminicídio no país.
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Veja maisroleta no googleFacebookA BBC não se responsabiliza pelo conteúdoroleta no googlesites externos.Finalroleta no googleFacebook post
Camino Forsyth foi detido no domingo, logo depois que a namorada prestou queixa contra ele na polícia.
Osma narrou que, antesroleta no googlearrastá-la pela rua, o namorado a ameaçou com uma faca para que fornecesse a senha do telefone celular,roleta no googleum ataqueroleta no googleciúme.
Ela tentou fugir e, então, Camino Forsyth a segurou pelo braço e a arrastou por vários metros até levá-laroleta no googlevolta ao apartamento dele.
Dois dias preso
Depoisroleta no googleser detido, o agressor foi acusadoroleta no googletentativaroleta no googlefeminicídio e ficou preso por 48 horas, o máximo permitido por lei para esse crime.
O caso levou a ministra da Mulher eroleta no googlePopulações Vulneráveis do Peru, Ana María Choquehuanca, a tecer duras críticas à legislação.
"Somente podem deter alguém por dois dias. Temos que fazer um esforço conjunto do Executivo e Legislativo para reforçar as leis", disse Choquehuanca, na segunda-feira, numa coletivaroleta no googleimprensa.
"Essa semana vou conversar com meus colegas congressistas para pedir apoioroleta no googlerelação a esse tema", disse a ministra.
Feminicídio
No Peru, há pelo menos um feminicídio ou uma tentativaroleta no googlefeminicídio por dia, segundo o movimento Ni Una Menos. A entidade diz que registrou 941 assassinatosroleta no googlemulheres - a maior parte deles cometidos pelos companheiros ou ex-companheiros -roleta no google2009 a junho deste ano.
Segundo o Observatórioroleta no googleCriminalidade do Ministério Público do Peru, 57% das vítimasroleta no googlefeminicídios morreram emroleta no googlecasa.
O Brasil, porroleta no googlevez, é o país com a quinta maior taxaroleta no googlefeminicídio do mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o númeroroleta no googleassassinatos chega a 4,8 para cada 100 mil mulheres. O Mapa da Violênciaroleta no google2015 contabilizou, entre 1980 e 2013, 106.093 mortes pela condiçãoroleta no googleser mulher.
Apesar das estatísticas, poucos foram os casos que deram tanto o que falar quanto o episódioroleta no googledomingo no Peru. A cenaroleta no googleCamino Forsyth arrastando a namorada foi exibida por vários programas na televisão.
Parte do interesse se deve ao fatoroleta no googleque o casal éroleta no googleclasse média alta eroleta no googlea cena ter ocorrido na ruaroleta no googleum dos mais elegantes bairros da capital peruana. O fatoroleta no googleter sido registradoroleta no googlevídeo também ajudou a dar repercussão nacional - e internacional - ao caso.
"Uma vizinha gravou tudo, isso jamais acontece", disse à BBC Mundo, Paola Ugaz, jornalista que colabora com o movimento Ni Una Menos.
Ugaz acredita que se a vítima não tivesse reportado a agressão, a repercussão não teria sido a mesma.
A ministra Choquehuanca também salientou a coragem da vizinha que filmou a agressão e pediu aos cidadãos que intervenhamroleta no googlecasosroleta no googleviolênciaroleta no googlegênero.
"Nunca devemos ficar calados. Nesse caso, agradeço a vizinha que fez a gravação", disse a ministra, afirmando ainda que ainda é muito raro uma mulher denunciar o companheiro por violência.
A comoção nacional pelo caso levou o grupo Ni Una Menos a convocar um protesto para 25roleta no googlenovembroroleta no googleLima.
Esta será a segunda grande manifestação convocada pelo grupo.
A primeira foiroleta no googleagosto do ano passado, e contou com dezenasroleta no googlemilharesroleta no googlepessoas. Ela foi inspirada no movimentoroleta no googlemesmo nome, Ni Una Menos, surgido na Argentina,roleta no google2015. A imprensa e diferentes partidos políticos apoiaram a iniciativa, ocorrida sob o lema "mexem com uma, mexem com todas".
De lá pra cá, entretanto, pouco mudou. Paola Ugaz espera que a indignação com esse caso mais recente dê força à causa.
Recentemente, a jornalista Lorena Álvarez denunciou o companheiro - um comentarista econômico e acadêmicoroleta no googleprestígio - por reiteradas agressões e ameaçasroleta no googlehomicídio.
No caso da agressãoroleta no googleMiraflores, Martín Alonso Camino Forsyth se declarou culpado e disse que estava drogado na hora da agressão.
Alémroleta no googleressaltar a violência contra mulheres, o episódio mostrou que a cultura machista ainda é forte no país.
Um exemplo é um texto publicado pelo diário sensacionalista Trome, muito popular no Peru, com o título "Nem uma a menos: por que Martín Alonso Camino Forsyth agrediuroleta no googlenamorada?", no qual tentou explicar o comportamento do agressor.