'Tenho medo do meu vizinho': crimesbaixar app da pixbetódiobaixar app da pixbetalta nos EUAbaixar app da pixbetTrump têm minorias como alvo:baixar app da pixbet
"Nós queremos viver com medo dos nossos vizinhos? Há definitivamente um elementobaixar app da pixbetmedo. Nós consideramos nos armar para nos proteger."
A história do casal é apenas umabaixar app da pixbetmuitas. São Petersburgo é larbaixar app da pixbetuma comunidadde LGBT vibrante, e estão se multiplicando ameaças relacionadas à discriminação. Na verdade, atitudes desse tipo estão se tornando mais frequentesbaixar app da pixbettodo o país, somando 11%baixar app da pixbettodos os "crimesbaixar app da pixbetódio".
Muitos - tanto observadores como vítimas - culpam o clima político atual nos Estados Unidos por essa escalada do ódio. "Desde as eleições, as pessoas sentem-se encorajadas a manifestar seu ódio ou desagrado", diz Gascot. "(Os republicanos) fizeram uma campanha baseada no medo. Então, como algo assim não iria ocorrer?"
Dois dígitos
No fimbaixar app da pixbetsemana passado, confrontosbaixar app da pixbetuma manifestaçãobaixar app da pixbetsupremacistas brancosbaixar app da pixbetCharlottesville, na Virgínia, chocaram os Estados Unidos - e o mundo -baixar app da pixbetum dos episódios recentes mais violentos no país. Uma mulher foi morta quando um carro avançou sobre pessoas que participavambaixar app da pixbetum protesto antirracista.
Crimesbaixar app da pixbetmotivação ideológica estãobaixar app da pixbetdestaque nos Estados Unidos desde a vitóriabaixar app da pixbetTrump,baixar app da pixbetnovembrobaixar app da pixbet2016. Um estudo do Centro para Estudobaixar app da pixbetÓdio e Extremismo, da California State University, aponta um aumentobaixar app da pixbetdois dígitos no númerobaixar app da pixbetcasosbaixar app da pixbetmuitas regiões metropolitanas no ano passado - uma tendência que parece continuarbaixar app da pixbet2017.
Na cidadebaixar app da pixbetNova York, esse aumento foibaixar app da pixbet24%, o maiorbaixar app da pixbetmaisbaixar app da pixbetuma década. Em Chicago,baixar app da pixbet20%. Na Filadélfia,baixar app da pixbet50%. Em Washington,baixar app da pixbet62% - o mais acentuado entre as 25 maiores cidades pesquisadas.
A listabaixar app da pixbetocorrências vaibaixar app da pixbetataques físicos a grafites racistas, depredaçãobaixar app da pixbetsinagogas e cemitérios judeus, insultos contra imigrantes e afro-americanos. Abusos contra muçulmanos, lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros contribuem muito para esse crescimento.
Apesar das conclusões do estudo serem preliminares e parciais - alguns Estados não forneceram dados -, elas permitem vislumbrar uma tendência que também foi observada por outras pesquisas.
A Liga Anti-Difamação relata, por exemplo, que o númerobaixar app da pixbetincidentes antissemitas quase dobraram no primeiro trimestrebaixar app da pixbet2017. Outros especialistas falambaixar app da pixbetum aumentobaixar app da pixbet106% nos episódiosbaixar app da pixbetódio nas escolas.
'Ódios Unidos da América'
Ânimos inflamados durante a campanha presidencial, que foi marcada por temas raciais, bem como uma disposição das vítimasbaixar app da pixbetnão recuarem podem estar por trás do aumento, segundo pesquisadores.
Ao destacar temas como raça, religião e nacionalidade, o tom da última campanha presidencial americana pode ter influenciado os crimesbaixar app da pixbetódio, levando à ação "indivíduosbaixar app da pixbetmotivações diversas, desde fanátivos hardcore até aqueles que apenas buscam uma emoção", opina o diretor do Centrobaixar app da pixbetEstudo do Ódio e Extremismo, Brian Levin.
