Como protestocasino bonus 24jogador contra o racismo se espalhou e virou ato anti-Trump:casino bonus 24

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Colin Kaepernick (centro), então quaterback do San Francisco 49ers, começou seu protesto durante a pré-temporadacasino bonus 24futebol americanocasino bonus 242016

"Se os fãs da NFL se recusassem a ir às partidas até que os jogadores deixassemcasino bonus 24faltar com o respeito à nossa bandeira e ao nosso país, veríamos uma mudança rápida. Que sejam demitidos ou suspensos", afirmou o presidente no Twitter.

Atletas desafiam Trump

A declaração do presidente gerou mais manifestações. Centenascasino bonus 24jogadorescasino bonus 24futebol americano se ajoelharam, sentaram ou simplesmente não participaram da cerimôniacasino bonus 24execução do hino na rodada deste fimcasino bonus 24semana.

Atletas do Seattle Seahawks e do Tennessee Titans ficaram no vestiário durante o hino, horas após o Pittsburgh Steelers fazer o mesmocasino bonus 24Chicago (exceto Alejandro Villanueva, veterano que serviu no Afeganistão). Os jogadores do Chicago Bears se posicionaram à margem do campo com os braços cruzados, assim como o quarterback Tom Brady, estrela do New England Patriots, e seus companheiroscasino bonus 24equipe.

O intérprete do hino na partida Seahawks x Titans ajoelhou-se no fim da performance, assim como o cantor do hino no jogo Lions x Falcons, que ainda levantou o punho.

Roger Goodell, comissário da NFL, divulgou uma nota dizendo que "comentários separatistas como esse (de Trump) demonstram faltacasino bonus 24respeito".

Outros esportes

As manifestações também ecoaramcasino bonus 24outros esportes. Na noitecasino bonus 24sábado, Bruce Maxwell se tornou o primeiro jogador da ligacasino bonus 24beisebol americana (MLB) a se ajoelhar durante o hino nacional.

Também no sábado, Trump retirou o convite para o Golden State Warriors, atual campeão da liga americanacasino bonus 24basquete (NBA), visitar a Casa Branca, depois que Stephen Curry, um dos astros da equipe, dizer que não queria participar da solenidadecasino bonus 24uma formacasino bonus 24protesto às declarações do presidente.

"Ir à Casa Branca é considerado uma grande honra para uma equipe. Stephen Curry está hesitando, então o convite está retirado!", disse o presidente no Twitter.

O tricampeão LeBron James, que joga pelo Cleveland Cavaliers, respondeu: "Ir para a Casa Branca era uma honra até você aparecer".

Lenda da NBA, Michael Jordan também entrou na discussão:

"Aqueles que exercem o direitocasino bonus 24se expressar pacificamente não devem ser demonizados ou desprezados", disse ele, atual dono dos Charlotte Hornets.

Músicos como Stevie Wonder, John Legend e Pharrell Williams também demonstraram solidariedade aos atletas e aderiram aos protestos, fazendo manifestações durante seus respectivos shows no fimcasino bonus 24semana.

"Esta noite, eu me ajoelho pela América", disse Stevie Wonder, ficandocasino bonus 24joelhos no palco.

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Legenda da foto, Stevie Wonder contou com a ajuda do filho Kwame para se ajoelhar durante showcasino bonus 24NY

Como tudo começou

O jogador Colin Kaepernick, atualmente sem time, sentou pela primeira vez durante a execução do hino nacional na pré-temporadacasino bonus 242016.

"Eu não vou levantar para demonstrar orgulho pela bandeiracasino bonus 24um país que oprime pessoas negras e pessoascasino bonus 24cor", afirmou na ocasião.

"Para mim, isso é maior do que o futebol e seria egoísta da minha parte vercasino bonus 24outra forma."

Trump negou, no entanto, que seu recentes comentários sobre os protestos tenham a ver com a questão racial.

"A questãocasino bonus 24se ajoelhar não tem nada a ver com raça", disse o republicano.

"É sobre o respeito ao nosso país, à bandeira e ao hino nacional. A NFL deve respeitar isso!", acrescentou.