O pesquisador não está sozinho ao apontar uma relação entre as explosõesbaixar app da pixbetviolência e a retórica polarizadabaixar app da pixbetTrump - apesarbaixar app da pixbetnão haver prova estatísticabaixar app da pixbetuma correlação entre os dois fatores.
"Ódio e extremismo ganharam muita atenção", escreve Benjamim Henning, professorbaixar app da pixbetGeografia da Universidade da Islândia e pesquisador da Universidadebaixar app da pixbetOxford, no Reino Unido. "A eleiçãobaixar app da pixbetTrump também se deve abaixar app da pixbetretórica, que aproximou extremistasbaixar app da pixbetdireita dos Estados Unidos."
Um estudo realizado três meses após o dia da eleição americana oferece mais evidênciasbaixar app da pixbetuma espéciebaixar app da pixbet"efeito Trump". O Southern Poverty Law Center (SPLC), organização que monitora extremistas nos Estados Unidos, contabilizou 1.094 incidentesbaixar app da pixbetódio entre novembrobaixar app da pixbet2016 e fevereirobaixar app da pixbet2017, como parte do projeto #ReportHate (denuncie o ódio,baixar app da pixbetinglês).
Destes, 37% se referiram abertamente a Trump, seus slogansbaixar app da pixbetcampanha ou políticas. Outro esforçobaixar app da pixbetrastreamento do sitebaixar app da pixbetnotícias ThinkProgress aponta que esse número seriabaixar app da pixbet42%. O fatobaixar app da pixbetque diferentes organizações americanas sentem que há uma necessidadebaixar app da pixbetuma basebaixar app da pixbetdadosbaixar app da pixbetcrimesbaixar app da pixbetódio é um sinal dos tempos.
O SPLC foi fundado por advogadosbaixar app da pixbetdireitos humanos para monitorar grupos supremacistas brancos como a Ku Klux Klan, mas depois ampliou seu alcance. Agora, mapeou todos os gruposbaixar app da pixbetódio nos Estados Unidos: eram 917baixar app da pixbetatuação no paísbaixar app da pixbet2016. Dois anos antes, eram 784. O Estado da Califórnia (79) tem o maior número, seguido pela Flórida (63).
O SPLC também está construindo um mapabaixar app da pixbetcrimesbaixar app da pixbetódio, no qual Califórnia, Nova York e Texas concentram o maior númerobaixar app da pixbetincidentes.
Os crimesbaixar app da pixbetódio são difíceisbaixar app da pixbetrastrear. O FBI, que deveria acompanhar essas ocorrências, computa certabaixar app da pixbet6 mil casos anualmente. Mas um relatório do Escritóriobaixar app da pixbetEstatísticasbaixar app da pixbetJustiça,baixar app da pixbetjunho, estima 250 mil. Por que essa diferença?
Uma das razões, dizem os especialistas, é que as agências legais não têmbaixar app da pixbetse reportar ao FBI. Então, os números do FBI podem estar desatualizados. Além disso, 46% das vítimas não procuram a polícia.
"Incidentesbaixar app da pixbetódio não parecem seguir um padrão único, todas as minorias são afetadas", afirma Heidi Beirich, diretor do Projeto Inteligência do SPLC. Alguns tiposbaixar app da pixbetcrimes, Beirich afirma, são mais subestimados que outros.
*Passe o cursor sobre os gráficos para visualizar os números
Números contestados
Em um ambiente polarizado, não chega a ser uma surpresa que alguns desses números sejam contestados e que algumas vozes críticas rejeitem a ideiabaixar app da pixbetque exista um picobaixar app da pixbetcrimesbaixar app da pixbetódio nos Estados Unidosbaixar app da pixbetTrump.
Eles argumentam que a proliferaçãobaixar app da pixbetgruposbaixar app da pixbetódio é um fenômeno que começou antes da candidatura do atual presidente - na virada do século, motivadabaixar app da pixbetparte pela rejeição da imigração latina e por projeções demográficas que mostravam que os brancos deixarãobaixar app da pixbetser maioria nos Estados Unidos a partirbaixar app da pixbet2040.
Consequentemente, afirmam, não se pode afirmar que um aumento nas taxasbaixar app da pixbetcrimesbaixar app da pixbetódio resultem do discurso inflamado da campanhabaixar app da pixbetTrump.
Na verdade, os números atuaisbaixar app da pixbetgruposbaixar app da pixbetódiobaixar app da pixbetatuação, medidos pelo SPLC, estariam abaixo do recorde registradobaixar app da pixbet2011.
Além disso, o SPLC tem sido criticado por ter ido longe demais na classificaçãobaixar app da pixbetgrupos e indivíduos como extremistas. E também por não ter dados históricos suficientes que mostrem se a tendênciabaixar app da pixbetcrescimento apresentada ébaixar app da pixbetfato sólida.
Outros dizem que os ataques contra minorias têm ocorridobaixar app da pixbetgrandes números há muito tempo - sem que ninguém estivesse observando ou contando. O movimento ativista "Black Lives Matter" (vidas negras importam), por exemplo, afirma que os negros são vítimas "regularmente, diariamente".
"Enquanto o presidente (Trump) e seus conselheiros contribuem significativamente para a faltabaixar app da pixbetsegurança que os negros vivenciam e são responsáveis por incríveis danos infligidosbaixar app da pixbetcomunidades negras, há sintomasbaixar app da pixbetque a supremacia branca e a xenofobia são inimigos muito maiores do que um governo", escreveu o movimentobaixar app da pixbetum post no Facebook, depois dos confrontos violentosbaixar app da pixbetCharlottesville, sábado passado.
Então, se trataria apenasbaixar app da pixbetuma maior cobertura da mídia sobre os crimesbaixar app da pixbetódio? Alguns acreditam que sim: vozes conservadoras acusam a mídia tradicional, bem como organizações à esquerda,baixar app da pixbetestarem "exagerando".
"Os chamados crimesbaixar app da pixbetódio são,baixar app da pixbetmuitos casos, exagerados e até mesmo falsificados por indivíduos e uma mídia cúmplice", escreveu o controverso jornal American Free Press, que já foi criticado por ter conteúdo racista e ultranacionalista.
O pesquisador Brian Levin não concorda. "Eu não acho que a gente possa explicar o aumento (no númerobaixar app da pixbetcrimesbaixar app da pixbetódio) pelo aumento da cobertura da mídia", afirma.
Mais numerosos e mais visíveis, os crimesbaixar app da pixbetódio também têm inspirado uma contrarreação na sociedade. Redesbaixar app da pixbetapoio crescerambaixar app da pixbetalguns bairrosbaixar app da pixbetminorias. O SPLC publicou um "guiabaixar app da pixbetresposta da comunidade", com alguns conselhos práticos: pegue o telefone, assine uma petição, pesquise sobre seus direitos...
O artista John Gascot sentiu a necessidadebaixar app da pixbet"transformar algo feiobaixar app da pixbetalgo legal", depoisbaixar app da pixbetreceber a cartabaixar app da pixbetódio anônima. Decidiu realizar um workshop gratuito para jovens LGBT, para oferecer um espaço seguro para estudantes que geralmente são marginalizados e têm medobaixar app da pixbetse expressar.
"A arte ajuda, mas não se trata apenasbaixar app da pixbetarte. Se tratabaixar app da pixbetajudá-los a se sentirem confortáveis a serem quem são, oferecendo às gerações futuras aquilo que nós não tivemos", comenta Gascot.
"Essa eleição tirou muita gente da complacência. E isso é positivo, apesarbaixar app da pixbettudo."