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Legenda da foto, Gestoscasino bonus 24protesto durante o hino dos EUA não são limitados ao presente - os atletas Tommie Smith e John Carlos levantaram os punhos cerrados, usando uma luva preta, durante a cerimôniacasino bonus 24entregacasino bonus 24medalha dos Jogos Olímpicos do Méxicocasino bonus 241968

Letra polêmica

O protestocasino bonus 24Kaepernick no ano passado gerou uma sériecasino bonus 24debates sobre a letra do hino.

Enquanto alguns defendem que o conteúdo é racista e justifica a escravidão, outros dizem que esta é uma leitura exagerada.

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Legenda da foto, A jogadora Megan Rapinoe, campeã mundialcasino bonus 24futebol pela seleção dos EUA, também se juntou à causacasino bonus 24Kaerpernickcasino bonus 24um jogo do seu time, o Seattle, no ano passado

Mas o que diz exatamente o hino?

A letracasino bonus 24The Star-Spangled Banner ("A Bandeira Estrelada") corresponde ao poema The Defence of Fort McHenry ("A Defesa do Forte McHenry"), escritocasino bonus 241814 por Francis Scott Key, que testemunhou o bombardeio britânico ao Forte McHenry,casino bonus 24Baltimore, durante a Guerracasino bonus 241812.

Em 1931, a obra foi oficialmente designada como o hino nacional dos Estados Unidos.

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Legenda da foto, Controvérsiacasino bonus 24relação a gestoscasino bonus 24protesto atraiu mais atenção para o início da temporada oficial da NFL

A canção é conhecida principalmente porcasino bonus 24primeira parte, que geralmente é a única a ser cantada. No entanto, o poema tem quatro fragmentos.

O terceiro é o mais polêmico e se tornou pivô da discussão. Nele consta o seguinte verso: "Nenhum refúgio poderia salvar o mercenário e o escravo do terror da fuga, ou da escuridão do sepulcro".

A frase é geralmente interpretada como uma celebração das mortescasino bonus 24escravos que lutaram no lado britânico durante a guerra.

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Legenda da foto, Hino tem trecho polêmico

O exército britânico ofereceu liberdade aos escravos que aderissem àcasino bonus 24causa. Aqueles que concordaramcasino bonus 24se juntar a eles formaram o corpocasino bonus 24Marines Coloniais.

'Canção racista e escravista'

Em artigo publicado na revista The Root, o professorcasino bonus 24Ciência Política Jason Johnson define o hino como "uma das canções mais racistas, a favor da escravidão e contra os negros".

Para Johnson, Key era um aristocrata que não se opunha à escravidão e considerava os negros como seres inferiores.

Outros acrescentam que é uma canção militarista, talvez apropriada para o século 19 e para temposcasino bonus 24guerra, mas questionam que seja adequada para os diascasino bonus 24hoje.

Há quem diga que o fato desta parte não ser recitada atualmente confirma que se tratacasino bonus 24um hino racista e discriminatório.

Por outro lado, há vozes que defendem o hino e argumentam que as críticas que estão sendo feitas são exageradas e fora do contexto.

O musicólogo Mark Clague, professor da Universidadecasino bonus 24Michigan, acha o debate positivo, mas não compartilha da visãocasino bonus 24acadêmicos como Johnson.

"Se há pessoas que não sentem que a canção os representa, devemos prestar atenção. Mas se rechaçamos a música como racista ou declararmos que não é nosso hino, não resolveremos o problema", disse ao jornal americano The New York Times.

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Legenda da foto, Em partida neste fimcasino bonus 24semana, jogadores do Jacksonville Jaguars também se ajoelharam durante o hino no estádiocasino bonus 24Wembley,casino bonus 24Londres

Nacasino bonus 24opinião, o poema não glorifica nem celebra a escravidão: foi escrito contra o inimigo britânico na Guerracasino bonus 241812.

"Os mercenários e escravos a quem Key faz referência inclui negros e brancos", avalia Clague, acrescentando que "para Key, os mercenários eram perversos e os marines coloniais eram traidores que ameaçavam desencadear uma insurreição nacional".

Os defensores dessa posição dizem que essa parte do hino deixoucasino bonus 24ser cantada não devido ao racismo, mascasino bonus 24sinalcasino bonus 24respeito perante o Reino Unido, que se tornou aliado dos EUA na Primeira Guerra Mundial (1914-1918).